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TV GLOBO - JORNAL NACIONAL


FAB começa a usar caças de origem sueca

Quatro aviões do modelo F-39 Gripen são os mais avançados da América Latina e podem chegar a 2.400 km/h.

Por Redação | Publicada em 20/12/2022 21:29

 

A Força Aérea Brasileira começou a operar nesta segunda-feira (19) os caças de origem sueca F-39 Gripen.

Os quatro aviões fazem parte de um lote de 36 comprados em 2014 e vão ficar na base aérea de Anápolis, em Goiás. Os caças são os mais avançados da América Latina, têm armamento inteligente e podem chegar a 2.400 km/h.

TV GLOBO - JORNAL HOJE


FAB começa a operar os primeiros caças Gripen na Base Aérea de Anápolis


Da Redação | Publicada em 19/12/2022 14:00

O governo brasileiro comprou 36 aeronaves. A fabricante sueca entregou 5 aviões para a FAB e o restante deve ser entregue até o fim de 2027.

PORTAL G1


Veja detalhes dos caças Gripen da FAB que começam a operar na Base Aérea de Anápolis

Foram adquiridas 36 aeronaves com a Saab por R$ 20 bilhões. Cinco foram entregues para a FAB e o restante tem previsão de entrega para 2027.

Por Rafael Oliveira | Publicada em 19/12/2022 09:32

O caça Gripen F-39 está entre os modelos mais tecnológicos do mundo. De acordo com a Saab, empresa sueca que fabrica o avião, o Gripen é conhecido pela sua eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e capacidade tecnológica avançada. A Força Aérea Brasileira (FAB) comprou 36 aeronaves Gripen para fazer a defesa do espaço aéreo. A tecnologia de produção é compartilhada entre engenheiros da FAB e da Saab.

Veja no vídeo abaixo detalhes do interior e de como foi produzido o caça.

Funções do Gripen F-39
O caça Gripen E tem envergadura de 8,6 metros, 4,5 metros de altura, 14 metros de comprimento, atinge velocidade máxima de 2,4 mil km/h e chega a voar acima de 16 mil metros de altitude. Segundo a FAB, o F-39 Gripen é usado por forças aéreas em todo o mundo.

RWR - Alerta de detecção de radar: Confirma a localização dos sinais emitidos por qualquer radar no solo, no mar ou no ar que esteja buscando o Gripen;

ECM - Contramedidas eletrônicas: O sistema de guerra eletrônica do Gripen confunde os radares de busca e de tiro do inimigo, seja interferindo ou saturando com múltiplos sinais “fantasmas”, evitando que o Gripen real seja marcado como alvo;

MAWS - Alerta de aproximação de mísseis: Alerta sobre a aproximação de mísseis disparados contra o Gripen.

Míssil BVR Meteor: Míssil além do alcance visual (BVR) de última geração, com alta energia e longo alcance, garantindo maior zona sem possibilidade de fuga e alta probabilidade de acerto contra o alvo;

Datalink / Link 16 / Link tático: As capacidades de datalink garantem a superioridade da informação e o compartilhamento de fusão de dados em tempo real para a tomada de decisões rápidas;

Ataque Eletrônico com LADM: Supressão adicional de guerra eletrônica com uso de míssil leve, que atua como interferidor, apoiando a operação do Gripen em espaço aéreo negado com a presença de sistemas antiaéreos;

Ataque Eletrônico com EAJP: O Electronic Attack Jammer Pod (EAJP) transportado pelo Gripen interfere e satura eletronicamente os sistemas antiaéreos inimigos, permitindo a sua operação em espaço aéreo contestado;

CAS/GAAI - Suporte para forças em solo: Apoio Aéreo Aproximado/Interdição Aérea assistida por equipes de militares em solo por meio dos sistemas de auxílio digital a bordo como VMF, Link-16 e link de vídeo em tempo real (VDL);

ISR - Inteligência, vigilância e reconhecimento: Cobertura 360 graus de sensores ativos e passivos que provém consciência situacional colaborativa no cenário tático operacional;

