NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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PORTAL UOL


Ato pró-Bolsonaro: o que os manifestantes pensam sobre 6 pontos polêmicos do governo


Leandro Machado - Da Bbc News Brasil Em São Paulo | Publicada em 26/05/2019 16:48

A BBC News Brasil ouviu manifestantes durante protesto na avenida Paulista sobre temas polêmicos envolvendo o governo que completa cinco meses. Foi o primeiro protesto do confeiteiro Valdir dos Santos Vieira, de 37 anos. "Eu vim porque o presidente precisa de nós", disse, em uma esquina da avenida Paulista.

Junto a ele, milhares de pessoas se reuniam para apoiar pautas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) - a Polícia Militar não fez estimativa de público. Nove caminhões de diversos grupos de direita estavam espalhados pela avenida - do shopping Cidade São Paulo à rua Augusta. Nos microfones, manifestantes fizeram discursos contra o chamado "centrão", grupo de parlamentares de partidos de centro e centro-direita, como Democratas, Solidariedade, PP, PR, PSD, PTB, entre outros.

Segundo o movimento bolsonarista, esses congressistas são os responsáveis pelos recentes revezes do governo no Congresso.

Valdir concorda com as críticas a deputados como Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara: "Tudo o que o centrão faz é contra o Brasil. Eles passam qualquer votação na frente só para prejudicar o Bolsonaro", disse.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também foi um dos pontos preferidos do movimento pró-Bolsonaro: os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes foram xingados, às vezes com palavras de baixo calão.

Mas outras críticas, até então inéditas, chamaram a atenção: membros da própria direita viraram alvo, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o deputado federal Kim Kataguiri (DEM), líder do Movimento Brasil Livre (MBL). Durante a semana, ambos se posicionaram contra as manifestações.

Em determinado momento, o MBL foi chamado de "Movimento Bumbum Livre" pela multidão; e Kataguiri, de "traidor".

Além da críticas a quem hoje a direita bolsonarista considera inimiga, havia no protesto um amplo apoio à Reforma da Previdência tocada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. E também ao pacote anticrime proposto por Sérgio Moro, titular da pasta da Justiça.

Durante a manifestação na Paulista, a BBC News ouviu manifestantes que apoiam o presidente sobre seis temas polêmicos envolvendo o governo.

1 - Balanço do governo até agora

Com uma camisa do Brasil, a ex-cobradora de ônibus Iracema de Moraes, de 60 anos, não titubeia sobre os quase cinco meses de governo Bolsonaro. "Estou gostando de tudo. Não tenho nenhuma crítica, não", diz.

Vítima da crise econômica, Iracema está desempregada há dois anos. "Sou uma patriota, confio em Bolsonaro e estou muito contente com o governo dele", completa.

Já o médico Heitor Oliveira, de 62 anos, faz uma crítica à imprensa e às discussões que são levantadas sobre o governo. "Tem muita coisa que acontece e as pessoas não ficam sabendo. As pessoas falam demais sobre o que ele não está fazendo, mas se esquecem o que o governo está fazendo", diz.

Para ele, Bolsonaro acertou ao escolher um "ministério técnico, sem nomeações políticas". "Foi uma coisa que ele prometeu na campanha e que ele cumpriu", afirma o médico.

Porém, ele acredita que Bolsonaro deveria ter se concentrado mais em questões econômicas do que em pautas de costumes, como a flexibilização do acesso às armas e críticas ao movimento LGBT.

"Acho que as pautas mais conservadoras nos costumes ele deveria fazer aos poucos, ao longo dos anos. Ele resolveu colocar essas questões logo agora, no começo, e isso gerou muita divisão na sociedade, inclusive dentro da própria direita", diz.

A dona de casa Rita de Cássia Nascimento, 51, toca em outro ponto: "Para mim melhorou muito, pelo menos na questão da segurança."

Já o consultor de Tecnologia da Informação Ricardo Gerhard também diz estar satisfeito com os primeiros meses de Bolsonaro na Presidência. "Para mim está muito bom, está ótimo", afirma.

