NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL R7


FAB instala Controle de Aproximação de voos em Surucucu, Roraima

Em virtude do grande fluxo de aeronaves que voam pela região em missão de ajuda humanitária às comunidades indígenas Yanomami

Luiz Fara Monteiro | Publicada em 30/01/2023 16:48

Neste domingo, 29/01, a fim de potencializar o trabalho realizado na região de Surucucu (RR), onde comunidades indígenas encontram-se assoladas por uma grave crise sanitária, a Força Aérea Brasileira (FAB) instalou o Controle por Aproximação (APP) para aumentar a segurança do espaço aéreo na região, que vem recebendo um grande fluxo de aeronaves da FAB e também do Exército Brasileiro (EB), atuantes nesta missão de ajuda humanitária.

A montagem da estrutura teve início no sábado, dia 28/01, com a primeira visita das equipes técnicas e operacionais, na qual foram indicadas ações de aprimoramento do sistema de fornecimento de energia, da pista, do pátio, da sinalização e do sistema de combate a incêndio.

E, foi finalizada com as instalações de todos os equipamentos de comunicação, telefonia e meteorologia necessários ao controle do tráfego aéreo, havendo, desta maneira, o controle de três aeronaves: dois C-98 Caravan e um H-60 Black Hawk.

Sob coordenação do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), a missão foi acionada após relatos de que a operação no Aeródromo de Surucucu estava apresentando elevado fluxo de aeronaves em apoio à Operação Yanomami. “No mesmo dia, iniciamos a mobilização de uma equipe constituída por 11 profissionais. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), disponibilizou prontamente os meios aéreos e militares para realizar o deslocamento para Surucucu, de forma a contribuir com a segurança do espaço aéreo na região”, explicou o Coordenador da missão de instalação do APP em Surucucu, Capitão Antônio Gilson Novaes Cardoso da Silveira.

O CINDACTA IV, por meio da Subdivisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM, do inglês Air Traffic Management) disponibilizou a utilização do procedimento de aproximação RNP, que utiliza a capacidade aeroembarcada e permite a operação de aeronaves dentro de um “caminho de voo” específico, com garantia de monitoramento contínuo da posição – de Surucucu, o que tem sido fundamental neste período.

Controlar o espaço aéreo, bem como o tráfego de aeronaves é imprescindível para a manutenção da segurança das operações aéreas. Tais recursos viabilizam a ordenação temporal dos voos, provendo agilidade e eficiência no fluxo de aeronaves.

O Comando da Aeronáutica, para fins de prestação dos serviços de tráfego aéreo no Brasil, segue as normas e métodos recomendados pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

DEFESA AÉREA & NAVAL


Thales fornecerá 66 estações de vigilância para o DECEA ampliar segurança em voos comerciais


Luiz Padilha | Publicada em 30/01/2023 11:09

A Thales, líder global em alta tecnologia de mobilidade aérea, anuncia mais uma parceria com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), organização da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelo gerenciamento do tráfego aéreo. Desta vez, para fornecer e instalar sensores ADS-B, com o objetivo de aumentar a segurança da aviação civil comercial. Trata-se uma das mais modernas soluções para vigilância do tráfego aéreo, a primeira do tipo implementada pelo Grupo Thales na América do Sul, que será instalada em cidades de mais de 20 estados brasileiros.

O ADS-B (Automatic Dependent Surveillance-Broadcast, na sigla em inglês), recebe informações da aeronave via transponder informando posição, velocidade e identificação, complementando a vigilância já realizada pelos radares secundários existentes e fornecendo uma quantidade maior e mais organizada de dados para os controladores de tráfego aéreo.

O sensor funciona como uma dupla checagem, premissa básica nos processos de segurança da aviação civil. Não há necessidade de interferência de piloto ou operadores de voo, e a atualização dos dados é 10 vezes mais rápida que os atuais radares. Além disso, é um equipamento pequeno, de fácil instalação e manutenção, sem necessidade de alto investimento em infraestrutura.

