NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Boeings 787 Dreamliner param de voar após incidentes
Companhias aéreas de todo o mundo suspenderam voos com o avião até que problemas sejam esclarecidos
Gustavo Chacra |
Apesar das garantias da Boeing de que seu 787 Dreamliner é seguro, quase todos os aviões desse modelo ao redor do mundo tiveram seus voos suspensos nos últimos dois dias. A paralisação ocorre depois de uma série de incidentes envolvendo uma bateria deste aparelho que vinha sendo considerado uma revolução tecnológica na aviação.
Um dia depois de a Federal Aviation Administration (FAA), como é chamada a agência que regula a aviação nos Estados Unidos, determinar a proibição de voos do 787 Dreamliner até ser provado não haver mais riscos com a bateria do avião, entidades de outros países e continentes seguiram na mesma linha. Antes mesmo da ação americana, as companhias japonesas já haviam decidido parar de usar o avião.
A suspensão do uso do 787 provocou problemas logísticos para as empresas aéreas que dependiam destes aparelhos para muitos de seus voos. A Lot, da Polônia, afirmou que pretende processar a Boeing pelos problemas enfrentados com a suspensão. A Ali Nipon Airlines (ANA), que enfrentou problemas com bateria, disse que terá um prejuízo de US$1 milhão por dia por causa dos problemas do 787.
Apesar do revés, o mercado avaliava que o problema deve ser resolvido no curto prazo. Após uma forte queda na manhã de ontem, as ações da Boeing negociadas na Bolsa de Valores de Nova York se recuperaram e operavam em leve alta à tarde. A FAA, por sua vez, não tem previsão de quando estes aparelhos poderão voltar a voar.
Ao todo, a Boeing já vendeu 850 aparelhos do modelo 787 Dreamliner. Destes, apenas 50 foram entregues. Até agora, nenhuma companhia aérea decidiu cancelar pedidos para a fabricante americana. Mesmo que o fizesse, pouco afetaria a empresa, pois há uma lista de espera. Normalmente, são produzidos dez aparelhos por mês, com uma previsão de seis anos até todos terem sido entregues. Por outro lado, o lucro com este novo aparelho existirá apenas depois da venda de 1.100 unidades.
O Boeing 787 Dreamliner é considerado o mais moderno avião de passageiros no mundo. Para as companhias aéreas, tem a vantagem de consumir 20% menos combustível do que os rivais. Para os passageiros, há mais conforto. Em comunicado, o presidente da Boeing, Jim McNerney, afirmou estar "confiante de que o 787 é seguro". "Nós garantimos a sua total integridade e tomaremos todos os passos necessários nos próximos dias para garantir aos nossos clientes e os passageiros a segurança do 787, com o retorno destes aparelhos ao serviço."
UNE cria grupo para apurar mortes de líderes estudantis
Entidade instala hoje sua comissão da verdade; levantamento aponta 46 mortos e desaparecidos durante a ditadura, incluindo secundaristas
Roldão Arruda |
A União Nacional dos Estudantes (UNE) instala oficialmente, hoje, no Recife, a sua própria comissão da verdade. Segundo o presidente da entidade, Daniel Iliescu, ela vai investigar inicialmente casos de dirigentes estudantis mortos e desaparecidos no período da ditadura militar, entre 1964 e 1985. "Levantamentos preliminares indicam que são 46 dirigentes, incluindo universitários e estudantes secundaristas", disse ele ao Estado.
A cerimônia de instalação da comissão deve ocorrer durante a abertura da reunião do Conselho Nacional de Entidades de Base, na Universidade Federal de Pernambuco. O atual coordenador da Comissão Nacional da Verdade, o procurador da República Cláudio Fonteles, deverá participar da cerimônia como convidado de honra.
Fonteles tem estimulado a formação de comissões setoriais em todo o País. Além de investigar e esclarecer os casos de mortos e desaparecidos, acredita o coordenador, essa rede nacional pode propiciar o surgimento de uma rede permanente de proteção da democracia no País.
"Essa rede deve ser perene, não pode terminar nunca e sei que a UNE será uma grande aliada nesse sentido", disse Fonteles em entrevista publicada ontem no site da entidade de representação estudantil.
Documentos. Na mesma entrevista ele defendeu que a documentação reunida pela Comissão Nacional da Verdade seja reunida num centro permanente de pesquisa sobre a democracia.
Paulo Vannuchi, ex-ministro de Direitos Humanos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também participará da cerimônia no Recife. Ele foi convidado para orientar o trabalho de pesquisadores e estudantes que integrarão a comissão.
A presença de Vannuchi na cerimônia de hoje também se deve à vontade da atual direção de UNE de homenageá-lo. "Ele foi o protagonista de uma intensa disputa de opinião que ocorreu no interior do governo Lula e teve um papel fundamental na instalação da Comissão da Verdade", disse Iliescu.
Trata-se de uma referência ao confronto entre Vannuchi e o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, que ameaçou renunciar ao cargo caso a comissão fosse instalada de acordo com a proposta iniciai feita por Vannuchi. Na época, Lula recuou e formou uma comissão, com a participacão de Jobim, para a rediscussão do assunto e a preparação de um projeto de lei que seria enviado ao Congresso.
O projeto foi aprovado em novembro de 2011, no governo de Dilma Rousseff, e a comissão começou a funcionar em maio do ano passado. O relatório final de suas atividades deve ser entregue até maio de 2014.
Futuro. Iliescu rebateu o argumento que tem sido apresentado por militares da reserva de que o propósito das comissões da verdade é revanchista. "O trabalho da comissão da UNE é voltado para o futuro", disse. "O objetivo é oferecer aos sobreviventes daquele período e às novas gerações, que vão construir o Brasil do futuro, elementos suficientes para que aquelas arbitrariedades não se repitam. A verdade ajuda o País a amadurecer democraticamente."
Na cerimônia de hoje, a UNE vai prestar uma homenagem especial a Honestino Guimarães, estudante de geologia que presidiu a entidade após a repressão ao seu 30.º Congresso, em Ibiúna, interior de São Paulo, no ano de 1968. Perseguido pelas autoridades militares e preso duas vezes, ele se viu obrigado a viver na clandestinidade. Preso por agentes da Marinha, no Rio, em 1973, nunca mais foi localizado.
Falhas técnicas obrigam Brasil a adiar lançamento de satélite com a China
Herton Escobar |
O lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-3, previsto para ocorrer entre novembro e dezembro de 2012, foi remarcado para maio ou junho deste ano, por causa de problemas técnicos na parte brasileira do projeto. "Este é o nosso novo cronograma", disse ontem ao Estado o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, respondendo a uma série de dúvidas e especulações sobre o atraso no lançamento.
O satélite, desenvolvido em parceria pelo Brasil e a China, é peça fundamental do Programa Espacial Brasileiro. O custo do projeto é da ordem de US$ 125 milhões para cada país.
