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REVISTA AERO MAGAZINE


Conheça o Exercício Conjunto Tápio 2023

Mato Grosso do Sul recebe o Exercício Conjunto Tápio 2023 que treina ações militares contra guerra irregular

André Magalhães | Publicada em 23/08/2023 13:28

A Força Aérea Brasileira está realizando o Exercício Conjunto Tápio 2023 (Excon Tápio 23), na base aérea de Campo Grande, no Matro Grosso do Sul, com foco em guerra irregular, especialmente comum contra grupos paramilitares e terroristas.

No dia 21 de agosto, a Força Aérea Brasileira promoveu o Media Day e reuniu mais de trinta profissionais de imprensa para conhecer mais detalhes do treinamento, incluindo as aeronaves utilizadas.

Os profissionais de imprensa foram recebidos às 14h, pelo comandante da base aérea de Campo Grande, o brigadeiro do ar, Eric Breviglieri. O oficial detalhou os objetivos da missão, a integração com as forças participantes, a área de atuação, os meios aéreos e as doutrinas envolvidas no treinamento.

O Excon Tápio 23 é o maior exercício do tipo em toda a América Latina e as atividades buscam treinar os militares envolvidos para situações comuns a conflitos irregulares. O cenário se tornou especialmente importante nas últimas duas décadas. 

O exercício permite desenvolvimento de táticas conjuntas entre as forças armadas, agentes de inteligência, entre outros, em um ambiente dinâmico, com grande quantidade de elementos no solo e simulação de movimentação de efetivo de forças oponentes.

“O EXCON Tápio promove o entendimento mútuo, a confiança e a interoperabilidade entre os participantes, convergindo esforços para o incremento da capacidade das Forças Armadas Brasileiras”, explicou Breviglieri.

Entre as missões da operação conjunta estão reconhecimento aéreo, infiltração aérea, busca e salvamento em combate (C-SAR), apoio aéreo aproximado, lançamento de paraquedistas e carga, evacuação aeromédica. Ainda estão sendo criados ambientes para operações noturnas com óculos de visão noturna (NVG, na sigla em inglês).

"Esperamos um grande aprimoramento da interoperalidade das Forças Armadas brasileiras e que, no final do Excon, saíamos fortalecidos e possamos ter as capacidades aumentadas", declarou o oficial-general.

A operação conta com trinta aeronaves de diversos esquadrões da FAB, entre elas os cargueiros SC-105 e C-105; os helicópteros H-36 e H-60L; os aviões de ataque leve A-29 Super Tucano e A-1, e as aeronaves de vigilância e inteligência RQ-900 e E-99.

Meios Aéreos do Excon Tápio

Após o breafing do brigadeiro Breviglieri, a imprensa foi conduzida para a área externa da base, tendo acesso a algumas aeronaves participantes da operação.

Na linha de voo destacavam os helicópteros H-36 e H-60, responsáveis pelas missões C-SAR, infiltração aérea e evacuação aeromédica. Ambas aeronaves estavam equipadas com eletrônica avançada e contam com capacidade de uso de visão noturna.

Já os caças leves A-29 Super Tucano e A-1 conduzem voos de apoio aéreo aproximado, reconhecimento aéreo e visual, além de missões de ataque ao solo. Os aviões contam com tecnologia que permite a realização de ataques de precisão. O A-1 conta com pod de eletrônica avançada que contém câmeras e demais sensores.

Os C-105 e SC-105 cumprem ações de lançamento de cargas e paraquedistas, assim como realizam voos de busca e salvamento. Ambos os aviões também dispõe de equipamentos que permitem operar com eficiência mesmo em condições adversas e durante a noite, contando com câmeras infravermelha e sistema eletrônico para lançamento de cargas.

O drone RQ-900 é um dos destaques da Tápio, podendo permanecer em voo por um longo período de tempo tendo modernos sistemas e equipamentos para vigilância e reconhecimento.

