A tradicional Parada Diária do Corpo de Cadetes da Aeronáutica, na Academia da Força Aérea (AFA), na manhã da quinta-feira (29), foi realizada em alusão aos 73 anos do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) – a Esquadrilha da Fumaça.

A cerimônia militar, presidida pelo Comandante da AFA, Brigadeiro do Ar Eric Breviglieri, contou com a presença de militares da Guarnição, assim como da comitiva da Academia de Polícia Militar da Bahia e de estudantes de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi.

Na ocasião, foi concedida ao Tenente-Coronel Juliano Augusto Sousa Nunes, Comandante do EDA, a Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura, honraria destinada a distinguir comandantes de unidades aéreas, no âmbito do Comando da Aeronáutica, por sua conduta em prol da operacionalidade de suas organizações e da Força Aérea Brasileira.

A medalha leva o nome do Brigadeiro Nero Moura (1910–1994), nascido em Cachoeira do Sul (RS). Como primeiro comandante do 1º Grupo de Aviação de Caça, combateu nos céus da Itália durante a 2ª Guerra Mundial e, após seu falecimento, tornou-se o Patrono da Aviação de Caça Brasileira. Dentre tantas virtudes, sua imagem associa-se, indubitavelmente, ao exemplo de comandante de unidade aérea.

Ao superar todas as dificuldades, Nero Moura se destacou não apenas por sua liderança, extraindo o melhor de cada um de seus liderados no cumprimento das missões de guerra a ele atribuídas, mas também por conseguir mantê-los unidos, assim como seus sucessores da Aviação de Caça, até o fim de sua vida.

“Hoje, nós tivemos uma formatura no sagrado pátio dos Cadetes da Aeronáutica, em alusão ao aniversário do EDA, que começou sua história com instrutores de voo fazendo demonstrações com o intuito de incentivar os Cadetes ao voo militar e de fazê-los acreditar nas capacidades tanto dos aviões quanto dos seus instrutores. Durante a cerimônia, tive o privilégio de ser condecorado com a Medalha Nero Moura, na frente dos Cadetes, algo que me deixou muito feliz e que espero, de alguma forma, possa servir de incentivo a todos os Cadetes da Academia”, pontua o Tenente-Coronel Nunes.

O Corpo de Cadetes da AFA conta com 614 alunos, divididos em quatro Esquadrões. Todos estavam presentes na cerimônia. O Coronel Aviador José de Almeida Pimentel Neto, Comandante do Corpo de Cadetes e ex-integrante do EDA, comentou sobre a influência da Esquadrilha no dia a dia dos Cadetes:

“A Esquadrilha da Fumaça é importante para a Força Aérea Brasileira desde sua criação. O EDA começou com um grupo de jovens idealistas, que pensavam em projetar a imagem da Força Aérea perante o Brasil. Então, nada melhor que um exemplo como esse para os nossos Cadetes, que são jovens idealistas e serão os futuros líderes da Força Aérea”.

Para o Brigadeiro do Ar Eric Breviglieri, Comandante da Academia da Força Aérea, “a Fumaça, desde sua criação, mantém o foco e o objetivo de inspirar gerações, e até hoje vivenciamos isso aqui. É uma fonte de inspiração para a nossa sociedade, para o nosso efetivo e, principalmente, para nossos Cadetes, que, toda vez que veem a Fumaça, se espelham no profissionalismo”.

Informações da Esquadrilha da Fumaça

Brasília (DF) – Boina azul, símbolo dos soldados da paz. Em alusão ao Dia Internacional dos Mantenedores da Paz, conhecidos como Peacekeepers, o Ministério da Defesa promoveu uma cerimônia na Base Aérea de Brasília (DF), nesta quinta-feira (29). A solenidade homenageou os militares e civis que atuam em missões de paz das Nações Unidas e reverenciou os 41 brasileiros que perderam suas vidas no cumprimento de missões de paz, com a imposição de uma coroa de flores azuis.

