Quase 34 mil mulheres se inscreveram para o serviço militar brasileiro. Nos pelotões, a presença feminina está ganhando cada vez mais destaque. Este é o primeiro ano em que as Forças Armadas permitiram o alistamento de mulheres. Em todo o Brasil, foram 33.721 inscrições. A maioria é do Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas. Ao todo, são 1.465 vagas - uma disputa de 23 candidatas por vaga.

Quinze jovens vão ser escolhidas para servir na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Os alojamentos vão passar por adequação para receber as novas integrantes em 2026. Apesar do alistamento ser voluntário para as mulheres, o serviço se torna obrigatório por um ano depois da incorporação.

“Elas vão passar cerca de quatro meses fazendo um curso de formação de soldados, onde vão aprender a lidar com armamento, regulamento militar, aprender a marchar, fazer acampamento. Depois dessa formatura, ela é distribuída para os postos de serviço e para outros setores da escola”, explica o brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho, comandante da Escola de Especialistas de Aeronáutica.

A Anna Esther Daniel Moraes quer muito fazer parte da primeira turma feminina, que vai entrar pelo alistamento: “Foi algo que eu sempre admirei: a disciplina, o orgulho de servir o país. É algo que eu quero, e eu acredito que eu vá aprender muita coisa lá”.

Antes, para entrar nas Forças Armadas, o único caminho para as mulheres era prestando concurso público. Atualmente, 37 mil mulheres fazem parte da Marinha, Exército e Aeronáutica no Brasil, o que representa cerca de 10% do efetivo. Agora, com o alistamento voluntário, a ideia é aumentar o volume da participação feminina, e que elas possam ocupar outras funções na carreira militar.

“O alistamento teve essa característica de voluntariado, então isso também atrai pessoas que de fato têm uma atração, uma identificação, uma empatia com o serviço militar e, principalmente, em seguir a carreira nas Forças. Elas vão ter essa oportunidade, naturalmente, de progredir dentro das Forças”, diz o contra-almirante André Gustavo, Ministério da Defesa.

A Hevelin dos Santos se alistou em Mato Grosso do Sul e está ansiosa pelo resultado: “Eu achei que eu não ia ter essa oportunidade, porque eu só via homens. Eu achei que eu, como mulher, não ia ter essa oportunidade. Mas eu vi que agora eu posso, e eu vou agarrar com tudo”.

A presença do caça Saab Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB) está confirmada na principal feira aeronáutica da Colômbia, a F-AIR Colombia 2025.

O caça JAS-39E da FAB ficará em exposição durante o evento, que ocorre de 9 a 13 de julho na cidade de Rionegro, próxima a Medellín. A aeronave será a principal atração da feira, já que a Fuerza Aérea Colombiana escolheu o Gripen como seu próximo caça, substituindo os israelenses IAI Kfir.

Esta será a primeira vez que a FAB levará seu caça Gripen para uma apresentação internacional, marcando a estreia oficial do modelo fora do Brasil. A aeronave é fabricada na Suécia pela Saab e também montada no Brasil, como parte da parceria estratégica entre os dois países.

A Força Aérea Brasileira realizará, em 16 de julho, uma cerimônia na Base Aérea de Brasília para celebrar os 80 anos do retorno dos militares que combateram na Segunda Guerra Mundial. O evento também marcará o Dia do Veterano da FAB e o aniversário de nascimento de Alberto Santos Dumont, reforçando o papel histórico da instituição na preservação da memória e na valorização dos veteranos.

Em 1945, após o fim doa Guerra, militares brasileiros começaram a retornar ao país. Entre eles estavam integrantes do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1.º Gavca) e da Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO), que atuaram na campanha da Itália. As unidades da FAB desempenharam papel estratégico no esforço aliado, realizando missões de ataque e reconhecimento em apoio às tropas terrestres.

