Na última quarta-feira (18), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizou a 4ª edição do Workshop UAS (Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas) para Órgãos de Segurança Pública. O evento, que aconteceu de forma híbrida, no auditório Santos Dumont, no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 150 representantes de órgãos reguladores do segmento não tripulado e os elos de segurança pública, inteligência e fiscalização, e teve mais de 3.000 visualizações pelo canal do DECEA no YouTube.

O workshop foi presidido pelo Vice-Diretor do DECEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior, acompanhado pelo Comandante do Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Rodrigo Fernandes Santos.

Na abertura, o Major-Brigadeiro Sérgio Bastos destacou a importância do compartilhamento da Doutrina UAS do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e o aprimoramento das ações interagências no contexto do acesso ao espaço aéreo por drones. “Nosso objetivo é tratar de operacionalidade e interoperabilidade entre as instituições. Nesta 4ª edição do Workshop daremos continuidade a essa troca de informações que é tão importante para a segurança da navegação aérea voltada para a área de UAS. Temos que trabalhar de forma coordenada e aplicar essas boas práticas na reunião da Cúpula de Líderes do G20, em novembro”, pontuou o Oficial-General.

As normas operacionais para RPAS, as estratégias para o emprego seguro dos drones, legislações em vigor, procedimentos para as sanções administrativas para o uso irregular desse modal aéreo, ações para criação de Zona de Restrição de Voo (FRZ) foram alguns dos assuntos abordados no workshop. Os órgãos reguladores apresentaram as regras sobre drones, abordando questões como certificação e homologação de equipamentos e normas operacionais para Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas.

Para o Engenheiro Especialista em Regulação da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), Vinicíus Puga, o Workshop é importante para promover a troca de experiências entre as organizações. “A regulamentação é feita por vários órgãos e nós precisamos nos unir para debater o que pode ser feito para melhorar a regulamentação e para informar sobre as regras”, afirmou.

“Os drones devem estar homologados e habilitados para usar as rádios frequências disponíveis para este tipo de equipamento para não ter interferência entre outros sistemas. É salutar envolver profissionais de todas essas aéreas para compartilhar esse conhecimento, só tem a enriquecer o trabalho de todos”, complementou Paulo Rogério Tarchetti, Especialista da ANATEL.

O Gerente Técnico de Vigilância Continuada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Conrado Klein, destacou a importância de fortalecer a colaboração entre os órgãos públicos para o desenvolvimento da aviação remota brasileira. “É fundamental esse contato com o público em geral, seja órgão de segurança ou sociedade, para contribuir com informações e alinhar as regras sobre drones”.

Para o Coordenador do evento, Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Eduardo Araújo da Silva, “o evento foi uma oportunidade ímpar de reforçar os laços entre as agências e ampliar a visão sobre o uso responsável em proveito da sociedade, por meio da troca de experiências entre os órgãos reguladores, que normatizam e orientam as operações não tripuladas, bem como os que executam e fiscalizam o emprego desse modal aéreo tão disruptivo”.

Todos os anos, cerca de um milhão e setecentos mil voos cruzam os céus do Brasil. Gerenciar cada um deles, visando a segurança de todos, é a missão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Nesse processo são muitos os profissionais envolvidos e diversos os sistemas utilizados para coleta e monitoramento de dados a eles relacionados.

De acordo com informações do DECEA, nesse contexto, antes de cada decolagem é necessário o preenchimento de um plano de voo que, entre muitas informações, indica a intenção de um percurso por uma aeronave em determinados dia e horário. O documento tramita pelo Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA), software responsável pelo balanceamento entre a demanda e a capacidade dos movimentos aéreos do país.

O SIGMA foi desenvolvido pelo DECEA, através da parceria entre a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) e a empresa ATECH, com o intuito de maximizar a eficiência da gestão de fluxo de tráfego aéreo, a partir da automatização do trâmite de planos de voo e mensagens associadas. O sistema também subsidia em tempo real o processo de tomada de decisão colaborativa dos principais stakeholders da comunidade aeronáutica.