Os Estados Unidos participam da Tápio 2023 através da Guarda Aérea Nacional de New York, que enviou seu HC-130J Combat King e os helicópteros H-60 Pave Hawk, sendo que estes últimos foram transportados pelos C-17 Globemaster III da USAF.

DEFESA EM FOCO


Militares Especializados em Resgate: A Coragem e a Técnica em Situações de Risco

Da teoria à prática: como o treinamento e a dedicação salvam vidas em cenários críticos.

Marcelo Barros, Via Agência Força Aérea | Publicada em 23/08/2023 15:00

Em momentos de crise, quando cada segundo conta, os militares especializados em Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH-T) são os heróis silenciosos que atuam para salvar vidas. Formados pelo Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), esses profissionais combinam coragem, conhecimento médico avançado e tecnologia de ponta para atuar em situações onde a segurança é um luxo e a vida humana pende por um fio.

Treinamento Rigoroso e Protocolos Internacionais

Durante o Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2023, os militares passaram por oficinas de treinamento de APH-Tático, uma reciclagem vital para garantir a eficácia em operações reais. O protocolo mundial Tactical Combat Casualty Care (TC-3), que segue a sequência MARCH, é a base desse treinamento. Cada letra desse protocolo representa uma etapa crítica de atendimento, desde o controle de hemorragias massivas até a prevenção da hipotermia. A Major Médica Carla Isabel dos Santos Silvestre, da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), e a Capitão Médica Patrícia Bastos de Aguiar Martins Costa, do Esquadrão Falcão, são exemplos de profissionais que se dedicam a ensinar e aplicar esses protocolos, garantindo que cada militar esteja preparado para enfrentar os desafios do campo.

A Prática em Cenários de Guerra e Desastres

A coordenação e a eficiência são vitais para o sucesso das operações em cenários de guerra. Helicópteros e aeronaves, como o SC-105 Amazonas e o H-60 Black Hawk, são ferramentas essenciais para evacuações médicas. O Capitão Médico Vinicius Guimarães Tinoco Ayres, do Hospital de Aeronáutica de Canoas, destaca a importância do treinamento prático, onde os militares aprendem a estabilizar vítimas em locais de difícil acesso, controlando sangramentos e garantindo a respiração. Além disso, técnicas de desencarceramento de vítimas, ensinadas com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Mato Grosso Sul (CBMMS), são vitais para o resgate em situações de acidentes aeronáuticos ou desastres.

Compromisso e Dedicação: A Missão de Salvar Vidas

O treinamento rigoroso, a dedicação e o compromisso com a vida são marcas registradas desses militares. Cada técnica aprendida, cada protocolo seguido, tem um único objetivo: salvar vidas. E, em cada missão, esses profissionais reafirmam o compromisso do Exército Brasileiro em proteger e servir a nação, mesmo nas situações mais adversas.

20 Anos do Acidente em Alcântara: Uma Homenagem aos Heróis do Espaço Brasileiro

Relembrando o legado dos que partiram e agradecendo os que continuam a jornada espacial.

Marcelo Barros, Via Agência Força Aérea | Publicada em 23/08/2023 12:00

Há exatos 20 anos, o Brasil vivenciou um dos momentos mais tristes e marcantes de sua história aeroespacial. O acidente com o Veículo Lançador de Satélites (VLS), no Centro de Lançamento de Alcântara, não é apenas uma data a ser lembrada, mas um momento de profundo respeito e homenagem aos 21 heróis que, com sua dedicação e paixão, contribuíram imensamente para o avanço do Programa Espacial Brasileiro.

O Legado dos Heróis de Alcântara

Mais do que relembrar a tragédia, é essencial reconhecer o legado deixado por esses profissionais. Eles não foram apenas vítimas de um acidente; foram pioneiros, desbravadores do desconhecido, que sonhavam em colocar o Brasil em destaque no cenário espacial mundial. Suas contribuições foram fundamentais para as conquistas e avanços que temos hoje no setor aeroespacial. Eles são a prova viva de que, mesmo diante dos desafios e complexidades da exploração espacial, o espírito humano é resiliente e determinado.

