NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL R7


Primeira Semana da Cruzex 2024: F-39 E Gripen em ação total

Os caças F-39 E Gripen participaram de todos os treinamentos planejados

Luiz Fara Monteiro | Publicada em 11/11/2024 15:52

Voos de familiarização com o cenário operacional, integração com membros de países estrangeiros e participação em missões aéreas compostas (Composite Air Operations, COMAO) foram algumas das atividades realizadas pelo F-39 E Gripen do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) durante a primeira semana da Operação CRUZEX 2024.

“O Grupo participou e cumpriu todas as missões planejadas pela Direção do Exercício, compondo tanto as Forças Aliadas quanto a Força Oponente,” explicou o Major Aviador Vitor Bombonato, Oficial de Operações do 1º GDA.

Nesta primeira semana, foram realizados dois COMAO, a operação mais complexa da CRUZEX. Esses voos ocorrem pela manhã, enquanto outros treinamentos de menor complexidade também são realizados à tarde.

“Ao longo da semana, iniciamos com os voos de COMAO, que envolvem cerca de 60 aeronaves decolando em curto intervalo para atuar em um mesmo cenário. Além disso, realizamos alguns voos com um número menor de aeronaves para treinar as rotas de ida e volta da área de instrução e os primeiros voos de combate Além do Alcance Visual (BVR), onde aplicamos táticas e usamos mísseis de longo alcance de forma simulada,” completou o Major Aviador Raphael Kersul, piloto de caça no 1º GDA.

Os voos de treinamento da CRUZEX, organizada e liderada pela FAB na Base Aérea de Natal, continuam acontecendo até o próximo dia 15 de novembro.

DEFESA AÉREA & NAVAL


CRUZEX 2024: F-39 E Gripen em ação


Guilherme Wiltgen | Publicada em 11/11/2024 10:34

Voos de familiarização com o cenário operacional, integração com membros de países estrangeiros e participação em missões aéreas compostas (Composite Air Operations, COMAO) foram algumas das atividades realizadas pelo F-39 E Gripen do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) durante a primeira semana da Operação CRUZEX 2024. “O Grupo participou e cumpriu todas as missões planejadas pela Direção do Exercício, compondo tanto as Forças Aliadas quanto a Força Oponente,” explicou o Major Aviador Vitor Bombonato, Oficial de Operações do 1º GDA.

Nesta primeira semana, foram realizados dois COMAO, a operação mais complexa da CRUZEX. Esses voos ocorrem pela manhã, enquanto outros treinamentos de menor complexidade também são realizados à tarde.

“Ao longo da semana, iniciamos com os voos de COMAO, que envolvem cerca de 60 aeronaves decolando em curto intervalo para atuar em um mesmo cenário. Além disso, realizamos alguns voos com um número menor de aeronaves para treinar as rotas de ida e volta da área de instrução e os primeiros voos de combate Além do Alcance Visual (BVR), onde aplicamos táticas e usamos mísseis de longo alcance de forma simulada,” completou o Major Aviador Raphael Kersul, piloto de caça no 1º GDA.

Os voos de treinamento da CRUZEX, organizada e liderada pela FAB na Base Aérea de Natal, continuam acontecendo até o próximo dia 15 de novembro.

ALADA, um novo horizonte para o Programa Espacial Brasileiro


Por Miriam Rezende Gonçalves | Publicada em 11/11/2024 11:00

O setor espacial é essencial para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil, além de ser um pilar estratégico para garantir nossa soberania e aumentar a competitividade no cenário global. Países que investem de forma consistente em seus programas espaciais conquistam avanços significativos em ciência e tecnologia, impulsionando setores estratégicos como comunicações, monitoramento ambiental, defesa e pesquisa científica.

Contudo, o Programa Espacial Brasileiro enfrenta grandes desafios. Nas últimas duas décadas, vivenciamos abandono de investimentos e má gestão, resultando na paralisação ou interrupção de projetos importantes. A dependência excessiva do orçamento público e a burocracia estatal impediram a continuidade das iniciativas, deixando o país atrasado em relação a nações que enxergaram o setor como uma prioridade estratégica. Esse cenário colocou o Brasil em uma posição vulnerável e longe das grandes potências espaciais.

Em meio a esses desafios, surge a ALADA, Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil. Trata-se de uma iniciativa inovadora voltada para viabilizar e revitalizar o Programa Espacial Brasileiro. O grande diferencial da ALADA é sua independência financeira: ela não depende de recursos públicos para operar, o que lhe confere maior agilidade e eficiência, além de torná-la menos suscetível a mudanças políticas, má gestão, perseguições políticas e instabilidades orçamentárias. Com esse modelo de negócio o Programa Espacial estará blindado.