O problema está em uma série de pequenos conversores de energia comprados pelo Brasil em 2007 de uma empresa norte-americana chamada Modular Devices Incorporated (MDI), por cerca de US$ 2,5 milhões. Vários desses conversores apresentaram falhas nos testes finais que antecedem o lançamento na China, apesar de terem passado por todos os testes anteriores de qualidade realizados pelo Inpe e pelas empresas nacionais contratadas para o projeto no Brasil.
O fato foi divulgado em novembro pelo Jornal do SindCT, do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial, mas o Inpe não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso até agora.
Segundo Perondi, uma avaliação técnica iniciada pelo Inpe em junho de 2012 concluiu que havia defeitos intrínsecos nos conversores da MDI - que já vinham apresentando problemas há algum tempo. Em agosto, uma equipe do instituto foi até a sede da empresa, nos EUA, para discutir a situação, levando cerca de 20 conversores (de um lote de 300) que tinham apresentado falhas. Em setembro, segundo Perondi, a empresa enviou um comunicado ao Inpe reconhecendo que havia defeitos de fabricação em 12 peças analisadas.
Concluiu-se, porém, que nem todas as peças estava comprometidas. Segundo Perondi, os conversores com problemas foram substituídos por outros do mesmo lote e submetidos a uma nova bateria de testes. "Retestamos tudo e, a princípio, não há mais nenhuma anomalia no satélite", afirma Perondi. Apesar disso, optou-se por trazer alguns componentes de volta ao Brasil para mais verificações.
A decisão de reagendar o lançamento foi tomada em 20 de novembro. "Temos de ser extremamente rigorosos nesse processo; nada pode ir ao espaço com dúvidas", diz Perondi. "Pode demorar mais, pode custar mais, mas não pode haver falhas."
A data de lançamento ainda poderá sofrer alterações. "O cronograma é móvel, vai sendo revisto à medida que fazemos os testes", afirma Perondi.
Outra opção seria reprojetar o sistema elétrico do satélite para operar com outro modelo de conversor, mas isso atrasaria o lançamento do satélite em no mínimo dois anos, segundo fontes ouvidas pelo Estado.
Embutidos
Os conversores, de um tipo chamado DC/DC, têm a função de adequar a voltagem da corrente elétrica do satélite às necessidades de cada um de seus subsistemas internos. Cada conversor pesa cerca de 500 gramas e há vários deles (44 no total) embutidos nos componentes brasileiros. "Não é algo trivial de ser substituído", disse Perondi.
Os componentes chineses, por sua vez, utilizam conversores externos, maiores e mais pesados, que operam com uma voltagem fixa predeterminada - fabricados por uma empresa brasileira.
Superjato da Boeing tem voos suspensos
Autoridades aeronáuticas vão investigar as causas de incidentes que colocaram em risco a segurança dos passageiros do 787 Dreamliner, o avião mais moderno em operação no mundo. Projeto custou US$ 32 bilhões
Modelo de última geração produzido pela norte-americana Boeing, a maior fabricante global de aviões de grande porte, o 787 Dreamliner está temporariamente proibido de voar em todo o mundo. A decisão foi tomada, ontem, pela Autoridade Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), depois de uma série de incidentes graves que colocaram em dúvida a segurança da aeronave, causados, provavelmente, pelas baterias que alimentam os sistemas eletrônicos do aparelho. Atualmente, 50 desses jatos integram as frotas de cerca de uma dezena de companhias aéreas. Até que as investigações sobre a causa das falhas sejam concluídas, o que pode demorar semanas, elas permanecerão em terra.
"Uma medida desse tipo é rara", explicou à France Presse um porta-voz da Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA), destacando que apenas o país de fabricação da aeronave pode tomar uma decisão semelhante, em nível mundial. É a primeira ação desse tipo contra uma avião de passageiros norte-americano desde que o DC-10, da McDonnell Douglas, teve seu certificado suspenso após um acidente fatal em Chicago, em 1979.
Antes de lançar a proibição global, a FAA ordenou, na quarta-feira, que os seis Boeing da empresa norte-americana United Airlines parassem de voar. O anúncio levou o ministério japonês de Transportes a fazer o mesmo com os 17 modelos da All Nippon Airways (ANA) e os sete da Japan Airlines (JAL). Providência semelhante foi adotada pela Índia e por países europeus.
A suspensão levou companhias aéreas de todo o mundo a se desdobrar, ontem, para reestruturar sua malha de voos. Diretamente afetadas pela proibição, aquelas que já possuem o jato em suas frotas poderão sofrer prejuízos milionários. Somente a ANA, segundo a seguradora japonesa Mizuho Securities, pode arcar com um custo superior a US$ 1,1 milhão por dia para manter imobilizados todos os 787 de sua frota.
Fumaça
No entanto, a medida é, principalmente, um duro golpe na Boeing. A companhia investiu a bagatela de US$ 32 bilhões no desenvolvimento do projeto, que envolveu dezenas de empresas, de vários países, no fornecimento de partes e componentes para o avião. A fabricante apostava na tecnologia avançada do 787 para consolidar sua liderança no mercado. Fabricado com materiais compostos e fibra de carbono, além de alumínio, o Dreamliner permite uma economia de combustível de até 20% em relação aos modelos mais antigos da empresa.
Desde o lançamento, em agosto de 2009, a Boeing recebeu 848 encomendas do aparelho, das quais 50 já foram entregues a empresas aéreas de Japão, Índia, Polônia, Catar, Etiópia, Estados Unidos e Chile. O primeiro voo comercial aconteceu em dezembro de 2011. Dependendo da configuração, o jato pode transportar até 350 passageiros. Cada unidade custa US$ 207 milhões.
Na semana passada, logo depois de pousar no Aeroporto de Boston, nos Estados Unidos, um 787 operado pela JAL produziu emanações de calor e de fumaça, segundo a FAA. Na manhã da última quarta-feira, um Dreamliner da ANA precisou realizar um pouso de emergência em Takamatsu (sul do Japão), devido a um alarme que apontava a existência de fumaça e à presença de um forte odor a bordo, proveniente da bateria, fabricada pela empresa japonesa GS Yuasa.
Investigadores do Escritório de Aviação Civil e da Comissão de Segurança do Japão, enviados a Takamatsu, se concentram na análise da bateria, que é integrada a um equipamento elétrico projetado pelo grupo francês Thales. "A peça mostra anomalias visíveis a olho nu, mas o sistema é complexo e exige outras investigações", disse Hiroshi Kajiyama, vice-ministro dos Transportes do Japão.
A pedido das autoridades japonesas, a GS Yuasa enviou três engenheiros ao local. "Não sabemos se o problema procede da bateria em si ou do sistema elétrico ao qual está acoplada", disse um porta-voz da empresa. "É impossível prever neste momento quanto tempo a investigação irá durar, sejam dias ou semanas, já que é preciso estudar todo o sistema, e não somos os únicos envolvidos", alegou.
