NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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Novos Gripens da FAB estão prontos e serão enviados ao Brasil em novembro


Gabriel Centeno | Publicada em 16/09/2021

Dois dos quatro novos caças JAS-39E Gripen da Força Aérea Brasileira já estão prontos nas instalações da Saab em Linköping, Suécia, revelou o Vice-Presidente de marketing e vendas da área de negócios aeronáuticos da Saab, Mikael Franzén, em entrevista. Além das aeronaves completas, outras duas estão em fase final de produção. 

Ao jornalista Daniel Rittner, do Valor Econômico, Franzén afirmou que os dois primeiros Gripens serão enviados ao Brasil no final de novembro através de navio, como ocorreu com o primeiro Gripen da FAB, o 4100, cuja chegada ao país completa um ano amanhã (20). Por questões de segurança, as outras duas virão separadamente numa data posterior.

“Temos um simulador integral de voo em Gavião Peixoto (SP), o único fora da Suécia, e estamos apoiando a FAB na introdução das aeronaves. Um piloto de testes está aqui em Linköping agora mesmo, trabalhando com a nossa equipe, há dois pilotos de testes da FAB e outros dois da Embraer no interior de São Paulo”, disse o executivo, ressaltando que o pacote não envolve apenas a entrega dos equipamentos.

“Quando se fala de um caça, não é exatamente como comprar um carro. Compra-se a manutenção, as armas, os simuladores, o treinamento. Também estão sendo treinados cinco pilotos operacionais.”

Ainda em junho, durante o Seminário Anual do Gripen, Jonas Hjelm, chefe da área de negócios aeronáuticos da Saab, afirmou que a fabricante entregaria seis caças em 2021, sendo quatro para a FAB e dois para a Força Aérea Sueca. No mês seguinte, a Embraer informou que concluiu os testes de water spray com o FAB 4100 em suas instalações em Gavião Peixoto (SP).

O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) confirmou o recebimento dos quatro caças Gripen da versão E, que tem cabine para apenas um piloto (monoposto). Os jatos da série F têm cabine dupla, o que permite a qualificação de outros aviadores. Na FAB, a série E recebe a designação F-39E, enquanto a versão biposto recebe o indicativo F-39F. 

“A previsão é de que as quatro primeiras aeronaves de série Gripen E estejam com a fase de produção encerrada e sejam apresentadas à FAB em novembro deste ano, sendo que as duas primeiras serão embarcadas para o Brasil, em seguida, para início das atividades no Centro de Ensaios em Voo do Gripen, em Gavião Peixoto, onde pilotos de prova FAB, da Embraer e da Saab executarão ensaios em voo até que o certificado militar esteja pronto. As outras duas aeronaves devem ser embarcadas no primeiro semestre de 2022”, explicou o CECOMSAER, em nota.

O governo adquiriu um total 36 Gripens (28 F-39E e oito F-39F) por 39,3 bilhões de coroas suecas. Os caças serão inicialmente empregados pelo 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), o Esquadrão Jaguar, unidade que tem como sede a Base Aérea de Anápolis (Ala 2), em Goiás. Também ao Valor, o Comandante da Aeronáutica, Ten. Brig. Baptista Jr, afirmou que a FAB planeja ter até 70 Gripens. 

Ressalta-se que as etapas de entrega e certificação passam por uma série de complexos processos que visam a garantir o cumprimento de todos os requisitos de qualidade, navegação e segurança de voo da aeronave.

No curto prazo, a fabricante sueca está de olho em três concorrências internacionais para o fornecimento de seus caças. Uma delas, na Colômbia, está na etapa de RFP (request for proposal) e o governo local fala na compra de 15 unidades. Parte da encomenda poderia ser montada no Brasil, afirmou Franzén. O F-16 da Lockheed Martin e o Eurofighter Typhoon também estão no páreo.

A Finlândia está prestes a tomar uma decisão sobre o fornecedor de 64 aeronaves. “Meu sentimento é de otimismo”, disse. Por fim, o Canadá deve decidir sobre uma encomenda de até 88 unidades. A Saab está entre os três finalistas.

 

Martin-Baker celebra ejeção bem-sucedida no Brasil


Gabriel Centeno | Publicada em 16/09/2021

A Martin-Baker, fabricante britânica de assentos ejetores, atualizou a sua já conhecida lista de vidas salvas com um de seus produtos, adicionando a recente ejeção bem-sucedida de um aviador da Força Aérea Brasileira. 

Na segunda-feira (13), um piloto de Embraer A-29A Super Tucano do Esquadrão Flecha (3º/3º GAv) teve que ejetar de sua aeronave após detectar uma falha técnica. O piloto tentou regressar à Base Aérea de Campo Grande (Ala 5), mas não conseguiu, sendo obrigado a abandonar o turboélice. Ejetando em segurança, ele foi resgatado em seguida por um helicóptero H-60L Black Hawk do Esquadrão Pelicano (2º/10º GAv). 

Na tarde desta quinta-feira (16), a FAB informou que o piloto “se encontra em casa, bem de saúde e, em breve, poderá retornar às atividades aéreas.”

Dessa forma, o piloto da Força Aérea Brasileira se tornou a pessoa nº 7657 a ser salva por um assento da Martin-Baker, uma das mais tradicionais fabricantes desse tipo de equipamento, fundada em 1934. Os A-29A/B Super Tucano são equipados com o assento Mk. BR10LCX. Os caças F-5EM/FM Tiger II, caças-bombardeiros A-1 AMX e o treinadores T-27 Tucano também usam assentos fabricados pela Martin-Baker. O mesmo também serve para os F-39E/F Gripen: o futuro caça brasileiro usa o assento Mk.10L. 

Agora, o piloto da FAB fará parte do Ejection Tie Club, um clube promovido pela fabricante para todos que foram salvos por seus assentos. A companhia presenteia o aviador com uma gravata, um certificado e outros produtos de lembrança. No site da fabricante podem ser vistos inúmeros relatos de aviadores que ejetaram e sobreviveram para contar a história. O célebre clube já conta com mais de seis mil membros registrados, destaca a Martin-Baker. Também é tradição que o piloto fique com o assento usado para salvar sua vida. 

A última atualização da lista de vidas salvas pela empresa ocorreu no dia 19/08, quando foram contabilizadas mais duas: dois pilotos de um A-29B Super Tucano da Força Aérea Afegão ejetaram depois de uma colisão aérea com um caça MiG-29 Fulcrum uzbeque, na noite do dia 15/08. Os pilotos do Afeganistão estavam fugindo do avanço do Talibã, que retomou o país com a retirada das tropas dos EUA e coalizão.