A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nesta terça-feira (29/07), em Brasília (DF), a cerimônia alusiva à ativação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (Alada), com a apresentação do seu Conselho de Administração e a posse da sua Diretoria-Executiva.

A solenidade foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, e contou com a presença do Oficiais-Generais do Alto-Comando da Aeronáutica; Oficiais-Generais, Comandantes, Chefes e Diretores de Organizações Militares (OM) da FAB; e demais autoridades civis e militares.

“A criação da ALADA, subsidiária da empresa pública NAV Brasil, ao passo que reforça ainda mais o compromisso da Força Aérea Brasileira em ser as asas que apoiam a tecnologia e a inovação, representa um significativo avanço nessa devotada jornada de continuado progresso, percorrida, há mais de oito décadas, por nossa amada instituição. Ouso dizer ser esta uma data histórica, visto que nela se têm formalizados imprescindíveis atos, os quais integram o início da já vitoriosa história dessa empresa, além do seu ineditismo”, pontuou o Comandante da Aeronáutica em seu discurso.

A ALADA terá a missão de fortalecer a indústria aeroespacial nacional e maximizar o potencial estratégico do país no setor. Concebida como um importante catalisador do Programa Espacial Brasileiro (PEB), a nova estatal promete impulsionar o desenvolvimento tecnológico, a autonomia estratégica e a competitividade do Brasil no mercado aeroespacial global.

Na ocasião, foi realizada a apresentação dos membros do Conselho de Administração da ALADA, eleitos por Assembleia-Geral, no dia 28/07, na sede da NAV Brasil. Entre as conselheiros eleitos, estão o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Damasceno; a Secretária-Geral do Ministério da Defesa, Cinara Wagner Fredo; o Chefe da Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA), Tenente-Brigadeiro do Ar Ary Soares Mesquita; e o Assessor-Especial do Comandante da Aeronáutica para criação da Alada, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida; e o Diretor de Administração da NAV Brasil, Carlos Roberto Santos.

“Hoje, vemos que essa assinatura é um momento bastante vibrante, porque tivemos equipes da SEFA, que por vários anos trabalharam junto ao Governo Federal tentando conseguir espaço para que essa empresa acontecesse. Ano passado, isso foi possível. Esse mercado espacial vai aumentar mais de um trilhão de dólares na próxima década e o Brasil precisa e merece entrar nesse mercado. Então, realmente é um momento especial para a Força Aérea”, ressaltou o Tenente-Brigadeiro do Ar Ary.

O Conselho de Administração é o órgão colegiado de deliberação responsável pela orientação estratégica dos negócios da Alada, funcionando como elo fundamental, dentro do sistema de governança corporativa, entre a Assembleia-Geral e a Diretoria-Executiva. Previamente à solenidade, ocorreu a primeira reunião oficial do Colegiado, que elegeu e empossou como Presidente do Conselho o Tenente-Brigadeiro do Ar Damasceno. Na mesma oportunidade, foi eleita a Diretoria-Executiva da Empresa, cujosmembros tomaram posse durante a cerimônia de ativação da Alada. Foram eleitos e empossados o Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida como Presidente, o Major-Brigadeiro Intendente Alexandre Falconiere de Torres como Diretor de Administração e o Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes como Diretor de Projetos e Negócios.

“O grupo que agora passa a integrar as fileiras da Alada está imbuído de um propósito comum: fazer desta empresa um exemplo de excelência, inovação e contribuição para o desenvolvimento nacional. Nosso comprometimento é com a transparência, a eficiência e a busca constante da excelência. Trabalharemos com a dedicação que a magnitude de nossa missão exige. Cada projeto desenvolvido, cada contrato firmado, cada parceria estabelecida será um passo em direção ao Brasil que queremos construir para as futuras gerações. A Alada não é apenas uma empresa; é um instrumento de transformação nacional. É a materialização do sonho brasileiro de alçar voos cada vez mais altos, literal e figurativamente”, finalizou o Presidente da Diretoria-Executiva da Alada, Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida.

O Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Franciscangelis Neto, que teve papel fundamental desde a concepção inicial da Alada, também prestigiou o evento e destacou sua emoção. “Na atual conjuntura na qual estamos vivendo mundialmente, é muito importante que tenhamos a soberania também na área do espaço, e vejo a empresa como um grande pontapé inicial para que possamos realizar esse sonho. A Força Aérea sempre primou por tecnologia de ponta e a Alada vem exatamente para retratar essa visão que os nossos antepassados sempre tiveram, de colocar a Força Aérea e o país dentro de um cenário tecnológico, no nível mais avançado”, pontuou.

