NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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PORTAL G1


Mais de 70 mil pessoas participam do Portões Abertos na AFA em Pirassununga; confira fotos

Tradição há mais de 40 anos, iniciativa da Academia da Força Aérea foi atração neste domingo (15) com exposição de aeronaves, exibição de pilotos e atrações para as famílias

Por G1 São Carlos E Araraquara | Publicada em 15/09/2019 18:16

Mais de 70 mil pessoas participaram do ‘Portões Abertos’ realizado pela Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), neste domingo (15).

O evento teve diversas atividades aéreas e em solo, como exposição de aeronaves, exibição da Esquadrilha da Fumaça, atrações para crianças e praça de alimentação.

Iniciativa

De acordo com o tenente Marcio Franscisco Inforzato, há mais de 40 anos o evento foi criado para mostrar as atividades, aeronaves e equipamentos da AFA.

“É um dia que você pode ver famílias que abriram mão do seu descanso para estar com a gente conhecendo um pouco mais da força aérea brasileira”, disse.

A iniciativa agradou o público e atraiu pessoas de várias cidades. A publicitária Natália Sobrinho Fogo, de São Paulo, viajou mais de 200 km com a família para mostrar ao filho o espetáculo.

“É incrível, a apresentação é maravilhosa e o mais legal disso tudo é que é 100% brasileiro. Era um sonho de infância que eu tinha, tive a oportunidade de trazer meu filho agora e é muito legal prestigiar esse evento, dá orgulho de estar aqui”, contou.

Atrações

Um dos momentos mais esperados foi o show da Esquadrilha da Fumaça. Os pilotos apresentaram várias manobras, inclusive o tradicional voo invertido e o desenho de coração no céu feito com fumaça.

“Tem hora que parece que vai cair na nossa cabeça, mas na realidade é uma técnica, é uma coisa muito linda, é de arrepiar a gente”, disse o aposentado Valcir José Previato.

Além de agradar ao público, a apresentação também foi uma experiência única para quem estava dentro do avião.

"Aqui é onde a gente decola todo dia, é onde a gente treina e uma característica muito especial é que todos os pilotos da Esquadrilha da Fumaça foram formados aqui nessa Academia, então fazer uma apresentação aqui é um sentimento realmente diferente", disse o capitão e aviador da esquadrilha Lucas Yoshida.

Os visitantes também assistiram às outras apresentações e puderam conhecer o maior avião cargueiro militar da América Latina, o KC-390, que chega a 800 km/h com capacidade para 23 toneladas.

REVISTA ÉPOCA NEGÓCIOS


Número de drones cresce 50% no país, da entrega de pizza ao transporte de sangue

Em um ano, número de aparelhos registrados salta para 27,6 mil, mas regulação impõe limites ao uso por empresas

Agência O Globo | Publicada em 15/09/2019 05:37

Entregar uma pizza, auxiliar a venda de um apartamento ou até mesmo salvar uma vida ao carregar uma bolsa de sangue. Você pode não imaginar, mas um mesmo equipamento pode fazer todas essas tarefas. O drone, um tipo de aeronave não-tripulável muito utilizada na segurança e na indústria cinematográfica, está entrando de vez no setor de serviços. Por executarem ações que até há pouco tempo eram feitas apenas com helicópteros, mas por uma fração do custo, passaram a ser cada vez mais atraentes para diferentes segmentos de negócios.

Após quase três anos de regulamentação dos voos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), cresce rapidamente no país a fabricação e a oferta de serviços por meio de drones. De acordo com dados da agência, entre agosto de 2018 e 2019, o número de aparelhos registrados para uso profissional saltou de 18.389 para 27.665, um aumento de 51%.

De acordo com levantamento da Droneshow, feira brasileira de referência do setor, o mercado brasileiro de drones tem crescido, em média, 30% por ano. São mais de 720 empresas envolvidas na cadeia produtiva desse mercado. Para 2019, a projeção de arrecadação é de R$ 500 milhões, empregando diretamente mais de 30 mil profissionais.

O emprego crescente deles se reflete no número de autorizações de voos, que aumentou 61% até julho se comparado a todas as liberações concedidas em 2018. Já são mais de 150 mil somente este ano.

— As aplicações são muito amplas, cada vez aparecendo novos usos. A própria crise econômica, uma vez que o investimento não é alto, fez as pessoas que estão buscando ocupações encontrarem uma oportunidade no drones — afirma Emerson Granemann, organizador da feira.

A regulação da atividade, porém, ainda é um entrave no desenvolvimento desse mercado no país. Vistos por muitos como um brinquedo, esses aparelhos oferecem riscos à aviação e às pessoas, que podem ser atingidas em casos de queda. Para colocar um drone no céu, é necessário autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira (FAB). Em alguns casos, até mesmo o plano de voo precisa ser submetido aos técnicos do órgão para concessão da autorização. Em outros, se o equipamento não possuir autorização, o tripulador pode terminar preso.

Atualmente, há drones remotamente tripulados em uso em diferentes setores econômicos — de atividades no segmento agropecuário à geração e transmissão de energia, passando pela construção civil e entrega de produtos.