A ALADA foi pensada para promover parcerias estratégicas com fornecedores e operadores privados, oferecendo uma nova abordagem para coordenar lançamentos e contribuir na modernização do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. O foco é trazer soluções eficientes, por meio de ações estratégicas que fortaleçam o setor espacial e ampliem a capacidade operacional do Brasil.

Reinvestimento no Programa Espacial: uma estratégia sustentável

Uma das inovações mais importantes é a forma como os recursos obtidos com a operação da Base de Alcântara serão geridos. Diferentemente de outros modelos, os valores arrecadados com o aluguel da base não serão direcionados para o Tesouro Nacional. Com a ALADA à frente, esses recursos serão integralmente reinvestidos no próprio Programa Espacial, garantindo que cada avanço tecnológico e estrutural tenha impacto contínuo e sustentável. Essa abordagem assegura que o programa tenha autonomia financeira para se desenvolver a longo prazo.

O avanço exponencial das tecnologias espaciais trará novos desafios e oportunidades. Hoje, a localização da Base de Alcântara, próxima ao Equador, ainda é uma vantagem estratégica, mas essa relevância pode diminuir com o tempo. Precisamos considerar que tecnologias emergentes permitirão lançamentos eficientes sem depender de proximidade geográfica.

Antecipando-se a essas mudanças, o Brasil precisa pensar em alternativas. Criar novas bases de lançamento ainda mais próximas do Equador pode ser uma solução estratégica para manter a competitividade no mercado global de lançamentos. Essa visão de longo prazo será fundamental para assegurar que o país continue relevante no setor espacial, independentemente das crescentes inovações tecnológicas.

A urgência de viabilizar o Programa Espacial Brasileiro

Viabilizar o Programa Espacial Brasileiro é mais do que uma questão técnica ou econômica — é uma decisão estratégica. Exemplos internacionais, como Índia e Nova Zelândia, mostram que a convergência entre esforços públicos e privados pode transformar o setor espacial em um motor de crescimento econômico e inovação.

O Brasil precisa agir rapidamente para recuperar o tempo perdido e aproveitar as oportunidades que ainda estão ao nosso alcance. A ALADA representa a esperança, investimentos em nosso potencial humano, um novo caminho, onde eficiência e independência financeira se unem para impulsionar o programa espacial. Não se trata apenas de olhar para o espaço como um desafio, mas como uma oportunidade de transformar o futuro do nosso país.

A janela de possibilidades está aberta, e o Brasil precisa decidir, se deseja assumir um papel de protagonismo na nova era espacial ou e permanecerá à margem das nações que souberam aliar ciência, tecnologia e estratégia econômica para conquistar o futuro. E só existe um caminho: A ALADA! A estatal surge como uma esperança no horizonte do Programa Espacial Brasileiro.

Miriam é Jornalista, formada em Comunicação Social, Escritora e Pesquisadora com mais de 20 anos de atuação no Programa Espacial Brasileiro, além de colaboradora do portal “Defesa Aérea & Naval”.

PORTAL PODER AÉREO


Importância do Controle e Alarme em voo e de Posto de Comunicação no Ar na CRUZEX


Da Redação | Publicada em 11/11/2024 17:15

O Exercício Conjunto Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024 destaca a importância das missões de Controle e Alarme em Voo (CAV) e de Posto de Comunicação no Ar (PCOM-AR) desempenhadas, respectivamente, pelas aeronaves E-99M e R-99. Tais missões são essenciais para a garantia das comunicações e para o controle e o monitoramento do espaço aéreo, além de fornecerem uma resposta rápida e eficaz diante de ameaças inimigas.

Funções do E-99M e R-99 no Exercício

Durante a CRUZEX 2024, as aeronaves E-99M têm a responsabilidade de realizar ações de Controle e Alarme em Voo (CAV), que são fundamentais para o apoio às Missões Aéreas Compostas (COMAO). O E-99M, equipado com o moderno radar aeroembarcado ERIEYE, possui a capacidade de detectar aeronaves a grandes distâncias, incluindo aquelas que voam a baixa altura, conseguindo diferenciá-las entre aviões amigos e inimigos. Essa habilidade permite uma vigilância estratégica do espaço aéreo e o controle das aeronaves amigas operando no cenário, ação complementada pela rede de radares terrestres da Força Aérea Brasileira (FAB), que garante a cobertura e o monitoramento contínuos mesmo em áreas onde os radares terrestres não conseguem alcançar.

