NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL PODER AÉREO


Força Aérea Brasileira lança paraquedistas do KC-390 a grande altitude pela primeira vez

O voo eleva a capacidade operacional da aeronave KC-390 Millennium e exige uso de equipamento específico para garantir segurança em altitude extrema

Da Redação | Publicada em 03/06/2025 15:23

O Salto Livre foi a modalidade usada na quinta-feira (29/05) para realizar a demonstração operacional do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, o Para-Sar, da Força Aérea Brasileira (FAB) e das Brigadas de Infantaria (Bda Inf) do Exército Brasileiro (EB). Em um feito inédito, os paraquedistas foram lançados das aeronaves KC-390 Millennium a partir de uma altitude de mais de 12.000 pés (aproximadamente 3.650 metros), reforçando o preparo, a tecnologia e a versatilidade operacional da FAB em cenários de alta complexidade.

O salto, coordenado por militares altamente treinados, simboliza não apenas um avanço tático, mas também a ampliação das capacidades de infiltração aérea em operações reais. Operar em altitudes elevadas exige planejamento rigoroso e protocolos específicos, entre eles, o uso obrigatório de máscara de oxigênio.

“A emoção de realizar o primeiro salto a partir da aeronave KC-390, acima de 12 mil pés, é algo único. Trata-se de um salto mais complexo, diferente do que estamos acostumados, por ser feito em grande altitude e exigir o uso de oxigênio suplementar. Esse tipo de lançamento é essencial em operações de infiltração, pois permite que a aeronave voe em níveis elevados, reduzindo a chance de ser avistada, e possibilita que as tropas cheguem ao terreno de forma discreta”, relatou um dos militares do Para-Sar.

“Em voos de grande altitude, é fundamental o uso de oxigênio suplementar por meio da máscara de oxigênio. Isso porque, quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica o que reduz a disponibilidade de oxigênio no ar e aumenta o risco de hipóxia, condição que pode comprometer as capacidades físicas e cognitivas dos ocupantes da aeronave”, explicou a médica do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo -, Capitão Médica Aline Zandomeneghe Pereira Franco.

Em operações de lançamento de paraquedista, o papel do piloto vai além de conduzir o avião. É ele quem garante a estabilidade do voo, segue a rota traçada com precisão e monitora variáveis como altitude, velocidade e clima. Toda essa atenção aos detalhes é essencial para que os militares saltem no ponto certo, com segurança e dentro do tempo previsto.

O Piloto do Esquadrão Gordo, Capitão Aviador Arthur Corrêa Lima de Araújo, comentou sobre o uso da máscara de oxigênio para este tipo de missão. “A importância desse tipo de voo está justamente no uso do oxigênio suplementar, que permite operar em altitudes mais elevadas. Com isso, é possível realizar lançamentos de paraquedistas em níveis que, sem o auxílio do oxigênio, não seriam viáveis. Essa capacidade representa uma vantagem tática para a Aviação de Transporte, pois possibilita o lançamento de tropas em áreas hostis, reduzindo a chance de avistamento da aeronave, graças à maior altitude de voo”, finalizou.

Operação AIRLIFT COMAO 2025 na Base Aérea de Anápolis demonstra capacidade de prontidão da Força Aérea Brasileira


Da Redação | Publicada em 03/06/2025 14:49

Grandes operações e exercícios militares da Força Aérea Brasileira (FAB), como uma Operação Aérea Composta (COMAO), são caracterizados por um planejamento meticuloso e uma execução dinâmica de missões. Para ilustrar a complexidade e a intensidade de tais mobilizações, apresentamos um exemplo baseado em uma escala de voo da Base Aérea de Anápolis (BAAN), conduzida sob a supervisão do Comando de Preparo (COMPREP).

Em um dia de operação como o analisado, todas as missões podem ser designadas com “Nível de Risco Alto” e operar sob um nível de ameaça de Defesa Contra Aeronaves (DCA) previamente definido. É comum que uma aeronave H-60 Black Hawk do 2°/10° GAV permaneça em alerta, pronta para possíveis missões de resgate.

Um dia operacional pode começar com missões de treinamento especializado. Por exemplo, as atividades aéreas em uma determinada área de operações, como a “COMAO NORTE”, podem iniciar às 10:00Z (Horário Zulu) com um KC-390 Millennium do 1º Grupo de Transporte de Tropa (1GTT), sob o código CASCAVEL 55, realizando um voo de TREINAMENTO focado em precisão e lançamento de paraquedistas, com um tempo de voo de 1 hora e 30 minutos.

A vigilância estratégica é outro componente essencial. Conforme o cronograma exemplificativo, às 12:20Z, uma aeronave E-99M do 2º/6º Grupo de Aviação (2GAV6), o Indicativo ARGUS, decola para uma missão de Alerta Aéreo Antecipado (AEW). Essa função é fundamental para o comando e controle das operações e para a coordenação da defesa contra aeronaves.

Foco em Assalto Aeroterrestre e Apoio Aéreo Aproximado

Operações de assalto aeroterrestre frequentemente constituem um ponto central em exercícios COMAO. No dia tomado como exemplo, a partir das 12:40Z, uma significativa operação de lançamento de paraquedistas (AIRLIFT) ocorre na Zona de Lançamento (DZ) Villa Lobos. Esta fase envolve:

Aeronaves C-105 Amazonas dos esquadrões 1º/15º GAV (Indicativo ONÇA) e 1º/9º GAV (Indicativo ARARA), lançando paraquedistas do Comando de Operações Especiais (COPESP) – 20 e 15 operadores, respectivamente.

