O Brasil celebrou na última quinta-feira (8), os oitenta anos do Dia da Vitória na Europa, marco que simboliza o fim da Segunda Guerra Mundial no continente em 1945 e a vitória dos Aliados sobre o regime nazista.

Único país sul-americano a enviar tropas de combate ao território europeu, o Brasil rememora a atuação de seus militares nos campos de batalha e nas missões aéreas que contribuíram para a derrota das forças do Eixo.

A data foi escolhida para homenagear o esforço coletivo das nações aliadas e a contribuição brasileira no conflito, que incluiu cerca de 25 mil combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e o trabalho do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º Gavca), da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável por mais de quatrocentas missões de combate entre outubro de 1944 e maio de 1945, principalmente no norte da Itália.

O país também destacou-se pelo envolvimento de profissionais da saúde das Forças Armadas, incluindo 67 enfermeiras militares, primeiras mulheres brasileiras a atuarem diretamente em apoio às operações de guerra. Elas prestaram atendimento a soldados feridos e contribuíram com ações médicas em frentes de combate.

Para marcar os oitenta anos da data histórica, a Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais do Comando da Aeronáutica (Aspaer) organizou uma exposição especial em Brasília (DF), no anexo do prédio do Comando da Aeronáutica (Comaer). A mostra reuniu objetos, documentos, imagens e relatos que ilustram a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Segundo o Major-Brigadeiro do Ar Reginaldo Pontirolli, Chefe da Aspaer, o 8 de maio vai além da celebração militar. "É uma data importante para todo o país. Foi o esforço do Brasil que contribuiu para que chegássemos ao 8 de maio de 1945", disse. Ele acrescentou que a atuação dos pilotos do esquadrão "Senta a Púa" e dos soldados da FEB, enfatizando que a memória dos combatentes representa a luta pela paz em tempos de instabilidade global.