Em um cenário geopolítico mundial em constante evolução tecnológica e operacional, a defesa antiaérea multicamadas emerge como um pilar fundamental para manter a soberania e segurança da nação. Foi nesse contexto que o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) realizou, nesta quarta-feira (23/07), em Brasília (DF), o Seminário de Defesa Antiaérea Integrada em Camadas, que reuniu militares de Organizações Militares da Força Aérea Brasileira (FAB).

O objetivo foi promover debates aprofundados e análises contínuas quanto à capacidade da FAB de proteger o espaço aéreo contra ameaças diversas, que vão desde sistemas aéreos não tripulados e plataformas espaciais até as implicações da inteligência artificial e da automação.

O Chefe da Sexta Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro do Ar Fábio Luís Morau, abriu o evento agradecendo aos presentes e ressaltando a relevância do encontro. “Para a Força Aérea é um evento muito importante, já que um dos nossos pilares é o Defender. A Defesa Antiaérea é um conjunto de táticas e equipamentos que contribuem diretamente com a defesa aeroespacial do nosso país.

Existem vários avanços que ocorrem, a toque de caixa, e temos visto os novos conflitos em andamento e por isso muitas soluções inovadoras têm sido implementadas, e discutir sobre isso é um dos principais objetivos aqui do nosso Seminário”, declarou.

Na ocasião, o Oficial-General também explicou sobre a atuação da defesa antiaérea sob a estrutura de camadas. “Esse é um conceito técnico, já que temos alcances em que as ameaças podem nos atingir. Então, temos o curtíssimo, curto, médio e longo alcance, distâncias que formam camadas, que precisam ser protegidas por equipamentos específicos. Esses, por sua vez, atingem altitudes também. Então, precisamos usar esse termo de camadas em função das distâncias do alcance e da altitude que a ameaça pode atingir um alvo, por exemplo, que queremos proteger”, comentou. 

O evento foi estruturado em cinco eixos temáticos principais, sendo eles os Fundamentos e Planejamento Aeroespacial; o Preparo da Força para a Defesa Antiaérea (DAAe); o Emprego de Sistemas de DAAe na FAB; as Medidas de Coordenação e Controle do Espaço Aéreo (MCCEA); e os Desafios Logísticos em DAAe;

Entre os temas abordados referente aos eixos temáticos, o Coronel Aviador Emerson de Oliveira expôs sobre as possibilidades de atuação, descritores e cenários aeroespaciais; o Major de Infantaria Thiago Teixeira Koifman elucidou sobre o planejamento conjunto das Forças Armadas para a defesa em camadas; o Tenente-Coronel de Infantaria Douglas Gorchinsky Marques destacou os aspectos da concepção operacional conjunta de emprego e integração da DAAe com os demais sistemas de defesa; e o Capitão Engenheiro Guilherme Ferreira Lima Fernandez comentou sobre os projetos e estudos em desenvolvimento na área de Defesa Antiaérea no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

Também participaram do ciclo de palestras o Tenente-Coronel Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Fábio Nunes de Oliveira pontuou sobre a importância da coordenação e do controle do espaço aéreo para a segurança e o sucesso das operações militares; e o Tenente Especialista em Armamento Bruno Fábio Milho dos Santos explanou sobre as questões logísticas inerentes aos sistemas de DAAe.

O encerramento do Seminário foi marcado por um debate interativo com os representantes das áreas temáticas e os participantes. Na oportunidade, também foi exposto um painel final, contendo a análise de desafios, perspectivas atuais, melhores práticas e oportunidades de aprimoramento na defesa antiaérea, além de projetar os próximos passos estratégicos para o setor.

Outras autoridades de destaque estiveram presentes no evento, como o Chefe da Subchefia de Preparo de Operações Terrestres (SPOT) do COMPREP, Brigadeiro de Infantaria Alexandre Okada, entre outros Oficiais-Generais, Comandantes, Chefes e Diretores de Organizações Militares da FAB. “É importante que todos tenham a consciência de tudo que aconteceu quanto aos desenvolvimentos, projetos, atividades e perspectivas, além de projetos futuros que estão para acontecer. Então, foi fundamental a participação de todos os setores do Comando da Aeronáutica nesse evento”, finalizou o Brigadeiro do Ar Okada.

Entre os dias 22 e 24, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), sediado em São José dos Campos (SP), realizou o Workshop de Integração do Link-BR2 na aeronave F-39 Gripen.

O encontro técnico-operacional foi realizado no Laboratório de Guerra Eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e reuniu militares da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), do Comando de Preparo (COMPREP), do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e do DCTA.