LADM - Gerando alvos falsos: O LADM tem a capacidade de gerar alvos falsos para confundir e saturar os radares de busca e de tiro inimigos;

IFF - Identificação amigo/inimigo: Identifica e confirma quais são as forças amigas e inimigas num cenário tático e operacional;

Míssil WVR IRIS-T: O míssil IRIS-T, de alcance visual (WVR), é o mais avançado da sua categoria, principalmente em engajamentos fora da linha de visada da aeronave, sendo o seu emprego complementado pelo uso do HMD para que o piloto possa fazer a mira contra o alvo.

Chaff/flare/despistadores: Dispositivos ativos e passivos de autoproteção para confundir mísseis guiados por radar, por infravermelho e radares de controle de fogo inimigo.

De acordo com a ficha técnica da Saab, o tempo para reabastecer, rearmar e fazer uma inspeção técnica no avião para uma missão de defesa aérea é de 10 minutos.

A equipe necessária para essa manutenção deve ser formada por cinco militares, que pode ser de recrutas que estejam cumprindo o serviço militar e após fazerem treinamento de 10 semanas.

A disponibilidade do Gripen para voos é um dos diferenciais em relação a outros modelos, sendo projetado para ter intervalos de inspeções de 2,5 horas a cada 7,6 horas voadas.

Armamentos

O Gripen E tem 10 pontos externos para fixação de armamentos de diversos tipos de mísseis de curto e longo alcance, bombas e mísseis guiados por laser, radar ou sistema eletro-óptico para emprego contra alvos no céu, terra e mar.

A sua arquitetura permite ainda a integração de armas que já se encontram disponíveis nos arsenais das Forças Aéreas que escolherem o Gripen. Para missões de manutenção da supremacia aérea, o Gripen E leva até 7 mísseis ar-ar de longo alcance (BVRAAM) Meteor e dois 2 mísseis de curto alcance (WVR) IRIS-T.

A ficha técnica destaca que o caça pode levar uma combinação de armamentos e sensores externos para cumprir um variado leque de tarefas numa mesma missão, que pode ser de defesa aérea e ataque sem precisar voltar para a base e mudar sua configuração.

Contrato

O contrato entre a FAB e a Saab foi assinado em 2014 e os aviões são produzidos na Suécia. São dois modelos diferentes: o Gripen E, que abriga um piloto, e o Gripen F, para até dois tripulantes. Nos demais detalhes, as aeronaves são iguais. A FAB, inclusive, é pioneira na operação da versão de dois assentos, o Gripen F.

As 36 unidades custaram R$ 20 bilhões para a FAB. Cinco foram entregues e o restante tem previsão de entrega para 2027.

Em 2020, um modelo Gripen E foi entregue para a FAB e desde então, vem executando ensaios em voo na Embraer, em Gavião Peixoto, em São Paulo. Depois, mais 4 unidades foram entregues: duas em abril e duas em novembro deste ano, todas do modelo Gripen E.

Lançamento de foguete sul-coreano deve acontecer nesta terça (20) em Alcântara, no MA

Operação é uma parceria do Governo Federal com uma empresa privada da Coreia do Sul.

Da Redação | Publicada em 19/12/2022 11:29

Na manhã desta terça-feira (20) deve ser realizado o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TL no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão, localizado a 30 km de São Luís.

A princípio, a ideia era de que haveria transmissão ao vivo, mas agora as imagens do lançamento serão disponibilizadas após o evento, que está cercado de segredos por parte dos operadores.

Também era esperado o lançamento do foguete nesta segunda (19), mas as condições meteorológicas atrasaram o evento, segundo a Innospace, empresa que está realizando o lançamento, em parceria com a Agência Espacial Brasileira.

De qualquer forma, o lançamento deve acontecer, no máximo, até a quarta-feira (21), que é quando a Terra ainda está numa posição considerada ideal.

