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NOTIMP 028/2023 - 28/01/2023
Hospital de campanha da FAB começa atendimento de emergência a indígenas Yanomami
O hospital de campanha deve aliviar o problema de superlotação da Casa de Saúde Indígena. Com capacidade para 300 pacientes, está com 700.
Da Redação | Publicada em 27/01/2023 20:44
Médicos da Força Aérea começaram, nesta sexta-feira (27), em Boa Vista, o atendimento de emergência aos indígenas .
Na área externa da Casa de Saúde Indígena, a Casai, os Yanomami andam por entre as tendas do hospital de campanha. Crianças doentes, visivelmente desnutridas, brincam com os soldados do Exército.
O hospital foi montado pela Força Aérea e conta com aparelhos de raio-x, farmácia e laboratório. Há também especialidades em pediatria, cirurgia geral e ginecologia. Ao todo, são 31 profissionais de saúde.
O hospital de campanha deve aliviar o problema de superlotação da Casai. Com capacidade para 300 pacientes, está com 700.
As 45 crianças em estado mais grave estão internadas no Hospital Infantil de Roraima, a maioria com idades entre zero a cinco anos.
Pela manhã, procuradores da República e um delegado da Polícia Federal estiveram na Casai. A visita faz parte das diligências para apurar crimes de genocídio e omissão de socorro ao povo Yanomami durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL.
A investigação vai apurar por que autoridades do governo federal não prestaram assistência médica adequada aos Yanomami. Também serão investigados o descumprimento de determinações judiciais para combater o garimpo ilegal. A responsabilidade do governo de Roraima também é investigada.
O governo de Roraima declarou que vê a investigação com estranheza, que a responsabilidade pela saúde e pela assistência às comunidades indígenas é do governo federal e que agentes públicos estaduais fazem normalmente os atendimentos à saúde, educação e segurança alimentar.
Se você quer ajudar a diminuir o sofrimento dos indígenas Yanomami e não sabe como, o site Para Quem Doar mostra o que você pode fazer de forma segura.
Hospital de Campanha para atender Yanomami doentes começa a funcionar em Boa Vista
Unidade foi montada na Casa de Saúde Indígena (Casai) e deve ser alternativa para enfrentar crise humanitária na saúde Yanomami.
Samantha Rufino E Valéria Oliveira | Publicada em 27/01/2023 10:40 | Atualizado em 27/01/2023 11:09
O hospital de Campanha, montado para atender indígenas Yanomami doentes, começou a funcionar nesta sexta-feira (24), em Boa Vista. A estrutura é Aeronáutica e fica na Casa de Saúde Indígena (Casai), região de Monte Cristo, zona Rural da cidade.
A unidade foi erguida como alternativa ao enfrentamento da crise sanitária, com dezenas de casos de indígenas com malária e desnutrição grave. O hospital foi montado em uma semana, após o anúncio do presidente Lula (PT) que visitou Roraima e classificou como desumana a situação dos Yanomami.
A previsão é que o hospital faça cerca de 40 atendimentos por dia, podendo chegar a 300 caso seja necessário. Na estrutura há atendimento nas especialidades de pediatria, ginecologia, clínica médica, ortopedia, neonatologia e radiologia; além dos equipamentos de ultrassom e dos exames laboratoriais.
O hospital tem estrutura para estabilizar o paciente, mas não para internação - neste caso, os indígenas que precisarem, serão enviados para o Hospital Santo Antonio, no caso de crianças, e ao Hospital Geral de Roraima, no caso de adultos.
Mesmo antes de abrir oficialmente nesta sexta, crianças já estavam sendo atendidas por pediatras no local, devido à urgência da crise.
"A gente pôde perceber é que as crianças têm uma desnutrição crônica, e isso leva a incidência de várias doenças, como pneumonia, diarreia, doenças de pele. É uma população com uma condição bem debilitada", explicou Juliana Tavares, que é pediatra e atua no hospital.