Na ocasião, foi lida a mensagem do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, que  destacou a atuação dos militares que levam segurança e direitos básicos às populações de países marcados por conflitos e tragédias. “Seria impossível manifestarmos aqui o valor, a qualidade, o sacrifício e a competência dos mantenedores da paz brasileiros ao longo de todos esses anos. Por isso, concentramo-nos em celebrar seus feitos, nesta singela solenidade, reconhecendo o intenso trabalho dos nossos “capacetes azuis” na construção de um mundo melhor, mais civilizado, pacífico e estável”, enfatizou.

Um dos momentos altos do evento, foi a composição dos ex-integrantes (Peacekeepers) à retaguarda da tropa, que, em forma, desfilaram ao som das canções militares “Cisne Branco”, “Canção do Soldado”, “Hino dos Aviadores” e do “Expedicionário”.

Participaram da cerimônia, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas  substituto, do Ministério da Defesa, Tenente-Brigadeiro do Ar Walcyr Josué de Castilho Araujo; o Secretário-Geral da Marinha, Almirante de Esquadra Vazquez; e o General de Divisão do Exército Otávio Rodrigues de Miranda Filho; entre outros oficiais-generais.  Também prestigiaram o evento, a Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas do Brasil, Silvia Rucks; adidos militares estrangeiros; e familiares. 

História – Era 29 de maio de 1948 quando o Conselho de Segurança da ONU autorizou, por meio da resolução número 50/1948, a participação brasileira na primeira Operação de Manutenção da Paz das Nações Unidas. Desde então, o Brasil tem uma longa tradição de contribuição para a paz mundial, tendo participado, ao longo de 77 anos, de 43 Operações de Manutenção da Paz da ONU, com emprego de cerca de 55 mil militares. 

Atualmente, o Brasil participa de 11 operações de paz, coordenadas pelo Departamento de Operações de Paz e pelo Departamento de Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz das Nações Unidas. São 88 militares brasileiros, sendo 17 mulheres, atuando em missões no Chipre, Colômbia, Lêmen, Líbano, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Índia e Paquistão, Saara Ocidental, Somália e Sudão do Sul; além de Abyei. 

Para manter o alto grau de preparo, as Forças Armadas, por intermédio da Defesa, mantém dois centros de treinamento, que permite capacitar civis, militares e policiais para atuarem em missões de paz, são eles: Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (Ccopab) e o Centro de Operações de Paz e Humanitárias de Caráter Naval (COpPazNav), unidades de referência brasileiros e de nações internacionais.

Curiosidade – A boina azul ou capacete azul identifica os soldados da paz, utilizada por militares designados pela ONU para participarem de operações de paz em países em situação de conflito, que com profissionalismo e abnegação, dedicam-se a manter a paz e segurança internacionais.

A Força Aérea Brasileira (FAB) partiu ontem do Porto Fluvial Brucutu (Comara), no bairro de Val-de-Cans, para levar atendimento médico às comunidades urbanas e ribeirinhas do interior do estado do Pará. Quatro balsas seguiram com destino inicial a cidade de Santarém, onde inicia o Exercício de Campanha de Emprego de Logística, Saúde e Intendência Operacional, EXCELSIOR 2025, no dia 11 de junho.

Em seguida, os militares seguem para os municípios de Monte Alegre e Breves, no Arquipélago do Marajó, finalizando os atendimentos no dia 29 de junho.
 

Atendimento Médico e Ações da FAB no Pará

Esta é a segunda edição da atividade promovida pela FAB em parceria com o Ministério da Saúde, através do projeto Voluntários do Sertão e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o Coronel Aviador Antônio Carlos Neves Trigueiro, vice-presidente da Comaraissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara), o exercício tem como objetivo proporcionar assistência cívico-social na calha do rio Amazonas, provendo assistência médica hospitalar especializada e apoio humanitário à população, além de adestramento militar em ambiente operacional complexo.