O HANBIT-TL é um lançador de satélites e a operação desta terça (20) deve confirmar a capacidade de enviar, futuramente, um nanosatélite para o espaço a partir do CLA . O projeto se chama 'SISNAV' e está inserido dentro do Sistema de Navegação e Controle (SISNAC), previsto para o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) da Força Aérea Brasileira (FAB), focado em órbitas baixas.

O primeiro teste vertical do foguete foi bem sucedido e será a primeira vez que o Brasil realiza um lançamento experimental em conjunto com uma empresa privada de outro país.

A operação foi batizada de 'Astrolábio' e é uma parceria com a empresa sul-coreana Innospace, contando com a participação da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Previsão de novos lançamentos no futuro

O lançamento no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no município de Alcântara, a 30 km de São Luís, foi possível graças a um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) feito pelo Governo Federal, em 2019.

Após a assinatura do documento, a Agência Espacial Brasileira (AEB) lançou um edital para atrair o interesse de empresas privadas na utilização do Centro de Lançamento de Alcântara. Quatro empresas foram habilitadas, dentre elas, a sul-coreana Innospace.

O acordo contém cláusulas que protegem tanto a tecnologia usada pelos norte-americanos quanto pelos brasileiros. Pelo acordo, os Estados Unidos poderão lançar satélites e foguetes do local, mas o território de Alcântara continuará sendo espaço de jurisdição brasileira.

O acordo determina que o conhecimento sobre a tecnologia da carga útil presente no foguete, que foi desenvolvida pelo Brasil, não seja acessível a países estrangeiros.

A mesma proteção acontece com a tecnologia usada na construção do foguete, desenvolvido pela Coreia do Sul, ou seja, os dados coletados durante o lançamento do HANBIT-TLV estarão disponíveis somente à Innospace.

PORTAL R7


F-39 Gripen entra em operação na Força Aérea Brasileira

Caças Gripen são incorporados ao Primeiro Grupo de Defesa Aérea na Base Aérea de Anápolis, em Goiás

Por Luiz Fara Monteiro | Publicada em 19/12/2022 17:09

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nesta segunda-feira (19/12), na Base Aérea de Anápolis (BAAN), uma cerimônia que marca o início das atividades operacionais dos caças F-39 Gripen (também conhecidos como Gripen E) pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

"O início das atividades operacionais do Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB) é um dia extremamente importante, não só porque marca o início de uma nova era operacional para a FAB, mas também porque é o resultado de anos de muito trabalho em conjunto com a Força Aérea e com nossos parceiros industriais brasileiros Embraer, AEL Sistemas, Akaer, Atech e nossas próprias subsidiárias no Brasil" disse Micael Johansson, o Presidente e CEO da Saab.

No evento, dois caças Gripen fizeram um voo de apresentação conduzidos pelos pilotos da FAB Tenente Coronel Gustavo Pascotto, comandante do 1º GDA, e Tenente Coronel Ramon Lincoln Santos Fórneas. Os pilotos brasileiros realizaram o treinamento do Gripen E na Suécia e contaram com dois simuladores de voo, que estão instalados na Base Aérea de Anápolis, para a preparação do voo de hoje.

A entrada em operação ocorre após a fase de ensaios em voo no Brasil, conduzidas no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), localizada na planta da Embraer, em Gavião Peixoto, desde setembro de 2020, com a chegada da aeronave de testes no país.

Em novembro, a Saab obteve a certificação necessária para o uso militar do Gripen E, que atesta que a aeronave cumpriu todos os requisitos de aeronavegabilidade e segurança de voo estabelecidos pelas autoridades militares suecas e brasileiras, representadas pela Inspetoria de Segurança da Aviação Militar Sueca (FLYGI) e pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) no Brasil. A certificação conjunta reflete a sinergia obtida através da cooperação técnica entre as duas autoridades, sendo um passo importante antes que o Gripen iniciasse suas atividades operacionais na FAB.

