NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA
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NOTIMP 148/2025 - 28/05/2025
Imagens inéditas feitas por aeronave da FAB revelam dragas de garimpo ilegal em trecho do Rio Japurá no AM
Foram identificadas seis novas dragas durante o monitoramento por sensores termais do caça da Força Aérea Brasileira (FAB). Estruturas estavam em operação ou escondidas em meio à imensidão amazônica.
Vinicius Assis | Publicada em 27/05/2025 12:42
Dragas usadas para o garimpo ilegal foram detectadas por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) em um trecho do Rio Japurá, no interior do Amazonas. As imagens inéditas, obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, foram captadas na segunda-feira (26) durante a Operação Ágata 2025. Veja o vídeo acima.
Na ação desta segunda-feira, foram identificadas seis novas dragas durante o monitoramento por sensores termais do caça da FAB. Após a identificação das estruturas, agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Polícia Federal (PF) destruíram as dragas.
Durante a operação, os militares identificaram pessoas fugido de uma das dragas. Os agentes acreditam que os suspeitos foram alertados com o barulho do helicóptero. Ninguém foi preso.
Com isso, sobe para 16 o número de dragas que foram destruídas no estado entre sexta-feira (23) e segunda-feira (26), como parte da operação capitaneada pelo Exército, Marinha e FAB. As estruturas estavam em operação ou escondidas em meio à imensidão amazônica, no Rio Japurá, informou o Comando Conjunto Apoena.
Devido ao mau tempo, a operação prevista para esta terça-feira (27) foi adiada para a próxima quarta-feira (28), conforme o planejamento. O comando da operação relatou que já foram identificadas 80 dragas na região de onde está ocorrendo a ação de fiscalização e combate.
Dias anteriores
Na sexta-feira (23), uma draga e rebocadores utilizados pelos garimpeiros foram destruídos no entorno da Estação Ecológica Juami-Japurá, no município de Japurá, interior do estado.
No sábado (24), uma grande estrutura irregular foi localizada no Rio Puruê, nas proximidades do Paraná do Cunha. No local, equipes encontraram uma draga, um empurrador e uma balsa abastecida com combustível, além de armamento irregular e cerca de 1,154 kg de mercúrio — substância altamente tóxica usada no processo de extração de ouro.
Todo o material foi apreendido e os equipamentos inutilizados, conforme os protocolos legais. A ação contou com o apoio de agentes do IcMBio e da Polícia Federal que estão embarcados nos meios fluviais da Marinha do Brasil (MD) e do Exército Brasileiro (EB).
As localidades exatas das demais dragas destruídas não foi divulgada.
Segundo apuração da Rede Amazônica, os responsáveis pelas dragas foram identificados pelos militares e estariam fugindo para a Colômbia.
A Operação Ágata tem o objetivo de combater crimes transfronteiriços e ambientais, além de intensificar a presença do Estado Brasileiro na faixa de fronteira.
Apreensão de drogas
Militares que atuam na operação conjunta também apreenderam mais de 400 kg de drogas na noite de sexta-feira (23).
De acordo com o Exército, a apreensão ocorreu após denúncia anônima de tráfico de drogas. Uma equipe de militares de Operações Especiais entrou em ação realizando diligências nos rios e suas margens e localizou nove sacos com aproximadamente 400kg de drogas, que serão entregues à Polícia Federal.
Os suspeitos conseguiram fugir por uma região de igapó.
Vigilância aérea da FAB fecha cerco ao garimpo na Terra Yanomami
Atividades contínuas de monitoramento conseguem mapear rotas e padrões de voo ilegais, mesmo sob baixa altitude, e desmobilizar a atividade ilegal. Estratégia envolve mapeamento e interceptação de pilotos suspeitos que ultrapassam zona de defesa aérea
Da Redação | Publicada em 27/05/2025 18:51
Com tecnologia de ponta e vigilância constante, o Governo Federal realiza um monitoramento aéreo na Terra Indigena Yanomami capaz de identificar rotas e pilotos do garimpo ilegal, desmontar a logística de voo e provocar uma redução histórica de 94% da atividade na região.