A chegada dos aviadores ao Brasil, concentrada em 16 de julho de 1945, foi marcada por homenagens no Rio de Janeiro. Os militares sobrevoaram a Avenida Rio Branco e pousaram no Campo dos Afonsos, encerrando simbolicamente sua participação no conflito. Para o Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica, “o país não pode esquecer dos seus heróis e nunca haverá de esquecê-los”.

Segundo a FAB, a celebração dos oitenta anos visa não apenas relembrar o retorno dos combatentes, mas também reforçar o papel da instituição na preservação da memória histórica e na valorização dos veteranos. Os relatos dos que serviram na Segunda Guerra são considerados parte fundamental da identidade das Forças Armadas.

Rio - As Forças Armadas realizaram, na tarde desta quinta-feira (3), uma simulação do acionamento dos meios de defesa aérea e antiaérea que serão utilizados no esquema de segurança para a reunião da Cúpula dos Brics, entre domingo (6) e segunda-feira (7). Durante a ação na Base Aérea do Galeão, os militares exibiram os caças equipados com mísseis, que não são utilizados desde as Olimpíadas de 2016.

De acordo com o Ministério de Defesa, o exercício teve o objetivo de aperfeiçoar a operação entre a Marinha do Brasil, o Exército e a Força Aérea. O Comando de Operações Aeroespaciais (Comae) empregou o treinamento o caça A-29 Super Tucano, utilizado em missões de interceptação de aeronaves inimigas. A frota da defesa aérea durante o Brics também conta com caças a jato F-5.  

O exercício ocorreu onde desembarcarão a maior parte dos chefes de Estado envolvidos no evento. A Base Aérea do Galeão prepara uma operação de recepção para cerca de 15 delegações internacionais, o que envolverá mais de 600 militares. Nos próximos dias, além da Defesa Aérea e da recepção de autoridades, o Comando Operacional Conjunto Redentor atuará em ações de contra terrorismo, guerra eletrônica, proteção marítima e fluvial, defesa cibernética e de infraestruturas críticas, proteção de vias de circulação, defesa biológica, nuclear, química e radiológica.

Além dos caças com mísseis, o esquema de segurança também contará com seis equipamentos antidrones posicionados em pontos estratégicos da cidade. O planejamento é semelhante ao realizado durante o G20, que aconteceu em novembro do ano passado. As Forças Armadas acompanharão o trajeto das comitivas dos países participantes, passando pelo Aeroporto do Galeão, hotéis e pontos de encontro do evento, como o Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo.

Na terça-feira (1º), o Governo Federal oficializou a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até o próximo dia 9. Segundo o texto, os militares tem por finalidade garantir a segurança da reunião e dos participantes de cada país envolvidos.

O trabalho será realizado em articulação com os órgãos de segurança do Estado do Rio, que mobilizou cerca de 17 mil agentes de segurança pública para atuar. A operação contará com a participação de policiais civis, militares e integrantes do programa Segurança Presente, além de incluir reforços no policiamento nas ruas, nos arredores do evento e em hotéis onde as delegações estarão hospedadas.

Marinha inicia operação

A Marinha do Brasil iniciou, nesta quinta-feira, a operação para a Cúpula de Líderes do Brics. Com dois mil militares e mais de 100 meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais - começou na Praça Mauá, no Centro, e se estende pela Baía de Guanabara, Marina da Glória e orlas de Copacabana, Ipanema, Leblon e São Conrado, na Zona Sul.

A atuação conta com fragatas, Navios-Patrulha Oceânicos (NPaOc), lanchas blindadas e viaturas blindadas leve e pesada. No início da tarde, equipes também estavam posicionadas na Linha Vermelha, sentindo o Ilha do Governador, na altura da entrada da Vila do João, no Complexo da Maré, e da base aérea do Galeão.

No mar, os militares são responsáveis pelo patrulhamento, controle e interdição de áreas, operações de mergulho e de proteção de infraestruturas críticas, além do transporte de tropas do Corpo de Fuzileiros Navais e evacuação de autoridades em caso de necessidade. Já em terra, as tropas dos fuzileiros navais percorrem áreas estratégicas da cidade, como as vias do túnel Rebouças, e a orla do Centro e Zona Sul, e varreduras técnicas e preventivas em hotéis da região que receberão delegações estrangeiras.

