Um dos meios mais utilizados no combate aos focos de incêndio no Pantanal, a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), KC-390 Millennium, realizou seu 100º voo operacional, neste mês setembro, contribuindo maciçamente para o cumprimento da missão sob coordenação do Comando Conjunto da Operação Pantanal II. A aeronave pertence ao Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) - Esquadrão Zeus. Equipado com o sistema MAFFS 2 (Modular Airborne Fire Fighting System ), a aeronave pode realizar lançamentos de água sobre áreas afetadas por incêndios, auxiliando no combate a incêndios florestais de grande escala. Esse sistema aumenta significativamente a capacidade de resposta em situações de emergência ambiental, destacando a versatilidade da aeronave em diversas operações.

O combate aos incêndios no Pantanal tem sido crucial para preservar a biodiversidade única da região, proteger as comunidades locais e mitigar os impactos ambientais. A ação do KC-390 Millennium é essencial para enfrentar os desafios impostos pelos incêndios florestais em uma área vasta e de difícil acesso. O Comando Conjunto, por meio de suas Forças Componentes, atua diretamente no combate aos incêndios no bioma sul-mato-grossense desde o dia 27 de junho de 2024. O combate aos focos de incêndio no Pantanal completou três meses. O trabalho das Forças Armadas e dos órgãos diretamente envolvidos tem apresentado resultados significativos.

Entenda o funcionamento do MAFFS

O Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios pesa cerca de seis toneladas sem água, e a instalação no KC-390 Millennium demanda entre seis e oito horas de trabalho. A preparação da aeronave envolve uma equipe especializada, composta por militares das áreas de Elétrica e Mecânica. Quando uma missão de combate a incêndios é acionada, como ocorreu no Pantanal, o MAFFS do KC-390 Millennium é abastecido com água proveniente de duas piscinas instaladas próximas à aeronave, cada uma com capacidade para 24 mil litros. Além da água, o sistema utiliza ar comprimido para pressurizar o líquido durante o lançamento sobre os focos de incêndio. Todo o processo de abastecimento leva, em média, 30 minutos, permitindo uma rápida decolagem para continuar o combate às chamas.

O Museu Aeroespacial (MUSAL), da Força Aérea Brasileira (FAB), informa que o maior evento aéreo do Rio de Janeiro, em comemoração antecipada ao Dia da Força Aérea Brasileira e ao Dia do Aviador, reuniu mais de 100 mil visitantes e arrecadou mais de uma tonelada de alimentos na capital fluminense.

O MUSAL Airshow 2024, organizado e realizado pelo Museu Aeroespacial em parceria com a empresa Hangar 7 Eventos, destacou-se como um verdadeiro sucesso, reunindo 103.206 visitantes.

Entre tantas ações, a celebração também reforçou o espírito de solidariedade e união, tendo alcançado nesta edição a impressionante marca de mais de uma tonelada de alimentos não perecíveis arrecadados e que foram destinados ao Instituto “Casa Viva”, uma organização sem fins lucrativos, que atua em atendimento às necessidades da população em vulnerabilidade social na região próxima ao Campo dos Afonsos.

No primeiro dia, sábado (21), o MUSAL Airshow 2024 foi marcado por uma importante ação social: a Corrida Federal Kids – Etapa MUSAL/RJ 2024, promovida pelo Instituto Federal Kids, que contou com a participação de mais de 1.800 pessoas, incluindo as 750 crianças inscritas e seus respectivos familiares.

Esta ação tem como objetivo conscientizar o público sobre a prevenção do abuso sexual infantil e da pedofilia. Dividida em percursos adaptados para diferentes faixas etárias, a corrida ofereceu uma experiência segura e divertida para a garotada de 0 a 14 anos.

Aníbal Souza, militar da reserva, destacou a relevância da corrida: “A maioria dos abusos acontece dentro das casas das vítimas, e momentos como este ajudam a educar tanto as crianças quanto os pais.”

O Doutor Clayton da Silva Bezerra, delegado da Polícia Federal e presidente do Instituto Federal Kids, enfatizou a importância da parceria com o Museu Aeroespacial: “Hoje, realizamos mais uma etapa da Federal Kids dentro da programação do MUSAL Airshow, uma parceria crucial na defesa de nossas crianças e adolescentes. A população precisa entender que 85% dos abusos ocorrem nas proximidades de suas casas e, em 70% dos casos, dentro da própria residência da vítima. A prevenção é nossa maior arma.”