Quando um avião ligado ao garimpo ilegal decola de uma pista clandestina na Amazônia, ele é monitorado devido ao uso integrado de radares, sensores de imagem e, principalmente, da aeronave E-99, o avião-radar da Força Aérea Brasileira (FAB). Graças a essa tecnologia, as rotas, os padrões de voo e os pilotos suspeitos já estão mapeados pelas equipes de inteligência.
O sistema permite à FAB identificar movimentações suspeitas em solo ou em baixa altitude, mesmo quando as aeronaves tentam operar abaixo da cobertura dos radares convencionais. A vigilância aérea é contínua, e a reação, imediata: qualquer indício de tráfego não autorizado pode resultar na interceptação por caças A-29, que seguem protocolos rigorosos de interdição.
A coordenação dessa estrutura está agora sob o comando do Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, novo chefe do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Oficial de alta patente da Força Aérea Brasileira, Barbacovi possui mais de 3.600 horas de voo, com ampla experiência em Aviação de Caça, operações conjuntas e controle do espaço aéreo. Antes de assumir o COMAE, comandou o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), e foi Chefe do Estado-Maior Conjunto do próprio COMAE. Na última semana, Barbacovi visitou a Casa de Governo, em Boa Vista, onde se reuniu com o diretor Nilton Tubino. Durante a visita, reafirmou o compromisso da Força Aérea com o monitoramento constante e o controle do espaço aéreo sobre a Terra Indígena Yanomami em uma articulação conjunta das forças envolvidas na desintrusão.
“A presença do E-99 é uma atividade extremamente importante de inteligência. É o único equipamento capaz de detectar aeronaves voando a baixa altura que escapam dos radares convencionais”, explica Barbacovi. Segundo ele, é com esse vetor que a Força Aérea consegue identificar rotas clandestinas e direcionar caças A-29 para interceptar, interrogar e, se necessário, obrigar o pouso de aeronaves suspeitas.
“Pilotos suspeitos já foram identificados. Pistas de pouso estão sendo fiscalizadas e aeronaves apreendidas. A vigilância é permanente”, alerta Nilton Tubino, Diretor da Casa de Governo.
Espaço aéreo restrito - Em 2023, um decreto presidencial autorizou a criação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA 41), abrangendo o espaço aéreo sobre o território Yanomami. Desde então, apenas aeronaves previamente autorizadas podem operar naquela região. “Hoje, são 87 aeronaves autorizadas a voar na ZIDA 41. São helicópteros e aviões que apoiam diretamente as comunidades indígenas e as operações das forças de segurança, órgãos públicos e institutos de saúde”, detalha Barbacovi. “A principal missão da Força Aérea é garantir que essas aeronaves tenham segurança, impedindo que tráfegos ilícitos ou desconhecidos usem aquele espaço.”
Na prática, a ZIDA 41 transformou o céu da TIY em um espaço de vigilância total. O E-99 comanda a operação, mas os drones RQ-900, os helicópteros H-60 Black Hawk, os caças de ataque leve A-29 Super Tucano, as aeronaves de reconhecimento RA-1 e os vetores de vigilância eletrônica R-99 formam um conjunto que permite identificar, seguir e eliminar a logística aérea do garimpo. A FAB atua com prontidão 24 horas por dia, decolando sob qualquer condição para garantir o cumprimento da lei.
Desmobilização - Desde o início da operação de desintrusão, já foram destruídas 55 pistas de pouso clandestinas e 27 aeronaves ilegais foram inutilizadas e outras 7 aeronaves apreendidas. Mais de 1.235 aeronaves foram fiscalizadas. Essas ações representam o corte do “cordão umbilical” do garimpo ilegal: sem aviões, não há comida, combustível ou escoamento de minério.
Queda relevante do garimpo - Com o enfraquecimento da estrutura logística, os efeitos começam a ser visíveis também no solo. Dados do Governo Federal apontam que, em algumas regiões da TI Yanomami, a atividade garimpeira já apresenta redução de até 94% em comparação a 2022, ano em que o garimpo atingiu seu auge no território. A repressão aérea vem se consolidando como uma das frentes mais eficazes no desmonte da cadeia ilegal.