A flexibilidade de posicionamento do E-99M, junto à sua capacidade de detecção de tráfegos a baixa altitude, torna-o indispensável para cobrir as áreas de interesse do Exercício, especialmente em regiões remotas, montanhosas ou sem cobertura de radares fixos. Isso permite o controle das aeronaves envolvidas na operação, independentemente da estrutura de comando e controle existente em solo.

Por sua vez, a aeronave R-99 atua na CRUZEX como Posto de Comunicação no Ar (PCOM-AR), desempenhando uma missão essencial para a comunicação entre as aeronaves voando na área de combate e os órgãos de controle em solo.

O Comandante do Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião -, Tenente-Coronel Aviador David Dantas da Silva, explica que as aeronaves E-99 e R-99 realizam monitoramento e reconhecimento avançado, oferecendo dados em tempo real para coordenação e segurança das operações. “Nossa função na CRUZEX é garantir que todas as aeronaves na área do Exercício tenham comunicação clara e estejam visíveis no radar. Trabalhamos com as equipes de solo para oferecer o treinamento adequado a todos os participantes e assegurar que todos os parâmetros de segurança sejam mantidos”, relata.

Conforme o Chefe do Terceiro Centro de Operações Militares (COPM3), Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Marcio Luiz Melo Bonin, tais missões permitem coordenação e comunicação eficientes entre todos os envolvidos no COMAO, ampliando a capacidade de combate e incursão das aeronaves amigas. “As operações ocorrem em cenários altamente diversificados, com aeronaves operando em altitudes extremamente elevadas e outras em níveis muito baixos, exigindo coordenação e controle rigorosos para garantir a eficácia das missões. Nesse sentido, a aeronave E-99 é uma plataforma com capacidade para realizar missões de Controle e Alarme em Voo e o R-99 atua como Posto de Comunicação no Ar, entre outras funções operacionais”, ressalta.

Lançar Suprir Resgatar Aviação de Transporte na CRUZEX 2024


Da Redação | Publicada em 11/11/2024 17:18

Até o dia 15 de novembro, Forças Aéreas de vários países estão empenhadas em realizar uma série de missões de treinamento com foco na interoperabilidade e no aprimoramento das capacidades de combate. Essa é a 9º Edição do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX), que ocorre na Base Aérea de Natal (BANT) e é o maior treinamento de guerra aérea da América Latina.

Entre os destaques desta edição estão as aeronaves de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB): o KC-390 Millennium – que participa pela primeira vez do Exercício – e o C-105 Amazonas.

KC-390: Estreia operacional com missões de reabastecimento em voo - Na Cruzex 2024, o cargueiro multimissão da FAB tem cumprido missões essenciais, incluindo reabastecimento em voo (REVO), ressuprimento aéreo, assalto aeroterrestre – realizando lançamento de tropas do Exército Brasileiro -, além de infiltração e exfiltração de tropas. De acordo com o Comandante do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus, Tenente-Coronel Bruno Américo Pereira, a presença do KC-390 neste exercício é fundamental, pois permite que as forças envolvidas maximizem sua capacidade de resposta em um ambiente controlado, mas realista, preparando as tropas para enfrentar desafios reais em operações combinadas.

“O REVO permite que outras aeronaves prolonguem sua autonomia, um fator importante para operações prolongadas e para o sucesso de missões em áreas remotas e de difícil acesso. A capacidade de realizar as ações de reabastecimento em voo do KC-390 demonstra sua eficiência e o seu papel indispensável para ampliar o alcance das operações. O KC-390 Millennium prova ser uma aeronave ‘no estado da arte’, mostrando-se capaz de enfrentar as demandas de um exercício desafiador como a CRUZEX”. O Comandante do Esquadrão complementa que a a participação no Exercício proporciona uma experiência única para a FAB. “Além disso, fortalece nossa integração e interoperabilidade com forças aliadas, o que é essencial para a prontidão operacional em cenários de combate reais”, ressalta.

Para o Comandante do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, Tenente-Coronel Umile Coelho Rende, a participação do KC-390 na CRUZEX também é de suma importância. Ele reforça que a aeronave já foi utilizada em vários cenários reais, quer seja em missões de combate a incêndio em voo, lançamento de mantimentos para a comunidade Yanomami, lançamento de subsídios para manutenção de equipagens da Marinha do Brasil na Antártica, entre muitas outras. Assim, o Exercício tem como função o estabelecimento de questões de treinamento tático operacional do KC-390 em um cenário simulado de conflito.

