NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
NOTIMP 363/2023 - 28/12/2023
CIAvEx forma a primeira Oficial Aviadora da FAB no Curso de Pilotagem Tática
Guilherme Wiltgen, Via Agência Força Aérea | Publicada em 27/12/2023 11:47
A Base Aérea de Manaus (BAMN) foi pioneira ao ter a primeira Oficial Aviadora a concluir o Curso de Pilotagem Tática 2023 (CPT 2023), ministrado pelo Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAVEx). A formação tem destaque, tanto para o Exército Brasileiro (EB) quanto para a Força Aérea Brasileira (FAB), pois a Tenente Aviadora Mariana de Bustamante Fontes, do Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Harpia, é a primeiro piloto mulher neste curso operacional.
A turma, que teve sua formatura no dia 08/12, contou com dois pilotos da Marinha do Brasil (MB), 16 pilotos do EB e dois da FAB: o Tenente Aviador Matheus Albuquerque Brum de Souza, do Primeiro Esquadrão do Décimo Primeiro Grupo de Aviação (1°/11° GAV) – Esquadrão Gavião e a Tenente Aviadora Mariana, do Esquadrão Harpia.
Para a Tenente Mariana, essa é mais uma oportunidade de se especializar na aviação de Asas Rotativas. “É uma possibilidade de agregar muito para a interoperabilidade. Foi algo marcante não só para mim, mas para as duas Forças, afinal Exército e Força Aérea precisam voar na ala”, comentou.
O CPT visa capacitar o piloto a executar a progressão em voo tático, o deslocamento em voo de formação, conhecer os fundamentos do combate ar-ar, conhecer e praticar o tiro com o armamento axial do HA-1 (foguete e metralhadora), além de conhecer e participar do planejamento e execução de uma operação aeromóvel.
Ao longo do curso, que se estendeu por 11 semanas, foram ministradas instruções teóricas e práticas de Pilotagem Tática, Manobrabilidade de Fração de Helicópteros, Voo de Montanha, entre outras. O treinamento é todo realizado na aeronave AS550 A2 Fennec Avex (HA-1A) em diferentes ambientes.
A instrução continua em 2024 com o Curso de Piloto de Combate, considerado uma extensão do primeiro, visando habilitar o piloto ao comando de Seções, Pelotões e Esquadrilhas de helicópteros, no cumprimento de missões de combate, apoio ao combate e logística no âmbito da Aviação do Exército.
O Comandante do CIAVEx, Coronel de Artilharia Luiz Marcelo Chan Fock de Oliveira, comentou a formação de novo pilotos especializados. “A conclusão com aproveitamento de pilotos da Força Aérea e da Marinha do Brasil comprovam que estamos no rumo certo e todos poderão defender a pátria juntos, caso assim seja necessário”, afirmou.
Fox 3 Kill Podcast – major-brigadeiro do ar Bellon
João Paulo Moralez | Publicada em 28/12/2023
No último episódio de 2023, Fox 3 Kill Podcast conversou com o major-brigadeiro do ar Bellon, que acompanhou, no Centro de Operações Militares do 1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA 1), a interceptação realizada pelos Mirage IIIE do 1º Grupo de Defesa Aérea ao Ilyushin Il-62M da empresa Cubana de Aviación, que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização em 9 de abril de 1982.
Patrocínio Master – Saab;
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Imagens: conheça as armas que equipam os caças AMX da FAB
Gabriel Centeno | Publicada em 27/12/2023 14:16
Em meados dos anos 1980, Brasil e Itália se juntaram para desenvolver um novo caça-bombardeiro. O resultado do projeto conduzido pela Aeritalia, Aermacchi e Embraer foi o AMX, que permanece em serviço com a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Aeronautica Militare Italiana (AMI), embora já no fim de sua vida operacional.
Além de investir na criação da aeronave – algo que foi fundamental para o crescimento da Embraer – o governo brasileiro adquiriu um total de 56 A-1 (como o caça foi batizado pela FAB), ainda que o desejo inicial fosse para 79 unidades.
O AMX entrou em serviço no Brasil na década de 1990 com o esquadrão Adelphi (1º/16º GAv) da Base Aérea de Santa Cruz (RJ), mais tarde sendo entregue aos esquadrões Poker (1º/10º GAv) e Centauro (3º/10º GAV) da Base Aérea de Santa Maria (RS). Com a desativação da unidade carioca em 2016, restaram apenas os esquadrões do RS operando o A-1.
Testado em combate na Europa e Oriente Médio pela Itália e atuando em missões contra o garimpo e tráfico com a FAB, o AMX se provou uma excelente plataforma de ataque ao solo e reconhecimento tático, valendo-se de sua grande autonomia e capacidade para carregar até 3,8 toneladas de bombas, mísseis e sensores.