As operações somam mais de 5.300 ações diretas contra a atividade garimpeira, com prejuízo estimado em R$ 377 milhões às organizações criminosas, segundo balanço da Casa de Governo. Em solo, acampamentos foram desmontados e balsas e motores destruídos.
Vigilância no entorno da TI - Além do bloqueio aéreo dentro da TIY, a atuação coordenada do Governo Federal também tem avançado sobre a logística fora do território. No início deste mês, a Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar pilotos suspeitos de transportar combustível de aviação para abastecer garimpos ilegais dentro da TI Yanomami. A ação ocorreu em Boa Vista e em outras localidades do estado de Roraima, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, os pilotos atuavam como elo estratégico entre fornecedores de insumos e os operadores de garimpo na floresta, usando pistas não homologadas e voos irregulares. A operação teve como objetivo desarticular esses corredores logísticos que, mesmo fora da TI Yanomami, são fundamentais para manter o funcionamento da atividade criminosa. Dessa forma, o cerco aéreo não se limita ao espaço sobre o território indígena, mas avança sobre toda a cadeia que sustenta o garimpo.
“O que está acontecendo na Terra Indígena Yanomami é uma ação do Estado necessária, e a Força Aérea se faz presente”, afirma Barbacovi. “Estamos empregando os melhores equipamentos para voar de dia e de noite, em defesa da segurança dos brasileiros indígenas que vivem naquele território. A FAB precisa e deve estar onde o Brasil precisar. Temos certeza de que nossas ações conjuntas continuarão a atingir excelentes resultados em prol da extinção do garimpo ilegal”, acrescenta.
Sede do novo campus avançado do ITA, Base Aérea de Fortaleza passa a integrar estrutura do DCTA
Juliano Gianotto | Publicada em 27/05/2025 12:44
A Base Aérea de Fortaleza (BAFZ) realizou, no dia 22/05, a cerimônia de Transferência de Subordinação da Unidade, anteriormente vinculada ao Comando de Preparo (COMPREP), para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A solenidade foi presidida pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.
Participaram da cerimônia o Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert; o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto; professores e representantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); além de diversas autoridades militares e civis.
A mudança de subordinação representa um marco histórico e o início de uma nova fase para a BAFZ, que passa a integrar a estrutura voltada à inovação, pesquisa e desenvolvimento da Força Aérea Brasileira (FAB), sediando o novo Campus Avançado do ITA Fortaleza. A medida reforça o papel da Base como plataforma estratégica para o avanço da ciência e para a formação de recursos humanos altamente qualificados no campo da tecnologia.
A cerimônia teve início com as honras militares ao Tenente-Brigadeiro Medeiros e a tradicional revista à tropa. O momento simbólico da transferência foi marcado pela passagem do estandarte da BAFZ, representando a transição de comando e missão. O estandarte, antes conduzido por um militar do COMPREP, foi entregue a um representante do DCTA, simbolizando oficialmente o novo vínculo administrativo e operacional da Unidade.
O Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert, ressaltou a importância do novo ciclo como um passo estratégico para o avanço tecnológico.
“A cerimônia de hoje marca um ato que representa mais do que uma reorganização administrativa. É um marco de visão estratégica, de resgate de legado e de compromisso com o futuro da educação, da ciência e da tecnologia nacional. Um país soberano é, antes de tudo, um país que investe no conhecimento, forma seus talentos, valoriza a ciência e promove a inovação”, destacou.
“Ao longo da história desta organização, vimos um viés totalmente operacional se transformar hoje em uma trilha da ciência e da tecnologia, visando ao aprimoramento da área aeroespacial de nossa Força. Como Comandante desta Base, devo externar o quão especial é minha satisfação em, neste nobre solo, solenizar este ato de grandiosa importância. Hoje, a Base Aérea de Fortaleza passa a integrar a estrutura do DCTA, valoroso legado do grande visionário cearense Marechal Casimiro Montenegro, idealizador do nosso ITA, em São José dos Campos”, finalizou o Comandante da BAFZ, Coronel Aviador Leonardo Amorim de Oliveira.
A BAFZ
Com quase um século de história, a Base Aérea de Fortaleza foi criada em 1933 como o 6º Regimento de Aviação. Seu núcleo foi ativado em 21 de setembro de 1936, quando recebeu seus três primeiros aviões.