"O Brasil tem agora um dos caças mais avançados do mundo. Além disso, o Programa Gripen traz consigo o mais extenso programa de transferência de tecnologia em andamento no Brasil e é, definitivamente, o maior já feito por qualquer empresa sueca. Ele traz para a indústria de defesa brasileira o conhecimento para desenvolver, produzir, testar e manter um avançado caça supersônico. Estamos muito orgulhosos em sermos um parceiro estratégico do Brasil", concluiu Johansson.

O Programa Gripen?

A parceria entre a Saab e o Brasil começou em 2014, com um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas, suporte e equipamentos. Um amplo programa de transferência de tecnologia, que está sendo executado em um período de dez anos, está impulsionando o desenvolvimento da indústria aeronáutica local por meio das empresas parceiras que participam do programa Gripen Brasileiro.?

No decorrer desse período, mais de 350 técnicos e engenheiros brasileiros estão participando de treinamentos teóricos e práticos, na Suécia, para adquirirem o conhecimento necessário para a execução das mesmas tarefas no Brasil.

AGÊNCIA BRASIL


Foguete sul-coreano será lançado da Base de Alcântara


Por Redação | Publicada em 19/12/2022 08:00

Pela primeira vez desde a inauguração da Base de Alcântara em 1983, uma empresa privada vai utilizar a estrutura, que fica no Maranhão.

A previsão é que um foguete sul-coreano seja lançado até quarta-feira (21), levando a bordo um sistema de navegação autônoma 100% brasileiro, desenvolvido pela Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Espacial Brasileira.

PORTAL AEROIN


Força Aérea forma 100 novos Pilotos de Combate na Base Aérea de Natal


Por Murilo Basseto | Publicada em 19/12/2022

A Força Aérea Brasileira (FAB) informa nessa segunda-feira, 19 de dezembro, que a Base Aérea de Natal (BANT) realizou, na última quinta-feira, 15, a cerimônia alusiva ao encerramento do Programa de Especialização Operacional (PESOP) do ano de 2022, com a formação de 12 pilotos especializados em Aviação de Asas Rotativas, 21 em Aviação de Caça, 55 em Aviação de Transporte e 12 em Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento.

O Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, presidiu a sessão solene e foi recebido no local pelo Comandante da BANT, Brigadeiro do Ar Éric Cézzane Cólen Guedes.

Também estiveram presentes na cerimônia, o Comandante de Preparo – Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida – demais Oficiais-Generais do Alto-Comando, Oficiais-Generais e demais autoridades civis e militares.

“O PESOP tem a oportunidade ímpar de transformar nossos pilotos militares formados na Academia da Força Aérea em pilotos de combate. É um programa árduo e longo e, nesse período, tivemos a oportunidade de voar 12 mil horas na formação de nossos estagiários”, disse o Comandante da BANT, Brigadeiro Cólen.

E ao falar aos formandos, o Brigadeiro Cólen os aconselhou sobre o caminho profissional que estão a seguir. “Estudem, acreditem e sejam responsáveis e líderes no cumprimento das missões que lhe serão atribuídas em defesa da soberania do espaço aéreo”, completou.

A cerimônia contou, ainda, com a entrega do Prêmio Padrão 2022 aos instrutores e estagiários que se destacaram ao logo do ano. E, em um momento marcante para todos os presentes, os estagiários receberam, daqueles que os ajudaram a chegar a esse dia – seus instrutores –, os distintivos operacionais.

“Os senhores encerram um ciclo bastante importante da formação operacional, estando prontos para prosseguirem para as unidades aéreas das aviações de Asas Rotativas; Busca e Salvamento; Caça; Transporte; e Inteligência, Vigilância e Reconhecimento”, destacou o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro Almeida.

Ainda em seu discurso, o Oficial-General ressaltou as ações de modernização da Força Aérea Brasileira, com a aquisição de novos vetores capazes de proteger a soberania do espaço aéreo. E, assim, salientou a assinatura do Projeto THX para a aquisição de 12 helicópteros HC-125, juntamente com a continuidade do recebimento do KC-390 Millennium e a incorporação dos novos KC-30 e F-39 Gripen.