Gratidão aos que Continuam a Missão

Enquanto homenageamos aqueles que perdemos, é vital expressar nossa profunda gratidão aos cientistas, engenheiros e pesquisadores que, dia após dia, dedicam-se ao avanço da ciência e tecnologia espaciais. Eles trabalham incansavelmente, enfrentando desafios, superando obstáculos e expandindo os horizontes do conhecimento, sempre com o objetivo de tornar a exploração espacial mais segura e inovadora.

Unidos por um Futuro Melhor

Em memória dos que partiram e em reconhecimento aos que persistem na missão, é fundamental que permaneçamos unidos. A comunidade aeroespacial brasileira tem a responsabilidade e o dever de continuar a jornada, sempre lembrando das lições aprendidas e buscando um futuro melhor e mais seguro para todos. Como bem disse o Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica, que as memórias do passado nos guiem para um futuro promissor.

OUTRAS MÍDIAS


NOSSA TV WEB-Militares atuam em missões de Apoio Aéreo Aproximado e de Guiamento Aéreo Avançado


Noel Smith | Publicada em 23/08/2023 13:48

Visualize o cenário: dois membros da equipe de Guias Aéreos Avançados (GAA) atuando em completa harmonia. Enquanto um deles conduz a aeronave, o outro está no solo, coordenando estratégias táticas e assessorando as tropas conforme necessário. Essa é a missão dos militares das equipes de Guia Aéreo Avançado da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB).
Responsáveis por um emprego eficaz do poder de fogo aéreo, esses militares atuam nas mais diversas missões de Apoio Aéreo Aproximado e de Guiamento Aéreo Avançado, bem como na manutenção operacional e formação na área. Tudo isso com o objetivo de promover a interoperabilidade entre as Forças Armadas brasileiras e também de países parceiros.

De acordo com o Capitão Infantaria José Ivan Pedroza Bezerra Ribeiro, o Guia Aéreo Avançado é responsável por conduzir, a partir do solo, ataques de aeronaves amigas contra forças inimigas, sendo utilizado em conjunto com forças de superfícies para que possa maximizar o poder de fogo aéreo e evitar danos colaterais.

“Para que a missão termine bem-sucedida é necessário que os militares sejam treinados em cenários realistas. Assim, eles irão aprimorar suas habilidades em descrever alvos utilizando a comunicação por rádio e seus conhecimentos sobre parâmetros de emprego de aeronaves e armamentos para que os ataques aéreos sejam mais eficientes”, explicou o Capitão Pedroza.

Nesta edição do Exercício Tápio, o treinamento envolve 30 militares, entre Oficiais e Graduados das Forças Armadas Brasileiras e da Guarda Aérea Nacional do Estado de Nova Iorque (NYANG), sendo conduzido pela FAB, por meio do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) e pelo Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV) – Esquadrão Flecha, ambos sediados na Base Aérea de Campo Grande (BACG).

Dessa forma, durante todo o treinamento, os militares atuam de forma conjunta padronizando Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP”s) das três Forças, aumentando ainda mais a eficiência em operar de maneira conjunta.

Missões realizadas

Os militares habilitados para atividades desta natureza atuam em diversos tipos de missões, seja em Operações Especiais ou em proveito de Unidades Convencionais do Exército, ou do Corpo de Fuzileiros Navais e também da Armada. “Toda vez que houver alguma interação de poder aéreo Clique aqui para baixar a imagem original com força de superfície da MB e do EB, esses militares podem ser empregados para direcionar e coordenar ataques aéreos ao solo”, explicou o Oficial.

Umas das atividades foi realizada com o intuito de treinar os militares nas operações noturnas que exijam a utilização do óculos de visão noturna (do inglês Night Vision Goggles). “Além do rádio, para conduzir os ataques, o GAA utiliza marcadores Infravermelho para marcar alvos ou Strobo Light para marcar posições amigas”, descreveu o Capitão.