Alinhado com essas importantes responsabilidades, o SIGMA está em processo de modernização. Isso representa um marco significativo para a aviação nacional e internacional, pelo fato de viabilizar melhorias relacionadas a todos os planos de voo de aeronaves que sobrevoam os céus do país, proporcionando diversos benefícios para a comunidade aeronáutica.

Dentre os benefícios, estão a evolução da plataforma de Compartilhamento de Informações Correntes do Espaço Aéreo, proporcionando integração de informações aeronáuticas com maior qualidade, confiabilidade e segurança; melhorias em funcionalidades relacionadas à centralização de planos de voo; adequações sistêmicas para atender à operação do Performance-Based Communication and Surveillance (PBCS), otimizando o uso do espaço aéreo; incorporação da Base de Dados de Aeronaves da Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (EUROCONTROL), com intuito de robustecer o algoritmo de cálculo de trajetória de aeronaves; melhorias nos aplicativos FPL BR e EFB; entre outros.

“Em linhas gerais, a modernização do SIGMA contribuirá para a otimização da gestão de fluxo do tráfego aéreo brasileiro realizada pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea. Também contribuirá para a segurança da navegação aérea, beneficiando os diversos usuários da aviação como passageiros, companhias aéreas, aviação geral, operadores aeroportuários, órgãos nacionais e internacionais, enfim, a comunidade aeronáutica como um todo”, explicou o Chefe da Divisão Operacional da CISCEA, Tenente-Coronel Aviador Deoclides Fernandes Barbosa Vieira.

A modernização do SIGMA é exemplo da constante atualização tecnológica por parte do DECEA, objetivando a otimização do serviço prestado aos usuários do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Nesta sexta-feira, 20/09, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou uma cerimônia especial na Base Aérea dos Afonsos (BAAF) em homenagem ao Marechal do Ar Eduardo Gomes. O evento, repleto de símbolos históricos, destacou a trajetória exemplar do Patrono da FAB e sua significativa contribuição para a aviação brasileira.

De acordo com a FAB, a celebração dos 128 anos do Marechal do Ar Eduardo Gomes contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, acompanhado de demais Oficiais-Generais do Alto-Comando bem como autoridades civis e militares.

“A celebração do nascimento de Eduardo Gomes não foi apenas uma ocasião de protocolo militar, mas uma celebração de valores, história e patriotismo. Sua figura continua a inspirar gerações de militares e civis, assegurando que seu nome permaneça vivo e sua contribuição para o país seja sempre lembrada com admiração e respeito”, disse o Comandante. 

Durante toda a cerimônia, dois ícones históricos estiveram em destaque: a aeronave K-263 Curtiss Fledgling e o automóvel modelo Itamaraty Executivo. Ambos foram peças fundamentais na história da aviação nacional: o Curtiss Fledgling protagonizou o início das atividades do Correio Aéreo Nacional (CAN) ao transportar a primeira mala postal do Rio de Janeiro para São Paulo e o automóvel atendeu Eduardo Gomes, quando Ministro da Aeronáutica. Atualmente, esses modelos preciosos integram o acervo do Museu Aeroespacial (MUSAL), preservando a memória de suas contribuições históricas.

A cerimônia foi enriquecida pelo emocionante hasteamento da insígnia de Marechal do Ar e pela aposição de flores no busto do Marechal do Ar Eduardo Gomes, localizado estrategicamente no MUSAL, destacando a importância histórica do Campo dos Afonsos, que sediou a Escola de Aeronáutica, que mais tarde daria origem a Academia da Força Aérea (AFA).

Ao final da cerimônia, a tropa desfilou em continência ao Comandante da Aeronáutica, em um gesto de gratidão e reconhecimento ao patrono que impulsionou a aviação brasileira. O Marechal do Ar Eduardo Gomes é lembrado como um visionário à frente de seu tempo, cujas contribuições deixaram um legado duradouro não apenas à FAB, mas também à história do Brasil.

