NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL UOL


Avião naufragado no RN é igual ao que FAB usou contra submarino nazista


Alexandre Saconi | Publicada em 22/06/2022 04:00

Um hidroavião bimotor utilizado pelos EUA na Segunda Guerra Mundial e que que foi encontrado recentemente naufragado na costa do Rio Grande do Norte faz lembrar uma parte da história da FAB (Força Aérea Brasileira).

O modelo é um Consolidated PBY Catalina, também chamado pela Aeronáutica de Consolidated Vultee 28 (PBY-5A/C-10A), e tem capacidade anfíbia. Ou seja, pode pousar tanto na água quanto em terra.

Seu primeiro voo foi realizado em 1935, e continuou servindo diversos países até o pós-guerra. No Brasil, um modelo igual serviu à FAB entre os anos de 1943 e 1982 em missões de patrulha e do Correio Aéreo Nacional.

Afundou submarino nazista no Rio de Janeiro

Uma das principais façanhas do Catalina usado no Brasil, do mesmo modelo encontrado no RN, foi ter afundado um submarino nazista há 78 anos.

O submarino, um U-199, foi a pique após ataque da tripulação do Catalina da Aeronáutica enquanto estava a apenas 87 mm de distância do morro do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro.

Em seu caminho para a costa brasileira, o U-199 já havia afundado outros navios, como um pesqueiro brasileiro, um cargueiro americano e outro navio inglês. Dias antes de ser avistado pelos militares brasileiros, o submarino havia derrubado um avião dos EUA, deixando toda sua tripulação morta.

A tripulação do Catalina brasileiro avistou o U-199 nazista, e atacou a embarcação alemã. Com a explosão do alvo, os brasileiros lançaram um bote salva-vidas para resgatar os sobreviventes — 12, de um total de 61 homens a bordo do submarino.

O avião foi pilotado pelo então aspirante a oficial Alberto Martins Torres. Após o feito, ele transmitiu o código "SSSS" (Sighted Sub Sank Same), que significa "submarino avistado e afundado".

Origem

O Catalina foi criado com o objetivo de ser um avião de patrulha e ataque antissubmarino. Ele fez seu primeiro voo em 1935, e foi fabricado até 1945, com quase 4.000 unidades entregues em vários países.

Ele teve um papel muito importante durante a Segunda Guerra Mundial, quando também realizou missões de bombardeio, escolta marítima, busca e salvamento e transporte. Seu desenvolvimento se deu na expectativa de criar um avião que pudesse voar a longas distâncias e tivesse a praticidade de pousar tanto nas águas quanto no solo.

Sua asa era alta, assim como seus motores, ou seja, ficavam acima do corpo do avião. Isso evitava problemas com o pouso na água e em pistas com pouco preparo, já que os motores poderiam ingerir pedriscos ou água se não estivessem afastadas do chão.

Após a guerra, diversos Catalinas passaram a ser usados em funções civis, como transporte de cargas e combate a incêndio.

Para poder pousar na água, após a decolagem, ele recolhe as rodas, que ficam presas em sua lateral. Sua barriga permite que ele flutue de maneira estabilizada, facilitando a decolagem na água.

Hoje, a FAB possui dois Catalinas tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Um está localizado no Memorial da FAB na Amazônia, na Base Aérea de Belém (PA), e o outro está no Musal (Museu Aeroespacial), no Rio de Janeiro.

O avião naufragado

Recentemente, pesquisadores encontraram no litoral do Rio Grande do Norte um pedaço de um Catalina militar que pertencia aos Estados Unidos e que foi usado na Segunda Guerra Mundial. À época, o avião se dirigia a uma base norte-americana que ficava em Parnamirim, naquele estado, e completou 80 anos de desaparecido.

Havia dez pessoas a bordo do avião no momento da queda, e três sobreviveram. Elas foram resgatadas por pescadores brasileiros.

Ainda há a possibilidade de haver outros dez aviões naquele pedaço do litoral brasileiro.

Ficha técnica

Nome: Consolidated PBY Catalina
Comprimento: 19,5 metros
Envergadura (distância de ponta a ponta da asa): 32 metros
Altura: 5,65 metros
Peso máximo de decolagem: 16 toneladas
Autonomia (distância máxima voada sem parar para reabastecer): 4.030 km
Velocidade máxima: 314 km/h

 

 

PORTAL AEROIN


Em formatura militar, Esquadrilha da Fumaça realiza voo com estreia de piloto


Juliano Gianotto | Publicada em 22/06/2022

A formatura é o encerramento de um ciclo, o ponto de chegada que será a largada para novos destinos e, na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), também conhecida como o “berço dos especialistas”, localizada em Guaratinguetá (SP), este momento é digno de comemoração com requinte, banda, desfile militar e a presença de autoridades da Força Aérea Brasileira. É um momento único na vida dos formandos que servirão à FAB, a partir de então, em diversas localidades do País e com diferentes especialidades, e o momento também merece uma demonstração da Esquadrilha da Fumaça, que se deslocou de Pirassununga, interior de São Paulo, para prestigiar os irmãos de farda.

