Entre os dias 6 e 12 de abril, o Comando Conjunto Catrimani II, em coordenação com a Casa de Governo do Governo Federal, realizou a Operação Tormenta I. As ações foram concentradas na região conhecida como “Rangel”, escolhida após um intenso trabalho de inteligência que utilizou recursos terrestres, aéreos e satelitais.

Após aproximadamente um mês de planejamento, o objetivo principal da operação foi neutralizar a infraestrutura que sustenta o garimpo ilegal naquela região.

Antes do início das atividades, foi desencadeada a concentração estratégica de meios, que envolveu o posicionamento coordenado das Forças participantes — Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB) e Força Aérea Brasileira (FAB) — além de agências e órgãos federais. Essa etapa foi essencial para assegurar que todos os recursos estivessem prontos para as ações em campo.

A Operação Tormenta I contou com a integração das Forças Armadas, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), Polícia Judiciária da FNSP, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Aeronaves da FAB, do EB e da PRF foram empregadas no transporte logístico e na remoção de detidos. Entre as principais ações realizadas, destacam-se a destruição de pistas de pouso clandestinas utilizadas para o transporte ilícito do garimpo, bem como a apreensão e inutilização de maquinários, combustíveis e materiais empregados na extração ilegal de ouro.

Combinando operações terrestres, aéreas e fluviais, as missões diurnas e noturnas mantiveram uma presença contínua na área de operações, na Selva Amazônica, resultando no estrangulamento do apoio logístico ao garimpo ilegal e na detenção em flagrante de seis pessoas envolvidas nessa atividade, que foram conduzidas, posteriormente, à capital Boa Vista, por agentes da Força Nacional.

A estimativa é de que a destruição das infraestruturas clandestinas tenha impactado significativamente as atividades mineradoras proibidas na região, reduzindo as chances de retorno dessas ações.

A interoperabilidade entre os sistemas de Inteligência foi essencial para antecipar ameaças, apoiar operações em áreas remotas e ajustar estratégias conforme as demandas do terreno.

O Centro de Coordenação de Operações (CCOP) do Comando Conjunto das Forças Armadas atuou 24 horas por dia para coordenar e controlar as atividades. Além disso, uma robusta rede de comunicações e o uso do Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) RQ-900 da FAB permitiram o acompanhamento em tempo real das ações, garantindo decisões ágeis e precisas.

Nos sete dias de operação, foram utilizadas aproximadamente 70 horas de voo, distribuídas entre aeronaves UH-15 Cougar da MB, HM-1 Pantera do EB, além das aeronaves C-98 Caravan, H-60 Black Hawk e H-36 Caracal da FAB, totalizando 79 surtidas, ou seja, 158 decolagens e pousos, a maioria em campos não preparados.

Outro destaque foi o emprego da Engenharia do Exército para interditar pistas clandestinas por meio do uso controlado de explosivos, inviabilizando o transporte aéreo dos garimpeiros e de seus suprimentos.

Resultados Interagências

Ao todo, as tropas presentes em campo vasculharam 149 quilômetros de mata fechada a pé, alcançando pontos cruciais para a logística da atividade ilegal do garimpo. Um Posto de Bloqueio e Controle Fluvial (PBC Flu) foi estabelecido na confluência dos rios Catrimani e Couto Magalhães, o que permitiu a realização de patrulhas fluviais em cerca de 228 quilômetros de rios e águas interiores, resultando em seis abordagens a embarcações e apreensões de freezers, geradores e baterias.

Além do sufocamento ao apoio logístico, o trabalho conjunto gerou prejuízos materiais ao garimpo clandestino. Foram inutilizados nove acampamentos, uma balsa, nove motores de garimpo, dois motores de sucção, dois geradores de energia, 400 metros de mangueiras, três motobombas, cinco galões de 50 litros de combustível, cinco freezers e geladeiras, um fogão, duas balanças de precisão, 17 barracas, entre outros materiais.

Assim, a Operação Tormenta I comprovou a importância da integração entre as Forças Armadas, os órgãos de segurança e as agências, desde o planejamento, com a troca de informações e o compartilhamento de serviços de Inteligência, até a execução, com a atuação das equipes no terreno.

O trabalho conjunto permitiu neutralizar as atividades dos garimpeiros e gerar prejuízos significativos às atividades ilícitas. Dessa forma, a Tormenta I consolida-se como um modelo de atuação integrado, viabilizando futuras ações de permanência e ocupação territorial, o que fortalece a presença do Estado na região e reafirma o compromisso com a proteção ambiental e a Terra Indígena Yanomami.

Operação Catrimani II

A Operação Catrimani II é conduzida pelo Comando Conjunto, em coordenação com a Casa de Governo. Seu objetivo é combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Instituída pela Portaria GM-MD Nº 1.511, de 26 de março de 2024, busca desmantelar estruturas que sustentam a mineração clandestina, proteger o meio ambiente e garantir a segurança das comunidades indígenas.