Pressão
Além desses dois incidentes, em duas semanas ocorreram outras cinco avarias em aeronaves japonesas, o que levou a FAA a iniciar uma investigação "em profundidade" do Dreamliner. Uma perita do Escritório Americano de Segurança no Transporte (NTSE) também chegou ontem ao Japão. Sob pressão dos governos e das companhias aéreas, o diretor-executivo da Boeing, Jim McNerney, divulgou comunicado assegurando que serão tomadas todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos clientes e dos passageiros. "Temos confiança de que o 787 é seguro", afirmou.
Contrato de US$ 1,56 bilhão
A Embraer, maior fabricante de jatos regionais do mundo, informou ontem que a irlandesa Aldus Aviation assinou, em dezembro, contrato para adquirir cinco modelos Embraer 175 e 15 unidades do Embraer 190, além de 15 direitos de compra de qualquer um dos aparelhos da família de E-Jets. O valor total do negócio pode chegar a US$ 1,56 bilhão. Na segunda-feira, a empresa havia informado que elevou sua carteira de pedidos no quarto trimestre, pela primeira vez em um ano, com uma encomenda de 20 aviões, mas não havia identificado o cliente. "Este pedido da Aldus Aviation, que opera uma frota 100% de aviões fabricados pela Embraer, confirma o valor dos E-Jets para empresas de leasing e financiamento como um excelente ativo financeiro", disse Paulo Cesar Silva, presidente-executivo da fabricante brasileira, em comunicado. Desde 2004, a companhia entregou mais de 900 E-Jets.
Brasília-DF
Luiz Carlos Azedo |
Pelo ar
Pilotos da Força Nacional de Segurança vão atuar em operações aéreas em Alagoas, segundo determinação do Ministério da Justiça. Os militares utilizarão os helicópteros da própria Secretaria de Segurança.
A força também está dando apoio à segurança do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), da Polícia Federal, em São Miguel do Iguaçú, no Paraná.
Embraer ganha encomenda de US$ 215 milhões
Virginia Silveira |
A área de defesa da Embraer, que em 2012 registrou receita superior a US$ 1 bilhão, começou o ano com uma carteira de pedidos mais robusta. A Força Aérea Brasileira (FAB), principal cliente da companhia no setor de defesa, assinou contrato de US$ 215 milhões para a modernização de cinco aeronaves E 99, utilizadas em missões de vigilância e alerta aéreo antecipado na Amazônia.
Com o novo contrato, o volume de pedidos em carteira da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, que no último trimestre de 2012 era de US$ 3,4 bilhões, subiu para US$ 3,7 bilhões. O setor respondeu por 18% da receita global da empresa no ano passado e a previsão é que, em 2013, seja responsável por cerca de 20% do faturamento.
O projeto de modernização das aeronaves de vigilância da FAB, segundo a Embraer, prevê a atualização dos sistemas de guerra eletrônica, de comando e controle, de contramedidas eletrônicas e do radar de vigilância Aérea. Parte do trabalho será feita pela Atech, empresa coligada da Embraer Defesa e Segurança.
Desenvolvido sobre a plataforma do jato regional ERJ-145, o E-99 realiza missões de gerenciamento do espaço aéreo, posicionamento de caças e controle de interceptação, inteligência eletrônica e vigilância de fronteiras.
O E-99, designação que a FAB deu para as aeronaves EMB 145 AEW&C, da Embraer, atua em conjunto com três aeronaves R-99, da mesma plataforma, mas com a função de identificar queimadas e desmatamento ilegal, poluição de rios e áreas alagadas, além de levantamento de dados para mapeamento da Amazônia.
As atividades da Embraer Defesa e Segurança relacionadas à modernização de aeronaves estão apoiadas hoje em três projetos principais, além do E-99: o segundo lote dos caças F-5 BR (11 aeronaves), o AMX (44 aeronaves) e os caças A-4, da Marinha (12).
Em entrevista concedida ao Valor no fim do ano passado, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que alguns projetos, como o AMX e o A-4, terão um incremento a partir deste ano, pois terminaram a fase de desenvolvimento e engenharia e vão começar a fase de produção, o que representará um crescimento na receita e no fluxo do negócio.
O projeto de desenvolvimento na área de defesa mais desafiador para a Embraer, no entanto, continua sendo o do cargueiro KC-390, que tem voo inaugural previsto para outubro de 2014. Atualmente, segundo o Ministério da Defesa, mais de 800 engenheiros e técnicos da Embraer estão engajados nesse projeto.
Plano de fechar Salgado Filho causa controvérsia
Novo terminal seria viável se aeroporto deixasse de operar, aponta estudo
A alternativa de encerrar as operações do Salgado Filho, para viabilizar a construção de um novo aeroporto na Região Metropolitana, causou controvérsias entre especialistas e empresários. Enquanto dois terminais não conseguem entrar numa equação econômica, as incertezas quanto às condições de mobilidade e a sobreposição com o futuro terminal de Caxias do Sul reforçam a defesa de manter o aeroporto em Porto Alegre.
Na quarta-feira, representantes do governo gaúcho e de entidades empresariais receberam da consultoria PricewatershouseCoopers (PwC) um estudo que considera a construção de um novo aeroporto na Região Metropolitana como a única saída para suportar o crescimento do número de passageiros e de cargas no Estado. O que dividiu opiniões foi a premissa para tanto: encerrar as operações do Salgado Filho.
– O Rio Grande do Sul não tem movimento suficiente de passageiros ou cargas para sustentar dois aeroportos na mesma região, é inviável economicamente – reforçou Carlos Biedermann, sócio para a Região Sul da PwC (veja entrevista ao lado).
Carvalho Netto critica conclusão do estudo
Apesar dos argumentos econômicos apresentados pelo estudo, empresários da Capital não receberam bem a alternativa apresentada. Ainda ontem, representantes do Sindicato dos Bares e Restaurantes de Porto Alegre se reuniram com o presidente da Câmara de Vereadores, Thiago Duarte.
– Não somos contra a construção de um terminal em outra cidade, desde que não tenhamos de abrir mão do Salgado Filho – disse Duarte.
Para o especialista em aviação Respício do Espírito Santo, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a decisão de construir um novo aeroporto e encerrar as operação de outro depende da demanda e da destinação dada aos terminais.
– Aeroportos engolidos pela cidade não são nenhuma novidade. Em alguns casos, se opta por transferir todas as operações e em outros, por manter as duas. A escolha é relativa – disse Espírito Santo, citando o aeroporto da cidade americana de Stapleton, no Estado do Colorado, que tinha terminal perto do centro e investiu em um novo a dezenas de quilômetros.
O diretor do Departamento Aeroportuário do Estado, Roberto de Carvalho Netto, reagiu com indignação ao estudo que apontaria sobreposição entre o aeroporto do estudo e o futuro terminal de Vila Oliva, em Caxias do Sul.