Aeronaves envolvidas 

Durante a Operação Tápio, os militares controlam ataques realizados pelas aeronaves A-29 Super Tucano e A1-M. Assim, em caso de conflito, eles atuam identificando alvos e orientando ataques a partir do solo, visando o sucesso das missões.

GAZETA DE ALAGOAS-SAÚDE PACIENTE NA FILA POR TRANSPLANTE DE CORAÇÃO EM AL É TRANSFERIDO

José Higino da Silva foi transferido para São Paulo em avião da Força Aérea Brasileira

Thiago Gomes E Priscilla Nascimento | Publicada em 24/08/2023 04:00

O único paciente da fila de espera de Alagoas para realizar transplante de coração foi transferido para São Paulo, nesta quarta-feira (23), em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), e ficará internado no Hospital Albert Einstein, aguardando a realização do procedimento cirúrgico.

José Higino da Silva, de 40 anos, que sofre há nove anos de insuficiência cardíaca com fração de ejeção, teve a situação clínica agravada em janeiro deste ano e, desde então, já esteve internado seis vezes no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, onde vinha recebendo toda a assistência necessária da equipe multidisciplinar.

O paciente encontra-se altamente debilitado, devido à gravidade do quadro clínico, não conseguindo sequer dar alguns passos. Diante da situação, a Central de Transplantes de Alagoas acionou o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e ele passou a integrar a fila de prioridades.

A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, agradeceu o apoio da coordenadora do NIR do HMA, enfermeira Ane Meirele Ramos. “Atualmente só contamos com o senhor José Higino da Silva em nossa fila estadual para transplante de coração. Felizmente, ele conseguiu entrar na fila de prioridades, devido à gravidade do seu quadro clínico.”

Já o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou o trabalho integrado realizado pelos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para viabilizar o translado de José Higino da Silva.

“Desde a última terça-feira [22], quando fui informado que o paciente iria entrar na fila de prioridades para o transplante e precisaria migrar para a capital paulista, que os profissionais da Central de Transplantes, da Central Estadual de Regulação, do Metropolitano e do Samu têm trabalho de forma integrada e sincronizada para que o processo ocorrer satisfatoriamente. Aos nossos servidores, os nossos parabéns e a José Higino os votos de êxito na realização do transplante”, enfatizou.

TEMPO DE ESPERA

O tempo de espera por um transplante de coração em Alagoas pode chegar a 18 meses, sendo cada segundo crucial e angustiante para a sobrevida do paciente. Aqui, uma pessoa está, desde março deste ano, aguardando pela possibilidade de receber este órgão.

No estado, segundo dados informados pela Central de Transplantes, há 508 pessoas na fila à espera de um órgão ou tecido. São 456 aguardando por um transplante de córnea, 45 por um de rim, seis por um de fígado e um por coração. Este ano, até julho, foram realizados 48 transplantes, sendo 42 de córneas, quatro de fígado e dois de rins.

Até há pouco mais de três meses, havia outro paciente alagoano na expectativa por um transplante de coração, mas ele morreu sem que o maior desejo de sua vida fosse realizado. O último procedimento cirúrgico para recebimento deste órgão no Estado aconteceu no ano passado, considerado bem sucedido.

A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, explicou que o tempo de espera por um coração aqui varia entre 2 e 18 meses. Em entrevista ao Jornal da MIX, na Rádio MIX 98,3 FM Maceió, na manhã desta quarta-feira (23), ela garantiu que a fila pela vida local e nacional possui dados claros, que são fiscalizados pelo Sistema Nacional de Transplantes.

“A fila precisa ser respeitada e transparente. Quando se tem uma doação autorizada no Estado, o sistema já aponta para o possível doador, Se não tiver, o órgão é disponibilizado para outras localidades e isso depende dos critérios de funcionalidade”, destacou.