Nos dois dias, logo na abertura do evento, o público foi recepcionado pela Banda de Música da Base Aérea dos Afonsos, que apresentou um repertório diversificado, criando um ambiente acolhedor e festivo, além da emocionante apresentação da Esquadrilha Apolo, com duas aeronaves T-25 (Universal), usadas na formação básica dos cadetes na Academia da Força Aérea (AFA).

A programação do evento foi bastante extensa, possibilitando o público a ter oportunidades de assistir o giro (acionamento do motor) e o táxi do histórico Republic P-47 Thunderbolt B4, avião amplamente utilizado pelo 1º Grupo de Aviação de Caça da FAB, durante a II Guerra Mundial.

“Esses momentos emocionam e conectam as pessoas à história da aviação”, comentou um dos visitantes. O público ainda explorou o interior do renomado e recém-aposentado C-130 “Hércules”. “Estou achando o evento super interessante, especialmente a oportunidade de trazer as crianças para conhecer o C-130 Hércules. Agradeço pela experiência!”, expressou Marcelo Chafim, muito emocionado.

Nesta edição do evento, os visitantes puderam conhecer bem de perto a aeronave Embraer KC-390 “Millennium”, de fabricação nacional e uma das mais modernas do mundo, pertencente à Força Aérea Brasileira.

A Capitão Aviadora Jeciane destacou: “Estamos aqui representando o 1º Esquadrão do 1º Grupo de Transporte (1º/1º GT – Esquadrão Gordo). Trouxemos a aeronave KC-390 e alguns itens do nosso Esquadrão para exposição. Estou animada para trocar experiências e estreitar o contato com o público civil.”

Um evento altamente dinâmico possibilitou que todos os amantes da aviação desfrutassem das muitas apresentações aéreas: Comandante Ferrari com seu RV-8; os Super Decathlon da Esquadrilha ACRO Sport; e a Esquadrilha CEU, juntamente com o T-6 do Cmte Yuri Albrecht e Cmte Ricardo Sayeg, impressionaram o público com suas acrobacias aéreas.

O Cmte Alfredo Salvatore Leta, piloto veterano de caça da FAB e líder da Esquadrilha CEU, expressou sua gratidão ao público presente: “Já realizamos 170 apresentações, cerca de 20 delas aqui no MUSAL. Consideramos este lugar como nossa casa, e a acolhida do público é sempre calorosa. Isso nos faz sentir muito felizes em nos apresentar aqui.”

Além de apresentações aéreas de aeronaves civis, exibições de aeromodelos da Associação Carioca de Aeromodelismo (ACA) e dos lançamentos da Equipe de Paraquedismo Desportivo da FAB (“Falcões”), realizado pelo C-95 (Bandeirante), do 3º Esquadrão de Transporte Aéreo (Esquadrão Pioneiro), o público pode apreciar demonstrações operacionais e exposições das Forças Armadas e das Forças de Segurança Pública, apresentando parte de suas capacidades operativas, juntamente com a divulgação das formas de ingresso na carreira militar.

Ocorreram apresentações marcantes dos helicópteros H-36 “Caracal” da FAB; do Esquilo A50 do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ); e do AW-169 do Serviço Aeropolicial da Coordenadoria de Recursos Especiais (SAER/CORE) da Polícia Civil do RJ, que eletrizou todos os presentes.

O Comandante Fabian, responsável pela Agusta AW169 da Polícia Civil, também compartilhou informações sobre a aeronave:

“Este helicóptero é multifuncional, mas atualmente está equipado para missões de inteligência. Temos um sistema de imagem de alta performance, que permite identificar alvos a até 70 km de distância.

Em uma missão, contamos com dois pilotos, um operador do sistema de imagem e, possivelmente, mais dois tripulantes para garantir a segurança da operação. Estamos sempre voltados para o benefício da população.

Gostaria de parabenizar a equipe do MUSAL pelo evento magnífico, com a presença de aeronaves incríveis e um público maravilhoso. Foi tudo muito bem organizado e estou tendo um prazer imenso em estar aqui. Agradeço muito pelo convite!”.

Além dessas demonstrações impactantes, o sempre aguardado caça F-5 da FAB impressionou a todos com suas passagens rasantes, deixando a plateia em verdadeiro êxtase com o barulho dos seus motores: “Estava aqui aguardando o som do caça F-5 rasgando o céu! É emocionante demais! É de arrepiar!!!”, comentou a visitante Bruna.

Os helicópteros Super Lynx (AH-11B) e Esquilo (UH-12) da Marinha do Brasil também estiveram em exposição e despertaram grande curiosidade no público.