O contrato com o DECEA foi adjudicado à Thales depois de forte concorrência internacional, com a participação de diversos provedores de tecnologia de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM), demonstrando mais uma vez a competitividade da empresa e a confiança de longa data que a FAB tem no Grupo. Com mais de 130 radares de vigilância aérea instalados e mais de 200 NAVAIDS em operação no país, ao longo de uma parceria de 20 anos entre Thales e DECEA, a empresa também está orgulhosa de ter instalado no Brasil seu milésimo radar de vigilância aérea pelo mundo.

Ao todo, serão 66 estações instaladas. A Sutech, empresa especializada em desenvolvimento de sistemas e infraestrutura de aviação, será parceira da Thales no acordo, ficando responsável pela instalação gradual dos sensores ao longo de quatro fases.

O sensor ADS-B está na lista de recomendações da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento de princípios e técnicas de navegação aérea internacional. É um tipo de tecnologia já bastante utilizada em países onde o tráfego aéreo é intenso, como nos Estados Unidos, e pode ser uma alternativa para minimizar a sobrecarga dos sistemas de radares tradicionais.

“O projeto é prova do sucesso do modelo de negócio da Thales no Brasil, trabalhando com parceiros locais para fornecer soluções competitivas. Também confirma a nossa liderança como provedores de sensores ATM e renova a nossa duradoura parceria com o DECEA”, afirma Luciano Macaferri, Diretor Geral da Thales no Brasil.

REVISTA AERO MAGAZINE


Novas estações de vigilância aérea serão instaladas em mais de 20 estados

Empresa francesa irá instalar mais de 60 estações de vigilância aérea em mais de 20 estados

Marcel Cardoso | Publicada em 30/01/2023 14:21

Como resultado de um processo de concorrência internacional, o Departamento do Controle do Espaço Aéreo (Decea), orgão da Força Aérea Brasileira, e a empresa francesa Thales anunciaram uma parceria para o fornecimento e instalação de sensores ADS-B, voltados para a vigilância aérea, em mais de 20 estados.

Os equipamentos irão receber informações da aeronave via transponder informando posição, velocidade e identificação, complementando o serviço já realizado pelos radares secundários existentes e fornecendo uma quantidade maior e mais organizada de dados para os controladores de tráfego aéreo.

O sensor funciona como uma dupla checagem, premissa básica nos processos de segurança da aviação civil. Não há necessidade de interferência de piloto ou operadores de voo, e a atualização dos dados é dez vezes mais rápida que os atuais radares.  

Ao todo, serão 66 estações, que serão instaladas de forma gradual. “O projeto é prova do sucesso do modelo de negócio da Thales no Brasil, trabalhando com parceiros locais para fornecer soluções competitivas. Também confirma a nossa liderança como provedores de sensores ATM e renova a nossa duradoura parceria com o Decea”, de acordo com o Diretor Geral da Thales no Brasil, Luciano Macaferri.

PORTAL AEROFLAP


Relembre a atuação da FAB em comunidades indígenas


Da Redação | Publicada em 30/01/2023

Evacuação aeromédica, atuação de profissionais de saúde, transporte de vacinas e de cestas básicas, criação e proteção de aeródromos, entre outras ações e operações, são parte das missões da Força Aérea Brasileira (FAB) em comunidades indígenas do Brasil. Há 82 anos, com o objetivo de defender, integrar e controlar a nação, a FAB realiza ajuda humanitária ao atender e contribuir para preservar povos tradicionais de todo o país.

Evacuação aeromédica

Evacuação Aeromédica (EVAM) é a ação que consiste em empregar meios de Força Aérea para remover pessoas feridas ou doentes para locais onde possam receber assistência médica adequada.

Um exemplo desta missão da FAB foi quando, em outubro de 2020, um indígena da etnia Jamamadi, morador da comunidade Imbaúba, da região do Médio Purus, próximo à Lábrea (AM), necessitou de atendimento médico especializado, ao ser picado por uma cobra jararaca. Ele foi atendido por um médico do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), que estava a bordo do helicóptero H-60L Black Hawk, pertencente ao Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Harpia, sediado em Manaus (AM).

Transporte de profissionais de saúde

Em situações de calamidade pública, como a mais recente envolvendo o povo Yanomami em condição de desnutrição, a FAB também realiza condução de profissionais de saúde para comunidades indígenas.