Esta semana, foi divulgada a situação clínica do apresentador Fausto Silva. Ele foi incluído na lista de transplantes de coração após ter o quadro de insuficiência cardíaca agravado. A repercussão reacendeu o alerta para a importância da doação de órgãos no Brasil.

DEFESANET-Intendência na Força Aérea Brasileira: Guardiã do Apoio Logístico

A Intendência abrange Administração, Contabilidade e Finanças, conferindo amplas oportunidades aos Oficiais Intendentes. Sua atuação transversal abrange diversas áreas da FAB

Da Redação | Publicada em 23/08/2023 14:51

No dia 23 de agosto, comemora-se o “Dia da Intendência da Aeronáutica”. Esta data rememora os 78 anos da criação do Serviço de Intendência da Aeronáutica e a Diretoria de Intendência, ocorrida em 23 de agosto de 1945.

A Intendência da Aeronáutica, todavia, nasceu antes, junto com o Ministério da Aeronáutica, quando o então ministro Salgado Filho designou uma comissão, composta pelo Capitão-de-Mar e Guerra Intendente Naval Luiz Barreto Alves Ferreira, pelo Major Intendente do Exército José Epaminondas de Aquino Granja e pelo bacharel Mário de Morais Paiva, para elaborar um esboço de organização dos serviços de contabilidade do Ministério da Aeronáutica. Essa comissão representa a gênese da Intendência da Aeronáutica.

Desde a sua criação, até os dias de hoje, a Diretoria de Intendência sofreu diversas reestruturações ao longo de sua existência até alcançar a configuração atual, como Diretoria de Administração da Aeronáutica (DIRAD).

Segundo o Diretor de Administração da Aeronáutica, Major-Brigadeiro Intendente Marcelo Brasil Carvalho da Fonseca, atualmente, a DIRAD vai muito além das atribuições originais da Diretoria de Intendência. Herdou dela relevantes Sistemas, como o de Pagamento de Pessoal, Subsistência, Provisões, Intendência em Campanha e Fardamento Reembolsável e ampliou, com os sistemas de Próprios Nacionais Residenciais, Transportes de Superfície e Hotéis de Trânsito, a sua atividade sistêmica.

Somado a isso, foi atribuída à DIRAD a responsabilidade pela normatização do apoio administrativo das Organizações Militares da FAB. “Por fim, a DIRAD possui, ainda, um total de 24 Organizações Militares subordinadas, divididas em Grupamentos de Apoio, Prefeituras, a Base de Recepção de Veteranos, o Centro de Aquisições Específicas, a Fazenda de Aeronáutica de Pirassununga e o Grupamento de Apoio Logístico de Campanha”, explica o Major-Brigadeiro Fonseca.

Suporte nas operações logísticas e aéreas

No complexo cenário das operações logísticas e aéreas da Força Aérea Brasileira (FAB), a atuação da Intendência emerge como um elemento essencial, desdobrando-se em duas abordagens fundamentais. A primeira, de caráter indireto, concentra-se nas atividades de apoio administrativo voltadas para a sustentação das organizações militares e do pessoal, enquanto a segunda abarca as funções cruciais para as operações aéreas.

No âmbito do primeiro cenário, destaca-se o papel da Intendência nas áreas de gestão patrimonial, financeira, orçamentária, subsistência, licitações e contratos. Estas atividades fornecem um suporte inestimável para o funcionamento eficiente das Organizações Militares do Comando da Aeronáutica (COMAER), sustentando a infraestrutura sem a qual a operacionalidade seria inviável.

Nesse contexto, destacam-se as contribuições recentes que incluíram a participação no Projeto Lessônia, que resultou no lançamento de satélites de imageamento de última geração a partir do Centro de Lançamento Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral. Assim, a atuação da Intendência nas funções logísticas demonstra avanços significativos, tanto nas operações aéreas quanto nas missões em locais remotos.