“É bem importante na consolidação daquilo que treinamos ao longo desses últimos anos de assalto aeroterrestre, navegação tática a baixa altura, reabastecimento em contato com aeronaves de caça. Colocar isso em prática é fundamental e mostra a diversidade de operação do KC-390 em multicenários. Além disso, temos todas as plataformas tecnológicas embarcadas que aumentam a consciência situacional da tripulação, além dos sistemas de autoproteção da aeronave sendo testados. Assim, garantimos um grande aprimoramento das nossas capacidades de tripulação, aumento da consciência situacional, melhor posicionamento e melhor processo decisório em situações complexas que normalmente se apresentam”, relata o Tenente-Coronel Umille.

Saiba como funciona o reabastecimento em voo - O KC-390 é equipado com dois pods de reabastecimento instalados nas asas, de onde se estendem as mangueiras com cestas na ponta. O avião receptor – geralmente um caça ou outro tipo de aeronave que possua o equipamento de sonda – aproxima-se do KC-390 e alinha a sonda da sua fuselagem com a cesta do tanque de combustível do Millennium.

A capacidade de reabastecimento em voo permite que aeronaves de combate, transporte ou vigilância permaneçam por mais tempo em áreas de operação, o que é vital em missões de longo alcance ou em áreas onde pousos e decolagens são inviáveis. Essa flexibilidade operacional é crucial em missões de defesa aérea, evacuação médica, transporte de carga em locais remotos e resposta rápida a emergências.

O KC-390 também é capaz de reabastecer mais de uma aeronave no mesmo voo, dependendo das condições operacionais, aumentando sua eficiência e utilidade em operações militares ou humanitárias.

Treinamento e Segurança - O processo de reabastecimento em voo exige treinamento intensivo para as tripulações, que devem estar preparadas para diferentes cenários de clima e possíveis falhas de conexão entre as aeronaves. Simuladores e exercícios práticos são usados para treinar os pilotos e operadores do KC-390 e garantir que possam realizar o procedimento com total segurança.

A operação exige uma grande precisão dos pilotos, pois ambos os aviões voam a velocidades altas e precisam manter uma formação estável. Uma vez que a sonda da aeronave receptora se conecta com a cesta, o combustível começa a ser transferido automaticamente. O processo é monitorado em tempo real pela tripulação do KC-390, que utiliza sensores e sistemas para garantir que o fluxo seja seguro e constante.

Os veteranos no suporte operacional - Junto ao KC-390, o C-105 Amazonas é um componente essencial nas operações de treinamento da Aviação de Transporte na CRUZEX 2024. Conhecido por sua resistência e capacidade de pouso em pistas adversas, o C-105 é uma peça fundamental em missões de transporte. Assim, durante o Exercício, o vetor aéreo atua nas missões de transporte de tropas e suprimentos para áreas remotas com o lançamento de carga, mostrando a importância da logística em cenários de combate e ajuda humanitária.

Pela ótica do Oficial de Operações do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAV) – Esquadrão Onça, Major Aviador Kleber Aurélio Saugo, a aeronave C-105 Amazonas tem uma participação essencial devido à sua capacidade de autodefesa contra ameaças aéreas e terrestres. “A versatilidade da plataforma C-105 o torna ideal para operações diversas, contribuindo significativamente para a projeção de poder e mobilidade logística da FAB”, explica.

Participação internacional - Na edição de 2024 da CRUZEX, a presença do KC-390 da Força Aérea de Portugal (FAP) é um marco. Este é o primeiro ano em que a aeronave portuguesa participa do Treinamento, o que simboliza não apenas o fortalecimento da cooperação militar entre Brasil e Portugal, mas também a importância crescente do KC-390 no contexto das forças armadas ao redor do mundo.

A Tenente Ana Filipa Mota Pires Alves Ferreira, piloto da FAP, destaca a relevância dessa participação tanto para a sua carreira quanto para a equipe. Segundo ela, a presença do KC-390 representa não apenas uma oportunidade de aprimoramento técnico e tático, mas também uma maneira de reforçar os laços entre as forças aéreas. “Estamos aqui para trocar conhecimentos e aprender com os nossos colegas brasileiros e de outras nações. É uma experiência única que eleva a nossa capacidade operacional e nos prepara para missões complexas em ambientes desafiadores”, afirma.

A aeronave KC-390, com suas capacidades multimissão, destaca-se no Exercício devido à sua versatilidade, capaz de realizar desde operações de transporte logístico até reabastecimento em voo. A Tenente Ana Filipa ressalta que o treinamento com a aeronave em um ambiente multinacional como a CRUZEX permite testá-la em diferentes cenários e adaptar procedimentos em tempo real. “Essa experiência é enriquecedora porque cada país tem uma abordagem própria de operação. Assim, podemos explorar toda a sua capacidade de integração e adaptabilidade”, conclui.