“Assim, afirmo o compromisso assumido pelo Comando da Aeronáutica para a construção de uma Força Aérea de grande capacidade dissuasória e destaque no cenário global”, concluiu.

PESOP

O curso de especialização operacional é o conjunto de atividades de instruções aéreas e terrestres desenvolvido nos Esquadrões da Base Aérea de Natal.

O Primeiro Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (1º/5º GAV – Esquadrão Rumba) executa a especialização de pilotos na Aviação de Transporte e de Inteligência, Vigilância e de Reconhecimento.

O Primeiro Esquadrão do Décimo Primeiro Grupo de Aviação (1º/11º GAV – Esquadrão Gavião) especializa pilotos na Aviação de Asas Rotativas.

O Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação 2º/5º GAV – Esquadrão Joker especializa pilotos na Aviação de Caça.

Ópera do Danilo

As celebrações alusivas ao encerramento do PESOP 2022 iniciaram-se no dia 14/12 com a tradicional encenação da Ópera do Danilo, como forma de homenagear os novos pilotos.

O evento contou com a presença do Comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro Baptista Junior; dos Comandantes das Organizações Militares da GUARNAE-NT; de instrutores e estagiários do PESOP.

“Muito obrigado por poder voltar à Base Aérea de Natal, pilotando um KC-390, e vê-los encenando uma das mais profundas e importantes tradições, a Ópera do Danilo”, agradeceu o Comandante Baptista Junior.

REVISTA AERO MAGAZINE


F-39 Gripen entra em operação na FAB

Após 9 anos do processo de projeto, produção e validação o caça F-39 Gripen entra em operação na FAB

Por Edmundo Ubiratan | Publicada em 19/12/2022 12:45

A Força Aérea Brasileira realizou hoje (19), na base aérea de Anápolis, a cerimônia de incorporação operacional dos seus primeiros caças F-39 Gripen. Os aviões serão operados pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), que iniciaram suas atividades com os Mirage III, na década de 1970.

O evento simbólico demonstra a capacidade operacional inicial, que permitirá os Gripen E atuarem como interceptadores aéreos, considerada a principal missão para os caças brasileiros. As demais capacidades, como ataque ao solo, guerra eletrônica, entre outras, serão adicionadas em fases.

A entrada em serviço ocorre após um longo período de ensaios e validações, que foi realizado pelo Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. Além disso, parte dos testes foram feitos na Suécia, completando a longa e complexa fase de validações existente no projeto de um caça moderno.

"O início das atividades operacionais do Gripen pela Força Aérea Brasileira é um dia extremamente importante, não só porque marca o início de uma nova era operacional para a FAB, mas também porque é o resultado de anos de muito trabalho em conjunto com a Força Aérea e com nossos parceiros industriais brasileiros Embraer, AEL Sistemas, Akaer, Atech e nossas próprias subsidiárias no Brasil" disse Micael Johansson, o presidente e CEO da Saab.

O certificado militar, que permite iniciar as primeiras etapas de voo operacional, foi recebido pela Saab em meados de novembro, atestando que o Gripen E cumpriu todos os requisitos de aeronavegabilidade e segurança de voo estabelecidos pelas autoridades militares suecas e brasileiras.

A certificação foi emitida de forma conjunta pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) no Brasil e pela Inspetoria de Segurança da Aviação Militar Sueca.

"O Brasil tem agora um dos caças mais avançados do mundo. Além disso, o Programa Gripen traz consigo o mais extenso programa de transferência de tecnologia em andamento no Brasil e é, definitivamente, o maior já feito por qualquer empresa sueca. Ele traz para a indústria de defesa brasileira o conhecimento para desenvolver, produzir, testar e manter um avançado caça supersônico", concluiu Johansson.

Durante a cerimônia, dois caças F-39 Gripen realizaram um voo de demonstração, sendo pilotados pelo tenente coronel Gustavo Pascotto, comandante do 1º GDA, e o tenente coronel Ramon Lincoln Santos Fórneas.

