NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


REDE GLOBO


JORNAL TAPAJÓS 1ª EDIÇÃO - FAB monta hospital flutuante para atendimentos médicos no Oeste do Pará


Da Redação | Publicada em 28/06/2025 15:14

 

 

JORNAL LIBERAL 2ª EDIÇÃO - Ribeirinhos recebem atendimento médicos em Breves em ação da FAB


Da Redação | Publicada em 28/06/2025 19:15

 

 

 

 

PORTAL AEROIN


FAB ativará sistema especial de controle aéreo para Cúpula do BRICS no Rio; saiba como atua a Sala Master


Juliano Gianotto | Publicada em 28/06/2025

A Força Aérea Brasileira (FAB) intensificará o monitoramento do espaço aéreo nacional durante a Cúpula do BRICS, no período entre os dias 3 e 9 de julho no Rio de Janeiro. A operação será coordenada a partir da Sala Master de Comando e Controle, instalada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), unidade responsável pelo planejamento e gerenciamento do tráfego aéreo no país.

Com atuação ininterrupta ao longo do ano, o CGNA reforça sua estrutura durante eventos de grande porte, como a reunião de líderes do BRICS, para garantir a segurança e a fluidez das operações.

De acordo com o comandante do CGNA, tenente-coronel aviador Deoclides Fernandes Barbosa Vieira, a Sala Master reunirá representantes de diversos órgãos civis e militares, incluindo o Ministério das Relações Exteriores, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Secretaria de Aviação Civil (SAC), a Polícia Federal e o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). “A atuação conjunta dessas instituições é fundamental para integrar informações em tempo real e agilizar decisões operacionais”, afirmou o comandante.

Segundo projeções do CGNA, a movimentação aérea no Aeroporto Internacional do Galeão deverá crescer até 50% entre os dias 4 e 5 de julho, em razão da chegada de autoridades estrangeiras e comitivas oficiais. Ao todo, são esperadas 36 delegações internacionais, além de voos de suporte logístico e diplomático. O acréscimo na demanda também levará à adoção de medidas específicas, como restrições temporárias ao uso do espaço aéreo e ajustes na malha aérea nacional. Entre essas medidas, está prevista a limitação de operações no Aeroporto Santos Dumont, o que poderá ocasionar o redirecionamento de voos comerciais.

Essas alterações são definidas com base em análises pré-táticas conduzidas pelo CGNA, que buscam antecipar riscos e otimizar o uso do espaço aéreo. “O objetivo é equilibrar a demanda com a capacidade dos aeroportos e do sistema de controle aéreo, considerando fatores como áreas de exclusão e atividades militares”, explicou o capitão André Luis Santos da Rocha, chefe da Seção de Análises Pré-Táticas do CGNA.

Como parte do planejamento, o CGNA utilizará o Sistema de Aprovação de Voo (SIAV), desenvolvido especialmente para eventos de alta complexidade. A ferramenta permite o compartilhamento de informações entre os órgãos envolvidos e a análise integrada dos planos de voo, com base nas diretrizes da Circular de Informação Aeronáutica (AIC) nº 24/25.

A integração entre a Sala Master e o Salão Operacional do CGNA será essencial para a coordenação das ações, permitindo respostas rápidas e tomadas de decisão eficazes diante de um cenário de grande movimentação aérea.

Como a Aviação de Busca e Salvamento da FAB atua em emergências no Brasil


Juliano Gianotto | Publicada em 28/06/2025

Ao completar 58 anos da missão que deu origem à Aviação de Busca e Salvamento da Força Aérea Brasileira (FAB), a instituição relembra um de seus compromissos mais essenciais: salvar vidas.

Criado após a localização do C-47 Douglas, matrícula 2068, em 1966, o segmento SAR (Search and Rescue) ganhou força, estrutura e abrangência, tornando-se hoje uma das operações mais estratégicas da FAB, com capacidade de resposta em todo o território nacional, inclusive nas regiões mais remotas e inóspitas.