O hospital tem seis leitos de repouso, que são espaço para os indígenas ficaram em observação. A estrutura para Boa Vista foi transferida do Rio de Janeiro, após a decisão do Ministério da Saúde, anunciada no último dia 21.
Indígenas Yanomami enfrentam uma grave crise sanitária no território, o maior do Brasil, causada pelo avanço do garimpo ilegal e pela falta de assistência do governo federal.
Situação Yanomami
Após várias imagens e relatos de avanço de doenças na Terra Yanomami, o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública para combater desassistência de indígenas no território.
O governo federal também criou o Comitê de Coordenação Nacional para discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população.
O plano de ação deve ser apresentado no prazo de 45 dias, e o comitê trabalhará por 90 dias – prazo que pode ser prorrogado.
Após visitar a reserva, o secretário de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, disse que o cenário é de guerra e planeja instalar dentro da reserva um hospital de campanha para atender os inúmeros indígenas doentes.
Autoridades locais, como o Ministério Público Federal (MPF), líderes indígenas, organizações como a Hutukara Associação Yanomami, e ambientalistas afirmam que a maior causa para se chegar ao atual caos sanitário da reserva foi o avanço do garimpo, frente à omissão do estado brasileiro em assegurar a proteção do território e, consequentemente, aos Yanomami.
Hospital montado para atender povo Yanomami começa a funcionar
Trinta militares médicos foram destacados para atender os pacientes cujo estado de saúde exigia que fossem levados à capital do estado
Agência Brasil | Publicada em 27/01/2023 17:49
O hospital de campanha que a Força Aérea Brasileira (FAB) montou em Boa Vista (RR) começou a funcionar na manhã desta sexta-feira (27/1), quando os profissionais de saúde da própria Aeronáutica iniciaram os atendimentos a indígenas transferidos da reserva Yanomami.
Trinta militares médicos, de diferentes especialidades, como clínica médica, ortopedia, cirurgia geral, pediatria, radiologia, ginecologia, patologia, além de farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, foram destacados para atender os pacientes cujo estado de saúde exigia que fossem levados à capital do estado, distante cerca de duas horas de voo do território indígena.
Segundo a FAB, o hospital de campanha dispõe de laboratórios e ambulatórios para a realização de atendimentos emergenciais, consultas, exames e ultrassonografias e contribuirá para ampliar a capacidade de atendimento da Casa de Saúde Indígena (Casai) – em cujo terreno a estrutura temporária está montada.
De acordo com o Ministério da Saúde, 576 Yanomamis estavam internados na Casai nesta manhã. Há cinco dias, o número de pacientes chegava a 777. Para servidores da pasta, a redução dos últimos dias já é resultado da primeira semana de intervenção federal na crise sanitária e humanitária enfrentada pelos Yanomamis, que viram o número de casos de malária e desnutrição de adultos e crianças explodir nos últimos anos.
Na semana passada, o ministério declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Y), responsável por coordenar as ações a serem implementadas pelo poder público, incluindo a distribuição de recursos para o restabelecimento dos serviços e a articulação com os gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Alto grau de desnutrição
Na última terça-feira (24/1), profissionais da Força Nacional do SUS começaram a reforçar o atendimento na Casai de Boa Vista.
De acordo com o Ministério da Saúde, só nessa quarta-feira (25/1), as equipes da Força Nacional do SUS atenderam 148 pacientes, sendo 77 homens e 71 mulheres, todos adultos. As principais queixas são quadros de diarreia, pneumonia, suspeitas de tuberculose – quadros sérios, agravados pelo alto grau de desnutrição que técnicos do ministério diagnosticaram ao visitar a terra indígena e a unidade de saúde indígena de Boa Vista, nas últimas semanas.
De acordo com a FAB, um segundo hospital de campanha já está sendo montado no Surucucu, um dos polos-base da Terra Indígena Yanomami, e apenas os pacientes em estado grave estão sendo levados a Boa Vista.
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