– É o discurso liberal contra o discurso estatista. A visão do empresário vai querer um só aeroporto na Região Sul, e de preferência que seja dele. Agora, na visão de Estado, o que importa é a necessidade da população – disse Carvalho Netto.
Aeroporto internacional no Piauí não recebe voos regulares há 13 anos
Terminal para 100 mil passageiros ao ano recebeu 2.828 pessoas em 2012. Com custo mensal de R$ 320 mil, base com a maior pista do PI dá prejuízo.
Patrícia Andrade E Tahiane Stochero |
O Aeroporto Internacional Prefeito Dr. João Silva Filho, em Parnaíba (PI), a 350 km da capital Teresina, não tem voo comercial regular há 13 anos. Com infraestrutura para receber até 100 mil pessoas anualmente, o terminal teve movimento de apenas 2.828 passageiros de voos privados e de táxi aéreo em 2012, com média de 3,6 operações diárias, segundo dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o espaço desde 2004.
O custo mensal de manutenção é de R$ 320 mil, e o aeroporto registrou prejuízo de R$ 1,16 milhão de janeiro a novembro de 2012. A Infraero afirma que são necessários voos regulares para evitar o déficit, embora faça parte da estratégia de desenvolvimento da aviação regional sustentar locais que operam no vermelho – e que "precisam existir" – com verba arrecadada de terminais que dão lucro.
Construído na década de 1970, quando era usado na exportação de produtos agropecuários para a Europa, o aeroporto tem localização turística estratégica: fica entre o litoral do Ceará e os Lençóis Maranhenses. A distância para a praia de Jericoacoara (CE), por exemplo, é de 270 km, inferior aos 297 km que turistas precisam percorrer vindos de Fortaleza (CE). Até a Praia de Atalaia (PI), são apenas 13,9 km, distância muito menor que os 339 km de Teresina (PI) até o ponto turístico (veja algumas distâncias na tabela ao lado). Mesmo assim, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz não ter qualquer pedido de voo regular para a cidade.
"Nos anos 80 e 90, grandes empresas tinham voos nacionais com destino ou origem em Parnaíba. Como aeronaves mais modernas passaram a ser aplicadas nos últimos anos, as companhias deixaram de operar aqui. Infelizmente, nosso fluxo hoje é só de táxi aéreo, helicópteros e pequenos aviões privados e jatos, a maioria de políticos, empresários ou turistas", afirma Celso Lara Vital, gerente de operações da Infraero em Parnaíba.
Procuradas pelo G1, as companhias Azul e Trip disseram que novos destinos possíveis estão sendo avaliados, mas que não há previsão sobre o início de operações em Parnaíba. A Gol não quis falar sobre o tema e apenas informou que, "como uma empresa competitiva, está sempre avaliando oportunidades que agreguem valor ao negócio". A TAM disse que não tem interesse em operar no local. Já a Passaredo não se manifestou.
A Avianca disse que trabalha com aviões grandes, como Airbus, que não teriam condições de operar no local. O último voo comercial regular feito no aeroporto, em 2000, foi da Ocean Air, que mudou de nome para Avianca. A assessoria de imprensa da empresa não conseguiu dizer por que as operações foram suspensas na época e qual era o destino do voo.
"Temos recebido consultas de empresas de aviação regional interessadas em conhecer a infraestrutura do aeroporto, mas ainda não há uma confirmação de início de atividades", diz Jorge Tadeu de Andrade, gerente regional de Comunicação Social da Infraero Nordeste.
Maior pista do Piauí
Em 2010, uma reforma ao custo de R$ 7 milhões ampliou a pista do aeroporto de Parnaíba de 1.800 metros para 2.500 metros, superando em extensão os 2.200 metros a estrutura da capital Teresina e alcançando o posto de quarta maior pista do Nordeste – atrás apenas de Recife (3.300 metros), Petrolina (3.250 metros) e Fortaleza (2.545 metros), segundo dados da Infraero.
O governo federal liberou R$ 8 milhões para a construção de um novo pátio para aeronaves, em investimento que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas a obra está parada desde agosto de 2011. Segundo a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, a empresa responsável pela obra solicitou rescisão contratual com a Infraero por falta de condições técnicas para cumprir o acordo. O processo aguarda decisão judicial.
De acordo com a secretaria, o terminal de Parnaíba está entre os 270 aeroportos brasileiros que o governo listou, em dezembro de 2012, como parte do projeto de desenvolvimento da aviação regional. O espaço, portanto, é considerado prioritário para o avanço do setor, mas futuros investimentos, dentro do pacote federal, ainda vão ser analisados.
Risco de acidentes afasta aéreas
A Força Aérea Brasileira vetou, em março do ano passado, a operação por instrumentos no aeroporto de Parnaíba porque há "obstáculos" na região que poderiam provocar acidentes. Segundo a Infraero, o aumento da metragem da pista fez com que algumas edificações da cidade passassem a atrapalhar as operações. Agora, quando as condições meteorológicas são ruins, pilotos estão proibidos de pousar e decolar sem ter uma visão clara da pista.
A mudança não impede voos no local, mas oferece menos segurança às companhias aéreas, que preferem aeroportos em que possam operar com ambas as opções, segundo o gerente de operações Celso Lara Vital. A Infraero afirma trabalhar para recuperar a autorização.
"A Aeronáutica encontrou irregularidades, edificações, torres e obstáculos no raio de 8 km ao redor do aeroporto, que é área de segurança. Fora desta área, a cerca de 20 km, há uma usina eólica, que está em uma elevação", explica Vital. "Comunicamos o governo estadual e a prefeitura para tomar providências. Acredito que a FAB já teve o retorno sobre grande parte dos pontos e os que não poderão ser retirados serão informados nas cartas aeronáuticas, para dar ciência aos pilotos".
O secretário de Turismo do Piauí, Marco Bona, afirmou ao G1 que o laudo técnico da FAB apontou a existência de torres de emissoras de rádio em altura irregular e que o governo determinou a resolução do problema. "O laudo não impede em nada as operações. São diferenças de 20 cm em algumas torres. O que impede a realização de voos regulares é a falta de interesse das companhias", disse.
O secretário de Desenvolvimento Urbano de Parnaíba, Paulo Meireles, confirmou que a prefeitura foi notificada de obstáculos na área de aproximação dos aviões à pista, mas que alguns dos pontos, como a autorização para a instalação das torres de telefonia móvel e de comunicação, foram previamente autorizados pela Aeronáutica.
De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes do Piauí, o governo ainda irá elaborar um plano de proteção exigido pela Aeronáutica sobre medidas de segurança que deverão ser feitas ao redor do aeroporto.