O Brasil é responsável por uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados para ações de busca e salvamento, conforme acordos internacionais firmados com a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e a Organização Marítima Internacional (OMI). A FAB, por meio do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro (SISSAR), cumpre esse dever com articulação entre diferentes órgãos das Forças Armadas, além de polícias, bombeiros e Defesa Civil.

Coordenado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o SISSAR mantém cinco Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (ARCC), chamados de SALVAERO, localizados nas regiões de Brasília, Curitiba, Recife, Atlântico e Amazônico. Essas unidades operam ininterruptamente, lado a lado com os Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), permitindo resposta imediata diante de emergências aeronáuticas e marítimas.

“A atuação integrada do SISSAR permite uma resposta rápida e eficiente em situações críticas”, destaca o major aviador Bruno Vieira Passos, chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR). Segundo ele, a cooperação entre entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, é fundamental para ampliar a capacidade de atendimento em ocorrências que envolvem desaparecimentos de aeronaves, embarcações ou vítimas em perigo.

Entre os equipamentos empregados nas missões SAR estão aviões como o SC-105 Amazonas, o P-95M Bandeirulha e o P-3AM Orion, além de helicópteros H-60L Black Hawk, H-36 Caracal e H-50 Esquilo. Essas aeronaves, equipadas com sensores, sistemas de comunicação via satélite e recursos para resgates complexos, operam com tripulações especializadas, incluindo paraquedistas e técnicos em Atendimento Pré-Hospitalar, os chamados “Homens SAR”.

Um desses profissionais, o sargento Oséias da Silva Santos, participou da operação de resgate durante as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, que ameaçaram a integridade da barragem de Dona Francisca. “Foi um dos momentos mais intensos da minha carreira. O clima dificultava a decolagem, mas conseguimos resgatar 13 pessoas em uma única noite”, relata.

Outro episódio recente reafirmou a importância dessa estrutura: o resgate dos ocupantes de uma aeronave Caravan que realizou pouso forçado na floresta amazônica, em maio de 2024. A aeronave levava uma equipe de saúde indígena rumo à Aldeia Ayaramã, no Pará, quando emitiu sinal de emergência e desapareceu dos radares. O SALVAERO Amazônico localizou os sobreviventes em mata fechada e acionou o Esquadrão Harpia, de Manaus, que realizou o resgate com helicóptero Black Hawk utilizando guincho, único meio possível para acesso ao local. Cinco pessoas foram salvas.

“Trabalhamos dia e noite por isso: entregar resultados à sociedade brasileira e fazer a diferença na vida das pessoas”, afirmou o tenente-coronel Herhic Rabelo Alves Pereira, comandante do 7º/8º GAV, que liderou a missão.

Espalhados por diferentes regiões do país, outros esquadrões especializados mantêm a capacidade operacional de resposta imediata. Entre eles, destacam-se o Pelicano (Campo Grande), Falcão (Parnamirim), Harpia (Manaus), Pantera (Santa Maria), Phoenix (Canoas), Netuno (Belém), Puma e Orungan (ambos no Rio de Janeiro). Também integra essa estrutura o PARA-SAR, unidade de elite da FAB para salvamentos em ambiente terrestre e marítimo, com militares treinados para operações de alto risco, saltos em áreas hostis e primeiros socorros.

Para o tenente-coronel Igor Duarte Fernandes, comandante do PARA-SAR, a flexibilidade é fundamental. “Missões SAR exigem adaptação em tempo real. À medida que voamos, recebemos novas informações que alteram o plano inicial. A precisão nas decisões faz a diferença entre a vida e a morte.”

A Força Aérea projeta ampliar ainda mais sua capacidade de resposta com a entrada em operação plena dos cargueiros KC-390 Millennium, que poderão ser empregados também em missões de busca e salvamento, com maior autonomia e capacidade de lançamento de equipes e equipamentos.