A mais recente foi o transporte de Brasília (DF) para Boa Vista (RR), na aeronave C-97, com uma comitiva composta por 12 profissionais de saúde da Força Nacional do SUS, que acompanha de perto a situação da população da região Yanomami. São 11 voluntários assistenciais e um da equipe de gestão central. Além dos profissionais, foram enviados equipamentos de atendimento de emergência, como pranchas rígidas e Desfibriladores Externos Automáticos (DEA).

As missões de apoio às comunidades indígenas evitam a necessidade de deslocamento destes povos às cidades em busca de assistência médica. Em 2020, por exemplo, a Instituição transportou 26 profissionais de saúde das Forças Armadas e uma enfermeira do Ministério da Saúde para cumprimento da Missão Alto Solimões, que teve como objetivo atender cinco aldeias indígenas: Umariaçu I e II, Campo Alegre, Vila Betânia e São Sebastião.

Estima-se que 16.860 pessoas foram beneficiadas com a ação. Além de levar profissionais de saúde, a FAB também transportou três toneladas de materiais, entre equipamentos de Proteção Individual (EPI) e medicamentos.

Transporte de vacinas e medicamentos

A FAB segue com seu compromisso em contribuir com os cuidados primordiais às populações indígenas, no que diz respeito especialmente à saúde. Assim, a Instituição também realiza transporte de vacinas e medicamentos e atua em campanhas de vacinação.

Como parte da missão na região yanomami, a aeronave C-105, operada pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV – Esquadrão Onça), realizou o lançamento múltiplo de 2 toneladas de medicamentos e produtos médicos básicos de primeira necessidade, tais como soro, gases, seringas, dentre outros.

Na Operação COVID-19, por sua vez, militares do Esquadrão Harpia realizaram em 2021 uma missão de apoio à vacinação contra a COVID-19 da população indígena na região do Médio Solimões.

Ao todo, doses de vacinas foram aplicadas em 27 aldeias indígenas. Operando o H-60L Black Hawk, a tripulação decolou de Manaus (AM) com destino a Eirunepé. Na região, ao longo de dez dias de envolvimento, o Esquadrão levou a equipe do DSEI do Médio Solimões para realizar a aplicação de mais de 800 doses contra a COVID-19, atendendo aldeias, com as mais diversas etnias, dentre elas: Deni, Kulina, Kanamari e Mawetek.

Transporte de alimentos

Para cumprir seu dever de salvar vidas, a FAB realiza também a missão de transporte de alimentos. No caso dos povos Yanomamis, a FAB transportou cerca de 1.922 cestas básicas, totalizando cerca de 32,6 toneladas entre alimentos e medicamentos.

Essa não é a primeira vez que a Instituição atua em comunidades indígenas Yanomamis situadas em Roraima. Em 2021, foram transportadas cerca de 13 toneladas de alimentos a bordo do H-60 Black Hawk e do C-105 Amazonas. Foram atendidas as comunidades Kaynaú, Homoxi, Parafuri, Parima, Xitei, Hakoma e Haxiu na operação junto ao 4º Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Surucucu e outras sete comunidades na região de Alto Alegre (RR).

Construção e manutenção de aeródromos

Além de atuar na criação de aeródromos, a FAB também atua na recuperação de pistas – como foi o caso da obra do aeroporto de Surucucu –, e na proteção de aeródromos. No caso de Surucucu, foi a reforma que, hoje, possibilita a circulação de aeronaves na região, de forma a apoiar o transporte de suprimentos no local.

O Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) visitou as aldeias indígenas de Bona e Pedra da Onça, no estado do Pará, localizadas a 700 km de Belém com o objetivo de elaborar o Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA), que é um levantamento de superfícies de proteção pré-estabelecidas para garantir a segurança de voo na operação de um aeródromo.

No total, cinco aldeias tiveram a possibilidade de possuir o plano. Na segunda fase, outras três comunidades indígenas no estado de Roraima foram contempladas: Paraná, Salvador e Área Única.

Cidadania

Desde a sua criação, a FAB tem atuado para promover o exercício da cidadania aos povos indígenas e comunidades rurais, a exemplo da criação do Correio Aéreo Nacional, com o fim de atender especialmente populações do norte do país.