A nova estatal

A Alada representa uma visão estratégica para o desenvolvimento do Brasil como uma potênciaaeroespacial e poderá proporcionar a autossuficiência do país em materiais aeronáuticos e espaciais, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente em tecnologias sensíveis que sofrem restrições para a exportação. Com investimentos direcionados e uma gestão focada em resultados, a empresa será um motor de inovação, progresso econômico e bem-estar social, projetando o Brasil para uma posição de destaque no cenário espacial global.

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nesta terça-feira (29/07), em Brasília (DF), a cerimônia alusiva à ativação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (Alada), com a apresentação do seu Conselho de Administração e a posse da sua Diretoria-Executiva.

A solenidade foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, e contou com a presença do Oficiais-Generais do Alto-Comando da Aeronáutica; Oficiais-Generais, Comandantes, Chefes e Diretores de Organizações Militares (OM) da FAB; e demais autoridades civis e militares.

“A criação da ALADA, subsidiária da empresa pública NAV Brasil, ao passo que reforça ainda mais o compromisso da Força Aérea Brasileira em ser as asas que apoiam a tecnologia e a inovação, representa um significativo avanço nessa devotada jornada de continuado progresso, percorrida, há mais de oito décadas, por nossa amada instituição. Ouso dizer ser esta uma data histórica, visto que nela se têm formalizados imprescindíveis atos, os quais integram o início da já vitoriosa história dessa empresa, além do seu ineditismo”, pontuou o Comandante da Aeronáutica em seu discurso.

A ALADA terá a missão de fortalecer a indústria aeroespacial nacional e maximizar o potencial estratégico do país no setor. Concebida como um importante catalisador do Programa Espacial Brasileiro (PEB), a nova estatal promete impulsionar o desenvolvimento tecnológico, a autonomia estratégica e a competitividade do Brasil no mercado aeroespacial global.

Na ocasião, foi realizada a apresentação dos membros do Conselho de Administração da ALADA, eleitos por Assembleia-Geral, no dia 28/07, na sede da NAV Brasil. Entre as conselheiros eleitos, estão o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Damasceno; a Secretária-Geral do Ministério da Defesa, Cinara Wagner Fredo; o Chefe da Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA), Tenente-Brigadeiro do Ar Ary Soares Mesquita; e o Assessor-Especial do Comandante da Aeronáutica para criação da Alada, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida; e o Diretor de Administração da NAV Brasil, Carlos Roberto Santos.

“Hoje, vemos que essa assinatura é um momento bastante vibrante, porque tivemos equipes da SEFA, que por vários anos trabalharam junto ao Governo Federal tentando conseguir espaço para que essa empresa acontecesse. Ano passado, isso foi possível. Esse mercado espacial vai aumentar mais de um trilhão de dólares na próxima década e o Brasil precisa e merece entrar nesse mercado. Então, realmente é um momento especial para a Força Aérea”, ressaltou o Tenente-Brigadeiro do Ar Ary.

O Conselho de Administração é o órgão colegiado de deliberação responsável pela orientação estratégica dos negócios da Alada, funcionando como elo fundamental, dentro do sistema de governança corporativa, entre a Assembleia-Geral e a Diretoria-Executiva. Previamente à solenidade, ocorreu a primeira reunião oficial do Colegiado, que elegeu e empossou como Presidente do Conselho o Tenente-Brigadeiro do Ar Damasceno. Na mesma oportunidade, foi eleita a Diretoria-Executiva da Empresa, cujos membros tomaram posse durante a cerimônia de ativação da Alada. Foram eleitos e empossados o Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida como Presidente, o Major-Brigadeiro Intendente Alexandre Falconiere de Torres como Diretor de Administração e o Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes como Diretor de Projetos e Negócios.

“O grupo que agora passa a integrar as fileiras da Alada está imbuído de um propósito comum: fazer desta empresa um exemplo de excelência, inovação e contribuição para o desenvolvimento nacional. Nosso comprometimento é com a transparência, a eficiência e a busca constante da excelência. Trabalharemos com a dedicação que a magnitude de nossa missão exige. Cada projeto desenvolvido, cada contrato firmado, cada parceria estabelecida será um passo em direção ao Brasil que queremos construir para as futuras gerações. A Alada não é apenas uma empresa; é um instrumento de transformação nacional. É a materialização do sonho brasileiro de alçar voos cada vez mais altos, literal e figurativamente”, finalizou o Presidente da Diretoria-Executiva da Alada, Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida.

O Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Franciscangelis Neto, que teve papel fundamental desde a concepção inicial da Alada, também prestigiou o evento e destacou sua emoção. “Na atual conjuntura na qual estamos vivendo mundialmente, é muito importante que tenhamos a soberania também na área do espaço, e vejo a empresa como um grande pontapé inicial para que possamos realizar esse sonho. A Força Aérea sempre primou por tecnologia de ponta e a Alada vem exatamente para retratar essa visão que os nossos antepassados sempre tiveram, de colocar a Força Aérea e o país dentro de um cenário tecnológico, no nível mais avançado”, pontuou.

A nova estatal

A Alada representa uma visão estratégica para o desenvolvimento do Brasil como uma potência aeroespacial e poderá proporcionar a autossuficiência do país em materiais aeronáuticos e espaciais, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente em tecnologias sensíveis que sofrem restrições para a exportação. Com investimentos direcionados e uma gestão focada em resultados, a empresa será um motor de inovação, progresso econômico e bem-estar social, projetando o Brasil para uma posição de destaque no cenário espacial global.

Com o objetivo de manter o elevado padrão de segurança nas operações aéreas, o Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) promoveu, nos dias 23 e 24 de julho, a Jornada de Segurança em Voo, no auditório Santos Dumont do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Durante dois dias, o evento reuniu o efetivo e o quadro de tripulantes, além de especialistas civis e militares, para discutir temas importantes sobre a prevenção de ocorrências aeronáuticas.

O primeiro dia do evento contou com duas palestras conduzidas pelo Major Aviador RR David Branco, que abordaram os principais riscos associados às fases finais do voo e os aspectos comportamentais que influenciam a tomada de decisão dos tripulantes.

Na primeira apresentação, com o tema “Acidentes em Aproximação e Pouso”, o Major analisou ocorrências típicas dessas fases, como excursão de pista e perda de controle durante a aproximação, utilizando situações reais como exemplo. “Nosso foco é sair e voltar em segurança. Mas existem muitos aspectos no meio da operação que podem atrapalhar esse objetivo: fatores técnicos, operacionais e humanos que precisam ser gerenciados com disciplina e preparo”, afirmou.

Na segunda palestra, “Processo Decisório na Aviação”, o Major abordou os fatores emocionais, ambientais e culturais que interferem na capacidade da tomada de decisões. “Esse segundo tema é comportamental. Falo sobre os fatores que impactam a nossa tomada de decisão. A ideia é oferecer ferramentas que aumentem a percepção dos tripulantes e melhorem sua capacidade de escolha em momentos críticos”, explicou.

O palestrante ressaltou ainda a importância de iniciativas como a Jornada. “Esse tipo de encontro reforça a mentalidade de segurança operacional. É um espaço para refletir sobre os cuidados que precisamos ter para estar sempre prontos para cumprir a missão com segurança”, concluiu.

No segundo dia da Jornada, o Diretor de Segurança Operacional da GOL Linhas Aéreas, Alexandre Gandini, apresentou a palestra “Segurança Operacional em Linha Aérea”, detalhando os conceitos, pilares e práticas que sustentam o sistema de gerenciamento de segurança da companhia. Destacou a atuação proativa na identificação e mitigação de riscos, a relevância dos indicadores, da comunicação e do aprendizado contínuo. Ele afirmou que a segurança é responsabilidade de todos e depende da colaboração em todos os níveis da organização.

Na sequência, os engenheiros mecânicos, também da GOL, Lucas Fernandes e Gustavo Silva, apresentaram a palestra “Ações de Manutenção e Gestão da Qualidade”.

A última palestra do evento foi ministrada pelo Comandante do Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER), Coronel Meteorologista Fernando Gonçalves Brandão, sobre os Riscos Meteorológicos na Aviação. O comandante apresentou aspectos gerais do CIMAER, abordou os Riscos Meteorológicos, estratégias de autobriefing meteorológico e produtos de prevenção.

