Na última quarta-feira (14), um acampamento de garimpo ilegal foi desmobilizado na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. A ação repressiva foi realizada pelas Forças Armadas, sob a coordenação da Casa de Governo, no âmbito do Comando Conjunto da Operação Catrimani II.

A missão, conduzida por meios terrestres e aéreos, contou com o emprego da aeronave H-60 Black Hawk, da Força Aérea Brasileira (FAB), e um efetivo de 12 militares do Exército Brasileiro, responsáveis por localizar e neutralizar as infraestruturas irregulares.

A operação aeromóvel teve como foco principal a desmobilização de garimpos e a inutilização de equipamentos empregados na atividade ilegal, na região conhecida como “João Doido”, ao norte de Roraima.

Ao todo, foram apreendidas uma espingarda calibre 20, com cinco cartuchos; uma pistola Taurus, com quatro cartuchos; quatro celulares; 1.500kg de cassiterita; e 450 litros de combustível. Também foram destruídos três geradores, 12 motores de garimpo, três embarcações de 6 metros, um motor de popa, duas baterias automotivas, duas placas solares, cinco freezers, três fogões, oito botijões de gás e um carregador de bateria automotiva.

Presença contínua reduz garimpo em mais de 90%

A atuação contínua das Forças Armadas na região contribuiu com significativa redução de 94,11% na área de garimpo ativo. Em março de 2024, a atividade ilegal ocupava 4.570 hectares. Em fevereiro de 2025, esse número caiu para apenas 269 hectares. As ações seguem minando a logística do garimpo ilegal e ampliando a dissuasão contra a retomada das atividades clandestinas na TIY.

A Operação CATRIMANI II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo de Roraima, no emprego, temporário e episódico, de meios na Terra Indígena Yanomami, em cumprimento à Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, que visa agir de modo preventivo e repressivo contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais.

A poucas semanas de sua realização, o Arraiá Aéreo – Inspirando Gerações já movimenta a cidade de Bauru, no interior de São Paulo. Previsto para os dias 7 e 8 de junho, o evento chega à sua 10ª edição consolidado como o maior encontro de aviação civil do país e uma das principais tradições do calendário oficial do município.

Organizado pela Fundação Astronauta Marcos Pontes, com apoio da Prefeitura de Bauru e parceria do Aeródromo Municipal Comandante João Ribeiro de Barros (SBBU), também conhecido como Aeroclube de Bauru, o festival deve atrair um público superior a 100 mil pessoas ao longo dos dois dias.

Segundo informou a Fundação, desde sua criação, o Arraiá Aéreo tem como missão unir aviação, ciência, tecnologia, cultura e educação em uma experiência para toda a família. Este ano, a programação traz atrações inéditas, apresentações aéreas, balonismo, paraquedismo e outras atividades que ainda estão sendo negociadas.

E nesta segunda-feira (19), durante uma reunião técnica sobre o evento, o astronauta Marcos Pontes confirmou a participação do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), também conhecido como Esquadrilha da Fumaça, presença tradicional nas edições anteriores. A demonstração ainda não aparece na agenda oficial do EDA, mas a confirmação deve sair em breve.

Outra grande novidade é a estreia do caça F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB) em passagens pelo evento. Essa será a primeira vez que o moderno jato participa do Arraiá. Em edições passadas, o público já pôde ver de perto o A-4 Skyhawk da Marinha e o F-5M da FAB.

A programação completa do Arraiá Aéreo ainda está sendo finalizada, com novas atrações podendo ser confirmadas nos próximos dias. Assim que houver atualizações, os leitores do AEROIN serão informados com todos os detalhes.

Entre as atrações já confirmadas para esta edição também está a réplica em tamanho real do 14 Bis, que se destacou em apresentações anteriores. A aeronave ficará em exposição para visitação, fotos e interação com o público. O empresário e piloto Alan Calassa, idealizador do projeto, também estará presente, compartilhando curiosidades sobre a construção da réplica e detalhes do voo histórico do modelo original, criado por Santos Dumont.

A participação da réplica também remete ao episódio ocorrido em 2019, durante o Arraiá Aéreo em Bauru, quando uma versão anterior da aeronave foi atingida por uma rajada de vento durante a decolagem e acabou destruída quase por completo. Apesar do acidente, o piloto saiu ileso. Desde então, o projeto foi reconstruído e seguiu sendo exibido em outras edições do evento.

Além das apresentações aéreas, o evento contará com exposições estáticas de aeronaves civis e militares, estandes de instituições ligadas à ciência, astronomia, tecnologia e aviação, simuladores de voo e a presença de forças como Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Iniciativas como o programa “Carreiras em Foco” também estarão presentes. Para as crianças, a Área Kids terá como atração principal o “Discovery”, considerado o maior escorregador inflável do Brasil. A programação cultural do Arraiá Aéreo também prevê shows musicais, apresentações artísticas e uma ampla praça de alimentação com comidas típicas juninas.

Mesmo com tantas atrações voltadas ao entretenimento, o evento mantém seu propósito central, ao reforçar que a dedicação aos estudos, o esforço contínuo e a persistência são caminhos possíveis para transformar sonhos em realidade.

Ao longo dos anos, o Arraiá Aéreo já foi palco de momentos marcantes, como a releitura do voo do 14 Bis ao lado da Esquadrilha da Fumaça e encenações inspiradas no filme Top Gun, que deram origem ao projeto Moto e Avião. Bauru, aliás, é a terra natal de Marcos Pontes, o primeiro brasileiro a ir ao espaço a bordo da Estação Espacial Internacional.

Ele estará presente nos dois dias do evento, interagindo com o público. “O que a gente faz aqui vai muito além de mostrar aviões. A gente mostra possibilidades. E quando uma criança vê isso tudo de perto, ela entende que também pode chegar lá”, destaca o astronauta.