PORTAL AEROFLAP


Caças F-39E Gripen em ação total na CRUZEX

Os caças F-39E Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB) se destacaram em todos os exercícios de treinamento planejados realizados no Brasil como parte da Operação CRUZEX 2024.

Da Redação | Publicada em 11/11/2024 15:51

Entre as atividades conduzidas pelos F-39E Gripens do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) durante a primeira semana da Operação CRUZEX 2024 estavam voos de familiarização realizados dentro do cenário operacional, integração com forças aéreas militares estrangeiras e participação em Operações Aéreas Compostas (COMAO). “O esquadrão participou e completou todas as missões planejadas pela Diretoria de Exercícios, servindo tanto como Força Aliada quanto como Força Oposta”, explicou o Major Aviador Vitor Bombonato, Oficial de Operações do 1º GDA.

Durante esta primeira semana, foram conduzidas duas missões COMAO que são as operações mais complexas da CRUZEX. Esses voos ocorreram pela manhã, enquanto outros treinamentos menos complexos também foram realizados à tarde.

“Ao longo da semana, iniciamos com voos COMAO, que envolvem aproximadamente 60 aeronaves decolando em um curto espaço de tempo para operar no mesmo cenário. Além disso, realizamos alguns voos com um número menor de aeronaves para praticar rotas de ida e volta para a área de treinamento, bem como os primeiros voos de combate Beyond Visual Range (BVR), onde aplicamos táticas e usamos mísseis de longo alcance em condições simuladas”, acrescentou o Major Aviador Raphael Kersul, piloto de caça do 1º GDA. Os voos de treinamento CRUZEX, organizados e liderados pela FAB na Base Aérea de Natal, continuarão até 15 de novembro.

DEFESA EM FOCO


Força Aérea Brasileira celebra 80 anos do 1º GAvCa na Itália


Marcelo Barros | Publicada em 11/11/2024 17:00

No dia 11 de novembro de 1944, uma esquadrilha de caças P-47 Thunderbolt decolava de Tarquínia, Itália, marcando a primeira missão independente do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Hoje, 80 anos depois, a FAB celebra essa data histórica, lembrando a bravura dos pilotos brasileiros que arriscaram suas vidas em missões cruciais para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

A Primeira Missão e o Desempenho do 1º GAvCa na Itália

A primeira missão do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) foi um marco não só para a Força Aérea Brasileira, mas para a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. No sábado, 11 de novembro de 1944, os caças P-47D Thunderbolt decolaram da base de Tarquínia, Itália, com o objetivo de realizar missões de reconhecimento armado. Sob o comando do Major Nero Moura, o grupo entrou em ação após um ano de treinamentos intensivos e adaptação aos padrões de combate da época. Dez dias após essa primeira missão, os pilotos brasileiros iniciaram as operações de interdição, realizando bombardeios picados no Vale do Pó, uma região estratégica para o avanço dos Aliados. Com 445 missões completadas até o fim do conflito, o 1º GAvCa demonstrou grande competência e coragem, ganhando reconhecimento dos Aliados e marcando sua importância na campanha italiana.

O Legado dos Caças P-47 Thunderbolt e do 1º GAvCa

O P-47 Thunderbolt, aeronave robusta e versátil, foi essencial para o sucesso das missões do 1º GAvCa. Com grande capacidade de armamento e resistência a danos, o P-47 permitia aos pilotos enfrentar condições adversas e alvos estratégicos com eficácia. O Major Nero Moura, comandante do grupo, desempenhou um papel fundamental como líder e inspirador, orientando sua equipe em meio aos desafios do combate. Sua liderança reforçou o espírito de equipe e o comprometimento do grupo, que se tornaram marcas do 1º GAvCa. O impacto desse grupo pioneiro foi sentido não apenas no campo de batalha, mas também na imagem e nos futuros projetos da Força Aérea Brasileira, que passou a investir mais em aviação de caça e na formação de novos pilotos.

O 1º GAvCa Hoje e a Continuidade do Legado

O legado do 1º GAvCa permanece vivo, e a unidade, agora sediada no Rio de Janeiro, continua operando com caças F-5 modernizados. A evolução tecnológica do grupo reflete a adaptação constante às demandas da aviação militar, mantendo o compromisso de excelência estabelecido pelos pioneiros da Segunda Guerra. Com celebrações e programas de preservação histórica, a FAB honra os veteranos do 1º GAvCa, reconhecendo suas contribuições para a aviação de caça brasileira. Eventos comemorativos e iniciativas educacionais buscam transmitir esse legado para as novas gerações, reforçando o orgulho nacional e a importância da Força Aérea na defesa do Brasil.