NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESA AÉREA & NAVAL


Cerimônia marca doação de aeronaves para Museu Aeroespacial Paulista


Luiz Padilha | Publicada em 24/06/2025 14:05

A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu, nesta segunda-feira (23/06), três aeronaves, de grande valor histórico, que passarão a integrar o acervo do Museu Aeroespacial Paulista (MAPA), localizado no Campo de Marte (SP). Os modelos doados — Spitfire, Messerschmitt 109G e F4U Corsair — foram transferidos pelo Museu Asas de um Sonho, que encerrou definitivamente suas atividades em São Carlos (SP).

A cerimônia de entrega oficial contou com a presença de autoridades civis, militares e entusiastas da aviação, entre elas o Comandante do IV Comando Aéreo Regional (COMAR IV), Major-Brigadeiro Ar Luiz Cláudio Macedo Santos, o Diretor do Museu Aeroespacial (MUSAL), Brigadeiro do Ar Maurício Carvalho Sampaio e o Presidente do Museu Asas de um Sonho, Marcos Amaro.

“Mais do que aviões, estamos transferindo parte de um legado. A preservação da história da aviação é essencial para que as futuras gerações compreendam a importância desses marcos tecnológicos e culturais. Ao confiar essas aeronaves ao MAPA, temos a certeza de que estarão bem cuidadas e continuarão cumprindo seu papel educativo e cultural”, destacou o Presidente do Museu Asas de um Sonho.

De acordo com o Diretor do MUSAL, Brigadeiro Sampaio, a chegada dessas aeronaves representa um reforço significativo para o patrimônio histórico-militar brasileiro. “Esses modelos emblemáticos representam capítulos importantes da história da aviação mundial e brasileira. Tê-los agora sob os cuidados da FAB amplia nosso compromisso com a preservação e a difusão desse legado às futuras gerações”, afirmou.

Como órgão fundamental para a concretização desta transferência, o COMAR IV, em conjunto com a Academia da Força Aérea (AFA), atua em toda a logística para a chegada e transporte das aeronaves ao Campo de Marte. Segundo o Major-Brigadeiro  Macedo, o processo exigiu esforço conjunto e está inserido em um contexto histórico valioso.

“Estamos falando de aeronaves que desempenharam papéis cruciais durante a Segunda Guerra Mundial, como o Spitfire e o Messerschmitt 109G, que simbolizam lados opostos do conflito, e o Corsair, amplamente utilizado no teatro do Pacífico. Preservá-las é resgatar parte da história mundial da aviação. A parceria entre a Força Aérea Brasileira e o Museu Asas de um Sonho foi fundamental para tornar esse projeto viável, demonstrando um compromisso mútuo com a memória e a cultura aeronáutica”, ressaltou.

Museu Asas de um Sonho

Fundado em homenagem ao comandante Rolim Amaro, o Museu Asas de um Sonho — anteriormente conhecido como Museu da TAM — chegou a abrigar mais de 100 aeronaves, tornando-se um dos maiores acervos aeronáuticos da América Latina. Com o encerramento da parceria com a LATAM, parte do acervo está sendo transferida para o Centro Cultural São Pedro, em Itu (SP).

Na ocasião da entrega das aeronaves, o Diretor do Museu foi homenageado com um busto de seu pai, Rolim Amaro, fundador da TAM Linhas Aéreas.

Museu Aeroespacial Paulista

Criado pela FAB com o objetivo de ampliar o acesso à cultura aeronáutica no estado de São Paulo, o Museu Aeroespacial Paulista buscará preservar e expor o rico patrimônio histórico da aviação, promovendo a educação e o interesse público pelas atividades aeroespaciais. Além das três aeronaves citadas, o acervo contará ainda com um modelo P-47 Thunderbolt, caça utilizado pela Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra.

Assim, o MAPA será um importante centro de referência para entusiastas, pesquisadores e, principalmente, para as futuras gerações interessadas em conhecer a história da aviação no Brasil e no mundo.

PORTAL AEROIN


Controladores de tráfego aéreo se preparam para operação aérea durante o Festival de Parintins 2025


Juliano Gianotto | Publicada em 24/06/2025

O Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) promoveu, entre os dias 16 e 18/06, o treinamento dos militares que atuarão na Operação Parintins 2025. A ação visa preparar os controladores de tráfego aéreo que serão responsáveis por garantir a segurança e a fluidez do espaço aéreo durante o 58º Festival Folclórico de Parintins, um dos maiores eventos culturais do Brasil.

