O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e o Comando da Aeronáutica anunciaram nesta terça-feira (12) um investimento de R$ 96 milhões para ampliar a segurança e a eficiência das operações aéreas no Brasil. O pacote, viabilizado pelo Novo PAC, prevê a aquisição, instalação e homologação de 20 Estações Meteorológicas de Superfície Automáticas (EMS-A) em aeroportos estratégicos do país.

O Termo de Execução Descentralizada (TED) foi assinado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e pelo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno. As novas EMS-A fornecerão dados meteorológicos precisos e em tempo real, ajudando operadores, pilotos e companhias aéreas a tomarem decisões mais seguras e a reduzirem atrasos e cancelamentos causados por mau tempo.

Segundo o ministro Silvio Costa Filho, o investimento vai muito além da modernização física dos aeroportos. “Representa um passo estratégico para aprimorar a governança, ampliar a segurança e fortalecer a aviação brasileira, especialmente a regional, que cresce de forma expressiva no país”, afirmou. Ele destacou que a meta é transformar a medida em política pública permanente, ampliando gradualmente a cobertura para mais aeroportos.

O secretário-executivo do MPor, Tomé Franca, ressaltou que a execução conjunta com a Força Aérea Brasileira garante a integração entre infraestrutura, regulação e controle do espaço aéreo. “Iniciativas como esta mostram que estamos no caminho certo”, disse.

O investimento será aplicado ao longo de cinco anos, priorizando aeroportos que registraram mais de 8 mil pousos e decolagens entre 2017 e 2024, tenham papel estratégico para a integração regional e apresentem histórico de acidentes ligados a condições climáticas adversas ou ausência de equipamentos.

As EMS-A dispensam a presença permanente de operadores, possuem longa vida útil e garantirão a coleta de dados meteorológicos até que cada aeroporto assuma a manutenção do sistema.

Para o tenente-brigadeiro Damasceno, a modernização é essencial. “Combinar tecnologia com presença no terreno é fundamental para o futuro da aviação no Brasil”, afirmou. O cronograma prevê a aquisição e instalação das 20 unidades entre 2025 e 2028, com gestão da garantia dos equipamentos em 2029.