Alternativa para a Copa de 2014
O terminal de Parnaíba está na lista de alternativas para a Copa do Mundo de 2014, devido à proximidade com Fortaleza (CE), que vai sediar jogos do mundial. A lista foi elaborada pela Secretaria de Aviação Civil e engloba 50 aeroportos de destino para as 12 cidades sedes e mais 42 alternativas para o tráfego de passageiros. A Infraero aponta, porém, que ainda não há uma definição se o aerporto de Parnaíba será usado durante a competição.
O aeroporto não conta com sistema de radares e torre de controle, e a troca de informações com pilotos é feita por estação de rádio, que funciona das 6h às 24h. Para Celso Lara Vital, a estrutura é suficiente para receber voos de passageiros.
Temos todas as condições de receber voos regulares, como sistemas de raio-x, de combate a incêndio e de informação sobre a situação dos voos, além de salas de embarque e detectores de metais, todos os mesmos que você vê nos grandes aeroportos, como Guarulhos ou Galeão. O que falta é interesse das empresas de operar aqui".
O número de voos no aeroporto, que já é pequeno, caiu 18% no ano passado – o de táxi aéreo despencou 52%. Celso Lara Vital acredita que a suspensão das operações por instrumentos interferiu pouco na queda, pois as aeronaves que ali pousam são de pequeno porte e atuam com pousos e decolagens visuais. Ele aponta a logística da cidade e a busca por outros terminais próximos como principais fatores que interferiram na queda.
"Acreditamos que a retomada das operações por instrumentos mostrará às empresas que o aeroporto está seguro para operar em 2014 e trabalharemos para atrair mais o público, tanto executivo quanto comercial. Pretendemos instalar uma lanchonete e caixa eletrônico para o conforto dos passageiros. As empresas aéreas querem fazer voos rentáveis e elas não estão vislumbrando uma quantidade de passageiros na região que permita a realização de voos para cá", afirma.
Objetivo é atrair estrangeiros
Turistas que desejam conhecer o litoral piauiense tem que desembarcar em Teresina ou em Fortaleza e fazer o resto do percurso de ônibus ou carro, com tempo de viagem que pode durar de quatro a cinco horas. De avião, o tempo estimado das citadas capitais até Parnaíba, se houvesse um voo regular, seria de aproximadamente 50 minutos.
"Muita gente desiste de conhecer o litoral porque tem que desembarcar na capital. O aeroporto seria um grande incentivo para atrair estrangeiros", diz Edilson Morais Brito, proprietário de uma agência de viagens na cidade.
Apesar de não contar com nenhum voo regional ou nacional diário, o gerente de operações da Infraero Celso Lara Vital sonha com voos internacionais, que estão autorizados desde outubro de 2005 por portaria da Aeronáutica. A última vez que um avião com turistas de outro país pousou no local foi entre o final de 2006 e o início de 2007, com oito voos charters (voos fretados) procedentes de Verona, na Itália.
"Temos um pátio pequeno, mas podemos receber voos internacionais de modelos como o Boeing 767-300, se alguma companhia tiver interesse. Neste caso, como não temos aqui postos de alfândega, da Polícia Federal ou da Anvisa, avisaríamos para os órgãos enviar equipes e atender o voo", diz Vital.
*Colaborou Fábio Amato, do G1 em Brasília.
Defesa Civil reconhece situação de emergência em 16 cidades por estiagem e excesso de chuvas
Vinícius Soares - Repórter Da Agência Brasil |
Brasília - A Secretaria Nacional de Defesa Civil reconheceu hoje (17) situação de emergência decretada por 16 municípios desde setembro de 2012, nove deles em Santa Catarina. Os motivos são a chuva de granizo, a estiagem e as enxurradas. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (17).
Apenas Mangaratiba (RJ) e São Valentim do Sul (RS) não entraram na lista por causa da falta de chuvas. No município fluminense, o excesso delas foi o que motivou a emergência, e, no gaúcho, o problema foi o granizo. A estiagem causou prejuízos em Espinosa (MG), Guaraciama (MG), Marcelino Ramos (RS), Severiano de Almeida (RS), Viadutos (RS), Campos Novos (SC), Capinzal (SC), Celso Ramos (SC), Erval Velho (SC), Forquilhinha (SC), Luzerna (SC), Meleiro (SC), Seara (SC) e Turvo (SC).
Presidente da Colômbia quer que europeus e latino-americanos se unam no controle de armas de fogo
Renata Giraldi - Repórter Da Agência Brasil |
Brasília - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que vai tentar negociar um acordo entre os líderes políticos europeus e da América Latina, nas reuniões da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em Santiago, no Chile, na próxima semana.
Para Santos, é fundamental discutir a mudança na política das Nações Unidas sobre controle de armas. A presidenta Dilma Rousseff confirmou participação na reunião.
O debate ocorre no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresenta a proposta norte-americana com 23 sugestões para contenção na venda e comercialização de armas de fogo no país.
As medidas, nos Estados Unidos, são sugeridas um mês depois de ocorrer um massacre em uma escola infantil, em Connecticut, que 26 pessoas morreram, a maioria, crianças.
Celso Amorin propõe troca de experiências relativas à defesa dos países do Atlântico Sul
Heloisa Cristaldo - Repórter Da Agência Brasil |
Brasília - O compartilhamento de experiências brasileiras em áreas como a de levantamento de plataformas continentais de petróleo e a capacitação em salvamento e resgate no mar foram propostas pelo ministro da Defesa, Celso Amorin, aos países integrantes da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas). A reunião do foro ocorreu ontem (15) e hoje (16), em Montevidéu, no Uruguai.
Para o Ministério da Defesa, as iniciativas permitirão tornar mais concreta a parceria em defesa e segurança entre as nações que compõem o foro multilateral. De acordo com ministro Celso Amorin, a relevância das iniciativas bilaterais e multilaterais na área de defesa no contexto da Zopacas não se restringe ao combate direto dos crimes relativos ao Atlântico Sul.
“Se nós não nos ocuparmos da paz e segurança no Atlântico Sul, outros vão se ocupar. E não da maneira que nós desejamos: com a visão de países em desenvolvimento que repudiam qualquer atitude colonial e neocolonial”, disse o ministro.
As situações da Guiné-Bissau e da República Democrática do Congo, países que passam por situações de instabilidade política também foram tratadas no encontro, segundo nota divulgada pelo ministério.
A Zopacas é um foro de diálogo e cooperação entre nações sul-americanas e africanas banhadas pela parte Sul do Oceano Atlântico. Foi criada em 27 de outubro de 1986, a partir de uma iniciativa do Brasil, com o intuito de promover a cooperação regional, manutenção da paz e da segurança no entorno dos 24 países que aderiram ao projeto.
Projeto garante que passageiros conheçam horas de voo do piloto do avião
Secom |
Projeto em tramitação na Câmara assegura, aos passageiros do transporte aéreo regular, o direito a ter acesso a informações profissionais dos comandantes do voo. Pela proposta (PL 4495/12), do deputado Ademir Camilo (PSD-MG), o número de horas de voo do piloto na condição de comandante será divulgado aos passageiros antes de iniciada a partida da aeronave.
