O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) recebeu, de 29/05 a 02/06, autoridades civis e militares para a primeira Reunião Geral do Grupo de Interfaces de Lançamento (GIL), evento promovido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A atividade oportunizou a discussão de assuntos técnicos e operacionais afetos à área espacial, notadamente ligado às operações de lançamento espacial realizadas no âmbito do DCTA.

Nesta primeira edição de 2023, participaram representantes das principais Interfaces Organizacionais do DCTA envolvidas nas operações de lançamento, tais como: o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE); do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI); do Instituto de Estudos Avançados (IEAv); da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE); do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA); e do próprio CLBI, além de representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

Ao todo, a reunião contou com cerca de 40 participantes. O Grupo teve por finalidade tratar, de forma sistemática e permanente, as questões relacionadas com as interfaces de lançamento, servindo como instrumento de coordenação para o macroplanejamento de preparação e execução das operações e para o aprimoramento dos meios de lançamento, sob responsabilidade do DCTA.

Segundo o Chefe do Subdepartamento Técnico do DCTA e Presidente do GIL, Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, o Grupo funciona como uma ferramenta de gestão que permite ampliar a consciência situacional, o aprimoramento contínuo dos meios e a preparação eficaz para operações de lançamento e rastreio de veículos espaciais, tendo em vista as prerrogativas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) e do desenvolvimento dos projetos de interesse do DCTA no campo espacial.

O Coordenador-Geral do evento, Coronel Aviador Eduardo Viegas Dalle Lucca, destacou que a agenda da reunião incluiu temas atuais e diversificados, destacando-se a atualização sobre: o PESE, a implantação do Centro Espacial de Alcântara (CEA), os Chamamentos e Editais com Lançamentos Espaciais do CEA e da AEB, Lei Geral do Espaço e Regulamento Espacial Brasileiro, recursos orçamentários, resultados finais e lições aprendidas obtidas nas Operações Santa Branca e Astrolábio, situação dos projetos estratégicos da área espacial, a situação operacional dos Centros, o Calendário das Operações de Lançamento Espacial no período de 2023 a 2027, dentre outros. Também foram programadas visitas técnicas às instalações do CLBI.

Concomitantemente à reunião do GIL, ocorreu uma Reunião de Acompanhamento de Interfaces (RAI) para verificar a possibilidade de retomada de lançamento de veículos VS-30 e VSB-30 a partir do CLBI. O Diretor do CLBI, Coronel Aviador Erivando Pereira Souza, ressaltou a importância dessa reunião e a oportunidade do CLBI contribuir para a diversificação dos locais de lançamento suborbitais. Desta forma, seu estado de prontidão para lançamento de engenhos é certificado e reconhecido pelos steakholders do Programa Espacial Brasileiro: “Com isso, o governo brasileiro poderá contar com a plenitude de seus Centros, de forma a proporcionar mais uma alternativa para lançamentos suborbitais e consequentemente mais opções para acordos nacionais e internacionais de interesse do país”­­­­­­­­­­­­, concluiu.

A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu no início de junho a 13ª unidade da sua frota de H-36 Caracal. A aeronave se caracteriza pelo sistema para receber combustível em voo e equipamentos de autodefesa, entre eles detectores de mísseis inimigos e lançadores de chaff e flare.

O primeiro H-36 foi recebido oficialmente em 2010, no âmbito do projeto H-XBR, que Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira. O planejamento é ter a entrega total de 47 aeronaves para as três forças armadas. A FAB irá receber mais duas, em 2024 e em 2025.

A nova aeronave já está nas instalações do Esquadrão Falcão, sediado em Natal (RN). Dali, poderá cumprir missões como busca e salvamento sobre o Oceano Atlântico, além de transporte de tropas, operações especiais e resgate em áreas hostis (Combat SAR). No ano passado, durante o exercício Tápio, a FAB fez a estreia do procedimento de reabastecimento em voo de helicópteros em contexto operacional.

