NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA
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NOTIMP 183/2025 - 02/07/2025
Cúpula do BRICS: Aeroporto Santos Dumont será temporariamente fechado no Rio
Pousos e decolagens serão remanejados para o Aeroporto Internacional do Galeão entre domingo (6) e segunda-feira (7) por questões de segurança
Hariane Bittencourt | Publicada em 01/07/2025 16:59
O Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ficará fechado da meia-noite de domingo (6) até as 18h de segunda-feira (7), em razão da Cúpula do BRICS. A medida se dá por questões de segurança, já que o evento será realizado no Museu de Arte Moderna (MAM), a cerca de 350 metros de distância do terminal.
Os voos que pousariam no Santos Dumont serão remanejados para o Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador.
De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) da Força Aérea Brasileira (FAB), o acerto já foi feito com as companhias aéreas para minimizar os impactos na aviação regular durante os dias de evento. A restrição visa evitar possíveis ameaças aéreas, como parte de uma operação que começa já na sexta-feira (4).
Até a publicação desta reportagem, somente a Latam informou que, entre 6 e 7 de julho, 116 voos serão desviados para o terminal internacional, onde também devem pousar, em horários distintos, as autoridades participantes do encontro.
De acordo com a FAB, serão estabelecidas as chamadas "áreas de exclusão", com raios definidos e uma série de proibições, sempre uma hora antes e uma hora depois das reuniões do evento.
Nessas janelas de horário, o espaço aéreo ficará ainda mais restrito para pousos e decolagens nas proximidades da cúpula.
Sobre o BRICS
O BRICS é um bloco econômico formado por 11 países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. O bloco serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global em diversas áreas.
Os objetivos do grupo incluem fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus integrantes, assim como promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional.
FAB decide equipar caças com mísseis para cúpula do Brics no Rio de Janeiro
Esta será a primeira vez em 9 anos, desde as Olimpíadas de 2016, que a FAB utilizará mísseis acoplados nos aviões caças nas operações de segurança
Mara Puljiz | Publicada em 01/07/2025 20:28
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta terça-feira (1) as regras para utilização do espaço aéreo e as ações de defesa previstas para a Cúpula do Brics. O evento reunirá chefes de Estado, chanceleres e assessores de alto nível dos países-membros e ocorrerá nos próximos dias 6 e 7, no Rio de Janeiro. Aeronaves que não tiverem autorização para pouso ou invadirem áreas restritas estarão sujeitas a interceptação e até mesmo a possibilidade de abate.
Esta será a primeira vez em 9 anos, desde as Olimpíadas de 2016, que a FAB utilizará mísseis acoplados nos aviões caças nas operações de segurança. A quantidade de aeronaves empregadas não foi informada. Esse esquema de segurança especial não foi utilizado em outros eventos de grande porte como na Copa do Mundo e nem durante o fórum de cooperação econômica internacional, o G20, no ano passado.
Segundo o comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, o objetivo do uso de mísseis é interceptar o quanto antes aeronaves que representem alguma ameaça. "Todas as ações que são tomadas são para nos dar tempo de reação. Durante essas atividades as aeronaves já vão estar no ar, voando, para evitar esse tempo de reação. Esse tempo decorre de também tentarmos identificar essas aeronaves fora das aglomerações do Rio de Janeiro, para que se essa aeronave tiver que ser impedida do seu vôo, ela possa pousar, sair ou cair em algum lugar onde não tenha aglomerações de pessoas ou não chegue nem próximo do centro do Rio de Janeiro, que é uma preocupação nossa. E dar segurança a todo mundo envolvido na cúpula e na região como um todo", destaca Barbacovi.
Ao todo, 670 pessoas foram mobilizadas para defesa aeroespacial durante o evento. "A defesa espacial vai continuar nas nossas fronteiras, no nosso litoral protegendo o nosso país e o nosso espaço aéreo, mas especificamente meios estão sendo levados por que se criou uma área específica para proteção da cúpula dos Brics", reforça Barbacovi.
Aviões que serão utilizados
Veja os modelos que serão empregados: F-5M (caça), A-29 - super Tucano (caça), KC-390 (avião capaz de fazer reabastecimento em voo), E-99 (aeronave radar, de alerta aéreo e pode rastrear dezenas de objetos simultaneamente), H-60 (Black - Hawk).
O planejamento das ações é feito pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e junto aos receptivos dos líderes mundiais. As autoridades devem chegar e sair do evento em momentos diferentes como medida de segurança e conforto aos participantes.