"Bolsonaro colocou estradas no Nordeste, algo que não tinha", diz.

Na verdade, as obras que ele cita fazem parte de um boato recente que foi desmentido por sites de checagem de notícias falsas: Bolsonaro não inaugurou rodovias no Nordeste nos últimos dias.

Em fevereiro, o governo comemorou a melhorias em um trecho de uma rodovia na região, porém, as obras foram iniciadas pelo governo de Dilma Rousseff e depois terminadas pela iniciativa privada.

2 - Reforma da Previdência

Grande aposta do governo Bolsonaro para estancar a crise econômica, a reforma da Previdência foi amplamente defendida nos carros de som do protesto e pelos manifestantes ouvidos pela BBC News Brasil.

Os líderes do ato repetiram o discurso do governo e de parte dos atores econômicos de que a reforma é primordial para fazer a economia andar nos próximos anos.

O consultor de TI Ricardo Gerhard coloca a culpa da necessidade da reforma nos governos anteriores. "Sou a favor, sim. O Brasil está quebrado, não tem dinheiro. O dinheiro já foi gasto pelos governos anteriores. A reforma é um remédio amargo", explica.

O confeiteiro Valdir dos Santos Vieira concorda: "Acho que a reforma vai melhorar o país. Vai diminuir a aposentadoria de pessoas mais ricas e dos políticos. Acho que ela vai ser justa para quem é mais pobre", afirma.

O médico Heitor Oliveira sentencia: "A reforma é o que o país mais precisa agora".

3 - Relação do governo com o STF e Congresso

No protesto, o principal alvo de crítica dos manifestantes foi a atuação de parte do Congresso - o chamado centrão. E esse grupo de deputados foi personificado no deputado Rodrigo Maia, alvo de muitos xingamentos e faixas.

Essa parcela é vista como uma barreira para Bolsonaro realizar tudo o que prometeu. "O problema do Bolsonaro é que o Congresso trava tudo o que o presidente propõe", diz Gerhard.

"Só votam o que eles querem, não o que a população deseja", diz Vieira.

Já o funcionário público Ayala Cabral, 20, usa uma frase famosa na boca de Bolsonaro. "Os políticos acreditam que o Brasil é Brasília, temos que mostrar que não é assim dessa forma".

Sobre o centrão: "O centrão não pode fazer o que quiser, os políticos precisam do aval do povo."

Ele completa: "O Congresso vive um aparelhamento. Os políticos ficam enclausurados, sem ouvir a resposta do povo. E isso é uma influência negativa para o Executivo. Os congressistas precisam ver que eles são um veículo, mas nós, o povo, somos os motoristas", disse.

A dentista Ana Maria Oliveira, 60, afirma: "Acho que eles (congressistas) querem é dinheiro para votar. Quer dizer, dinheiro não, eles querem cargos no governo."

Já o STF "está de brincadeira", segundo o consultor Ricardo Gerhard. "Eles conseguem voltar contra as próprias leis", explica.

Para o médico Heitor Oliveira, o Supremo "não se dá ao respeito". "Você vê ministro que vive na ponte-aérea Brasil-Lisboa. Outro que faz palestra em empresa privada ou participa de festas com advogados", afirma.

"Se os ministros vivem batendo boca entre eles, por que um cidadão comum não pode questioná-los?".

Já o confeiteiro Valdir dos Santos Vieira cita uma licitação do Supremo para a compra de vinhos e lagostas, pleito que chegou a ser questionado na Justiça, mas acabou liberado. "Os caras comem lagosta e o povo passando fome?", diz.

4 - Bloqueios de verbas da educação

Os recentes bloqueios de verbas na educação e os protestos de estudantes e professores contra a medida também foram assunto entre os manifestantes ouvidos pela BBC News Brasil.

"Para mim, houve um erro de comunicação do ministro da Educação (Abraham Weintraub)", diz Heitor Oliveira. "Ele já sabia que haveria esse contingenciamento, mas falou que era por causa de balbúrdia. Ele quis jogar para a galera, mas acabou alimentando os protestos contra o presidente", diz.

