NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Base Aérea realiza Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento em Santa Maria
O Exercício Operacional é considerado um dos mais importantes do Comando de Preparo, pois visa capacitar e adestrar os militares nas tecnologias e estratégias mais atualizadas da FAB
Fernanda Bassôa | Publicada em 16/03/2025 09:42
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou neste final de semana um dos maiores exercícios operacionais de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, na Base Aérea de Santa Maria. A atividade que teve início em 10 de março e segue até o próximo dia 24, tem com o objetivo adestrar as equipagens das unidades de combate das três Forças Armadas Brasileiras em uma única tarefa. O treinamento envolve aproximadamente 350 militares, aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), Exército Brasileiro (EB) e Marinha do Brasil (MB), entre aeronaves de Defesa Antiaérea, blindados e Navio Patrulha Oceânico.
"O Exercício Operacional IVR 2025 é um dos mais importantes do Comando de Preparo, pois visa capacitar e adestrar os militares participantes nas tecnologias e estratégias mais atualizadas da FAB. Explorar os limites dos sensores das nossas aeronaves exige conhecimento, experiência e cenários desafiadores. Este exercício é a melhor oportunidade para aprimorar táticas, técnicas e procedimentos essenciais à eficiência das ações de inteligência, vigilância e reconhecimento", explica o Comandante da Base Aérea de Santa Maria e Diretor do Exercício, Coronel Aviador Daniel Lames de Araujo.
Ao todo, 20 Unidades participam do Exercício, que envolve Esquadrões das Aviações de Caça, Reconhecimento e Patrulha, além de Esquadrões que atuam em Comunicações e Controle e Defesa Antiaérea. Conforme o Coronel Aviador, a atividade permitirá conhecer de forma mais profunda as capacidades dos sensores e analistas da FAB e, consequentemente, subsidiar a disseminação da doutrina e a programação de equipamentos de Guerra Eletrônica embarcados.
DECEA desenvolve conceito inovador no controle de tráfego aéreo
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) segue buscando maior segurança, eficiência e fluidez do espaço aéreo, a partir de critérios rigorosos de comunicação e vigilância.
Ricardo Fan | Publicada em 16/03/2025 10:37
Nos últimos anos, antes da pandemia do COVID-19, constatou-se um crescimento contínuo significativo no número de movimentos aéreos no Atlântico Sul (SAT), especialmente nas rotas que ligam a América do Sul à Europa (EUR/SAM). Este cenário levou ao estabelecimento do Grupo de Gerenciamento de Implementação de Melhorias do Atlântico Sul (SAT-IMG), durante a 24ª Reunião para Melhorias dos Serviços de Tráfego Aéreo sobre o Atlântico Sul (SAT/24) da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), realizada em junho de 2019. Neste evento foi decidida a implementação do PBCS (Performance-Based Communication and Surveillance) na área do Atlântico Sul, com o Brasil tendo firmado compromisso pela sua concretização.
O PBCS é um conceito aplicado no controle de tráfego aéreo que se baseia na utilização criteriosa de tecnologias de comunicação e vigilância por enlace de dados, e possibilita menores separações entre as aeronaves em espaços aéreos remotos. O projeto para operacionalização do PBCS na Região de Informação de Voo (FIR) Atlântico, integrante do Programa SIRIUS Brasil, será implementado até 2026.
A FIR Atlântico cobre uma vasta área sobre o Oceano Atlântico, incluindo o corredor EUR/SAM e a Área de Rotas Aleatórias RNAV do Oceano Atlântico (AORRA), duas regiões cruciais para o tráfego aéreo entre Europa e América do Sul.
“Nesse contexto, o PBCS surge como solução inovadora para superar as limitações de cobertura radar e VHF em espaço aéreo remoto e, assim, aumentar sua capacidade baseando-se nas performances data link da CPDLC e do ADS-C, já implementados pelo DECEA na FIR Atlântico. A implementação desse conceito exige a manutenção da qualidade do data link, esforços de desenvolvimento e atualização tecnológica para o sistema ATC (SAGITARIO), de capacitação de recursos humanos, atualizações doutrinárias operacionais, assim como do estabelecimento de paradigmas totalmente novos no SISCEAB relacionados à aquisição, avaliação e compartilhamento nacional e global de informações entre provedores de serviços de navegação aérea (ANSPs), reguladores e companhias aéreas.”, avaliou o Chefe da Subdivisão de Planejamento de Comunicações, Navegação e Vigilância e Inspeção em Voo do DECEA, e também gerente do projeto, Major Marcelo Mello Fagundes.
A implementação do PBCS oferecerá uma série de benefícios significativos para os operadores aéreos, dentre eles, a economia de combustível e redução das emissões de gases poluentes.