Operações conjuntas

Ao viabilizar a aquisição de vetores semelhantes para as três forças armadas, o Ministério da Defesa facilitou a interoperabilidade. Tanto a FAB quanto o Exército já enviaram ao navio aeródromo Atlântico, da Marinha, suas aeronaves para operações conjuntas. Além disso, em situações de calamidade, como durante o apoio à população baiana por ocasião das enchentes no início de 2022, militares da Marinha realizaram manutenção de uma aeronave do Exército.

Ainda assim, as três forças armadas abriram mão de parte das aeronaves inicialmente planejadas. Tanto a FAB quanto a Marinha trocaram um dos 16 helicópteros (H-36 na FAB, UH-15 na Marinha) previstos, ficando com quinze unidades em troca, respectivamente, de doze e de quinze H125 Esquilo que equiparão os esquadrões de treinamento. O Exército também negociou uma troca, porém pela ampliação do contrato logístico.

O Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), em São Mateus, realizou, nos dias 03 e 04 de junho, múltiplas captações de órgãos que beneficiaram pacientes receptores no Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco.

Na primeira captação, que ocorreu no último sábado (03), dois rins foram captados e encaminhados para Pernambuco. Já o fígado do doador, beneficiou pacientes que aguardavam pelo transplante no Espírito Santo.

No domingo (04), foi realizada a captação de um coração. O órgão foi transportado por uma equipe da FAB para um paciente em Minas Gerais. Dois rins, o fígado e uma córnea ficaram no Espírito Santo e atenderam pacientes capixabas que aguardavam na fila.

Para a realização dos transportes dos órgãos para os receptores, foi mobilizada uma força-tarefa, que contou com a participação o helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar do Espírito Santo (Notaer-ES) e um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), Maria Machado, ressaltou a importância de a família estar ciente do desejo do ente em ser doador de órgãos e atender à solicitação, e parabenizou o trabalho em equipe dos profissionais envolvidos na ação.

“O ‘sim’ dessas famílias renovou as expectativas de vidas dos receptores que aguardavam por um transplante no Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco.  Esse resultado também demonstra a importância do trabalho conjunto entre a equipe médica, de Enfermagem do HRAS, enfermeiros plantonistas da Central Estadual, Central Nacional, o transporte aéreo realizado pelo Notaer-ES, Infraero e, por via terrestre, pela Central Estadual de Transplantes.  Todos esses profissionais não mediram esforços para realizar o último desejo dos doadores e das famílias que, diante de tanta dor, tiveram o ato de amor e disseram sim para a doação de órgãos”, disse Maria Machado.

Para o diretor geral do HRAS, Eduardo Ribeiro Morais, a doação de órgãos é um gesto de solidariedade e amor ao próximo. Ele destacou que nos últimos 07 meses, a equipe de atendimento, juntamente com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgão e Tecidos para Transplantes do HRAS (CIHDOTT), foi evidenciada em atos de doação.

“Doar são conexões que salvam vidas mesmo não sabendo quem são, e que dão a muitos a oportunidade de respirar, de enxergar, de viver a vida com qualidade em sua plenitude. Nossa instituição tem fortalecido as atividades envolvendo esse ato de cidadania e os resultados estão sendo atingidos por vias da excelência no atendimento de todos os envolvidos neste processo”, afirmou.

O diretor lembrou ainda que é importante disseminar a cultura sobre doação de órgãos e desconstruir a ideia sobre morte. “Afinal, da vida nada levamos, exceto o que somos! Manifestar o desejo em ser doador de órgãos é uma atitude nobre, e é ver a vida tendo continuidade na existência do outro. Nós, do (hospital) Roberto Silvares, não temos palavras para agradecer às famílias doadoras e aos profissionais envolvidos nesse processo de continuidade de vida”, frisou.

Transplantes no ES

Segundo dados fornecidos pela a Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), até esta segunda-feira (05), foram registrados 2.128 pacientes aguardando por um órgão no Estado, sendo 1.214 para rim, 899 para córnea, 13 para fígado e duas pessoas à espera de um coração.

A Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu, no dia 02/06, o processo de recebimento de mais uma unidade da aeronave H-36 Caracal, na versão operacional, o FAB-8522. A aquisição é fruto do projeto H-XBR, que envolve a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, e permitiu a compra de 47 helicópteros.