A apresentação abordou casos reais de ocorrências associadas à formação de gelo severo, turbulência e fenômenos atmosféricos que exigem decisões rápidas e assertivas por parte da tripulação. “Mesmo uma informação meteorológica precisa não tem valor por si só se não for usada no processo de tomada de decisão”, afirmou.

O Coronel destacou a importância de usar informações meteorológicas oficiais durante o planejamento e a execução do voo, enfatizando o papel da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (REDEMET). “É fundamental que o piloto desenvolva um modelo mental atmosférico, antecipando riscos e utilizando os dados disponíveis de forma prática, em benefício da segurança do voo”, completou o comandante do CIMAER.

Durante o encerramento do evento, o Comandante do GEIV, Major Aviador Rodrigo Pereira Drumond, agradeceu a participação de todos e ressaltou a importância de colocar em prática o conhecimento adquirido durante a jornada. “Vamos aplicar da forma mais proveitosa possível tudo que foi compartilhado nesses dois dias, sempre com foco na segurança dos nossos voos. Que possamos incorporar esse conhecimento às nossas missões, atuando com eficiência e, acima de tudo, mitigando os riscos que possam surgir no caminho”, finalizou o comandante.

Fotos pouco conhecidas do Arquivo Nacional dos Estados Unidos demonstram o cotidiano dos pilotos e mecânicos da FAB em meio as operações no continente europeu.

Oito décadas podem ter se passado desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e com ela, um dos capítulos mais importantes da Força Aérea Brasileira: a participação da unidade, através do 1.º Grupo de Aviação de Caça (1.º GAvCa) e da 1.ª Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO) em seu primeiro conflito global, combatendo e sobrevivendo em meio a uma terra desconhecida.

Apesar de grande parte dos arquivos pertencentes a esta participação da FAB se encontrarem atualmente acessíveis para consulta pública, principalmente através de documentos disponibilizados pelo Arquivo Nacional, além de relatos dos próprios pilotos (que geraram uma dúzia de livros sobre a campanha), os mesmos ainda não retratam o cenário completo da unidade em seus dias na Itália.

Deste modo contribui o Arquivo Nacional dos Estados Unidos (NARA), que vem na última década progressivamente digitalizando uma série de arquivos relativos à Segunda Guerra, principalmente relatórios e imagens, com foco nas unidades aéreas estadunidenses que participaram do conflito.

No entanto, devido ao escopo do projeto, não são somente os arquivos das unidades americanas que vem se sobressaindo nesse trabalho quase que arqueológico nos últimos anos. Cabe lembrar que 1º GAvCa, durante a Campanha da Itália, foi integrado a uma unidade americana (350º Grupo de Caça) – e, consequentemente, não foram poucos os arquivos brasileiros que terminaram em mãos estadunidenses no final do conflito.

Entre elas se encontravam diversas fotos da unidade durante sua estadia em território estrangeiro, muitas das quais foram tomadas para fins de propaganda pró-aliada, mas que jamais foram publicadas oficialmente. Com a digitalização dos arquivos americanos, grande parte de tal repositório fotográfico está vendo a luz do dia pela primeira vez em mais de oitenta anos.

Diferente da maioria das imagens disponibilizadas até o momento por fontes brasileiras e estrangeiras, que tem como foco as operações de guerra da FAB, os arquivos disponibilizados pelo governo americano revelam principalmente o dia a dia dos pilotos e equipe de terra do 1º GAvCa, principalmente nas bases operacionais da unidade em Tarquínia e, posteriormente, San Giusto.

As fotos são um retrato da unidade e dos vários membros que estiveram por trás do esforço de guerra do grupo: assim, além dos pilotos, também se destacam retratos dos heróis desconhecidos da unidade, como mecânicos, serventes, ordenanças e equipe médica, que compuseram essa pequena comunidade brasileira na Europa.

Interessantes momentos históricos do 1º GAvCa podem ser vistos apenas neste arquivo, entre eles o registro do primeiro briefing operacional da unidade na Itália, além de momentos descontraídos das equipes operacionais do esquadrão no intervalo entre as missões. Um outro detalhe interessante é que boa parte das imagens que vêm sendo digitalizadas são coloridas, algo raro nas fotos até então conhecidas do 1º GAvCa.