Para ser elegível aos benefícios advindos do gerenciamento do tráfego aéreo sob o conceito PBCS, as aeronaves precisarão estar equipadas com as tecnologias embarcadas de comunicações e vigilância data link devidamente certificadas para o atendimento dos respectivos parâmetros de performance específicos requeridos, RCP e RSP.
Considerando-se a significativa redução dos mínimos de separações horizontais e a necessidade de uma transição gradual para o novo cenário de separações reduzidas, a implementação do conceito PBCS na FIR Atlântico ocorrerá em duas fases. Na primeira, a separação longitudinal por tempo será de 5 minutos, mantendo-se a lateral em 50 NM (milhas náuticas). Na segunda fase, será implementada a separação longitudinal de 30 NM e a lateral de 23 NM entre os pares de aeronaves elegíveis.
“O PBCS, além de trazer benefícios imediatos para o tráfego aéreo, garantindo que a FIR Atlântico continue, com segurança, desempenhando um papel estratégico no transporte aéreo global, também é componente-chave na visão de futuro do DECEA.”, complementou o gerente.
O PRENOR da Norma do Conceito de Operações do PBCS na FIR-AO está disponível, até o próximo dia 11 de abril, através deste link. O sistema tem o objetivo de coletar sugestões da comunidade aeronáutica, antecipadas à publicação de novas normas do DECEA, as quais se encontram em fase final de elaboração, conforme a CIRCEA 63-12.
CPG - ITA e FAB usam Inteligência Artificial para revolucionar busca de Destroços de Aeronaves
Pesquisa do ITA e FAB usa inteligência artificial para otimizar operações de detecção de destroços de aeronaves no Brasil
Sara Aquino | Publicada em 16/03/2025 09:00
Uma pesquisa revolucionária desenvolvida pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) está trazendo uma inovação significativa para as operações de busca e resgate aéreo no Brasil.
A pesquisa, que combina a experiência acadêmica e os conhecimentos operacionais, resultou em um modelo de Inteligência Artificial (IA) capaz de detectar destroços de aeronaves em missões de resgate, melhorando a eficiência das operações realizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB).
ITA: inovação no uso da inteligência artificial em operações de resgate
O estudo, intitulado “Detecção de destroços de aeronaves com base em modelos de visão computacional”, foi conduzido pelo Major Aviador André Villela Gaspar, aluno do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do ITA.
Sob a orientação do Professor Doutor Angelo Passaro, do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e do Professor Doutor José Alberto Silva de Sá, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), o estudo propõe uma aplicação inovadora da IA no cenário das buscas aéreas.
Como a IA pode ajudar em buscas aéreas
A pesquisa teve como base imagens reais capturadas durante missões do Esquadrão Pelicano, unidade especializada da FAB em busca e salvamento.
Utilizando drones e materiais de descarte, os pesquisadores criaram um banco de dados rico em imagens de destroços simulados, aprimorando o desempenho do modelo de IA.
A adaptação dessa tecnologia ao contexto específico dos biomas brasileiros, com seus desafios geográficos e ambientais, é uma das principais inovações trazidas pela pesquisa.
Desafios no processo de busca e salvamento
Embora o uso de IA para localizar pessoas desaparecidas seja comum, o foco na identificação de destroços de aeronaves é um campo pouco explorado.
O Major Villela explica que as dificuldades logísticas e a escassez de registros em regiões remotas tornam este tipo de busca ainda mais desafiador. A pesquisa visa não apenas salvar vidas, mas também otimizar o uso de recursos nas operações da FAB, garantindo mais precisão e rapidez na localização dos destroços.
Integração entre academia e operações da FAB
O Tenente-Coronel Aviador Daniel Alberto Pamplona, coordenador adjunto do PPGAO, destacou a importância da pesquisa ao integrar conhecimentos acadêmicos e operacionais, alinhando-se à Concepção Estratégica da Força Aérea Brasileira, que visa incorporar novas tecnologias e conceitos operacionais para aprimorar as missões de defesa e resgate.
Impacto da pesquisa nas operações de busca e salvamento
Com esse avanço, o Brasil dá um passo importante para tornar suas operações de busca e salvamento ainda mais eficientes, utilizando a tecnologia de ponta da Inteligência Artificial para garantir a segurança de vidas no ar. A pesquisa realizada pelo ITA e FAB representa um marco no uso de tecnologias avançadas para a melhoria das operações de resgate aéreo.
Ao aplicar a inteligência artificial na detecção de destroços de aeronaves, o Brasil está não apenas aprimorando a eficácia das suas missões de busca e salvamento, mas também posicionando-se na vanguarda das inovações tecnológicas aplicadas à segurança aérea.
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