Ayala Cabral: "Os protestos foram pequenos, minoritários, ideológicos. Na prática, o contingenciamento não vai ter influência nenhuma. Em setembro, o governo libera as verbas." Ele continua: "Quando o Lula e a Dilma cortaram verba, essas pessoas não foram para rua", diz.

5 - Denúncias contra Flávio Bolsonaro

Neste mês, a Justiça quebrou o sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro (PSL) e de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Suspeita-se que Flavio recebia parte do salário de servidores nomeados por ele para trabalhar em seu gabinete, em um esquema de laranjas. Ele nega.

As denúncias não foram abordadas nos carros de som do protesto.

Mas manifestantes ouvidos pela BBC News Brasil foram unânimes: se Flávio for culpado, ele deve ser punido pela Justiça, mas isso "não atinge o presidente."

"Bolsonaro não tem responsabilidade de prestar contas do que o filho dele faz. Eu não tenho simpatia pelo Flávio", diz Cabral.

Consultor de TI Ricardo Gerhard: "Se o Flávio tiver culpa no cartório, tem de pagar, vai pra cadeia igual o Lula. Não é porque tem Bolsonaro no nome que está imune."

Médico Heitor Oliveira: "Só acho que as investigações precisam ser justas, precisa checar os outros deputados da Alerj também. Deve ter equivalentes do Queiroz em vários gabinetes".

6 - Divisões na direita

A BBC News Brasil também questionou os manifestantes sobre os recentes conflitos entre grupos de direita e segmentos do próprio governo.

Nos últimos meses, o filósofo Olavo de Carvalho, nome influente no bolsonarismo, tem criticado a atuação de militares que ocupam cargos no governo. Por sua vez, militares retrucaram, e criticaram Olavo. Também demitiram funcionários ligados ao polemista.

Para Heitor Oliveira, esses conflitos deveriam ser deixados de lado. "Essa divisão é um erro de estratégia. Como ocorreu com a esquerda quando chegou ao poder, vários grupos estão brigando por espaço. Mas na esquerda, esse conflito era interno, não aparecia para o público em geral. Na direita parece que não há união. As pessoas precisam conversar mais", diz.

Ricardo Gerhard: "Para mim, às vezes os olavistas estão certos. Às vezes são os militares. Mas acho que eles precisam se entender melhor". A ex-cobradora de ônibus Iracema de Moraes é mais pragmática: "Isso é só política, normal".

JORNAL O DIA


Zeppelin americano caiu em Arraial do Cabo durante 2ª Guerra Mundial O Dia - Coisas do Rio

História é pouco conhecida até pra quem vive na cidade

Thiago Gomide | Publicada em 26/05/2019 21:00

Vou contar o que aconteceu em Arraial do Cabo envolvendo o Zeppelin, mas antes você precisa conhecer um pouquinho da história do autor do livro que inspirou essa coluna.

O avô do Leandro Miranda era pescador e guardava um alicate como se fosse uma pérola. Motivo? Era uma recompensa pelo trabalho de resgate do dirigível americano. Leandro cresceu ouvindo esse caso um tanto insólito. Pra dar ares científicos ao que o avô Ricardo falava e muitos da cidade concordavam, eis que ele vai atrás de pistas e mais pistas sobre o acidente.
Vamos ao que aconteceu.

“Em 17 de janeiro de 1944, Arraial, então uma vila de pescadores com 2000 habitantes, entrou no cenário da Segunda Guerra com o acidente do dirigível K-36 da marinha americana. O dirigível pertencia ao esquadrão ZP-42.
Quando o Brasil entrou na guerra um dos acordos com os EUA, foi o envio de dois esquadrões (ZP-41 e ZP-42) de dirigíveis anti-submarinos, para patrulhar nossa costa que vinha sofrendo constantes bombardeios em nossa frota de navios mercantes. Entre as embarcações brasileiras que foram abatidas, estava o barco de pesca Shangri-lá, afundado próximo à costa de Cabo Frio, em 22 de julho de 1943, pelo submarino alemão U-199. O pesqueiro tinha 10 tripulantes, sendo 07 cabistas e 03 cariocas”, pontua o escritor.