Cmte Santos Júnior, piloto da aeronave Super Lynx, explicou: “Nossa missão inclui buscas e operações de salvamento. A aeronave pode ser equipada com armamentos, se necessário. Este modelo modernizado conta com um painel de controle para dois pilotos e pode acomodar até seis passageiros, com um banco removível. Durante uma evacuação aeromédica (EVAM), conseguimos instalar uma maca e um médico para transportar a vítima com segurança.”

Além disso, o principal papel da Marinha é proteger mares e oceanos. “Podemos transportar o Super Lynx em fragatas, dobrando as pás e a cauda, o que permite que a aeronave tenha um tamanho compacto para o transporte”, acrescentou Santos Júnior.

Com o firme propósito de bem atender a todos, o MUSAL Airshow disponibilizou uma grande área de convivência com diversas opções gastronômicas em uma praça de alimentação, onde os visitantes puderam desfrutar de shows musicais com o cantor Eduardo Almeida, a Banda Central do Brasil, Dupla Moura Martins e com DJs.

Além das atrações aéreas, todos puderam embarcar em uma verdadeira viagem pela História da Aviação, explorando todas as áreas e salas expositivas. Nesse espaço, é possível apreciar um vasto acervo que revela aspectos fascinantes da história e seus personagens marcantes, como o icônico Alberto Santos Dumont. Na sala dedicada ao “Pai da Aviação”, os visitantes aprenderam sobre sua vida pessoal, suas invenções e curiosidades, além de admirarem o escrínio (redoma de metal) que preserva o coração do grande inventor brasileiro.

Comprometido com a promoção da inclusão e acessibilidade, o MUSAL uniu esforços com o Serviço Social dos Afonsos (SESO-AF), o Hospital Central da Aeronáutica (HCA) e o Instituto “Oceano Azul” – uma renomada organização sem fins lucrativos que apoia pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) -, a fim de disponibilizar mais uma vez o “Espaço Azul”, um ambiente cuidadosamente adaptado para atender às necessidades específicas de crianças e jovens neuroatípicos, oferecendo atividades socioeducativas.

As atividades incluíram oficinas de desenho, pintura, colagem e experiências sensoriais, como a criação de garrafas sensoriais e massinha de modelar, todas supervisionadas por um terapeuta ocupacional. Além disso, foram realizadas oficinas psicomotoras que envolveram circuitos com obstáculos e orientações odontológicas voltadas para neuroatípicos. O espaço ainda contou com uma mini brinquedoteca e uma oficina de Lego, proporcionando um ambiente lúdico e criativo que complementa as atividades voltadas ao desenvolvimento e à socialização.

Como novidade, pela primeira vez, o MUSAL Airshow ofereceu um Lounge exclusivo para crianças neuroatípicas, permitindo que elas, juntamente com suas famílias, assistissem às demonstrações aéreas em um ambiente adaptado e que garantisse uma experiência confortável e segura, permitindo que todos desfrutassem do evento com foco no aprendizado e na diversão. Neste local, também foram realizadas atividades adaptadas, além de ter sido disponibilizado pela Poupa Tempo RJ a possibilidade da emissão da carteira de Pessoa com Deficiência.

As atividades do evento voltadas para toda a família incluíram sessões de contação de histórias com a escritora Beatriz da Cruz Ribeiro, trazendo fatos e curiosidades sobre a Bandeira do Brasil; e exibições de filmes (curtas-metragens) históricos e educativos, que contribuíram para o conhecimento e a valorização da história da aviação.

No Espaço SESC, as atividades educativas atraíram um grande número de participantes, com dezenas de oficinas interativas que cativaram o público. Entre as atrações, destacaram-se o Gerador de Van de Graaff, brinquedos pedagógicos de madeira e oficinas de construção de aviões de papel.

A apresentação do grupo Sintonia Dominó, com “As Clássicas das Infâncias”, misturou teatro e música, proporcionando um ápice de entretenimento para o público infantil. Essa combinação de aprendizado e diversão fez do Espaço SESC uma das atrações mais memoráveis do evento.

Outra atração notável do evento foi à interação com o robô humanóide 14 Bis, o primeiro no Brasil a contar com inteligência artificial, desenvolvido pelo professor Joel Ramos, sendo uma experiência inovadora, que ofereceu uma perspectiva única sobre os avanços tecnológicos na aviação.

Os vitiantes contaram ainda com estandes expositivos e interativos com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Batalhão de Ações com Cães da Polícia Militar (BAC-PMERJ) e a Divisão de Ação com Cães do DEGASE, que realizaram demonstrações com cães.