A FAB enviou diversos militares, entre pilotos, técnicos e engenheiros, para a Suécia, onde foi iniciado a fase de instrução em diversos aspectos do caça, indo da pilotagem ao conhecimento de projeto e produção.

Para os pilotos, a FAB adquiriu e já instalou dois simuladores de voo na base aérea de Anápolis.

PORTAL AEROFLAP


IMAGENS: caças Saab F-39 Gripen entram em operação com o Esquadrão Jaguar da FAB


Por Gabriel Centeno | Publicada em 19/12/2022

Uma nova era se iniciou na Força Aérea Brasileira (FAB), na manhã desta segunda-feira (19), na Base Aérea de Anápolis (BAAN). Quatro caças Saab F-39 Gripen foram oficialmente introduzidos ao serviço operacional com o 1º Grupo de Defesa Aérea, o Esquadrão Jaguar (1º GDA). 

A cerimônia, presidida pelo atual Comandante da Aeronáutica Tenente Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr., contou ainda com a presença de ex-comandantes da FAB, membros do Alto Comando da Aeronáutica, veteranos do esquadrão e executivos da Saab, como o CEO da companhia sueca, Micael Johansson. Durante o evento, os aviões também receberam o tradicional batismo d’água.

Durante a solenidade, dois caças F-39E, matrículas 4103 e 4104, pousaram na base, sob comando dos dois primeiros pilotos de Gripen da FAB: os Tenentes Coronéis Ramon Fórneas e Gustavo Pascotto (atual comandante do 1º GDA). Eles receberam da Saab, ao lado de demais oficiais da FAB, a Declaração Tática, documento que atesta a capacidade operacional militar dos novos aviões. 

A operacionalização dos Gripens vem oito anos depois do Comando da Aeronáutica assinar um contrato cobrindo a compra de 36 aeronaves, sendo 28 da versão F-39E de um assento e oito F-39F, de dois assentos, essa última adquirida exclusivamente pela FAB. Em abril foi revelado que foi autorizada a compra de mais quatro aviões, permitindo a instalação do Gripen em uma segunda base aérea.

O Gripen representa um verdadeiro salto operacional e tecnológico para a defesa aérea brasileira. O desenvolvimento da aeronave, executado em conjunto por brasileiros e suecos, incorpora tecnologias encontradas nos caças mais avançados do mundo, como radar AESA, display panorâmico sensível ao toque (WAD) e o IRST (sensor de busca e rastreamento por infravermelho).

A ausência deste sensor, montado na frente do para-brisa, é quase sempre notada por observadores. Chamado de Skyward-G, o IRST fabricado pela Leonardo será instalado posteriormente. O Gripen E, como é chamado comercialmente, também possui arquitetura aberta. Este conceito, também encontrado em outros caças mais modernos, permite atualizações mais rápidas aos diversos sistemas do avião, sem necessidade de uma extensa modernização por blocos, como acontece em modelos mais antigos como o F-16. 

A aeronave possui 10 pontos duros para emprego de uma gama de armamentos, incluindo mísseis ar-ar e ar-solo, mísseis antinavio, bombas convencionais e inteligentes, equipamentos de guerra eletrônica e sensores para reconhecimento, identificação e ataque de alvos.

A FAB já recebeu os primeiros lotes dos mísseis ar-ar IRIS-T e Meteor, de curto e longo alcance, respectivamente. Produzidos na Europa pela Diehl e MBDA, estão entre os armamentos mais avançados de suas categorias. 

A compra dos F-39 é fruto do Projeto FX-2, onde o jato sueco venceu o Dassault Rafale francês e o Boeing F/A-18 Super Hornet norte-americano. O FX-2 tem suas origens no programa F-X da década de 1990, cancelado em 2002 no primeiro mandato do agora presidente eleito Lula.