Na construtora carioca Mozak, o equipamento possibilita, por exemplo, que seu cliente saiba exatamente qual será a vista do apartamento que está comprando. Segundo Carolina Lindner, gerente comercial da empresa, a iniciativa gerou impacto nas vendas.

— No Rio, o mais bonito na hora da compra é a vista. Antes, quando falávamos da vista, o cliente não tinha noção exata. Com o drone, conseguimos acompanhar a vista de determinando andar antes da obra — explica a executiva, que também utiliza o equipamento para prospectar terrenos para construção.

Além de facilitar as vendas de unidades habitacionais, o uso de drones na entrega de produtos e alimentos, que já ocorre no exterior em empresas como Amazon e Uber, começa a ficar mais próximo de se tornar realidade no Brasil. Desde o início de julho, o aplicativo iFood, a maior foodtech da América Latina, realiza testes em um shopping em Campinas, no interior de São Paulo, para estudar a integração dos aparelhos às opções já existentes para entrega de comida.

Em uma dessas simulações, o equipamento faz a coleta das encomendas no shopping e os leva até um centro de expedição alocado dentro do empreendimento, fazendo a primeira perna do trajeto. A partir daí, as entregas seguem por modais como moto, bike ou bicicleta elétrica.

No outro modelo, há uma rota entre o shopping e um condomínio residencial. Nesse caso, os clientes podem retirar no droneport, estrutura de onde decolam e aterrissam os drones, ou ainda ter a rota concluída por um entregador parceiro, de carne e osso e em terra. Pelos testes iniciais, os equipamentos conseguem fazer até oito entregas por hora.

— Considerando só o tamanho do shopping em Campinas, os entregadores podem levar até 12 minutos para retirar a encomenda no restaurante. Com o uso do drone, esse tempo terá uma variação de 30 segundos a 1 minuto. Com isso, temos um ganho significativo na eficiência logística — explica Fernando Martins, gerente de Inovação Logística do iFood.

Na área de saúde, qualquer minuto ganho no recebimento de insumos pode salvar vidas. Foi pensando nisso que, em Juiz de Fora (MG), a start-up Tá na Escuta, que desde 2015 atua com entregas de produtos hospitalares, estuda levar bolsas de sangue do hemocentro para um hospital privado com drones. Os testes foram iniciados no início deste mês e devem provocar uma redução do tempo da viagem de 30 minutos (gasto hoje de moto) para até 6 minutos, em um trajeto de 2,9 quilômetros em linha reta.

— Identificamos uma necessidade de melhoria no trajeto para o hospital receber uma bolsa de hemoderivado numa emergência, em que o tempo pode salvar uma vida — ressalta Egberto Ganimi, sócio da empresa.

Para realizar esses testes, frequentes em países da África com regiões de difícil acesso, a empresa investiu cerca de R$ 180 mil em equipamentos e no desenvolvimento de uma bolsa específica para colocar a bolsa de sangue. Além da construção de um droneport no hemocentro e no hospital. Os custos de cada voo, por sua vez, devem ficar próximos ao que é gasto hoje com uma motocicleta.

— Em casos de pacientes operados com urgência, cinco a dez minutos podem fazer a diferença entre sobreviver e morrer. Vamos otimizar o transporte e salvar muitas vidas — afirma Célio Chagas, diretor do Albert Sabin, hospital parceiro na iniciativa.

Apesar do crescimento das aplicações com drones, um dos empecilhos para que o mercado ganhe escala é a regulamentação por parte da Anac. Hoje, a legislação não permite que nenhum aparelho desse tipo realize voos automáticos, sem uma pessoa pilotando cada operação. Outro empecilho é a necessidade de regulamentação de rotas fixas, um obstáculo no caso dos aplicativos de entrega.

Por isso, a tendência é que o drone seja integrado aos demais modais de entrega por meio de centros de distribuição. Ver uma pizza pousar na porta de casa pode ser uma cena que vai ficar só nos filmes de ficção.

— Queremos chegar o mais perto possível do consumidor, mas isso ainda não significa que o drone chegará com o pedido na janela das casas. Estudamos ter algo como um droneport, onde as pessoas serão instruídas a retirar o delivery — conclui Martins, do iFood.

PORTAL AIRWAY


Projeto ítalo-brasileiro, caça AMX completa 30 anos em operação na Itália

Força Aérea do país comemorou entrega do primeiro jato de ataque em 1989 que contou com a participação de militares brasileiros

Ricardo Meier | Publicada em 15/09/2019 08:11

Um dos raros aviões de ataque leve atuais que foi projetado originalmente para essa função, o ítalo-brasileiro AMX completará 30 anos da primeira entrega de uma unidade de produção para a Força Aérea da Itália em outubro.

O marco foi motivo de um evento de comemoração da Aeronautica Militare no dia 13 de setembro na base aérea de Istrana, no nordeste do país e que contou com a presença de representantes da Força Aérea Brasileira, a outra operadora do jato – que na Itália é chamado de “Ghibli” (um vento que sopra no norte da Líbia).