Wagner Romanazzi, Diretor da Divisão de Ações com Cães do DEGASE, destacou a importância do trabalho realizado: “O Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE) é responsável pelos menores infratores que cumprem medidas socioeducativas. Nossa Divisão de Ações com Cães realiza atividades voltadas à reintegração desses adolescentes à sociedade, oferecendo cursos profissionalizantes, como banho e tosa, cuidados básicos e veterinários, e treinamento para passeadores de cães”.

Superando mais de 100 mil visitantes em dois dias, o MUSAL Airshow 2024, um evento oficial da Força Aérea Brasileira, foi organizado pelo INCAER, III COMAR, UNIFA e MUSAL, em parceria com a Empresa Hangar 7 Eventos e com apoio institucional da Poupex, CFIAE e pela Empresa Sol Aviation, entre outros.

O evento alcançou um público expressivo, com uma experiência segura, acessível e inesquecível para todos, e ainda marcou o alcance dos 100 mil seguidores no perfil oficial do Museu Aeroespacial no Instagram.

Assim, o MUSAL reafirmou seu compromisso com a educação e a cultura, oferecendo uma oportunidade enriquecedora, que aliou conhecimento e entretenimento em um único espaço, e permitindo que as famílias descobrissem mais sobre a aviação e sua importância para o Brasil e o mundo.

Informações do MUSAL

O caça F-39 Gripen 4108 chegou ao Porto de Navegantes com o navio Heerengracht – bandeira Holandesa em 23 de setembro. A aeronave foi transportada para o Aeroporto de Navegantes na madrugada de 24 de setembro, de onde foi preparada para o voo. O percurso de Navegantes até a cidade de Anápolis, na região metropolitana de Goiás, teve duração de 1 hora e 21 minutos.

O caça foi conduzido pelo piloto de testes do Instituto de Pesquisas e Testes da Força Aérea Brasileira, Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Perez e pousou às 16h48 desta quinta-feira, aos 34º graus.

Este é o oitavo caça Gripen E operacional entregue pela Saab à Força Aérea Brasileira. O modelo monoposto foi produzido na Suécia, conforme contrato firmado entre o país e o governo brasileiro. Enquanto isso, o primeiro caça Gripen E em produção no Brasil está na fase de montagem final da fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto.

A Saab é uma empresa líder em defesa e segurança com uma missão de longo prazo: ajudar os países a manterem suas pessoas e sociedades em segurança. Com o apoio de seus 22.000 funcionários, a Saab vai além dos limites da tecnologia para criar um mundo mais seguro e sustentável.

A Saab desenvolve, produz e mantém sistemas avançados, sejam eles aéreos, de armamentos, comando e controle, sensores e subaquáticos. A Saab está sediada na Suécia e possui operações importantes em todo o mundo. Os produtos e serviços da empresa fazem parte da capacidade de defesa de muitas nações. A Saab mantém uma parceria de longo prazo com o Brasil e fornece diversas soluções avançadas para o país, tanto civis quanto militares. Com o Programa Gripen Brasileiro, a empresa estabeleceu uma ampla transferência de tecnologia que está beneficiando a indústria de defesa nacional.

No período de 8 a 13 de setembro, cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) estiveram em Resende (RJ) para participar do quinto Desafio Agulhas Negras (DAN). A competição, realizada na AMAN, envolveu equipes de diversas escolas militares do Brasil e de países como Colômbia, Equador, Guiana e México. O evento reforçou as capacidades militares dos cadetes e promoveu uma rica troca de experiências entre os participantes.

Desafio Agulhas Negras: Testando habilidades e promovendo integração

O Desafio Agulhas Negras, criado em 2020, tem como principal objetivo desenvolver as habilidades militares dos cadetes e promover a integração entre escolas militares nacionais e internacionais. A edição deste ano foi composta por 36 horas de intensa competição, incluindo marchas, pistas de progressão, natação, equitação e tiro — todas atividades que testam não apenas a resistência física dos participantes, mas também suas habilidades técnicas e de trabalho em equipe. A competição também é inspirada em grandes eventos militares internacionais, como a “Sandhurst Military Skills Competition”, organizada pela Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, e a “Chimaltlalli”, competição realizada no Heroico Colégio Militar do México. No DAN, os cadetes enfrentaram desafios físicos e táticos que simularam situações reais de combate e operações militares, permitindo o aprimoramento de suas habilidades de liderança e resiliência. Além do desenvolvimento técnico, o Desafio Agulhas Negras promove uma forte camaradagem entre as diferentes forças armadas. A interação entre cadetes do Brasil e de países como Colômbia, Equador, Guiana e México foi um ponto alto do evento, permitindo que os futuros oficiais trocassem experiências sobre suas respectivas doutrinas e procedimentos militares. Esse intercâmbio de conhecimentos é essencial para fortalecer os laços de cooperação internacional, especialmente em operações conjuntas de segurança e defesa.