Força Aérea Brasileira (FAB) está com vagas de nível médio abertas para ingressar como Sargento Temporário; remuneração inicial que pode alcançar R$ 5.532,89.

Prepare-se para uma oportunidade única: a Força Aérea Brasileira abriu vagas exclusivas para músicos que desejam integrar uma das instituições mais respeitadas do país, com salários iniciais que podem chegar a R$ 5.532,89 – e o melhor, sem a necessidade de concurso público! Imagine começar uma carreira militar, unir seu talento musical à disciplina da FAB e ainda receber uma remuneração de destaque. Essa chance é para poucos, e o prazo de inscrição está se esgotando!

Ainda há tempo para se inscrever nas oportunidades oferecidas pelo QSCon Músico 2025 da FAB. Os selecionados atuarão como Sargentos Temporários. No total, estão sendo oferecidas 38 vagas em diversas especialidades musicais, sendo exigido que os candidatos possuam ensino médio completo e tenham até 40 anos de idade.

Vagas sem concurso abertas pela Aeronáutica – Força Aérea Brasileira

Embora o processo seletivo ocorra em âmbito nacional, os aprovados serão designados para atuar em Brasília, capital federal. As vagas estão disponíveis para as seguintes especialidades musicais, conforme descrito no edital:

• Oboé
• Fagote
• Caixa Clara, Bateria, Bombo, Pratos
• Tímpanos
• Harpa
• Violino
• Viola
• Violoncelo
• Contrabaixo Acústico
• Tenor (voz), que fará parte da Orquestra Sinfônica da FAB (OSFAB).

Etapas de seleção

Os participantes deverão encaminhar a documentação solicitada dentro do prazo especificado no edital, seguindo todas as instruções fornecidas. As fases presenciais serão realizadas nas instalações do Serviço de Recrutamento e Preparo de Pessoal (SEREP) escolhido pelo candidato.

A seleção para as vagas de Sargento Temporário da Aeronáutica contará com provas práticas e teóricas, sob avaliação de uma banca composta por músicos e docentes altamente qualificados.

Inscrição

As inscrições para o processo seletivo de músicos da Força Aérea Brasileira (FAB) já estão abertas e podem ser realizadas até o dia 27 de setembro. Para garantir sua participação, basta acessar o site oficial de Convocação de Temporários da FAB, NESTE endereço eletrônico, preencher o formulário de inscrição e seguir todas as orientações do edital. Não perca tempo! Essa é a sua chance de integrar a Orquestra Sinfônica da FAB e conquistar uma carreira com estabilidade e reconhecimento.

Para mais informações: Os detalhes completos sobre o processo seletivo da Aeronáutica estão disponíveis no edital de convocação, que pode ser acessado clicando aqui.

O Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) é um exercício multinacional e operacional organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) desde 2002, que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito e promove a troca de experiências entre os países participantes. A edição de 2024, programada para acontecer de 3 a 15 de novembro na Base Aérea de Natal, reunirá 16 países, mais de 2.000 militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

É o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, liderado pela Força Aérea Brasileira, com a participação do Exército e da Marinha do Brasil. Estão previstas mais de 1.500 horas de voo, com vários tipos de missões, incluindo ataque ao solo, superioridade aérea, escolta e reabastecimento em voo.

Nesta edição, a Força Aérea Brasileira introduziu dois novos elementos em suas operações: os domínios cibernético e espacial. O primeiro contará com exercícios simulados que expandem o treinamento ao integrar operações cibernéticas e aéreas, testando a segurança de sistemas críticos que dão suporte às atividades aeroespaciais. O último incluirá simulações realistas de eventos relacionados ao espaço que influenciam diretamente a tomada de decisões e, consequentemente, o curso de um conflito.

Participarão do Exercício de 2024: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, África do Sul, Suécia, Uruguai e Estados Unidos.