Na esfera das operações aéreas, o foco permanece na garantia de que a aeronave possa decolar com segurança e eficácia. Isso envolve o fornecimento de equipamentos de voo para a tripulação, o abastecimento de combustível e a coordenação de todo o suporte necessário para a operação.

Nesse sentido, pode-se ressaltar a participação ativa da intendência na viabilização de projetos estratégicos da Força Aérea. Um exemplo notável é o KC-30 – a mais nova aeronave de transporte da FAB, atualmente operando no Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/ 2º GT – Esquadrão Corsário). Desde a análise de viabilidade até a fase de contratação, a Intendência foi um elo crítico, mantendo uma colaboração estreita com Órgãos de Controle Internos e Externos, como o Tribunal de Contas da União (TCU), garantindo assim uma contratação bem-sucedida e em conformidade. Além disso, a Intendência também teve um papel organizacional determinante na aquisição de mísseis para a aeronave F-39 Gripen, demonstrando comprometimento e eficácia mesmo diante de prazos desafiadores.

Braço operacional da Intendência

O braço operacional da Intendência é coordenado pelo Sistema de Intendência em Campanha, dessa forma, o Grupamento de Apoio de Logística de Campanha (GALC) apresenta-se como o elo operacional logístico da Intendência no apoio às unidades desdobradas nos mais diversos tipos de terrenos do território nacional, seja em situações de treinamento, adestramento ou em missões reais, tendo como seu principal objetivo prestar o apoio de alimentação, higienização e alojamento, buscando desta forma prover o máximo de conforto e bem estar para a tropa, pontos cruciais para que se atinja o mais alto nível de desempenho e produtividade dos militares em missão.

Tratando-se deste escopo, atualmente, pode-se citar diversas missões apoiadas, dentre elas: Exercício de Campanha do CPOR-SJC, Exercício de Campanha CAMAR/ CADAR/CAFAR, Curso Prático de Intendência em Campanha (Cadetes 4º Ano), Ação Cívico Social (ACISO), Exercícios de Campanha da EPCAR (1º, 2º e 3º ano), LAAD, Exercícios de Campanha do SEREP-RJ, Exercícios de Campanha do CFS, Exercícios de Campanha do EAGS, Exercícios de Campanha dos Recrutas (GSD-AF), Aniversário de Santos Dumont (MUSAL), Corrida de Santos Dumont (CDA), EXCON Tápio, Curso Prático de Logística de Campanha (Operadores) e EXCON ESCUDO-TÍNIA.

De acordo com o Chefe do Grupamento de Apoio Logístico de Campanha, Tenente-Coronel Intendente Anderson Damião Moraes Dias pode-se destacar o Exercício de Campanha de Emprego de Logística, Saúde e Intendência Operacional (EXCELSIOR 2023), realizado em Manaus (AM), que apoiou uma missão ACISO sobre balsas navegando no Rio Negro (AM), prestando atendimento de saúde às populações ribeirinhas do distrito de Moura, por três dias, e do Município de Barcelos (AM), por cinco dias. A missão foi finalizada no dia 18 de junho, destacando-se a logística para o transporte de aproximadamente 64 toneladas de materiais.

“O apoio logístico de campanha, prestado pelo GALC, por meio da UCI, representa a expressão vibrante e operacional de nossa Intendência, sempre focada em prestar um apoio de excelência, onde a FAB estiver e onde o Brasil precisar! Como Chefe do GALC, sinto-me honrado em fazer parte de tão nobre missão, sendo revigorante e gratificante labutar ao lado de uma equipe extremamente motivada em bem servir!”, relata.

Formação dos Profissionais

A Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), tem como missão a formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria, os quais são instruídos para desempenhar, ao longo de suas carreiras, a missão de liderar e conduzir as atividades de Força Aérea.

Em especial, o quadro de Intendência é vocacionado para exercer todas as atividades logísticas necessárias para o cumprimento da missão institucional da FAB.