E parte dessa carga foi mostrada em uma foto recente do jornalista João Paulo Moralez, da Hunter Press. A imagem, cedida ao Aeroflap, mostra um display dos armamentos que equipam o A-1 AMX da FAB.
Como explica o autor da imagem em outra matéria, a maior parte do leque de armamentos disponível para o AMX é voltado para atingir alvos em solo.
Na imagem vemos:
Bomba Mk.82 de 500 libras (3). O AMX pode carregar toda a série de bombas de emprego geral Mk.80 (81, 83 e 84 de 250, 1000 e 2000 libras, respectivamente), desenvolvida nos EUA;
Bomba Incendiária BINC-300 (5).
Casulo SUU-20 de treinamento (11), podendo carregar seis bombas BEX-11 ou BDU-33 (12) e mais quatro foguetes de 70mm;
Bomba Lança Granadas BLG-252 (6). Também conhecida como bomba de fragmentação, a BLG carrega 248 granadas, cada uma pesando 750 gramas; a munição tem um peso total de 324 kg;
Bombas BAFG-230 com o kit de orientação por laser Lizard II (7), carregadas em dupla através do twin carrier pod (16). A BAFG (Bomba Aérea de Fins Gerais) é a versão nacional da série Mk.80 norte-americana. Com o kit lizard (similar ao Paveway dos EUA), a BAFG se torna uma arma inteligente.
Todo esse material está disposto em cima de um alvo para treinamento de emprego ar-solo (18).
Apesar da boa autonomia, o A-1 também é comumente visto com os tanques subalares como o da imagem (10), de 580 litros. O caça também pode usar um modelo maior, com capacidade para 1100 litros.
Em termos de armamento orgânico, o AMX é equipado com o canhão Mk.164 (8) de calibre 30mm (9). Fabricado no Brasil pela antiga Bernardini (a mesma responsável pelo carro de combate Tamoyo), o Mk.164 é uma versão israelense do DEFA 554, utilizado no Dassault Mirage III. O AMX italiano, designado A-11 Ghibli, usa o canhão rotativo M61A2 Vulcan, de 20 mm.
Mesmo especializado em ataque terrestre, o A-1 é um caça-bombardeiro e por isso recebeu integração com mísseis ar-ar. Na Itália, o Ghibli foi equipado com o AIM-9L Sidewinder norte-americano. No Brasil, ele recebeu o Mectron MAA-1 Piranha (1) nacional. Os dois modelos são de curto alcance, orientados por infravermelho. Embora não tenha sido usado na aeronave, o AIM-9B (2) também aparece na imagem. Assim como outros aviões, o AMX usa chaffs e flares (17) para se defender de mísseis guiados por radar e calor. Estes são instalados nas laterais traseiras da aeronave.
Ao lado do SUU-20, o casulo SUU-25 (4) para emprego de flares iluminativos. Ao contrário dos flares usados para enganar mísseis guiados por calor, estes são usados para iluminar grandes áreas à noite. Ao ser disparado, um paraquedas se abre e o material pendurado queima de forma lenta e intensa, gerando uma luz forte.
Saiba mais sobre a história da aeronave com o livro AMX | Brazilian-Italian Fighter-Bomber
Para identificar alvos e orientar suas bombas inteligentes, o AMX recebeu o pod Rafael LITENING III (13). Já para as missões de reconhecimento tático, emprega-se o Reccelite (14), baseado no Litening. Este substituiu uma série de outros casulos usados pelo jato em sua carreira, como Pallet II e III, Vinten e Vicon. Para a guerra eletrônica, o A-1 foi integrado com o casulo de interferência e ataque eletrônico Rafael Sky Shield (15). O Sky Shield seria usado em conjunto com os mísseis antirradar Mectron MAR-1, mas o projeto acabou sendo cancelado.
As armas do A-1, mas em outros tempos
Se agora observamos os armamentos atuais do AMX A-1, outras duas fotos apresentam o que o jato de ataque da FAB usava debaixo de suas asas há quase 30 anos. As imagens, do fotógrafo Rob Schleiffert, mostram o A-1A 5505 exposto com seus armamentos na Base Aérea de Santa Cruz (RJ) em julho de 1995, ao lado de um prédio do Esquadrão Adelphi (1º/16º GAv).
Novamente, João Paulo nos ajuda a identificar o material bélico do caça-bombardeiro, alguns dos quais ainda são vistos nas aeronaves modernizadas.