O evento teve como objetivo avançar na integração do Sistema de Enlace de Dados Link-BR2 ao F-39, caça de última geração incorporado pela Força Aérea Brasileira (FAB), ampliando significativamente
as capacidades de Comando e Controle no âmbito do Comando da Aeronáutica (COMAER).

Durante o workshop, foram discutidos e aprimorados aspectos do Conceito Operacional (CONOPS) relacionados ao emprego do Link-BR2, alinhando suas funcionalidades técnicas aos objetivos estratégicos da FAB. Um dos principais focos foi a interoperabilidade entre diferentes vetores aéreos da Força, reforçando a coesão entre os diversos meios de combate e elevando a consciência situacional no ambiente operacional.

De acordo com o representante da COPAC, que compõe a Gerência do Projeto F-X2, o Coronel Especialista em Comunicações Romulo Silva de Oliveira, a atividade foi decisiva para o progresso operacional da Força. “O workshop teve grande relevância para as áreas técnica e operacional, pois marca o progresso profissional das equipagens de combate, além de consolidar o Link-BR2 como ferramenta essencial de Comando e Controle no âmbito do COMAER”, destacou.

O Gerente Técnico do Projeto F-X2, Coronel Aviador George Luiz Guedes de Oliveira, também ressaltou o impacto estratégico do encontro. “Esta fase de integração é um marco para a consolidação das capacidades do F-39. O Link-BR2 representa uma das principais ferramentas de conectividade e consciência situacional da FAB, e a participação conjunta das áreas técnica e operacional é fundamental para assegurar sua eficácia no ambiente real de missão”, pontuou.

A iniciativa reforça o compromisso da FAB com a modernização de suas plataformas e doutrinas, promovendo a excelência no preparo e emprego do poder aeroespacial em prol da soberania do espaço aéreo brasileiro.

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nesta quarta-feira, 23 de julho, em Brasília (DF), o Seminário de Defesa Antiaérea Integrada em Camadas. O tema ganha relevância no cenário em que o Brasil carece de meios adequados para este tipo de missão, sendo a própria FAB limitada à chamada “defesa aérea de ponto”, atualmente com mísseis Igla. As propostas de aquisição de equipamentos de maior alcance não foram efetivadas até hoje.

O objetivo do seminário foi promover debates aprofundados e análises contínuas quanto à capacidade da FAB de proteger o espaço aéreo contra ameaças diversas, que vão desde sistemas aéreos não tripulados e plataformas espaciais até as implicações da inteligência artificial e da automação. No painel final, foi apresentada a análise de desafios, perspectivas atuais, melhores práticas e oportunidades de aprimoramento na defesa antiaérea, além de projetar os próximos passos estratégicos para o setor.

“Para a Força Aérea é um evento muito importante, já que um dos nossos pilares é o Defender. A defesa antiaérea é um conjunto de táticas e equipamentos que contribuem diretamente com a defesa aeroespacial do nosso país. Existem vários avanços que ocorrem, a toque de caixa, e temos visto os novos conflitos em andamento e por isso muitas soluções inovadoras têm sido implementadas, e discutir sobre isso é um dos principais objetivos aqui do nosso seminário”, declarou o chefe da Sexta Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro do Ar Fábio Luís Morau.

Na manhã de segunda-feira (21), Roberto Mateus Ordine, presidente da ACSP, recebeu a visita do Tenente-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta, Comandante-Geral de Apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), acompanhado dos Majores-Brigadeiros do Ar Luiz Cláudio Macedo Santos e Luciano Valentim Rechiuti.

Um dos assuntos do encontro foi a instalação do Museu Aeroespacial Paulista (MAPA), no Campo de Marte, cuja inauguração está prevista para acontecer entre 2027 e 2028. A integração do museu com o Parque Municipal Campo de Marte, incluindo ciclovias, cafés e espaços culturais, tem como objetivo criar um ambiente multifuncional de lazer, educação e preservação ambiental. “O MAPA é um projeto ambicioso e significativo para a aviação brasileira e para São Paulo. Com infraestrutura moderna, acervo histórico, parceria com museus históricos e foco em cultura e educação, tenho certeza de que o futuro museu se tornará um novo ícone cultural na capital paulista”, disse Ordine. 

Participaram da reunião Carlos Monteiro, vice-presidente da ACSP; General Fayad, assessor institucional da ACSP; Carlos Kendi, assessor da presidência; Milton Santos, presidente da ACCredito; Renan Luiz Silva, superintendente de Serviços Institucionais; e Antônio Carlos Stefano, coordenador-adjunto especial do CPU.