O treinamento ocorreu em duas etapas. A primeira foi realizada no simulador do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Eduardo Gomes, inaugurado no final de 2024. Já a fase prática aconteceu na Torre de Controle do Aeroporto de Parintins, local de grande movimentação durante o período do festival.

Um dos instrutores, o sargento especialista em Controle de Tráfego Aéreo Robson William Barbosa de Araújo, explica que a operação contará com a participação de 15 militares, sendo nove alunos e seis instrutores. “O objetivo é garantir que todos os profissionais estejam plenamente aptos a contribuir para a segurança operacional durante o festival, um período de aumento expressivo no volume de tráfego aéreo na região”, disse.

“A expectativa é grande em poder contribuir com o serviço de controle de tráfego aéreo em um evento que tem visibilidade regional, nacional e até internacional, pela sua grandiosidade cultural ao ar livre. A cada ano, o volume de tráfego cresce e exige ainda mais comprometimento e preparo dos controladores. Como manauara, filha dessa terra, sinto muito orgulho em fazer parte dessa missão”, disse a sargento especialista em Controle de Tráfego Aéreo Adenilza Maria Cordovil da Silva.

Militares da FAB participam de salto histórico que quebra recorde de paraquedismo nos EUA


Juliano Gianotto | Publicada em 24/06/2025

Entre os dias 14 e 21 de junho de 2025, o município de Raeford, no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, sediou a quebra do recorde latino-americano de maior formação em queda livre. A marca foi alcançada durante um salto que reuniu 104 paraquedistas de seis países sul-americanos, entre Brasil, Argentina, Chile, Equador, Paraguai e Uruguai, que formaram, no ar, uma figura inédita para a região.

De acordo com informações da Força Aérea Brasileira, o objetivo da missão era superar a marca registrada em 2013. A conquista foi alcançada por volta das 15h do dia 20, após vários dias de treinamentos intensivos e tentativas sem sucesso. Com alto nível técnico e forte atuação em equipe, os paraquedistas conseguiram realizar a formação exigida, estabelecendo o novo recorde sul-americano.

Entre os paraquedistas estavam civis e militares, incluindo representantes das três Forças Armadas do Brasil. A Força Aérea Brasileira foi representada pelo Tenente-Coronel Michel Marconi Hakime de Andrade Ramos, pelo Capitão Rodrigo Gonçalves e pela Primeiro-Sargento Cássia Bahense Neves.

“Foi uma semana bastante desafiadora para todos nós. A cada dia que passava, diminuíam as chances de quebra do recorde, mas a perseverança e a destreza dos paraquedistas culminaram em um trabalho de excelência realizado a 18 mil pés de altitude, com uso de oxigênio”, comentou o Tenente-Coronel Marconi.

Além da conquista esportiva, o evento simbolizou a integração entre diferentes países e culturas, unidos pela paixão pelo paraquedismo de alto desempenho.

Equipe Falcões

A equipe de paraquedismo da Força Aérea Brasileira surgiu em 1969, na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), e era conhecida como “Boinas Azuis”. O primeiro Campeonato das Forças Armadas aconteceu em 1977, em Casa Branca (SP).

Já em 1981, militares da FAB participaram pela primeira vez de uma competição do Conselho Internacional de Desporto Militar, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A partir de 2007, a equipe passou a se chamar Falcões e teve sua sede transferida para a Comissão de Desportos da Aeronáutica, no Rio de Janeiro (RJ).

Aeroporto de Jacarepaguá ganha novo sistema para aumentar a fiscalização contra ruído das aeronaves


Juliano Gianotto | Publicada em 24/06/2025

Em mais um passo concreto para enfrentar o problema histórico de ruídos aeronáuticos no entorno do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) anunciou, no último dia 16 de junho, a instalação de um sistema de vigilância ADS-B no local.

A medida foi detalhada durante reunião na sede do DECEA e contou com a presença de Oficiais-Generais da Força Aérea Brasileira, parlamentares estaduais e federais e representantes de órgãos como a NAV Brasil, ANAC e Petrobras.

O equipamento ADS-B (Automatic Dependent Surveillance–Broadcast) permitirá o monitoramento em tempo real da posição, altitude, velocidade e identidade das aeronaves que operam na região. Esses dados serão compartilhados com o Controle de Aproximação do Rio de Janeiro (APP-RJ) e com a Torre de Controle de Jacarepaguá, sob responsabilidade da NAV Brasil. A integração entre os sistemas tornará possível verificar, de forma precisa, se as operações estão respeitando os limites de altitude e as rotas previamente definidas.