Quatro aeronaves pertecentes ao 132º Gruppo (esquadrão) receberam pinturas alusivas à data e participaram do evento que também contou com a esquadrilha Frecce Tricolori.

O AMX surgiu no início dos anos 70 como um avião de ataque e reconhecimento capaz de substituir os Fiat G.91Y e F-104 da Força Aérea Italiana então em uso. A intenção era estimular a indústria aeronáutica do país para reduzir a dependência de importações e por isso coube às fabricantes locais Aeritalia e Aermacchi participarem da concorrência.

A boa aceitação do G.91Y, que foi exportado para a Alemanha e Portugal motivou a Aeritalia e Aermacchi, então sócias no projeto, a aceitar a participação da brasileira Embraer, que havia montado o treinador MB.326 (Xavante) sob licença e desejava fornecer um avião similar para a Força Aérea Brasileira.

O AMX tornou-se um avião de projeto bastante ortodoxo, com asas altas e cauda convencional, além de motor turbofan Rolls Royce Spey e velocidade subsônica. O jato mostrou boa capacidade de armamentos, mas nasceu especifíco para missões de ataque e função secundária de reconhecimento, ao contrário de outras aeronaves da época, mais versáteis e supersônicas.

A vantagem estava na sua simplicidade de manutenção e robustez e a meta de exportá-lo para outros países era parte importante do programa. Porém, o jato acabou sendo encomendado apenas pela Itália (136 unidades, sendo 26 de dois assentos) e o Brasil, que encomendou 79 jatos, mas reduziu o pedido para 56 aeronaves.

Atualmente, a Força Aérea Italiana possui 35 AMX monopostoe 5 de dois lugares e que foram modernizados em 2012 pela Leonardo com a instalação um sistema de navegação por GPS bem como armamento guiado por esse sistema e novos displays multifunção. A carreira do Ghibli na Itália incluiu missões na Sérvia, Afeganistão e Líbia, mas o jato deverá ser aposentado nos próximos anos, substituído pelo F-35.

Longa carreira

Já no Brasil, o AMX, que teve a primeira unidade entregue em 1990, opera atualmente em dois esquadrões baseados em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, desde 2016. Segundo o censo da revista Flight Global, restam 47 unidades ativas, das 56 recebidas. Uma unidades de dois assentos, A-1B, foi perdida em um acidente em abril deste ano.

Assim como os italianos, a FAB também iniciou um processo de modernização da aeronave para o padrão A-1M contratado junto à Embraer. As principais alterações tecnológicas da aeronave foram os novos sensores de busca por infla-vermelho e o radar “multi-modo”, que pode atuar em busca de aviões ou mapeando o terreno por onde voa. Esses equipamentos permitem ao A-1M “enxergar” até 80 km à frente e disparar suas armas com precisão.

No entanto, apenas três aeronaves foram modernizadas para esse padrão, a primeira entregue em 2013. Três anos depois, por contenção de custos, o governo federal cortou os recursos destinados ao programa. Apesar disso, o A-1 deve permanecer operacional por mais tempo no Brasil, comprovando sua resistência e boa folha de serviços.

OUTRAS MÍDIAS


DESTAK - Missão no Haiti ajudou a operação na intervenção no Rio

Comandante Pedro Sá relembra desafios da missão de paz no Haiti

Renato Senna | Publicada em 16/09/2019 07:00

A missão de paz da ONU no Haiti foi uma das principais ações do Brasil em ações humanitárias. Foram 13 anos de ação, que custaram mais de R$ 2,5 bilhões ao país, mas deixaram uma experiência enorme aos militares, além de aumentar o prestígio no país nas Nações Unidas.

Servindo como fuzileiro naval em 2009, o comandante Pedro Sá, já chegou com o país pacificado. Seu efetivo não deu um disparo de arma letal, mas teve papel fundamental nas eleições haitianas daquele ano.

Carregando um know-how de anos de eleições no Brasil, com transporte de urnas e dados em locais remotos, onde só se chega por barco ou helicópteros, as Forças Armadas brasileiras deram o suporte logístico necessário para a realização do sufrágio na ilha da América Central.

"Eles não tinham a logística. Todas as cédulas vieram do escritório de eleições da ONU e a gente que guardou, distribuiu, fez a segurança das eleições. Tivemos todo o planejamento para que esse material fosse retirado o mais rápido possível e levado para o centro de contagem de votos. Fornecemos todo o material para contagem, como computadores, pessoal. Toda a logística foi nossa. As Forças Armadas já têm esse know how. Nas eleições aqui no Brasil, tanto a Marinha quanto a Aeronáutica contribuem para a realização das eleições, no transporte das urnas, temos esse convênio com o TSE. Em locais em que a segurança é complicada enviamos tropas também", contou o comandante.

Para ele, a ação da Marinha brasileira também foi importante para o decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que colocou tropas militares nas ruas do Rio de Janeiro em 2018.

"Na parte operativa também acredito que tenha ajudado muito na nossa operação na GLO aqui. La no Haiti, nós estávamos fazendo o que a gente fez na GLO aqui no Rio. Principalmente os primeiros contingentes, com grau de estresse e na parte de combate", avaliou Pedro Sá.