Ainda conforme o texto, o nome do comandante e dos demais tripulantes deve constar do diário de bordo. A companhia também deve entregar à autoridade aeronáutica, para que ela dê acesso ao público, informações a respeito da habilitação, da certificação médica e das horas de voo do comandante da aeronave que estiver em serviço no transporte regular.
Ademir Camilo argumenta que o transporte aéreo é uma concessão pública e que, por isso, deve garantir a publicidade de seus atos. Ele também defende que a medida poderá ter, pelo menos, dois efeitos benéficos: fornecer ao consumidor mais um parâmetro de escolha da companhia aérea e criar uma segunda instância para fiscalizar a aptidão dos comandantes de aeronaves comerciais, que ficaria a cargo dos usuários. “A intenção é garantir ao público a chance de conhecer um pouco mais sobre aqueles que responderão por sua segurança no ar”, afirma.
O autor esclarece que não está propondo que informações de natureza privada sobre os pilotos sejam levadas a público, nem que as empresas de transporte aéreo passem a fornecer à autoridade de aviação civil outras informações além das que rotineiramente já fornecem. A diferença é que esses dados passariam a ser de conhecimento também dos passageiros.
Tramitação
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Defesa do Consumidor, Viação e Transportes, e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Prefeitura vai receber avião Bandeirante
Rodrigo Agostinho comemorou doação feita a Bauru pela Aeronáutica e irá avaliar o melhor lugar
Daniela Penha |
“Eu fiquei muito contente com o resultado, mas agora temos que definir com cuidado o que faremos com o avião”. É com zelo que o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) está comemorando a doação da aeronave Bandeirante, que Bauru irá receber da Aeronáutica, conforme o BOM DIA adiantou ontem.
O projeto, que teve iniciativa do ex-vereador José Segalla (DEM), deu certo e a cidade irá receber um modelo do avião projetado pelo bauruense Ozires Silva, engenheiro aeronáutico e um dos fundadores da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica).
A ideia do ex-vereador é prestar uma homenagem ao conterrâneo, criando um pequeno museu sobre sua história no local onde o avião for colocado. De início, Segalla imaginava colocar o Bandeirante no Parque do Castelo, que agora já é chamado de Jurandyr Bueno e deverá ser construído na avenida Nações Norte.
Rodrigo avalia que tudo deverá ser estudado.
Para que a doação seja realmente feita ele explica que a Aeronáutica pede um projeto detalhado.
“Eles solicitaram um projeto garantindo a sustentabilidade do projeto, explicando onde o avião será colocado e como será feita a sua manutenção”, conta o prefeito, que explica que antes de qualquer projeto, entretanto, o município precisa saber mais sobre a doação.
“Nós não sabemos o tamanho da aeronave, se é só a carcaça ou ela inteira, o peso, a estrutura que ela irá precisar... Ainda é tudo muito prematuro”, avalia ele.
As hipóteses ainda são muitas. Uma das grandes questões, por exemplo, é saber se o Bandeirante virá por ar ou por terra. “A gente não sabe se ele virá voando e será aposentado aqui ou se teremos que buscá-lo”.
Quanto ao local, o prefeito salienta que é preciso estrutura. “Precisa ser um local em que ele fique seguro, que não pegue chuva ou possa ser danificado”. Ele cogita inclusive colocar a aeronave em exposição no Aeroclube, mas frisa que ainda não há nada definido. A ideia de colocá-la no Parque Jurandyr também não está descartada.
A Aeronáutica não estabeleceu prazos para que o projeto seja enviado pelo município.
Rodrigo, mediante tantas questões a serem respondidas, prefere não fazê-lo. “Vamos primeiro conhecer a aeronave. Não podemos simplesmente colocar -la em qualquer lugar”.
VOZ DA RÚSSIA
Novo míssil de alta precisão entra em serviço da Força Aérea russa
Oleg Nekhai
A Aeronáutica da Rússia pôs em serviço um novo míssil X-38 ar-terra de curto alcance. Apesar de ter sido criado para o avião de 5ª geração T-50, será utilizado por bombardeiros e caças modernos, inclusive o Su-34 e Mig-29 CMT.
O X-38 foi produzido pela corporação militar Armamentos Táticos de Mísseis TPB (sigla russa), tendo realizado uma série de provas secretas durante 2012. O novo míssil que entrou em serviço no final de dezembro passado compõe-se de módulos e pode ser dotado de ogivas de autoguiamento e elementos combativos.
O X-38 pode ser empregado com objetivos diversos, reforçando a capacidade combativa do avião versátil T-50. O míssil será instalado no interior da fuselagem, criada segundo a tecnologia furtiva stealth, frisa o redator da Revista Militar Independente, Viktor Litovkin.
"O avião, não obstante suas características excelentes relacionadas com invisibilidade, não deixa de ser aparelho voador. Todavia, quando estiver equipado com mísseis de alta precisão, se transformará em um complexo aéreo baseado em aeronave de 5ª geração. O fato de o míssil se encontrar dentro da fuselagem eleva a baixa visibilidade do engenho."
O míssil não será refletido na tela do radar, adianta o perito. O X-38 possui mais uma vantagem importante – poderá orientar-se durante o voo pelo sistema de navegação Glonass. Segundo demonstra a prática de conflitos no Afeganistão e no Oriente Médio, tem sido difícil detectar um alvo do ar mesmo por meio de teleguiamento realizado da terra devido aos sofisticados meios de camuflagem. Nestas circunstâncias, o míssil será guiado até o alvo por um satélite do sistema Glonass, salienta a propósito Viktor Litovkin.
"A precisão se eleva graças ao emprego do satélite do sistema de navegação Glonass que enxerga o alvo, vê o míssil e faz coincidir estes dois pontos. Como o novo míssil é supersônico, será possível levá-lo até o alvo, sendo esse um grande sucesso alcançado por projetistas russos."
A arma de elevada precisão como o X-38 permite aniquilar um alvo importante, empregando apenas um míssil e depois fugir ao fogo do adversário, realça o redator-chefe da revista Defesa Nacional, Igor Korotchenko.
"Claro que se trata de uma arma de elevada precisão a entrar em serviço da Aeronáutica russa dotada, nesta fase, de mísseis teleguiados. A passagem para o emprego de novos sistemas de armamentos significa que vários elementos de combate irão atuar sob o comando único e utilizar, quando necessário para maior eficácia, o sistema Glonass."
Importa acrescentar que o X-38 é capaz de destruir o material blindado, fortificações e abrigos do adversário à distância de 3 a 40 km. O módulo de combate pesa 250 kg. A sua entrada em serviço aumentará, sem dúvida, as potencialidades da Força Aérea da FR.