Segundo o Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, o novo sistema vai além da simples coleta de dados. “Trata-se de uma ferramenta estratégica de fiscalização. A partir dessas informações, será possível abrir processos na Junta de Julgamento da Aeronáutica (JJAER) sempre que forem detectadas irregularidades. Nosso foco é garantir a segurança operacional, mas também reduzir os impactos ambientais sobre as comunidades vizinhas”, destacou.

A Petrobras, responsável pela contratação das operações aéreas frequentes no local, também se comprometeu a adotar protocolos internos para assegurar o cumprimento das normas de altitude e rotas estabelecidas. Segundo fontes presentes na reunião, a empresa estuda ainda a implementação de um sistema próprio de verificação cruzada com os dados do ADS-B.

As iniciativas reforçam os compromissos firmados na reunião anterior, realizada em maio, quando foi criada uma mesa de mediação permanente entre as instituições envolvidas. Um dos desdobramentos práticos dessa articulação é o mapeamento acústico da área, atualmente sob responsabilidade da concessionária PAX Aeroportos, que deverá orientar futuras medidas de mitigação de ruídos.

A reunião desta semana também sinaliza uma mudança importante de postura: a atuação coordenada entre entes públicos e privados com foco em resultados. “Cada instituição tem um papel essencial nesse processo. O sucesso da medida depende da ação integrada de todos: DECEA, ANAC, NAV Brasil, Petrobras e PAX Aeroportos”, afirmou um representante do legislativo estadual presente no encontro.

Com o avanço dessas medidas, espera-se não apenas uma melhoria na qualidade de vida dos moradores do entorno, mas também maior previsibilidade e segurança nas operações aéreas de Jacarepaguá, cuja atividade tem crescido nos últimos anos com a expansão da aviação executiva e offshore na região.

Regras temporárias para o espaço aéreo estarão em vigor no Rio para a Cúpula do BRICS; confira as restrições


Juliano Gianotto | Publicada em 24/06/2025 18:25

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que entrou em vigor no dia 11 de junho a Circular de Informação Aeronáutica (AIC) N° 24/25, com diretrizes específicas para o uso do espaço aéreo brasileiro durante a Reunião de Cúpula do BRICS 2025.

Segundo o DECEA, o encontro, que acontecerá nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, deverá reunir chefes de Estado das principais economias emergentes do mundo. A regulamentação visa garantir a segurança, fluidez e previsibilidade das operações aéreas durante o evento.

A operação contará com uma estrutura integrada liderada pelo Comando da Aeronáutica, por meio do DECEA e do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), unidade responsável por coordenar os fluxos de tráfego, montará uma Sala Master de Comando e Controle, estrutura que permitirá tomada de decisões em tempo real, como autorizações, suspensões ou cancelamentos de voos, conforme exigências operacionais e de segurança.

Para operações dentro das áreas designadas como sensíveis, será obrigatório o preenchimento do Plano de Voo Completo (PVC), o uso de transponder ativo e a comunicação contínua com os órgãos de controle. Qualquer aeronave que ingressar nessas zonas sem autorização poderá ser classificada como suspeita ou hostil, com possibilidade de aplicação de Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), conforme previsto na legislação militar.

Três níveis de restrição no espaço aéreo

O plano operacional do evento define três áreas de exclusão aérea, com base na Área de Controle Terminal do Rio de Janeiro (TMA-RJ). Cada uma será ativada de forma dinâmica, conforme a chegada e partida das delegações internacionais:

– Área Reservada (Branca) – Cobre um raio de 80 milhas náuticas (cerca de 150 km) até o nível de voo FL195 (aproximadamente 6.000 metros). Voos de instrução, turismo, acrobáticos, experimentais, agrícolas, parapentes e drones estarão proibidos. Aeronaves cruzando essa área sem destino específico precisarão ajustar sua rota.

– Área Restrita (Amarela) – Inserida dentro da Área Branca, com raio de 60 NM (110 km), também até o FL195. Somente serão autorizadas aeronaves ligadas à segurança, transporte de autoridades e serviços médicos de emergência. Voos comerciais e da aviação geral só poderão operar se atenderem a requisitos rigorosos, como decolagens em aeródromos com Programa de Segurança Aeroportuária (PSA) e inspeção obrigatória de ocupantes e bagagens.