A turma Gripen, do Esquadrão Branco, com seus 237 formandos do Curso de Formação de Sargentos (CFS), juntamente com os 152 militares da 32ª turma do Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EAGS) – turma Millennium, do Esquadrão Prata, pôde assistir a uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça homenageando-os, na manhã desta segunda-feira, 20 de junho de 2022, no berço dos especialistas.

A ocasião também foi um marco para o Tenente Aviador André Mayer Fontoura, piloto número 2 da Esquadrilha da Fumaça, que realizou sua primeira demonstração com público após a conclusão do curso de Piloto de Operações de Demonstração Aérea – PODA, no último dia 7 de junho, na Academia da Força Aérea, sede da Esquadrilha.

Para o Tenente-Coronel Especialista em Aviões Fábio José de Souza Rocha Tavares, também da Esquadrilha da Fumaça, não foi diferente. Há 25 anos ele ingressou na EEAR formando-se sargento dois anos depois e, após anos dedicando-se aos estudos, se formou oficial da FAB chegando ao atual posto em abril de 2022.

“Foi um prazer ter voltado na Escola de Especialista e ministrar uma palestra para os estudantes e passar a eles a vivência tanto do sargento como do oficial já estando quase no último posto. Falar para eles o que representa a Fumaça para a Força Aérea e também para o Brasil, explicando que, se eles almejam estar em um esquadrão de elite mais pra frente, como é a Fumaça, a trajetória começa aqui e agora. Toda a vida pregressa será consultada, qualidade de serviço, índole, vida social. Pude falar sobre a Fumaça, Força Aérea, carreira militar, profissionalismo, perseverança, humildade e busca no que querem alcançar, que é o sucesso na carreira”, pontua.

O CFS é ministrado em regime de internato e tem a duração de quatro semestres letivos, tendo como finalidade formar sargentos especialistas para o Comando da Aeronáutica, abrangendo instruções nos Campos Geral, Militar e Técnico-Especializado. Com a turma Gripen, 237 militares se formaram. O nome Gripen foi escolhido em homenagem a mais nova aeronave de caça da FAB, pois, no mesmo ano em que a aeronave passou a integrar a Força, o Esquadrão Branco, por sua vez, começou sua jornada na EEAR.

Já o EAGS teve um ano de duração e formaram-se 152 militares, que deverão atuar nas áreas de administração, eletrônica, eletricidade, música, entre outros diversos setores. O nome Millennium surgiu em homenagem ao KC-390, uma das aeronaves mais tecnológicas do mundo, responsável pela realização de missões de ajuda humanitária, como no transporte de veículos, equipamentos e medicamentos, sendo muito usada durante a pandemia.

Escola de Especialistas de Aeronáutica

Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, todos os estabelecimentos, instalações, órgãos e serviços referentes à atividade de Aviação no Brasil, até então subordinados aos Ministérios da Guerra, da Marinha e da Viação e Obras Públicas, passaram a pertencer ao novo Ministério, com a transferência imediata do pessoal e material.

Em 04 de março de 1941, foram baixadas instruções sobre a formação dos sargentos especialistas para a Aeronáutica, a qual seria feita, inicialmente, em uma única escola, que deveria funcionar na ex-Escola de Aviação Naval, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, a Escola de Aviação Naval e a Escola de Aviação Militar foram extintas e criada, em 25 de março de 1941, a Escola de Especialistas de Aeronáutica, sediada na Ponta do Galeão, Ilha do Governador – RJ.

Em decorrência das dificuldades surgidas com a II Guerra Mundial, agravadas pela entrada do Brasil no conflito, e com o crescimento da Força Aérea, verificou-se a necessidade de incrementar a formação de técnicos, em número suficiente para atender à demanda crescente.

Como solução imediata, muitos militares e civis foram enviados aos Estados Unidos para que, através de cursos, pudessem satisfazer às necessidades mais prementes da FAB.