A unidade atuou de forma estratégica durante a Segunda Guerra Mundial, no patrulhamento do Atlântico Sul, e, ao longo das décadas, consolidou-se como uma unidade essencial para as operações aéreas da FAB, abrigando esquadrões de aviação e atuando na defesa aérea.
Agora, sob a subordinação do DCTA e com a implantação do Campus Avançado do ITA Fortaleza, a BAFZ se reposiciona como um polo de inovação, pesquisa e desenvolvimento científico, contribuindo diretamente para os avanços da indústria aeroespacial nacional e para a soberania tecnológica do país.
Força Aérea Brasileira realiza exercício AIRLIFT COMAO 2025 na Base Aérea de Anápolis
Da Redação | Publicada em 27/05/2025 12:17
A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou, em 26 de maio, o exercício operacional AIRLIFT COMAO, que se estenderá até 6 de junho na Base Aérea de Anápolis (BAAN). A atividade visa aprimorar a integração entre diferentes aviações e unidades da FAB, simulando cenários de combate realistas para fortalecer a prontidão operacional das tropas.
O exercício envolve missões aéreas compostas (COMAO), que consistem em operações coordenadas entre aeronaves de diferentes tipos e funções, como caças, transportes e helicópteros. Essas missões têm como objetivo treinar a interoperabilidade e a capacidade de resposta rápida em situações de conflito.
Uma das novidades deste ano é o primeiro embarque do veículo de telecomunicações Marruá em uma aeronave KC-390 Millennium. A operação, realizada pelo Esquadrão Profeta (1º/1º GCC), ocorreu em 19 de maio e representa um avanço na capacidade de mobilização e comunicação da FAB em operações conjuntas.
O Marruá é um veículo autossuficiente equipado com sistemas de transmissão e amplificação de sinais de rádio e enlace satelital, permitindo manter comunicações em áreas remotas ou em situações de emergência. Sua integração com o KC-390 demonstra a capacidade da FAB de combinar meios aéreos e terrestres para garantir a eficácia das operações. O AIRLIFT COMAO também serve como preparação para exercícios multinacionais futuros, como o Cruzeiro do Sul Exercise (CRUZEX). A participação de diversas unidades e a realização de missões complexas reforçam o compromisso da FAB com a excelência operacional e a defesa do espaço aéreo brasileiro.
Balsas da FAB farão atendimentos médicos no Pará
A atividade das balsas, que vai até o dia 29/06, tem como foco o apoio humanitário à população e o trabalho dos militares
Da Redação | Publicada em 27/05/2025 20:40
As balsas da Força Aérea Brasileira (FAB) que irão levar atendimento médico a comunidades urbanas e ribeirinhas do estado do Pará sairão de Belém (PA) nesta quinta-feira (29/05), a partir das 9h.
O destino inicial é a cidade de Santarém (PA), onde começa, no dia 11/06, o Exercício de Campanha de Emprego de Logística, Saúde e Intendência Operacional – EXCELSIOR 2025, seguindo para Monte Alegre e finalizando em Breves.
A atividade das balsas, que vai até o dia 29/06, tem como foco o apoio humanitário à população. Além do adestramento dos militares em ambiente operacional complexo.
Durante o exercício, será empregado um Hospital de Campanha (HCAMP) flutuante, com estrutura montada sobre balsas da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA).
Aproximadamente 170 militares estarão diretamente envolvidos na missão, com capacidade estimada para realizar até mil atendimentos diários.
Serão ofertadas nas balsas especialidades como Clínica Médica, Cardiologia, Dermatologia, Neurologia, Oftalmologia, Ginecologia, Ortopedia, Pediatria, Cirurgia Geral, Urologia, Assistência Social, Fisioterapia, Psicologia e Odontologia.
Entre os exames disponibilizados estão Ultrassonografia, Raio X, Colpocitologia cervical, Eletrocardiograma, Ecocardiograma e Exames Laboratoriais. Os atendimentos ocorrerão por agendamento e conforme a demanda das especialidades.
Acesse os links para mais informações sobre o Excelsior 2025:
https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/44122
https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/44134
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