Dessa forma, preserva o território Yanomami, protege os povos indígenas e combate crimes ambientais que ameaçam uma das maiores reservas naturais do Brasil.

Em 22 de abril de 2025, a Força Aérea Brasileira (FAB) reuniu, na Base Aérea de Santa Cruz, todos os seus esquadrões de caça para comemorar o tradicional Dia da Aviação de Caça.

O evento, realizado anualmente, relembra o auge das operações aéreas de combate do 1º Grupo de Aviação de Caça no Teatro de Operações da Itália, quando, durante a Ofensiva da Primavera (de 21 a 24 de abril de 1945), estabelecida para manter os bloqueios dos Aliados e impedir a retirada de tropas inimigas da região, os 22 pilotos disponíveis cumpriram 11 missões em 44 surtidas, exigindo que cada militar voasse duas missões por dia.

O esforço dos brasileiros resultou na destruição ou dano de 97 veículos a motor, 35 veículos de tração animal, um parque de viaturas, 14 edifícios, 17 veículos motorizados avariados, uma ponte de barca e uma ponte rodoviária. No entanto, a artilharia antiaérea inimiga abateu o 2º Tenente Marcos Eduardo Coelho de Magalhães, que foi feito prisioneiro de guerra.

80 anos depois

Tendo o 1º Grupo de Aviação de Caça como anfitrião, Santa Cruz recebeu, vindos de diversos locais do Brasil, os demais esquadrões de caça com suas aeronaves A-29A/B Super Tucano, Northrop F-5EM/FM, AMX A-1AM/BM e a estrela do evento, o F-39E Gripen.

Efetivos do 1º Grupo de Defesa Aérea “Esquadrão Jaguar”, do 1º/3º GAV “Esquadrão Escorpião”, do 2º/3º GAV “Esquadrão Grifo”, do 3º/3º GAV “Esquadrão Flecha”, do 2º/5º GAV “Esquadrão Joker”, do 1º/10º GAV “Esquadrão Poker”, do 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro” e do 1º/14º GAV “Esquadrão Pampa” participaram da Reunião da Aviação de Caça, momento em que ocorrem trocas de experiências operacionais, palestras — como a do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, que comentou sobre o legado e as projeções para o futuro em termos de modernizações —, entre outras atividades.

Como marco dos 80 anos, o 1º GAvCa apresentou o F-5FM FAB 4808 com uma pintura especial alusiva às oito décadas do Dia da Aviação de Caça e aos 50 anos de operação do F-5 na FAB. Além disso, a Casa da Moeda do Brasil, em parceria com a Associação Brasileira dos Pilotos de Caça, com o Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica e com a FAB, lançou uma medalha comemorativa ao 22 de abril de 1945.

Cerimônia do P-47
Em homenagem aos “Jambocks”, os nove pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça mortos durante o treinamento e o conflito, foi realizada a tradicional cerimônia do P-47, na qual cada nome é lembrado com uma salva de sete tiros e o sobrevoo de um caça F-5EM no local.
O momento de grande emoção é coroado com o hasteamento da mesma bandeira usada nos acampamentos do esquadrão na Itália.

A tradicional Esquadrilha da Fumaça está oficialmente confirmada como uma das grandes atrações das festividades de 96 anos de emancipação político-administrativa de Garça. A apresentação acontecerá no mês de maio, durante o 11º Encontro de Aeromodelismo da cidade, programado para os dias 24 e 25.

O Encontro de Aeromodelismo é organizado pela UGA – União Garcense de Aeromodelismo, que tem papel fundamental na realização do evento. Um dos membros da UGA também esteve presente na visita técnica, reforçando a parceria com a Prefeitura e a importância da união de esforços para o sucesso da apresentação.

As tratativas para viabilizar a presença da equipe da Força Aérea Brasileira vêm acontecendo desde o início do ano, com empenho da administração municipal e apoio de diferentes setores, reforçando o compromisso com uma programação especial para a população.

Esta será a terceira vez que Garça recebe a emocionante apresentação da Esquadrilha da Fumaça. As edições anteriores aconteceram nos anos de 2005 e 2007, também durante gestões do atual prefeito, José Alcides Faneco.

A confirmação veio após a visita técnica do Capitão Neves, representante da equipe da Esquadrilha, que esteve em Garça nesta semana. A inspeção contou com a presença de diversas autoridades locais, incluindo representantes das áreas da saúde, educação, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Exército (Tiro de Guerra), secretários municipais, além do prefeito Faneco e da vice-prefeita Patrícia Marangão.

Por ser uma atração que tradicionalmente atrai um grande público, todos os detalhes estão sendo cuidadosamente alinhados para garantir a segurança dos presentes, bem como a logística do evento, que promete ser um dos pontos altos das comemorações.

Mais informações sobre o dia e horário da apresentação serão divulgadas em breve. (SESCOM)