Cabista é como é chamado quem nasce em Arraial do Cabo.

O Zeppelin estava indo fazer uma revisão geral do equipamento e por isso voava até a Base Aérea de Santa Cruz, na capital carioca, onde existia um hangar preparado para manutenção.

Só que ao se aproximar da Ilha do Farol, um forte nevoeiro apareceu. O piloto se afobou. Desesperado, tentou uma aproximação suave com a terra. Não conseguiu ser bem sucedido. Caiu.

“O pescador Narciso, que estava na canoa de nome Liberdade, observou fogos de artifício saindo do alto da Ilha do Farol e ao se aproximar do Maramutá (local de pescaria), avistou uma pessoa com um objeto luminoso na mão, como que parecendo pedir ajuda”, conta Leandro Miranda.

Em pouco tempo, Narciso enfrentava de cara três problemas imensos: o desconhecimento da língua de quem pedia ajuda, a dúvida se era aliado ou inimigo e como ajudar.

“Era tempo de guerra e todo pescador tinha, por decreto do Presidente Getúlio Vargas, a obrigação de patrulhar nossa costa. O pescador, pensando em se tratar de alemães hostis, deixou o mestre da canoa, Tio Loro, de vigia na Ilha e voltou para terra o mais rápido possível para avisar ao destacamento do exército. Um Sargento do exército foi destacado para ir ao Maramutá. Ele chegou a chamar reforços. Chegando lá, ele tentou contato sem muito sucesso, pois os supostos militares estrangeiros não entendiam sua língua. O Sargento, assustado, fez gestos com a intenção de pedir para o pessoal acidentado esperar que ele fosse buscar socorro”, diz Leandro.

Mas Brasil é Brasil, né? Mesmo com dificuldades na comunicação, o pessoal conseguiu ajudar os americanos.

A história pouco conhecida revela uma época complicada que vivemos. Entrar em guerra não é moleza. Viver sob a chance de ataque mexeu com o país.

Durante a Segunda Guerra, até o nosso Carnaval foi modificado. Isso será tema de coluna ainda essa semana.

O livro do Leandro Miranda, “K-36, o Zeppelin que caiu no Cabo”, editora Sophia, traz muitos detalhes.
Vale a pena a leitura.

OUTRAS MÍDIAS


UNIVERSIA BRASIL - Engenharia Aeronáutica: saiba mais sobre curso e carreira


Publicada em 27/05/2019 06:26

É bastante conhecida, especialmente no Brasil, a polêmica acerca de quem seria o grande pioneiro da aviação no início do século XX: o brasileiro Santos Dumont, o francês Clément Ader ou os irmãos norte-americanos Wilbur e Orville Wright. Seja quem for o merecedor desse título, é inegável que as aeronaves que conhecemos hoje são muito diferentes daquelas pilotadas por esses grandes inventores. Nesse caso, sabemos que o mérito é, em grande parte, dos engenheiros aeronáuticos.

Encarregada da criação, desenvolvimento, aprimoramento e manutenção de veículos aéreos e de seus componentes, a Engenharia Aeronáutica é a grande responsável por podermos atravessar o Brasil, de norte a sul, em menos de 10 horas – e não em 70 horas, como faríamos de carro. Saiba mais sobre essa área, os cursos disponíveis no país e as possibilidades de carreira que a Engenharia Aeronáutica oferece.

Engenharia Aeronáutica, Aeroespacial ou Astronáutica?

Há quem sonhe em pilotar aviões, há quem sonhe em ser astronauta. Nenhum dos dois seria possível se não fosse por aqueles que têm um outro sonho: o de se tornarem engenheiros aeroespaciais.

A Engenharia Aeroespacial abrange a Engenharia Aeronáutica, que, por sua vez, tem como foco veículos que não deixam a atmosfera terrestre, como é o caso de aviões, helicópteros e dirigíveis. Na prática, a indústria aeronáutica e a astronáutica – responsável, por exemplo, por foguetes, satélites e veículos espaciais – caminham juntas e compartilham conhecimentos e tecnologias.