BRASIL ECONÔMICO
Dassault vende 189 jatos à Índia por US$ 18 bilhões
Caça militar francês Rafale também disputa preferência de governo brasileiro
A Índia está disposta a comprar até 189 aviões de combate franceses Rafale, produzidos pela Dassault Aviation, 63 a mais que os 126 inicialmente previstos, indicaram à AFP fontes próximas às discussões. Esta perspectiva foi evocada durante visita do ministro indiano das Relações Exteriores, Salman Khurshid, a Paris na semana passada, informaram as fontes, num momento em que os aviões Rafale participam das operações militares no Mali. “Há uma opção para a compra de 63 aviões suplementares, para os quais será assinado um contrato separadamente. Atualmente, o contrato em negociação envolve 126 aviões”, declarou a fonte. A compra de 126 Rafale foi avaliada em US$ 12 bilhões pela imprensa indiana.Um pedido suplementar pode elevar o total da operação a US$ 18 bilhões, embora o montante dependa do resultado das negociações.
Concorrência
Em janeiro de 2012, a Índia preferiu o Rafale ao Typhoon, avião construído pelo consórcio Eurofighter, formado pelos grupos britânicos BAE Systems, europeu EADS e italiano Finmeccanica, para equipar sua Força Aérea. A Dassault e o ministro indiano da Defesa continuam com as negociações para finalizar o contrato nos próximos meses. O Rafale também concorre em uma licitação brasileira para a compra de 36aviões de combate, competindo com o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing e com o Gripen NG da sueca Saab. Mas, devido à conjuntura econômica, o Brasil adiou esta aquisição de aviões de combate, declarou a presidente Dilma durante uma visita realizada a Paris em dezembro passado. O projeto previa a aquisição de 36 caças para reForçar a Força Aérea Brasileira (FAB), com orçamento estimado de US$ 3 bilhões. Há mais de 10 anos na pauta do governo brasileiro, a modernização da frota dividiu opiniões tanto por questões técnicas ou políticas - o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy comandou pessoalmente um esforço diplomático para conseguir vender os Rafales ao país.
BRASIL ECONÔMICO
Embraer tem contrato de US$ 1,5bi com irlandesa
Aldus Aviation é o cliente não revelado na carteira de pedidos da fabricante de dezembro
Reuters
A Embraer, maior fabricante de jatos regionais do mundo, divulgou que a irlandesa Aldus Aviation é o cliente não revelado na carteira de pedidos de dezembro da fabricante, segundo comunicado divulgado ontem. A empresa irlandesa assinou contrato para a compra de 20 E-Jets, sendo cinco Embraer 175 e 15 unidades do Embraer 190, além de 15 direitos de compra para qualquer um dos modelos da família de E-Jets.
O valor total do negócio pode chegar a US$ 1,56 bilhão, considerando as condições econômicas de 2012. Na segunda-feira, a empresa havia informado que elevou sua carteira de pedidos no quarto trimestre pela primeira vez em um ano, com uma encomenda de 20 aviões feita por um cliente não identificado. “Este pedido da Aldus Aviation, que opera uma frota cem por cento de aviões fabricados pela Embraer, confirma o valor dos E-Jets para empresas de leasing e financiamento como um excelente ativo financeiro”, disse Paulo Cesar Silva, presidente-executivo da Embraer aviação Comercial, em comunicado.
Segundo Silva, a Aldus Aviation “foi um parceiro de sucesso da Embraer” ao pôr suas aeronaves na Europa, no Oriente Médio, na Austrália, Ásia e América Latina. De acordo com a fabricante brasileira, desde 2004 foram entregues mais de 900 E-Jets.
MIDIAMAX NEWS - MS
Prefeitura define se decretará situação de emergência por causa da dengue
Mariana Anunciação
Durante a agenda do prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), informou que na tarde desta quinta-feira (17), será anunciada a definição sobre decretar ou não situação de emergência em relação à dengue, em Campo Grande.
A prefeitura já registrou 5585 notificações de dengue entre o dia 1 e 14 de janeiro de 2013, segundo o coordenador do Mutirão Saúde em Ação, Victor de Oliveira. Ele também informou que são 675 notificações a mais do que o último levantamento, feito de 1 a 13 de janeiro do ano passado.
O prefeito já antecipou que o secretário Municipal de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca está em contato com o exército e com a aeronáutica. Além disso, conforme Bernal, a Guarda Municipal também vai colocar seus efetivos em ação.
“Nós vamos chamar todos os segmentos para participar em conjunto”, explicou. Além disso, ele destacou que já estudam formas de atendimento, priorizando gestantes, crianças e pessoas em situação de risco, com Diabetes, ou problemas cardiovasculares.
“A partir do momento em que decretarmos situação de emergência, que é bem provável que aconteça hoje à tarde, nós já vamos anunciar os números de pessoas envolvidas”, destacou o prefeito , ao dizer que a situação é considerada “alarmante”.
Ações de combate já estão sendo realizadas neste sentido, em diversos bairros da Capital considerados locais de foco da doença. Várias medidas também são realizadas diariamente, como borrifações de veneno, mutirões de limpeza, reforços das equipes de Agentes de Saúdes, e ampliação dos atendimentos médicos nas UBS´s (Unidades Básicas de Saúde).
PUEBLO EN LINEA - CHINA
Fuerza Aérea Brasileña modernizará flota de vigilancia fronteriza
La Fuerza Aérea Brasileña (FAB) modernizará los equipos de cinco aviones de vigilancia fronteriza EMB145 AEW&C mediante un programa con inversiones por 430 millones de reales (unos 215 millones de dólares), informó hoy la fabricante aeronáutica Embraer.
La subsidiaria de Defensa y Seguridad de Embraer y la FAB firmaron este jueves un contrato para la actualización de los sistemas de guerra electrónica, de comando y control, de contramedidas y de radar de vigilancia aérea de las aeronaves AEW&C (Alerta Aéreo Anticipado y Control), según un comunicado de la empresa.
La FAB adquirió también seis estaciones de planificación y análisis de misión utilizadas para entrenamiento de las tripulaciones.
Los cinco aviones, que prestan el servicio de control de las fronteras, poseen equipos para detectar blancos de difícil alcance y transmitir la información a las fuerzas militares en aire, tierra y agua.
Según el comunicado de Embraer fechado en Sao Paulo, la flota será utilizada también en la vigilancia de los grandes eventos deportivos que Brasil albergará en próximos años, como el Mundial de Fútbol de 2014 y los Juegos Olímpicos de Río de Janeiro 2016.