As equipes atuam com apoio de cães de faro, treinados para localizar substâncias perigosas, um robô para desativação de artefatos explosivos e batedores motociclistas militares para escolta durante o deslocamento das comitivas oficiais. Os militares ainda podem agir em incidentes de segurança e o apoio à evacuação de autoridades. Na sexta-feira (4), a Marinha faz um exercício militar com desembarque de tropas de fuzileiros na Praia da Glória, Zona Sul.

A Força Aérea Brasileira fez uma simulação nesta quinta-feira como forma de treinamento para o BRICS. Foi usado um caça 29 super tucano - empregado em missões de interceptação de aeronaves inimigas. Segundo o subcomandante do terceiro comando aereo regional, coronel Silvestre, é como se um avião não autorizado tivesse invadido o espaço e a FAB precisasse entrar em ação.

O exercício aconteceu na base aérea do Galeão, onde vão desembarcar a maioria dos chefes de estado que chegam para o brics. Só para receber as delegações internacionais, as Forças Armadas prepararam uma operação envolvendo mais de 600 pessoas. Mas ao todo, serão cerca de 1.700 militares da FAB, empregados nas operações de segurança durante as reuniões do Brics que acontecem nos dias 6 e 7 de julho.

Ainda segundo o coronel, o esquema é parecido com o do g20. O pelotão de motociclistas vai atuar na escolta das autoridades para liberar as vias para a passagem das delegações. Já o esquadrão de salvamento aeroterrestre vai ser empregado nas ações anti terrorismo no Museu de Arte Moderna. Uma equipe do Hospital de Força Aérea do Galeão também vai integrar a defesa contra armas biológicas, nucleares e químicas. Em uma possível ocorrência, agentes da Marinha e do Exército vão descontaminar o local enquanto a FAB vai atender as vítimas.

Durante os preparativos e os dias de realização do Festival Folclórico de Parintins, a Força Aérea Brasileira (FAB) registrou um marco histórico no controle do tráfego aéreo da região. A ‘Operação Parintins’, promovida pelo Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), contabilizou 1.068 movimentos aéreos entre os dias 19 de junho e 2 de julho deste ano. O número supera os registros de 2024, quando foram contabilizadas 979 movimentações, refletindo o crescimento do fluxo turístico em direção à ilha Tupinambarana, impulsionado pela grandiosidade e repercussão nacional do festival.

Missão intensa e trabalho ininterrupto

Sob o comando do Tenente-Coronel Aviador Luiz Mário de Arruda Victório Júnior, a operação contou com o empenho de uma equipe de 38 profissionais entre técnicos e controladores de tráfego aéreo. Para assegurar o monitoramento contínuo da área, as escalas foram organizadas em turnos de 12 horas, garantindo cobertura total por 24 horas diárias.

“Liderar essa missão é um motivo de orgulho. Ver o empenho da equipe e a excelência dos nossos profissionais mostra o compromisso da Força Aérea com a segurança do espaço aéreo da região”, afirmou o oficial responsável pela operação.

Estrutura montada com antecedência

A equipe técnica do CINDACTA IV chegou a Parintins no dia 9 de junho para dar início à instalação dos equipamentos de apoio à missão. Paralelamente, os controladores destacados para a operação participaram de treinamentos no Simulador Radar do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Eduardo Gomes (DTCEA-EG), inaugurado no fim de 2024. A fase final de preparação aconteceu no dia 16 de junho, quando os profissionais completaram o treinamento prático já em solo parintinense, assegurando um suporte eficiente durante todo o período da festa. Com o sucesso da operação e o recorde alcançado, a FAB reforça sua atuação estratégica em eventos de grande porte, como o Festival de Parintins, que atrai milhares de visitantes todos os anos para o coração do Amazonas.