Na AFA a formação desses futuros líderes e gestores se dá por meio do curso de administração pública, somada a um forte planejamento das tarefas logísticas focadas na preparação e suporte às atividades eminentemente militares.

Nesse escopo, as instruções teóricas e acadêmicas se mesclam e se complementam com atividades e exercícios de natureza militar, como o salto de emergência de aeronave com o uso de paraquedas militar, a realização de sobrevivências na selva e no mar, além de atividades de campanha.

De acordo com o Comandante do Corpo de Cadetes da AFA, Coronel Aviador Allan Domingues de Mendonça é necessário mencionar que a formação moral e a ratificação dos valores da Instituição são aspectos diuturnamente estimulados, refletidos e fortificados, pois a formação ética, calçada no Código de Honra dos Cadetes – Coragem, Lealdade, Honra, Dever e Pátria – é a bússola moral que conduz os passos dos futuros Oficiais egressos do Ninho das Águias.

“Em suma, o Cadete Intendente será, como futuro Oficial, responsável por gerir e prover os meios a toda Força Aérea, com vistas ao cumprimento de nossa missão de defender o espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas a defesa da Pátria. Eis a dimensão do desafio e da responsabilidade dos homens e mulheres que carregam, com orgulho e honra, o Acanto em seus ombros”, explica.

Formada pela AFA, a Capitão Intendente Ibsan Deyse Santos Silva relata que, no exercício dessas funções, as atitudes mais importantes são aquelas relacionadas à conduta ética e moral, intimamente ligadas à gestão de recursos públicos.

“Desde muito cedo, foi fundamental a habilidade para liderar e chefiar equipes. A condução de numerosos efetivos, em atividades de grande relevância na missão da Organização, requer ao Oficial intendente a capacidade de gerir pessoas, equilibrando os óbices e potencialidades da equipe para obter êxito na missão” relata a Oficial que ainda salienta que lidar com circunstâncias adversas sempre exigiu pensamento analítico e inovação. “Adaptar-se às conjunturas, sem prejudicar a retidão exigida pelas normas e princípios éticos, foi uma habilidade incondicional ao longo da carreira”, conclui.

Intendentes nas Missões de Paz

Os militares das Forças Armadas, inclusive os intendentes, podem ser empregados em diversos tipos de missões, como oficial de Estado-Maior, Observadores Militares, Oficiais de Ligação dentre outros, onde podem trabalhar em diversas funções, com destaque para a célula de oficial logístico (U4/G4), em estreita colaboração com outras unidades militares, policiais, civis e agências a fim de contribuir para a promoção da paz, estabilidade do país e garantia dos Direitos Humanos.

Segundo a Tenente Coronel Intendente Luanda dos Santos Bastos: “foram experiências operacionais muito enriquecedoras, onde eu tive a oportunidade de colocar em práticas muitos ensinamentos acumulados ao longo da minha carreira, reforçar valores militares, como por exemplo o patriotismo e liderança, aprender a trabalhar num ambiente multicultural com diversos desafios que eu não estava acostumada a enfrentar e, principalmente, observar de mais perto como o apoio logístico é empregado numa missão real. Participar de Missões de Paz me fez despertar mais o interesse no lado operacional da Força”.

Preito aos Jambocks

Este ano, a DIRAD teve a iniciativa de evocar a memória desses valorosos Oficiais Intendentes, inaugurando em suas instalações o “Preito aos Jambocks”, um espaço destinado a homenagear os heróis de guerra do Quadro de Oficiais Intendentes da Força Aérea Brasileira, que dedicaram suas vidas combatendo e apoiando o combate, movidos pelo ideal de um mundo livre e mais justo. O sacrifício deles jamais será esquecido.

Tal homenagem reveste-se de um significado que vai muito além do mero registro histórico. O “Preito aos Jambocks” constitui justa e necessária homenagem àqueles que, mesmo à retaguarda, tornaram possível a prevalência do mundo livre sobre o totalitarismo e o triunfo da democracia sobre a tirania.