O contrato prevê a montagem de unidades no Brasil, por meio do Consórcio AIRBUS/Helibras, cuja fábrica está localizada em Itajubá (MG). Com essa remessa, a FAB totaliza o recebimento de 13 aeronaves, com previsão de recebimento de mais dois vetores, em 2024 e 2025.

O FAB-8522, que já está sendo operado pelo Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1°/8° GAV) – Esquadrão Falcão, sediado em Natal (RN), traz uma potencialidade inédita para a Aviação de Asas Rotativas. O H-36 possui sistema de reabastecimento em voo, que vai permitir uma maior capacidade de atuação da aeronave, pois aumentará a autonomia em missões de longa distância.

“Esse recebimento demonstra o compromisso contínuo da FAB em modernizar sua frota e manter um alto padrão de prontidão operacional, garantindo a capacidade de resposta rápida e efetiva em emergências e nas operações militares de defesa do país”, pontuou o Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Major-Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.

A nova unidade do Caracal está equipada com um moderno sistema de autodefesa, o EWS (Electronic Warfare System), capaz de detectar mísseis teleguiados e acionar chaff e flare, dispositivos que “enganam” o sistema do armamento inimigo e protegem a tripulação.

Uma comitiva composta por Oficiais-Generais da Força Aérea Brasileira (FAB) visitou Organizações de Ensino da Aeronáutica com o objetivo de reforçar laços e prestigiar aqueles que foram membros do Alto-Comando e que contribuíram para a modernização da educação na Aeronáutica. Entre os dias 31/05 a 02/06, os membros que participaram da visita institucional percorreram a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG); o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), em Lagoa Santa (MG); a Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP); e a Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP).

O grupo formado por aqueles que estiveram à frente do Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS) e do Comando-Geral do Pessoal (COMGEP), depois da reestruturação, na qual as Escolas passaram a ser subordinadas, foi recebido por meio de apresentações institucionais dos Comandantes das Organizações e visitou as instalações.

A comitiva estava composta pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, que foi Comandante da Aeronáutica entre janeiro de 2019 e abril de 2021, Diretor-Geral do DEPENS entre fevereiro a setembro de 2016 e Comandante-Geral do Pessoal entre abril de 2016 e dezembro de 2018; pelo Comandante-Geral do Pessoal, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Reis Tavares; pelo Tenente-Brigadeiro do Ar William de Oliveira Barros, Diretor-Geral do DEPENS entre agosto de 2003 e fevereiro de 2006; pelo Tenente Brigadeiro do Ar Antonio Pinto Macêdo, Diretor-Geral do DEPENS entre fevereiro e novembro de 2006 e entre março de 2007 e agosto de 2009; pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Dirceu Tondolo Nôro, Diretor-Geral do DEPENS entre abril de 2013 e fevereiro de 2015 e entre setembro de 2016 e março de 2017; e pelo Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior.

Os Oficiais-Generais conheceram o processo de modernização que vem ocorrendo no ensino, como por exemplo, a Educação a Distância (EAD), que possibilita atingir uma gama variada de alunos e ministrar diversos tipos de cursos. Eles também puderam perceber que os valores cultuados nas Organizações de Ensino estão sendo mantidos.

No último dia, a visita teve a participação do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, que apresentou a evolução da FAB com o passar dos anos e sua Diretriz de Comando, de modo a contextualizar a comitiva no cenário, perfazendo o passado, o presente e o futuro da Instituição.

Um dos integrantes da comitiva, Tenente Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, ressaltou sobre o encontro. “Durante esses dias, pudemos visitar as nossas principais Organizações de Ensino da FAB. Ficamos muito orgulhosos com tudo o que vimos e o que nos foi apresentado. Prevalece a máxima: ‘O futuro já chegou’”, expressou o Oficial-General.

Reestruturação

A Diretoria de Ensino (DIRENS) foi ativada no dia 17/04/2021, em Brasília, em substituição ao Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), como parte do processo de reestruturação da Força Aérea Brasileira (FAB). Diferentemente do DEPENS, que era subordinado ao Comando da Aeronáutica, a DIRENS passou a ser subordinada ao Comando-Geral do Pessoal (COMGEP).