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PORTAL G1


Hospital de campanha para Yanomami instalado em Boa Vista fez 150 atendimentos em três dias

Unidade foi montada na Casa de Saúde Indígena (Casai) e deve ser alternativa para enfrentar crise humanitária na saúde Yanomami. No Hospital Geral de Roraima são seis Yanomami internados e 43 meninos e meninas no Hospital da Criança.

Redação | Publicada em 30/01/2023 06:00

O hospital de campanha, montado para atender indígenas Yanomami doentes, já realizou 150 atendimentos até este domingo (29). A estrutura da Aeronáutica começou a funcionar na última sexta-feira (27), na Casa de Saúde Indígena (Casai), região de Monte Cristo, zona Rural de Boa Vista e é uma alternativa para enfrentar a crise humanitária na saúde Yanomami.

Entre os atendimentos, a maioria foram de pediatria e ginecologia. Também foram realizados atendimentos de clínica médica, ortopedia e odontologia, além de exames laboratoriais e de ultrassonografia e outros.

O hospital foi montado em uma semana, após o anúncio do presidente Lula (PT) que visitou Roraima e classificou como desumana a situação dos Yanomami. Cerca de 30 militares integram a equipe da unidade.

Maior território indígena do país, a Terra Yanomami está no centro do debate nacional após dezenas de denúncias revelarem o caos sanitário na saúde. São relatos e imagens que expõem indígenas extremamente desnutridos e com malária, abandonados pelo governo.

O hospital tem seis leitos de repouso, que são espaço para os indígenas ficaram em observação. A estrutura para Boa Vista foi transferida do Rio de Janeiro, após a decisão do Ministério da Saúde, anunciada no último dia 21.

A unidade tem estrutura para estabilizar o paciente, mas não para internação - neste caso, os indígenas que precisarem, serão enviados para o Hospital Santo Antonio, no caso de crianças, e ao Hospital Geral de Roraima, no caso de adultos.

Não há hospitais dentro da Terra Yanomami. O posto de Surucucu funciona como uma unidade de referência no território. É para lá que, inicialmente, os casos que precisam de maior atenção são levados. Depois, os pacientes são removidos de avião até Boa Vista, onde são encaminhados para as unidades de atendimento.

No Hospital Geral de Roraima, o número de atendimentos prestados aos Yanomami, de 19 de janeiro até este domingo (29), chegou a 14. Destes, seis permaneceram e foram internados na unidade, que é a maior do estado.

Já no Hospital da Criança Santo Antônio, o único hospital infantil de Roraima, 43 meninos e meninas yanomami estão internados e oito delas estão nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). As principais causas dessas internações são: doença diarréica aguda, gastroenterocolite aguda, desnutrição, desnutrição grave, pneumonia, acidente ofídico e malária.

O g1 mostrou que há casos de crianças resgatadas com um peso muito abaixo do que seria normal para a idade. Uma menina de 4 anos foi atendida pesando 9,9 kg, o equivalente a um bebê de 8 meses, quando o ideal seria 16 kg para a idade dela.

Desde o dia 16 de janeiro, indígenas estão sendo resgatados da Terra Indígena Yanomami com quadros graves de desnutrição, malária e outras doenças. No último dia 23, o secretário de saúde indígena Weibe Tepeba estimou que ao menos mil indígenas foram resgatados do local.