Múltiplos KC-390 Millennium dos esquadrões 1ºGTT e 1ºGT (sob indicativos como CASCAVEL e GORDO), executando o lançamento de um grande contingente de paraquedistas da Brigada de Infantaria Paraquedista (BDA), com cada aeronave transportando 64 militares, e a quantidade total de paraquedistas seguindo o previsto na escala de voo.

Para garantir a segurança e o sucesso de inserções complexas como esta, um pacote de caça e ataque é tipicamente acionado. No exemplo analisado, às 13:00Z, quatro caças F-39 Gripen do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), Indicativo JAGUAR, realizam Patrulha Aérea de Combate (CAP) para defesa aérea.

Simultaneamente, às 13:05Z, duas aeronaves A-1M AMX do 1º/10º GAV (Indicativo POKER) partem para missões de Ataque (STK) a alvos designados. Complementando, às 13:10Z, quatro caças F-5M Tiger II dos esquadrões 1ºGAVCA e 1º/14º GAV (Indicativos JAMBOCK e PAMPA) conduzem missões de Varredura (SWP), incluindo Contra-Ataque Ofensivo e Escolta.

Operações Contínuas: Transporte Logístico e Presença Aérea Sustentada

A dinâmica de um COMAO se estende ao longo do dia. No exemplo, a tarde segue com alta intensidade: Às 17:20Z, uma nova missão AEW é lançada com outra aeronave E-99M (ARGUS).

A partir das 17:40Z, o foco pode se voltar para operações de Transporte Aéreo Logístico (AIRLAND), com aeronaves C-105 (ONÇA, ARARA) e KC-390 (CASCAVEL, GORDO) realizando pousos para transporte de Força de Ação Rápida (FAS), Evacuação Aeromédica (CASEVAC) e Exfiltração Aeroterrestre (EXF AER).

Um segundo pacote de caça e ataque pode ser acionado a partir das 18:00Z, com F-39 Gripen (JAGUAR) novamente em CAP, A-1M (POKER) em missões de Ataque, e F-5M (JAMBOCK, PAMPA) em missões de Varredura.

Capacitação Noturna: Treinamento Especializado

As atividades podem se estender noite adentro, focando em treinamento especializado em outras áreas, como a “COMAO SUL”. No exemplo, a partir das 21:30Z: Um KC-390 (Indicativo BARÃO) do 1ºGT conduz treinamento de Reabastecimento em Voo (AAR) com três caças F-5M (Indicativo PAMPA VERMELHO) do 1º/14º GAV.

Encerrando a programação, às 22:00Z, dois F-5M do 1ºGAVCA (Indicativo PIF PAF OUROS) realizam um voo de treinamento, possivelmente focado em combate aéreo simulado.

A Importância de um Dia de COMAO

Um dia de operações como o exemplificado pela escala de voo analisada demonstra a capacidade da Força Aérea Brasileira de planejar e executar missões aéreas complexas e altamente coordenadas. Envolvendo uma diversidade de aeronaves e unidades em cenários desafiadores – com risco elevado e ameaças simuladas – esses exercícios são fundamentais para aprimorar a interoperabilidade, testar doutrinas e garantir a prontidão operacional da FAB para a defesa dos interesses nacionais. Cada fase, desde o alerta para resgate até o reabastecimento noturno, compõe o intrincado quebra-cabeça da supremacia aérea e da projeção de poder.

 

 

 

 

 

 

 

 

OUTRAS MÍDIAS


PMDF - destaca papel do porta-voz na construção da notícia durante palestra no curso de comunicação da Aeronáutica


Sergio Aldir Silva Júnior | Publicada em 03/06/2025 21:03

O Major Broocke, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi um dos palestrantes convidados do Curso Básico de Comunicação Social (CBCS) da Força Aérea Brasileira (FAB), onde ministrou a palestra intitulada “A atuação do porta-voz na construção da notícia”. O eventoocorreu no dia 29 de maio e reuniu militares de diversas unidades da Aeronáutica, PMDF, CBMDF, Exército Brasileiro e outros órgãos, em capacitação na área de comunicação institucional.

Com uma abordagem prática e interativa, o Major Broocke compartilhou experiências vivenciadas como porta-voz da PMDF, ressaltando a importância da credibilidade, preparo técnico e domínio do cenário comunicacional. “Ser porta-voz é muito mais do que falar em nome da instituição. É construir uma ponte com a sociedade por meio da imprensa, traduzindo os fatos de maneira clara, ética e estratégica”, afirmou.

Durante a apresentação, o oficial destacou elementos essenciais da construção da notícia, como apuração precisa, empatia com o público e alinhamento com os valores institucionais. Além disso, reforçou a importância da atuação integrada entre setores de comunicação e operações para garantir transparência e agilidade nas respostas

A palestra fez parte da grade curricular do CBCS, promovido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), e teve como objetivo ampliar o conhecimento dos militares que atuam na linha de frente da comunicação, capacitando-os a lidar com demandas da mídia e com o fortalecimento da imagem institucional.

A presença de um oficial de comunicação social da PMDF ofereceu uma visão externa e complementar à realidade da FAB e demais órgãos, promovendo um intercâmbio de boas práticas entre forças de segurança pública e militares das Forças Armadas.