No Brasil, há cursos de Engenharia Aeroespacial, assim como de Engenharia Aeronáutica; contudo, é comum que esta segunda formação também apresente disciplinas e temas de astronáutica em sua grade curricular. Veja, a seguir, algumas opções de cursos na área disponíveis no Brasil.

Formação em Engenharia Aeronáutica

A graduação em Engenharia Aeronáutica costuma ter cinco anos de duração; o mestrado, dois, e o doutorado, quatro. Na graduação, é comum que o estudante passe por uma fase inicial de disciplinas básicas, especialmente de Ciências Exatas. Os anos finais do curso incluem disciplinas mais específicas, como Aerodinâmica, Termodinâmica para Aeronáutica, Propulsão e Mecânica do Voo.

Para cursar Engenharia Aeronáutica não basta ser apaixonado(a) por aviões, é preciso não ter medo de matemática, física e geometria, nem de se dedicar ao estudo. E falando em estudo, ele precisa começar bem antes do curso em si, já que os processos seletivos para ingressar na graduação de Engenharia Aeronáutica costumam ter notas de corte bastante altas. No vestibular Fuvest 2018, por exemplo, o curso ficou atrás apenas de Medicina em nota de corte, com um valor mínimo de 65 pontos.

Muitas instituições altamente conceituadas no Brasil oferecem cursos de graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Aeronáutica. É o caso, por exemplo, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).

Para os que gostariam de abrir seu leque – e não abrir mão do espaço sideral – também há cursos de Engenharia Aeroespacial em ótimas instituições brasileiras. Além do próprio ITA, que é um nome de referência na área, a Universidade Federal de Minas Gerais é uma das melhores opções para estudantes em busca de um curso de bacharelado nesse campo.

A carreira do engenheiro aeronáutico

Mercado é o que não falta para engenheiros aeronáuticos. Como bem lembra o ITA, o Brasil é um dos maiores construtores de aviões do mundo. Além de processos de concepção, fabricação e manutenção de aeronaves, o profissional da área pode ser responsável por atividades de fiscalização e de gestão na indústria aeronáutica.

O engenheiro poderá trabalhar em diversos setores e para diferentes empregadores, incluindo fabricantes de avião e helicópteros ou de peças aeronáuticas, bem como companhias aéreas, órgãos governamentais, aeroportos, institutos de pesquisa e até a Força Aérea Brasileira.

Os caminhos são muitos para aqueles que desejam construir uma carreira na Engenharia Aeronáutica. Embora os desafios sejam grandes, as recompensas também são altas, e o céu é o limite.

DEFESA TV - Força Aérea Brasileira realiza Operação Águia no Centro de Lançamento de Alcântara


Fab | Publicada em 26/05/2019 13:30

A Força Aérea Brasileira (FAB) por meio do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), realizou no período de 20 a 24 de maio a Operação ÁGUIA I/2019, na qual foram lançados dois Foguetes de Treinamento Intermediário (FTI).

Os lançamentos ocorreram nos dias 23 e 24 em Alcântara (MA). O último aconteceu às 13h44 (horário de Brasília), atingindo seu apogeu em 1 minuto e 44 segundos. A Operação ÁGUIA I teve por objetivo proporcionar treinamento operacional às equipes do CLA de forma isolada.

Na ocasião, os lançamentos foram executados sem carga útil científica para a realização dos testes de aceitação do novo sistema de terminação de voo e para obter dados de análise de voo balístico, cujo acionamento ocorreu em 2 minutos e 12 segundos após o lançamento.

Realizada integralmente pelo CLA, organização militar da Força Aérea Brasileira (FAB) subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a Operação ÁGUIA contou com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), da Marinha do Brasil (MB), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e dos Esquadrões Falcão (1°/8° GAV) e Netuno (3°/7° GAV).

A MB, o 1°/8° GAV, o 3°/7° GAV e o DECEA  foram responsáveis pela interdição marítima e também do espaço aéreo. Além disso, têm a incumbência de realizar Patrulha Marítima na área envolvida minutos antes do lançamento e de ficar alerta para uma eventual necessidade de evacuação aeromédica.