Tais fotos pertencem as últimas levas de arquivos digitalizados pelo NARA, que tem como meta para o período 2022/26 tornar públicos mais de 500 milhões de páginas de relatórios e imagens relacionadas à história dos Estados Unidos e de outras nações parceiras. O NARA atua em parceria principalmente com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que manteve durante décadas arquivos relacionados à participação dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

Com relação aos materiais ligados ao Brasil, boa parte deles provém do catálogo de arquivos da Força Aérea Americana (USAF) e de documentos da 12ª Força Aérea, a grande unidade a qual o 1º GAvCa esteve enquadrado na Itália.

Mesmo com preferência do NARA pela digitalização de arquivos mais intimamente ligados às unidades estadunidenses, não é de se espantar que novos documentos relacionados ao 1º GAvCa possam vir à superfície nos próximos meses, enriquecendo ainda mais o conhecimento sobre a unidade nos oitenta anos da contribuição brasileira na Segunda Guerra Mundial.

Um breve resumo do 1º GAvCa

Seria nesse cenário que se forjaria a história do 1.º Grupo de Aviação de Caça (1.º GAvCa), unidade que se tornaria lendária e símbolo da participação da FAB na Campanha da Itália. Chegando inicialmente ao país da bota com certa desconfiança, não tardou para que a unidade ganhasse respeito e admiração tanto de seus aliados quanto inimigos, devido ao arrojo das missões desempenhadas pelo grupo.

Segundo dados oficiais da FAB, durante os 184 dias que o 1º GAvCa esteve empenhado em campanha na Europa, foram realizadas aproximadamente 445 missões, resultando em 2550 surtidas em combate. Foram 6144 horas de voo, entre missões de treinamento e de guerra, representando um dos números mais altos de qualquer unidade empenhada no Teatro de Guerra Italiano-Mediterrâneo durante o período.

Por conta disso, o grupo pagou um alto tributo, perdendo oito pilotos ao longo de seu período operacional (cinco foram mortos em combate e outros três em acidentes), o que gradualmente prejudicou o ritmo de operações da unidade. Mesmo com as perdas, o 1º GAvCa jamais deixou de cumprir as missões a ele designadas.

Para ver o acervo completo de imagens digitalizadas pelo Arquivo Nacional dos Estados Unidos do 1º GAvCa, basta clicar aqui.

A Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu entre os dias 21 e 25/07, na Base Aérea de Canoas (BACO), a Avaliação Operacional Contratual (AVOP) do sistema de autodefesa da aeronave KC-390 Millennium. A atividade integrou a Operação Zeus 2025 –Fase Self Protection System (SPS) e teve como objetivo verificar a eficácia e a conformidade dos sistemas de autoproteção do vetor, essenciais para missões em cenários operacionais modernos.

Coordenada pelo Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a avaliação contou com o apoio do Comando de Preparo (COMPREP), por meio do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), e de Organizações Militares como o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa a (1º GTT) – Esquadrão Zeus, o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, o Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea (1º GDAAE), o Grupo Logístico de Anápolis (GLOG-AN). Especialistas da empresa EMBRAER participaram como observadores da atividade.

Com o apoio do Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV) – Esquadrão Pampa, sediado na Base Aérea de Canoas (BACO), a AVOP teve como objetivo validar a capacidade do KC-390 Millennium de detectar e reagir a ameaças guiadas por radiofrequência — fator essencial para a sobrevivência da aeronave em ambientes aéreos hostis.

A atividade foi marcada pela sinergia entre as equipes técnicas, responsáveis pelo planejamento das missões e pela programação dos sistemas embarcados, como o Radar Warning Receiver (RWR) e o Counter Measure Dispenser System (CMDS), e as equipes operacionais, encarregadas da elaboração da doutrina de emprego e do suporte logístico necessário ao pleno funcionamento do sistema de autodefesa.

“A capacidade de identificar e neutralizar ameaças é fundamental para a segurança. A avaliação permitiu ao KC-390 fornecer informações precisas e opções de autodefesa cruciais para os pilotos em situações de combate”, afirmou o Capitão Aviador Fernando Polizel Culhari, do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV).

O Capitão Aviador Matheus Protásio do Nascimento, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), destacou que a AVOP foi essencial para validar a capacidade do KC-390 de detectar ameaças e utilizar contramedidas de forma eficaz.

Segundo ele, os resultados e as lições aprendidas durante a campanha devem contribuir significativamente para o aumento da taxa de sobrevivência da aeronave em cenários adversos. “O uso eficaz de contramedidas eletrônicas contribui diretamente para o aumento da taxa de sobrevivência da aeronave em situações reais de combate”, ressaltou.