Esta solução, contudo, começou a sofrer restrições por ser muito onerosa. Após novos estudos, decidiu-se por contratar a “Organização John Paul Ridle Aviation Tecnical School”, a qual instalou no Brasil, na cidade de São Paulo, uma Escola Técnica de Aviação – ETAv, com todo o acervo, incluindo técnicos, professores e administradores. A ETAv passou a complementar a formação de especialistas, suprindo as carências então verificadas.

Com o término das hostilidades, embora a necessidade de técnicos para manter as diversas unidades criadas ainda fosse grande, houve certa estabilização na formação de pessoal. Verificou-se, então, que já não era necessário existirem duas escolas com a mesma finalidade e que, consequentemente, estava havendo dispersão de meios.

Como solução, houve a fusão das duas Escolas, nascendo em 1950, com sede em Guaratinguetá – SP, a atual Escola de Especialistas de Aeronáutica – EEAR, instalada em terras da antiga Escola Prática de Agricultura e Pecuária, doadas ao Ministério da Aeronáutica em 05 de maio de 1950.

 

Aeroportos Santos Dumont e Galeão recebem exposição de 80 anos do DECEA


Juliano Gianotto | Publicada em 22/06/2022

Chegou a vez da capital fluminense receber a Exposição DECEA 80 anos – Controlando o Espaço Aéreo Brasileiro. De 23 a 26/06 (quinta-feira a domingo), a história do Departamento de Controle do Espaço Aéreo poderá ser conferida no desembarque do Terminal 2, do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão. Em seguida, a mostra ficará em exibição no aeroporto Santos Dumont, de 27/06 a 01/07. Militares do DECEA estarão a postos das 8h30min às 15h30 para explicar detalhes sobre o controle do tráfego aéreo e tirar dúvidas dos visitantes.

A mostra faz parte das comemorações de aniversário do DECEA, completados em 12 de janeiro, data em que foi criada e ativada a Diretoria de Rotas Aéreas (DR), em 1942. De DR a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Voo (DEPV), em 1972, passou a ser conhecida como DECEA em outubro de 2001.

Além de um vídeo comemorativo, a exposição conta com um totem com informações sobre o Departamento, os Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) e as unidades subordinadas. Também poderão ser visualizados em maquetes reproduções do passado e do futuro, como a primeira Torre de Controle do país, em São Paulo, e a primeira Torre de Controle Remota da América Latina, em Santa Cruz (RJ).

Os painéis de fotos introduzem o visitante aos bastidores do controle de tráfego aéreo, bem como os equipamentos utilizados nos primórdios do controle de tráfego aéreo e imagens dos militares que ajudaram a escrever este percurso virtuoso.

O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini, idealizador da exposição, disse que a data é muito importante para o controle do espaço aéreo. “Há exatos 80 anos, iniciados com a Diretoria de Rotas, era criado um órgão central diretamente subordinado ao Ministro da Aeronáutica. A aviação já era realidade em todo o mundo e isto se refletiu na necessidade da criação de um órgão central para normatizar e controlar o espaço aéreo”, destacou.

Brasília: primeiro ponto de aterrisagem

Desde o início do mês, a exposição ganhou uma versão itinerante. Depois de passar pelo Congresso Nacional entre os dias 6 e 10 de junho, a mostra ficou disponível no Prédio do Comando da Aeronáutica (COMAER) para militares e servidores da Força Aérea Brasileira entre os dias 13 e 20 de junho.

A servidora civil Simone Braga Duarte Santana, da Diretoria de Economia e Finanças da Aeronáutica (DIREF), ficou encantada com a modernidade e atualização do DECEA. Há 27 anos na Força Aérea Brasileira (FAB) interagindo com organizações de todo o Brasil, achou interessante a forma como foi disponibilizada a informação sobre o Departamento.

“Sabemos que é uma unidade moderna que preza pela atualização, pude conhecer a disponibilidade do controlador de tráfego aéreo, função de grande responsabilidade e uma área sensível para a aviação. Vemos no DECEA uma organização militar de ponta, o sistema Sagitario (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional) é fantástico”, elogiou.

O 1S Marcelo Lopes Fortuna, há seis anos no Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), já conhecia o DECEA por ter servido durante 23 anos no Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), localizado no Complexo Santos Dumont onde fica o DECEA, mas aprendeu sobre atividades que desconhecia. “A informação dos sargentos sobre o controle do tráfego aéreo foi show, eles têm muito conhecimento sobre o assunto. Ao acessar o totem também tive muitas saudades do tempo que produzi cartas visuais”, lembrou Fortuna, que é cartógrafo por formação.

Informações do DECEA