Apesar de todos os procedimentos de segurança realizados, foram emitidos avisos à Associação dos Pescadores de Alcântara, às agrovilas do entorno do CLA e à comunidade local, para que todos tomassem conhecimento das atividades operacionais do Centro de Lançamento.

“O lançamento dos dois FTI com sucesso comprova a eficiência de toda equipe do CLA, dos Esquadrões Aéreos e de todos nossos meios de solo, especialmente do novo sistema de terminação de voo, testado pela primeira vez nessa operação. Estamos, a cada dia, dando mais um passo firme para elevar o Centro a um novo patamar, compatível com as expectativas da população brasileira”, concluiu o Diretor do CLA, coronel Aviador Marco Antônio Carnevale Coelho.

DEFESA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS - Memorial que conta a história da FAB na Amazônia é inaugurado na Ala 9, em Belém (PA)


Fab | Publicada em 26/05/2019 17:41

Na quinta-feira (23), a Força Aérea Brasileira inaugurou o Memorial da FAB na Amazônia, na Ala 9, em Belém (PA). Este é o primeiro espaço dessa natureza construído em toda a Região Norte e fará parte do Sistema Integrado de Memoriais e Museus do Pará.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, o Governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, oficiais-generais da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, dentre outras autoridades civis e militares, participaram da cerimônia.

O espaço preserva o acervo histórico existente, bem como mostra a relação da FAB com a integração local e nacional. No local, os visitantes poderão visualizar, por meio de painéis e materiais em exposição, toda a história e evolução das atividades e das aeronaves da Força Aérea Brasileira que atuaram no Pará e na Região Amazônica, desde a década de 1930, passando pela Segunda Guerra Mundial, até os dias atuais.

No Memorial também é possível visitar o Hangar Tenente Cézar, onde estão expostas as aeronaves Catalina, C-47, L-19 e um helicóptero H-1H, modelos que voaram mais de 140 mil horas durante quase quatro décadas, e foram responsáveis por levar cidadania e desenvolvimento aos mais distantes rincões da Amazônia brasileira.

De acordo com o Comandante da Ala 9, Brigadeiro do Ar Ricardo José Freire de Campos, a intenção é destacar a relevância da atuação da Aeronáutica na Região Norte. “Queremos contar, por meio das aeronaves militares e das Organizações da FAB nesta região, a importância da Força Aérea em Belém, para a conquista definitiva da Amazônia”, disse.

O Memorial também busca relembrar como os catalineiros, aqueles que operaram a aeronave Catalina, foram importantes para a integração da região. De acordo com o Presidente da Associação Brasileira de Catalineiros (ABRA-CAT), Suboficial Controlador de Voo Antônio Lemanski, o espaço é mais que uma união de peças de aviação e lembranças. “É mais importante o respeito pela memória, principalmente por aqueles que já foram. Todos foram os desbravadores. A Amazônia é assim hoje graças aos aviões Catalina que não necessitavam de pistas, mas sim de rios e lagoas. Onde se formava um destacamento do Exército, a FAB chegava para dar apoio, levar alimentos, medicamentos e assistência médica, que eram as necessidades na época”, relembra.

O Comandante da Aeronáutica complementa, também, sobre a importância de resgatar a memória. “É a história de verdadeiros heróis que levaram e levam, até hoje, desenvolvimento, integração e cidadania aos brasileiros que vivem nos lugares mais remotos do nosso Brasil”, disse o oficial-general.

Além do Hangar Tenente Cézar, o Memorial conta com o auditório Cine Catalina, em homenagem ao cinema de mesmo nome, cujos assentos são os mesmos utilizados na década de 1950. Há também o Salão do Catalineiros, com peças e artefatos da aeronave Catalina; o Salão Brigadeiro Protásio, que relata a jornada do militar na Amazônia em 1949, com mais de 16 mil horas de voo; e a Galeria do Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR), que rememora as atividades administrativas e operacionais, o desbravamento e a construção de aeródromos na região.