Na ponta da asa, o míssil ar-ar AIM-9B Sidewinder (1);
No cavalete, o tanque subalar de 1100 litros (2), com o tanque de 580 litros instalado na aeronave;
O AMX da foto está carregado com quatro bombas incendiárias BINC-300 (3), instaladas debaixo das asas, e outras duas BINC-500 (3) na fuselagem. Os dois modelos suspensos com o twin carrier pod;
No cavalete ao lado do tanque, novamente o SUU-20 (4) com seis bombas de treinamento BEX-11 (8) e foguetes de 70mm;
Casulo LAU-3 com 19 foguetes de 70mm (5). Segundo Moralez, os LAU-3 eram usados no F-5, com o AMX recebendo outro modelo, o LM-70/19, de fabricação nacional;
‘Escondida’ atrás do SUU-20, uma bomba Mk.82/BAFG-230(6) e uma Mk.83/BAFG-460 (7). As duas bombas estão pintadas de azul, indicando que são materiais inertes;
A baia do canhão Mk.164 de 30mm (9) aberta, com as fitas de munição (10) expostas no chão;
Ao fundo, em vermelho, um pod de alvo aéreo rebocado (11), o Equipaer NP-AV-1TAS. Este equipamento é usado em missões de treinamento de tiro aéreo;
Finalmente, na segunda foto, os lançadores de flare e chaff (12).
Curiosamente, tanto o avião quanto o esquadrão foram desativados. Em julho de 2022, os restos do AMX FAB 5505 foram colocados para venda como sucata. Já o Esquadrão Adelphi, criado para implantar o AMX no Brasil, foi desativado em dezembro de 2016 em Santa Cruz.
Em 2019, o então Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, que voou na unidade, confirmou que o Adelphi seria reativado na Base Aérea de Anápolis com os caças multimissão F-39 Gripen.
A modernização, que contemplou apenas 11 dos 44 aviões originalmente planejados, deu uma bela sobrevida ao principal avião de ataque do Brasil. Mesmo assim, as luzes para o pequeno mas potente AMX já estão se apagando. Sua operação com a FAB se aproxima do fim, com o modelo devendo dar baixa entre 2025 e 2028.
A Tenente Aviadora Mariana Fontes marca história na aviação militar brasileira com sua formatura no Curso de Pilotagem Tática 2023
Marcelo Barros, Via Agência Força Aérea | Publicada em 27/12/2023 11:30
A Base Aérea de Manaus (BAMN) testemunhou um marco histórico na aviação militar brasileira. A Tenente Aviadora Mariana de Bustamante Fontes, do Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAV) – Esquadrão Harpia, tornou-se a primeira mulher a concluir o Curso de Pilotagem Tática 2023 (CPT 2023), oferecido pelo Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAVEx). Sua formatura, ocorrida no dia 08 de dezembro, representa um avanço significativo na integração entre as Forças Armadas do Brasil, assim como na inclusão de gênero nas operações militares de alta complexidade.
Um Curso de Elite
O CPT 2023 destacou-se pela sua natureza interforças, contando com a participação de dois pilotos da Marinha do Brasil, dezesseis do Exército e dois da Força Aérea, incluindo a Tenente Mariana e o Tenente Aviador Matheus Albuquerque Brum de Souza, do Primeiro Esquadrão do Décimo Primeiro Grupo de Aviação (1°/11° GAV) – Esquadrão Gavião. O curso, com duração de 11 semanas, abrangeu instruções teóricas e práticas, incluindo pilotagem tática, manobras com frações de helicópteros, voo de montanha e treinamento em diferentes ambientes na aeronave Fennec Avex AS550.
Interoperabilidade e Especialização
Para a Tenente Mariana, a conclusão do curso representa não apenas um avanço pessoal, mas também um passo importante para a interoperabilidade entre o Exército e a Força Aérea Brasileira. O CPT 2023 foi projetado para capacitar pilotos na execução de voo tático, deslocamento em formação, combate ar-ar, uso de armamento axial em helicópteros e planejamento e execução de operações aeromóveis.
Continuidade na Formação de Pilotos
A jornada de Mariana na aviação militar continua em 2024 com o Curso de Piloto de Combate, uma extensão do CPT, focado em habilitar pilotos ao comando de seções, pelotões e esquadrilhas de helicópteros em missões de combate, apoio e logística. Este curso reforça a preparação dos pilotos para desafios complexos e multifacetados nas operações militares.
Visão do Comando
O Coronel de Artilharia Luiz Marcelo Chan Fock de Oliveira, Comandante do CIAVEx, destacou a importância da conclusão bem-sucedida de pilotos da FAB e da Marinha no curso. Segundo ele, isso comprova a eficácia do treinamento interforças e a prontidão dos militares para a defesa da pátria.
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