A licitação foi lançada em 2006, mesmo ano em que 12 caças Mirage 2000 foram comprados para substituírem os Mirage III, aposentados um ano antes. Em dezembro de 2013 o então Gripen NG foi anunciado como vencedor do FX-2.

Um dos fatores que pesaram a favor do monomotor sueco foi o amplo pacote de transferência de tecnologia, onde o Brasil participa do desenvolvimento do avião. Empresas como AEL Sistemas, Akaer, Atech e Embraer estão diretamente envolvidas com o projeto, além de instituições de governo como DCTA e IPEV. 

Com a introdução em serviço dos quatro primeiros Gripens, a expectativa agora é o recebimento das demais 36 aeronaves e o desenvolvimento de suas capacidades. O cronograma mais recente, apresentado em maio pelo Comandante da FAB, prevê o fim das entregas em 2027. 

Confira a cerimônia completa, transmitida pela FAB. 

DEFESA EM FOCO


F-39 Gripen entra em operação na Força Aérea Brasileira

Caças Gripen são incorporados ao Primeiro Grupo de Defesa Aérea na Base Aérea de Anápolis

Agência Força Aérea | Publicada em 19/12/2022 12:32

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou nesta segunda-feira (19/12), na Base Aérea de Anápolis (BAAN), uma cerimônia que marca o início das atividades operacionais dos caças F-39 Gripen (também conhecidos como Gripen E) pelo Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

“O início das atividades operacionais do Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB) é um dia extremamente importante, não só porque marca o início de uma nova era operacional para a FAB, mas também porque é o resultado de anos de muito trabalho em conjunto com a Força Aérea e com nossos parceiros industriais brasileiros Embraer, AEL Sistemas, Akaer, Atech e nossas próprias subsidiárias no Brasil” disse Micael Johansson, o Presidente e CEO da Saab.

No evento, dois caças Gripen fizeram um voo de apresentação conduzidos pelos pilotos da FAB Tenente Coronel Gustavo Pascotto, comandante do 1º GDA, e Tenente Coronel Ramon Lincoln Santos Fórneas. Os pilotos brasileiros realizaram o treinamento do Gripen E na Suécia e contaram com dois simuladores de voo, que estão instalados na Base Aérea de Anápolis, para a preparação do voo de hoje.

A entrada em operação ocorre após a fase de ensaios em voo no Brasil, conduzidas no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), localizada na planta da Embraer, em Gavião Peixoto, desde setembro de 2020, com a chegada da aeronave de testes no país.

Em novembro, a Saab obteve a certificação necessária para o uso militar do Gripen E, que atesta que a aeronave cumpriu todos os requisitos de aeronavegabilidade e segurança de voo estabelecidos pelas autoridades militares suecas e brasileiras, representadas pela Inspetoria de Segurança da Aviação Militar Sueca (FLYGI) e pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) no Brasil. A certificação conjunta reflete a sinergia obtida através da cooperação técnica entre as duas autoridades, sendo um passo importante antes que o Gripen iniciasse suas atividades operacionais na FAB.

“O Brasil tem agora um dos caças mais avançados do mundo. Além disso, o Programa Gripen traz consigo o mais extenso programa de transferência de tecnologia em andamento no Brasil e é, definitivamente, o maior já feito por qualquer empresa sueca. Ele traz para a indústria de defesa brasileira o conhecimento para desenvolver, produzir, testar e manter um avançado caça supersônico. Estamos muito orgulhosos em sermos um parceiro estratégico do Brasil”, concluiu Johansson.

O Programa Gripen

A parceria entre a Saab e o Brasil começou em 2014, com um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas, suporte e equipamentos. Um amplo programa de transferência de tecnologia, que está sendo executado em um período de dez anos, está impulsionando o desenvolvimento da indústria aeronáutica local por meio das empresas parceiras que participam do programa Gripen Brasileiro.

No decorrer desse período, mais de 350 técnicos e engenheiros brasileiros estão participando de treinamentos teóricos e práticos, na Suécia, para adquirirem o conhecimento necessário para a execução das mesmas tarefas no Brasil.