A entrada é solidária: 1 kg de alimento não perecível, ração animal ou R$ 10,00 por pessoa. Parte da arrecadação será destinada a ações sociais, reforçando o compromisso do Arraiá com a comunidade.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) vai reunir os principais envolvidos nas operações do Aeroporto de Jacarepaguá (SBJR), no Rio de Janeiro, para discutir a fiscalização de aeronaves que operam no local. A iniciativa tem como objetivo reduzir ainda mais o ruído gerado pelas operações aéreas na região.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (19), durante uma reunião entre oficiais-generais da Aeronáutica e representantes do Legislativo estadual e federal, na sede do DECEA.

De acordo com informações do DECEA, a proposta é reunir Petrobras, NAV Brasil, ANAC e a concessionária PAX Aeroportos em uma mesa de mediação para tratar do tema de forma coordenada.

“A questão é complexa, mas tem solução. O DECEA vai trabalhar de forma proativa com todos os envolvidos neste cenário”, afirmou o diretor-geral do DECEA, tenente-brigadeiro do ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Jacarepaguá é um dos principais polos da aviação offshore no Brasil, atendendo diariamente às operações da indústria de petróleo e gás. A Petrobras é a maior usuária do aeródromo, que é administrado pela PAX Aeroportos — responsável também pela Comissão de Gerenciamento do Ruído Aeronáutico (CGRA), sob fiscalização da ANAC.

Para o chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, brigadeiro do ar André Gustavo Fernandes Peçanha, o mapeamento detalhado do ruído na área do aeroporto é fundamental. “É importante que a PAX Aeroportos realize esse levantamento para identificarmos oportunidades de ajustes nas rotas de aproximação, decolagem e pouso”, afirmou.

Em 2022, o DECEA já havia implementado uma nova Carta de Aproximação Visual (VAC), redesenhando os procedimentos de chegada e saída para reduzir o impacto sonoro na região. Agora, outras medidas estão em estudo, como a instalação de equipamentos de vigilância aérea em pontos menos afetados pelo relevo acidentado da cidade.

Entre as soluções avaliadas está o uso do ADS-B (Automatic Dependent Surveillance–Broadcast), sistema que transmite automaticamente dados como posição, velocidade, altitude e identificação das aeronaves. A tecnologia permitiria à NAV Brasil e ao APP-RJ monitorar em tempo real as aeronaves que voam fora dos corredores ou em altitudes inadequadas.

Uma nova turma de 20 militares concluiu o Curso de Coordenação de Busca e Salvamento (SAR 001), promovido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), para atuar nos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (ARCC). A capacitação ocorreu no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos (SP), e a cerimônia de encerramento foi realizada na última sexta-feira (16/05).

Durante as sete semanas de curso, os militares participaram de simulações de acidentes aéreos e missões de resgate, treinando desde a coordenação técnica das operações até o contato com familiares de vítimas e a relação com a imprensa. O foco foi prepará-los para situações reais, que exigem rapidez nas decisões, equilíbrio emocional e capacidade de liderança.

Na cerimônia de encerramento, o Diretor do ICEA, Coronel Engenheiro Carlos de Oliveira Zica, ressaltou a importância dos novos coordenadores para o sistema SAR: “Formar coordenadores SAR é formar agentes que estarão diretamente envolvidos em salvar vidas. O preparo técnico adquirido aqui é uma ferramenta de alto valor operacional, e o compromisso que agora assumem é com a excelência, a prontidão e a responsabilidade.”

O coordenador do curso, Major Aviador Bruno Vieira Passos, destacou ainda que essa experiência imersiva exige não só conhecimento técnico, mas também raciocínio rápido, liderança e resiliência emocional. “É gratificante ver o comprometimento de cada participante e saber que estamos entregando ao Sistema profissionais mais bem preparados para salvar vidas e honrar a missão que nos é confiada”, declarou.

A Força Aérea Brasileira (FAB) está prestes a receber mais um caça F-39 Gripen, segundo o site Aviação em Floripa. A aeronave, fabricada pela sueca Saab, seguirá para embarque no porto de Norrköping, Suécia, com destino ao Brasil.

O transporte do caça será realizado por via marítima – como nas entregas anteriores –, a bordo do navio de carga geral MV Fagelgracht, em uma jornada de aproximadamente 20 dias até o porto de Navegantes, em Santa Catarina. A escolha de Navegantes se deve à sua infraestrutura logística eficiente, incluindo a proximidade entre o porto e o Aeroporto Internacional Ministro Victor Konder, facilitando o desembarque e a preparação das aeronaves para voo.

Após a chegada ao Brasil, o caça voará até a Base Aérea de Anápolis (GO), para ser incorporado ao 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

Com a entrega de mais um caça Gripen, serão 10 aeronaves no Brasil, com 9 aeronaves no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) e uma no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC).

O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, anunciou que o primeiro caça F-39 Gripen totalmente fabricado no Brasil será entregue em novembro deste ano, totalizando dois F-39 entregues em 2025, conforme o cronograma divulgado em 2023.

A aeronave está sendo montada na unidade da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, como parte do contrato firmado em 2014 entre o governo brasileiro e a fabricante sueca Saab. O acordo prevê a entrega de 36 caças Gripen à FAB (28 do modelo E e 8 do modelo F), sendo 15 deles produzidos no Brasil. A montagem nacional é resultado de um extenso programa de transferência de tecnologia, que capacitou engenheiros e técnicos brasileiros para desenvolver, testar e fabricar aeronaves de combate de última geração.

Em maio de 2024, na Press Trip da Saab, os dois primeiros Gripen F estavam na linha de produção. O primeiro voo destas aeronaves também não deve estar longe de acontecer.