“A ideia é que nós treinemos a logística operacional da Força Aérea, promovendo, assim, assistência de saúde gratuita pelo pessoal da região ribeirinha da calha do rio Amazonas, bem como fortalecendo os laços interinstitucionais entre militares, civis e organizações não-governamentais, bem como fortalecer a presença do Estado brasileiro na região estratégica da Amazônia”, disse.

O exercício contará com um Hospital de Campanha (HCAMP) flutuante, montado sobre balsas da Comara, que têm capacidade de aproximadamente 1 mil atendimentos por dia em 14 clínicas especializadas. Ao todo, 170 militares estarão envolvidos na missão, sendo 72 deles da área da saúde, 20 pessoas do projeto Voluntários do Sertão e mais 10 da Fiocruz.

“A Fiocruz está trabalhando num projeto de pesquisa de detecção precoce e tratamento de câncer de colo do útero. E as demais especialidades vão ser providas pela Força Aérea”, afirmou o vice-presidente da Comara.

Treinamento Conjunto

A Força Aérea Brasileira (FAB) deu início ao Exercício Operacional EXOP AIRLIFT-COMAO 2025 na Base Aérea de Anápolis (BAAN), em Goiás. A atividade, que se estende até 6 de junho, reúne cerca de 400 militares da FAB e 600 do Exército Brasileiro (EB). O cenário simulado de guerra regular foca em ações conjuntas e de alta complexidade, buscando consolidar a doutrina da Aviação de Transporte e adestrar tripulações em missões aéreas compostas, simulando um conflito armado real.

Operações Complexas

Coordenado pelo Comando de Preparo (COMPREP), o treinamento visa aprimorar a capacidade operacional das Forças Armadas. “O objetivo desse exercício é consolidar a doutrina da Aviação de Transporte em um cenário de treinamento com alto grau de realismo, adestrando nossas tripulações em missões complexas e integradas”, explicou o Comandante da BAAN e Diretor do Exercício, Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho. As operações incluem lançamento em massa de paraquedistas, infiltração, exfiltração e evacuação aeromédica de tropas, tudo dentro do conceito de operações compostas, exigindo coordenação tática entre diferentes plataformas.

Meios Empregados

O EXOP AIRLIFT-COMAO 2025 está dividido em três fases, com a missão principal de retomar áreas estratégicas ocupadas. Isso envolve ações como assalto aeroterrestre, evacuação médica, reconhecimento tático, varredura aérea e defesa antiaérea. Entre as aeronaves utilizadas estão o KC-390 Millennium, o F-39 Gripen, o F-5M, o C-105 Amazonas, o A-1M AMX, o E-99M e o helicóptero H-60 Black Hawk, além de meios de defesa antiaérea. O Exército Brasileiro contribui com tropas paraquedistas e forças especiais. O exercício também inclui cenários de combate noturno com óculos de visão noturna (NVG) e sistemas de autodefesa, aumentando o realismo do treinamento.

Ganhos Táticos

O Tenente-Coronel Aviador Miguel dos Santos Clarino destacou que o EXOP AIRLIFT-COMAO adestra os tripulantes do COMPREP em uma ampla gama de ações, como Defesa Aérea, Ataque, Assalto Aeroterrestre, Reabastecimento em voo e Defesa Antiaérea, em um ambiente realista e desafiador. Além disso, o exercício fortalece a coesão entre as Forças, aperfeiçoa procedimentos conjuntos e proporciona um ambiente seguro para a aplicação de doutrinas, testes de táticas e levantamento de lições aprendidas, elementos cruciais para a evolução da capacidade de combate das Forças Armadas. 

As aeronaves F-39 Gripen e F-5M são caças de combate, o KC-390 Millennium é um cargueiro militar e o H-60 Black Hawk um helicóptero de transporte e resgate. Eles representam parte da capacidade aérea que a FAB está aprimorando neste exercício.