– Área Proibida (Vermelha) – Com raio de 5,5 NM (aproximadamente 10 km), será ativada apenas nos momentos críticos da operação, permitindo exclusivamente voos diretamente vinculados à Cúpula do BRICS e sob autorização expressa do COMAE.

Restrições severas para drones

A operação com Aeronaves Remotamente Pilotadas (drones) será altamente restrita. O DECEA ativará Zonas de Restrição de Voo (FRZ) nas áreas Amarela e Vermelha, enquanto a Polícia Federal estabelecerá Zonas de Proibição (NFZ) em locais sensíveis. O uso só será permitido a uma distância mínima de 30 NM (cerca de 55 km) das coordenadas 22°54’49”S / 043°10’18”W.

Todos os drones devem estar devidamente registrados no sistema SISANT da ANAC e com voos previamente autorizados pelo SARPAS, sistema de solicitação e aprovação de acesso ao espaço aéreo do DECEA. Violações poderão resultar em medidas rígidas de defesa aérea, incluindo interceptações e penalidades legais.

Documento completo está disponível online

A AIC N° 24/25, com seus respectivos mapas, coordenadas e anexos técnicos, pode ser consultada na íntegra por meio do site oficial do DECEA.

PORTAL DEFESANET


Aviação de Reconhecimento: Olhos que vigiam o céu e protegem o Brasil

O reconhecimento aéreo é uma ferramenta valiosa tanto para ações imediatas quanto para planejamentos de longo prazo

Ricardo Fan | Publicada em 24/06/2025

A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra, no dia 24 de junho, o Dia da Aviação de Reconhecimento, área essencial para a manutenção da soberania nacional e da integridade do território brasileiro.

Com atuação estratégica, a Aviação de Reconhecimento emprega tecnologia de ponta para levantar dados de inteligência e monitorar áreas críticas, apoiando a tomada de decisões em todos os níveis da defesa do país.

Com aeronaves dotadas de sensores e radares de alta precisão, os Esquadrões Poker (1º/10º GAV), Hórus (1º/12º GAV) e Guardião (2º/6º GAV), sediados em Santa Maria (RS) e Anápolis (GO), executam missões que vão do reconhecimento tático ao monitoramento ambiental.

Um exemplo recente foi a participação do Esquadrão Poker na Operação Taquari 2, com aeronaves A-1M sobrevoando áreas atingidas no Rio Grande do Sul, fornecendo dados essenciais para ações de resposta.

O reconhecimento aéreo é uma ferramenta valiosa tanto para ações imediatas quanto para planejamentos de longo prazo. Imagens captadas são usadas no combate a queimadas, desmatamentos, garimpos ilegais, pistas clandestinas e até no apoio à segurança pública em grandes eventos e operações interagências.

O Esquadrão Hórus, que opera Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), como o RQ-900, oferece capacidade de observação em tempo real, mesmo em áreas inóspitas, com total segurança aos operadores.

Já o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação, Esquadrão Guardião, é referência em vigilância na Amazônia Legal, desempenhando papel vital na proteção da maior floresta tropical do mundo. 

O Comandante da Unidade, Major Aviador Fernando Peres da Silva, destaca que o esquadrão, originalmente criado para proteger e vigiar o território amazônico, hoje atua em todo o Brasil, com aeronaves como o E-99M e o R-99 desempenhando papéis cruciais na vigilância aérea e em operações de combate ao tráfico. Sediado em Anápolis, o esquadrão é marcado pela prontidão silenciosa de seus tripulantes, simbolizada pela Harpia em seus uniformes, e pela dedicação incondicional à missão.

“Não é por acaso que nossos tripulantes carregam, em seus uniformes de voo, a imagem da Harpia, uma ave predadora, silenciosa e precisa, que simboliza perfeitamente a forma como atuamos: com discrição, eficácia e foco total na missão. Hoje, como Comandante do Esquadrão, tenho a honra de liderar homens e mulheres íntegros, comprometidos e incansáveis, que colocam o dever acima de qualquer interesse pessoal, dedicando-se com excelência à nobre tarefa de proteger o nosso país”, destacou o Oficial.

Com inovação, precisão e vigilância constante, a Aviação de Reconhecimento da FAB segue firme como os olhos que vigiam o céu e protegem a nação.