Na galeria de retratos do “Preito aos Jambocks” da DIRAD, encontram-se os rostos dos seis Oficiais Intendentes que integraram o primeiro Grupo de Aviação de Caça durante a Segunda Guerra Mundial. São eles:

•Tenente-Brigadeiro Intendente Ovídio Alves Beraldo;

•Coronel Intendente Joaquim Ignácio Lavigne Albernaz;

•Brigadeiro Intendente Cauby de Paiva Guimarães;

•Segundo Tenente Intendente Alfredo de Amaral Barcellos;

•Major-Brigadeiro Intendente Milton Lemos Camargo; e

•Coronel Intendente Paulo Guizan Gonçalves.

AREA MILITAR - Força Aérea Brasileira – EXCON Tápio 2023 recebe visita de comitiva do Ministério da Defesa


Da Redação | Publicada em 23/08/2023 18:52

Durante a sexta edição do Exercício Conjunto (EXCON) Tápio, que ocorre na Base Aérea de Campo Grande (BACG), o Chefe de Operações Conjuntas do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército José Eduardo Pereira, e o Chefe da Subchefia de Preparo de Operações Aéreas (SPOA), Brigadeiro do Ar Alessandro Cramer, acompanhados por uma comitiva do Ministério da Defesa (MD), visitaram, no dia 22/08, as instalações da Base para conhecer as atividades operacionais do treinamento. As autoridades puderam ver detalhes da atividade, que tem como principal função o treinamento e nivelamento de militares que compõem as Forças Armadas do Brasil, promovendo, dessa forma, a interoperabilidade.

A comitiva acompanhou a condução de uma missão a partir da Célula Cenário com a atuação aeronave remotamente pilotada (ARP) RQ-900, assistindo, em tempo real, todas as imagens captadas pela aeronave nas proximidades da cidade de Aquidauana (localizada a 140 km de Campo Grande), bem como a atuação dos militares envolvidos.

O General José Eduardo, que já presenciou a edição de 2018 do EXCON Tápio como Vice-Chefe da Chefia de Operações Conjuntas do MD (CHOC), destacou o diferencial do treinamento neste ano, uma vez que os exercícios realizados contam com a participação de mais de 700 militares brasileiros e estrangeiros.

“É muito importante termos aqui a presença das três Forças. Essa atividade é conjunta e, para o Ministério da Defesa, é essencial que se tenham operações dessa natureza, principalmente porque em situações reais, precisamos que Marinha, Exército e Aeronáutica trabalhem juntos, a exemplo do que ocorre com a Operação Ágata Fronteira Norte, em ajuda humanitária na Terra Indígena Yanomami (TIY), no Estado de Roraima (RR)”, expôs.

Após visitar a Célula Cenário, o Chefe da SPOA, Brigadeiro Cramer, destacou que o grande objetivo do EXCON Tápio é, em um ambiente conjunto com as três Forças, treinar tripulações, guias aéreos avançados e equipes SAR para ações dentro de um ambiente de guerra irregular. “É sabido que nestas situações nenhuma força singular consegue operar sozinha. Então, unimos a necessidade de treinamento das nossas tripulações, da nossa equipe médica e dos nossos homens-SAR à possibilidade de interoperabilidade com Forças Especiais e também com o Exército e a Marinha, nesse grande exercício conjunto”, concluiu o Oficial-General.

Visita de Observação

Nesta mesma data e paralelo ao Exercício, Adidos Estrangeiros de 23 países iniciaram visita à Base Aérea de Campo Grande em uma missão de observação do Centro-Oeste. Até o dia 26 de agosto, eles terão a oportunidade de conhecer  o cenário de operações e o poder aéreo na região. Além disso, terão demonstrações de capacidades aéreas, observando aeronaves em ação, bem como equipamentos e tecnologias estratégicas.