Aeroporto Santos Dumont fechado
Durante a aeroporto Santos Dumont ficará fechado 0h de sábado (5) até às 18h de segunda-feira (7). Os voos comerciais foram remanejados para o aeroporto do Galeão, também no RJ, onde não haverá nenhuma interrupção segundo a FAB.
"Não haverá impacto para a população porque todos os voos foram remanejados para o Galeão. No domingo o tráfego aéreo no Santos Dumont também é muito pequeno, mas como foi avisado com antecedência as empresas conseguiram remanejar seus voos ", explicou Barbacovi.
Restrições do espaço aéreo
Durante o Brics também foram criadas três áreas de exclusão, ou seja, onde não é possível voar. Drones poderão voar em locais específicos, desde que tenham autorização e cumpram as regras da aviação.
Área reservada (branca): 150 km
- Corresponde a maior parte da região monitorada.
- Proíbe voos de instrução, turísticos, acrobáticos, experimentais, agrícolas, de drones, parapentes e outros;
Área restrita (amarela): raio de 110 km
- Ter seu plano de voo aprovado pelo órgão de controle de tráfego aéreo;
- Manter comunicações bilaterais em radiotelefonia com o órgão de controle de tráfego aéreo;
- Possuir transponder em funcionamento;
- Manter o perfil e voo autorizado pelo órgão de controle de tráfego aéreo.
Área de supressão: 1.530 x 965 m² : voo proibido
- Somente aeronaves cumprindo missões de apoio à vida humana poderão adentrar
- Manter-se ou sair da área de supressão mediante estrita autorização do Comae.
Força Aérea vai usar caças com mísseis durante cúpula do Brics no Rio de Janeiro
Aeronáutica diz que uso de caça com míssil busca otimizar tempo de reação caso uma aeronave não autorizada entre em área restrita
Da Redação | Publicada em 01/07/2025 22:14
A Força Aérea Brasileira vai adotar um esquema especial de defesa do espaço aéreo durante a reunião de chefes de Estado dos países do Brics, que ocorrerá entre os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, no Museu do Amanhã. O planejamento inclui caças equipados com mísseis, restrições temporárias de voo em áreas próximas aos locais do evento e operação integrada com Exército, Marinha e órgãos de segurança pública.
Segundo o comandante de Operações Aeroespaciais, tenente-brigadeiro do ar Alcides Teixeira Barbacovi, o uso de caças equipados com mísseis, algo que não foi adotado em operações anteriores, como a cúpula do G20 em 2024, faz parte de uma estratégia para reduzir o tempo de reação caso alguma aeronave não autorizada invada as áreas de exclusão durante o evento.
De acordo com ele, a configuração dos caças com armamento real foi definida após experiências anteriores apontarem a necessidade de respostas mais rápidas em situações de risco.
“Todas as ações que são tomadas são justamente para nos dar tempo de reação. Esse tempo também decorre de eu tentar identificar essas aeronaves fora das aglomerações do Rio de Janeiro para que se essa aeronave tiver que ser impedida do seu voo, ela possa pousar ou sair para algum lugar ou cair em algum lugar que não tenha aglomerações de pessoas e não chegue nem próximo ao centro do Rio de Janeiro”, afirmou.
Barbacovi também explicou que o planejamento considera a preservação de vidas e a redução de danos colaterais. “A nossa maior intenção é a preservação de vidas e dar segurança a todo mundo que está envolvido na cúpula e na região como um todo. É por isso que nós decidimos colocar esses mísseis também como uma arma a melhorar o nosso tempo de reação”, completou.
Serão usados cinco tipos de aeronave para a segurança do espaço aéreo do Rio de Janeiro durante a cúpula do Brics:
- F-5M (caça)
- A-29 - super Tucano (caça)
- KC-390 (avião que pode reabastecer durante o voo)
- E-99 (aeronave radar)
- H-60 (Black Hawk)
Outras regras
A estratégia de segurança definida pela FAB inclui áreas de exclusão aérea divididas em faixas:
- uma área mais ampla, de 150 km, onde aeronaves só podem voar com plano de voo aprovado, transponder ativo e comunicação constante;
- uma segunda área de 110 km com restrições adicionais;
- uma zona vermelha de supressão, com 10 km de raio; e
- uma faixa ultra restrita, sobre os locais das reuniões, onde praticamente nenhum voo será permitido, exceto para helicópteros de resgate autorizados.