DEFESA EM FOCO


FAB compõe força-tarefa para enfrentamento à crise no território Yanomami


Agência Força Aérea | Publicada em 30/01/2023 12:00

Com a crise humanitária constatada em território Yanomami, uma força-tarefa foi montada para adotar uma série de medidas de socorro, que sejam executadas imediatamente e amenizem a situação dos indígenas. A atuação conjunta conta com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), do Exército Brasileiro, dos Ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e Gestão e Inovação em Serviços Públicos, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dentre outros.

Entre as ações estão o envio de cestas básicas e suplementos alimentares para crianças de várias idades, bem como medidas de atenção à saúde. Para levar suprimentos à região, a FAB, sob coordenação do Ministério da Defesa (MD), atua com o transporte diário de cargas e evacuação aeromédicas.

A aeronave C-105 Amazonas, operada pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV – Esquadrão Onça), executou, de forma inédita, o lançamento múltiplo de duas toneladas de medicamentos e produtos médicos básicos de primeira necessidade, tais como: soro, gases, seringas, e outros. Já a Aeronave KC-390 Millennium, com operação do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT – Esquadrão Gordo), realizou o lançamento de cestas básicas na região de Surucucu, localizada em Roraima (RR). Juntas, as duas aeronaves já lançaram 37 mil quilos de mantimentos para a comunidade indígena.

Helicópteros da FAB e do Exército Brasileiro (EB) realizam, diariamente, o transporte das cestas às diversas comunidades indígenas assoladas pela crise sanitária na região.

O helicóptero H-60 Black Hawk fez o transporte de dois militares operadores de motobomba e oito profissionais de saúde para prestarem auxílio em Surucucu. Além disso, foram transportados 400 quilos de materiais médicos para a região. O H-60 também realizou a interiorização de cestas básicas para as regiões próximas, partindo de Surucucu. No momento, na localidade, já estão ocorrendo atendimentos médicos aos indígenas. Os pacientes em estado mais grave estão sendo evacuados, com apoio das aeronaves militares, para hospitais de Boa Vista.

Integração

Além da FAB e do EB, outros órgãos atuam na missão. A Funai, por exemplo, coordena a distribuição de cestas básicas na região para famílias em situação de carência alimentar e nutricional, e também apoia o acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), atuando ainda na distribuição de ferramentas. Foram enviadas também 200 latas de suplemento alimentar para crianças de várias idades, que serão transferidas do Distrito Sanitário Especial Indígena Leste (DSEI Leste) para o DSEI Yanomami.

Toda a operação exige um esforço de logística conjunto de todos os órgãos envolvidos. Uma vez que o aeroporto de Surucucu está em obras, o transporte de alimentos está sendo feito em aeronaves de pequeno porte, exigindo cerca de 50 voos nesta etapa. As aeronaves transportam comida até a região e a distribuição é feita com o apoio de helicópteros da FAB e do Exército.

“A interoperabilidade é essencial não somente dentre as Forças Armadas, mas também com as diversas agências do nosso país. Durante essa Operação de ajuda humanitária Yanomami, temos a possibilidade de colocar em prática as nossas capacidades operacionais em prol dos mais necessitados,” afirmou o Comandante do Grupo Operacional da Base Aérea de Boa Vista, Tenente-Coronel Marcelo Muller Pons.

O Pelotão Especial de Fronteira (PEF), sediado em Surucucu, é responsável por alojar as equipes de saúde e todos os profissionais enviados para a missão.

O Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE – Yanomami) como mecanismo nacional de gestão coordenada da resposta neste campo. A gestão do COE está sob responsabilidade da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai/MS), atuando conforme a tipologia da emergência.

As equipes do Ministério da Saúde encontram-se na região Yanomami, território indígena com mais de 30,4 mil habitantes. O gestor estima que mais de mil indígenas foram resgatados nos últimos dias em grave situação de saúde e fez questão de frisar que o trabalho não é feito apenas pela Secretaria e sim por ações interministeriais.

Um grupo com 13 profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) iniciaram as atividades no Hospital de Campanha do Exército, para atender crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição, além de casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos.

Outra equipe multidisciplinar da Aeronáutica, com oito profissionais da área da saúde, deslocou-se de Manaus para a região de Surucucu (a cerca de 270 km a oeste da capital roraimense). O Hospital de Campanha da FAB foi inaugurado nesta sexta-feira (27/01).