Participação da AFA no DAN: Superação e aprendizado

A AFA foi representada por 11 cadetes, sendo 9 homens e 2 mulheres, que enfrentaram os desafios com dedicação e espírito de equipe. Entre os participantes, a Cadete Gabriella Giroto de Oliveira, do 3° Esquadrão do Corpo de Cadetes da Aeronáutica (CCAer), destacou como a competição proporcionou oportunidades para o desenvolvimento atitudinal e pessoal. “Sendo do quadro de intendência, fiquei feliz em poder representar meu quadro e toda a Força Aérea”, comentou a cadete, ressaltando a importância do evento para sua formação. Outro participante, o Cadete de Infantaria João Rodrigo Jamorigo Branco de Almeida, também do 3° Esquadrão, mencionou a oportunidade única de aprender sobre as diferentes doutrinas e procedimentos das Forças Armadas nacionais e internacionais. “Foi interessante observar dentro das oficinas e instruções as diferentes doutrinas e procedimentos entre as Forças Armadas Nacionais e Internacionais, bem como refletir sobre os desafios da interoperabilidade”, declarou. A participação da AFA em competições internacionais similares, como a “Sandhurst Military Skills Competition” e a “Chimaltlalli”, também foi lembrada durante o evento. Essas experiências reforçam a importância de a Força Aérea Brasileira manter seus cadetes engajados em atividades que desenvolvem tanto suas habilidades técnicas quanto o trabalho em equipe. Mesmo não conquistando as primeiras colocações, a equipe da AFA retornou à academia com experiências inestimáveis, mostrando que o verdadeiro valor do desafio está no aprendizado contínuo e na superação de limites.

Interoperabilidade e laços internacionais no DAN

Um dos principais aspectos do Desafio Agulhas Negras é a promoção da interoperabilidade entre as diferentes forças armadas que participam do evento. A troca de conhecimentos e o treinamento conjunto com cadetes de outros países são essenciais para criar um ambiente de cooperação e confiança mútua. Essa interoperabilidade é cada vez mais importante em um mundo globalizado, onde as forças armadas precisam trabalhar em conjunto para enfrentar ameaças globais, como o terrorismo, o tráfico de drogas e a defesa do meio ambiente. Além disso, o evento também proporcionou uma oportunidade para a prática de idiomas estrangeiros, um aspecto fundamental para os futuros oficiais que poderão participar de missões internacionais ou operações conjuntas com forças armadas de outros países. A interação com cadetes de nações amigas como Colômbia, Equador, Guiana e México é um exemplo de como a competição não só fortalece as habilidades técnicas, mas também a comunicação intercultural. Com o término do evento, os cadetes da AFA e das demais academias participantes voltaram para suas respectivas instituições levando consigo a experiência de ter competido em um dos maiores desafios militares do Brasil, além de ter criado laços que, sem dúvida, contribuirão para a cooperação internacional no futuro. O Desafio Agulhas Negras mostra que o desenvolvimento de habilidades militares vai além da técnica: envolve também a construção de amizades, a troca de experiências e o aprendizado contínuo.

A cidade de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, situada a 796 km da capital estadual, não possui uma unidade de saúde da Força Aérea Brasileira (FAB). Para suprir essa lacuna, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) organizou uma Missão de Assistência Integrada Itinerante, que ofereceu atendimentos médicos, odontológicos, psicológicos e serviços sociais para militares e seus dependentes. A ação, realizada nos dias 23 e 24 de setembro, resultou em mais de 300 consultas no Hospital Municipal Carmela Dutra. Os atendimentos incluíram especialidades como pediatria, ginecologia, clínica médica, odontologia e psicologia. A Major Médica Mariana Coelho, Adjunta da Divisão de Assistência Integrada (DAIN) e coordenadora da missão, explicou: “O objetivo é atender ao efetivo do DTCEA de Bom Jesus da Lapa e seus dependentes. Também conseguimos atender militares da Marinha do Brasil e a população local, em parceria com a Secretaria de Saúde.”

Esta foi a terceira edição da missão em 2024, com próximas edições programadas para Porto Seguro e São Gabriel da Cachoeira, em outubro e novembro, respectivamente. Desde 2017, o projeto busca atender as demandas de saúde, sociais e psicológicas de efetivos da FAB e suas famílias, priorizando localidades distantes das capitais que enfrentam longas filas para atendimentos.