Drones serão proibidos de voar nas áreas de segurança ativadas, com liberações específicas apenas para operações de segurança pública, em coordenação com o Centro Integrado de Operações do Rio.
A Força Aérea reforça que toda a malha aérea foi coordenada antecipadamente: o Aeroporto Santos Dumont ficará fechado de sábado (5) até segunda-feira (7), mas o Galeão continuará operando normalmente para absorver voos remanejados.
“Nós criamos áreas de ativação. Nós temos uma expertise dos outros grandes eventos que nós já participamos. Tendo em vista a progressividade das ações que a gente toma, toda ação de defesa espacial tem uma ação progressiva das medidas coercitivas. Então, a gente começa falando com a aeronave, começa perguntando porque que ela não está atendendo as determinações da defesa aérea ou controle de tráfego aéreo, até chegar a uma possível utilização de um armamento como esse, que são as unidades de tiro, mísseis, que vão proteger a nossa área no Rio de Janeiro como um todo”, disse Barbacovi.
REGIÃO EM DESTAKE - 137 Cadetes receberão o tradicional espadim em Pirassununga nesta sexta (04)
No dia 04/07 a AFA entregará o espadim, símbolo do Cadete da Aeronáutica, em uma cerimônia repleta de ritos e tradições.
Da Redação | Publicada em 01/07/2025
Na próxima sexta-feira (04/07), a Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga/SP e comandada pelo Brigadeiro do Ar Eric Breviglieri, realizará a tradicional cerimônia de entrega de espadins aos Cadetes do 1º Esquadrão do Corpo de Cadetes da Aeronáutica (CCAer). O evento contará com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, além de diversas autoridades civis e militares, familiares e convidados.
A solenidade marca o encerramento de uma fase inicial e o início oficial da formação militar dos 137 Cadetes da Turma Perseu, composta por 100 aviadores, 17 intendentes e 17 infantes, além de 3 cadetes aviadores oriundos de nações amigas: Equador, Bolívia e Peru. Os cadetes iniciaram este ano uma jornada de quatro anos rumo ao oficialato na Força Aérea Brasileira.
Na ocasião, os Cadetes recebem o espadim, símbolo do Cadete da Aeronáutica, cuja tradição remonta a 1932, quando os primeiros exemplares foram entregues em frente à estátua de Caxias. Naquele momento histórico, foi proferido o juramento ainda repetido nas cerimônias atuais: “Recebo o sabre de Caxias como o próprio símbolo da honra militar.”
O espadim é mantido pelos Cadetes durante todo o período de formação e devolvido na solenidade de formatura, sendo então entregue ao calouro, em um rito que simboliza a continuidade entre as gerações de militares da Força Aérea.
A cerimônia será abrilhantada com passagens aéreas das aeronaves T-25 Universal, utilizadas na instrução dos Cadetes aviadores, representando o início simbólico de uma trajetória de dedicação, disciplina e compromisso com o Brasil.
Academia da Força Aérea
A Academia da Força Aérea é responsável por formar os Oficiais dos quadros de Aviação, Intendência e Infantaria de Aeronáutica. Desde 1941, quando foi criada a então Escola de Aeronáutica, até 2024 a AFA já formou 10.921 Oficiais nos quadros de Aviação, Intendência e Infantaria de Aeronáutica. Sendo 7.715 Aviadores no período de 1941 até 2024, 2.551 Intendentes no período de 1945 até 2024 e 655 Infantes no período de 1984 até 2024. Além de ter formado 217 estrangeiros no período de 1943 até 2024, oriundos de países como Bolívia, Paraguai, Colômbia, Cabo Verde, Equador, Guiné Bissau, Guatemala, Honduras, Nigéria, Panamá, Peru, República Dominicana, Senegal, Togo, Uruguai e Venezuela.
A Academia tem forjado nos Cadetes que adentram ao Ninho das Águias valores como o Amor à Profissão, a Hierarquia, a Disciplina, a Coragem, o Espírito de Corpo, a Dignidade, o Dever de Cidadão, o Patriotismo, a Fé na Missão e o Amor à Verdade.
Com isso, alicerçada na missão de integrar, defender e controlar o espaço aéreo brasileiro para formar os futuros líderes que conduzirão à Força Aérea Brasileira, a Academia tem evoluído e inovado no ensino. Exemplo disso, é a adesão da aeronave T-27M nas instruções aéreas e a modernização do T-25, prevista para iniciar na instrução dos Cadetes a partir do 4º trimestre de 2025.
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