PORTAL FATOR BRASIL - RJ
Embraer Defesa e Segurança modernizará aeronaves de vigilância da Força Aérea Brasileira
São Paulo– A Embraer Defesa e Segurança e a Força Aérea Brasileira (FAB) assinaram um contrato para modernização de cinco aeronaves EMB 145 AEW&C, de Alerta Aéreo Antecipado e Controle, designadas E-99 na FAB. O contrato, avaliado em aproximadamente R$ 430 milhões, prevê a atualização dos sistemas de guerra eletrônica, sistemas de comando e controle, sistemas de contra medidas eletrônicas e do radar de vigilância aérea. A Atech, empresa coligada da Embraer Defesa e Segurança, participa do projeto no desenvolvimento de parte do sistema de comando e controle. Também foram adquiridas seis estações de planejamento e análise de missão, que serão empregadas no treinamento e aperfeiçoamento das tripulações.
Desenvolvido sobre a plataforma do bem-sucedido jato regional ERJ 145, com mais de 1.100 unidades entregues e 19 milhões de horas de voo, o E-99 da FAB é capaz de detectar, rastrear e identificar alvos em sua área de patrulha e transmitir essas informações às forças aliadas. A aeronave realiza missões de gerenciamento do espaço aéreo, posicionamento de caças e controle de interceptação, inteligência eletrônica e vigilância de fronteiras. Também será empregada para prover segurança aos grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil, nos próximos anos.
“Esta modernização permitirá à FAB continuar operando com excelência um importante vetor de defesa aérea nacional”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente da Embraer Defesa e Segurança. “O E-99 desempenha um papel estratégico dentro da FAB no controle do espaço aéreo e das fronteiras do País.”
“Ao longo da última década, a Força Aérea comprovou o alto valor destas aeronaves de Controle e Alarme em Voo para o cumprimento da sua missão”, disse o Brigadeiro do Ar Carlos Baptista de Almeida Junior, Presidente da Copac – Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate da FAB. “Mantê-las atualizadas e ampliar sua capacidade operacional é a certeza de que continuarão contribuindo decisivamente para a eficiência da Força Aérea Brasileira.”
SUL 21-RS
Especialistas defendem viabilidade de dois aeroportos no RS sem fechar Salgado Filho
Rachel Duarte
Para alguns organismos ligados à questão aérea, chegou de surpresa a notícia sobre o estudo de viabilidade para construção de um aeroporto na região Metropolitana de Porto Alegre, feito por consultoria contratada pela Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI). O tema já vinha sendo discutido há meses por grupo de especialistas aeronáuticos e uma área, localizada entre os municípios de Santa Rita e Portão, já foi sugerida pela comunidade local à Força Aérea Brasileira (FAB). O novo estudo está baseado em valores comerciais para realização da obra, de forma a atender interesses de investidores e sugere para isso o fechamento do atual Aeroporto Internacional Salgado Filho. Alguns especialistas, no entanto, consideram a proposta desnecessária e na contramão da tendência mundial de integração do sistema aeroportuário.
O intermediário da conversa de uma comissão composta por representantes da sociedade civil, prefeituras, empresários e técnicos em aviação com a FAB estava sendo o diretor de Infraestrutura Aeroportuária do governo gaúcho, Roberto Barbosa. “Encomendaram o estudo sem a gente saber e o pior é que o estado pagou por isso. A nossa visão é completamente diferente deste especialista que fez o estudo”, falou.
O estudo foi realizado pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) e encomendado pela AGDI em convênio com a Fiergs e a Fecomércio-RS. Embora não conclusivo, o trabalho indica uma diretriz de atratividade para o investimento no sistema aeroportuário que o governo virá a fazer. “A primeira pergunta que buscamos ver é se o que está sendo feito é ou não atrativo para o estado. Pelo estudo, sabemos que o Aeroporto Internacional Salgado Filho já tem porte que atrai o interesse de investidores e não existe espaço na Região Metropolitana para o novo aeroporto com um aeroporto concorrente”, diz o presidente da AGDI, Marcus Coester.
Para o diretor estadual de Infraestrutura Aeroportuária, é justamente o valor econômico que deve estar em segundo plano e não impondo uma condicional para a cidade. “O entendimento do estado não é de acabar com o Salgado Filho. Nunca se cogitou isso. Está dentro do mesmo espaço terminal. Temos convicção de que deve operar integrado. Não temos que ver só o lucro e o valor econômico para pensar a construção do novo aeroporto”, defendeu, alegando que o tema será levado à mesa do governador Tarso Genro.
Um dos apontamentos do estudo da consultoria PwC é que já existe mercado para ampliar o setor de transporte aéreo, em especial de cargas, e que, em 10 anos, o Salgado Filho, mesmo com melhorias, já deve ser considerado obsoleto. “O fechamento do Salgado Filho é umas das possibilidades apresentadas. Ninguém está validando isso. O que entendemos é que o terminal de Porto Alegre tem que se incorporar neste processo que valoriza a atração de investidores. Se em 15 anos ele será apenas um aeroporto executivo ou regional nós não sabemos, ma ele não pode ser uma concorrência com o aeroporto que poderá ser construído com a iniciativa privada”, explica Marcus Coester.Na avaliação do professor de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Enio Dexheimer, que trabalhou na comissão técnica que discute voluntariamente as viabilidades para construção de um segundo aeroporto no estado, a ideia inicial sempre foi ter um aeroporto que valorizasse a produção e os passageiros do Vale do Rio dos Sinos. “As discussões começaram com o Grupo Sinos, a Associação Comercial do Vale dos Sinos, o Aeroclube de Novo Hamburgo e alguns especialistas, no qual eu me inseri. Em 2016 deve estar esgotada toda a capacidade de extensão de pista, transporte de passageiros e cargas no Salgado Filho. Nossa conclusão foi de que a melhor área geográfica seria na área entre Portão e Nova Santa Rita já em vias de desapropriação”, explica.
Segundo ele, além de ter a unanimidade de todos os prefeitos da Região Metropolitana, a proposta debatida pelo grupo tem menor impacto ambiental e preservaria a existência do Salgado Filho. “A FAB já deu parecer dizendo que é possível dois aeroportos conviverem no estado. É assim no RJ, em SP, e no resto do mundo. Existem apenas alguns ajustes no redesenho do tráfego aéreo”, salientou.
O diretor Roberto Barbosa esclarece que a FAB alertou sobre algumas limitações técnicas para a operação integrada dos aeroportos, mas que não são dificuldades intransponíveis. “Estávamos trabalhando no grupo para pensar as alternativas sobre as regras impostas pelo Comando da Aeronáutica, o que não significa que não dá para ser feito. Para escolha de um local para o aeroporto não podemos pensar apenas no interesse empresarial. Isto deve ser secundário. Tem que se preocupar com a facilidade de acesso, a capacidade de integração com outros modais, o custo de implantação, o solo”.
Na opinião do controlador de vôo aposentado, Carlos Fatturi, a viabilidade técnica é garantida e já ocorre no espaço aéreo gaúcho entre regiões mais próximas do Salgado Filho do que o futuro aeroporto. “As pistas são convergentes em um dado momento. O controle dos vôos da Base Aérea de Canoas com o tráfego do Salgado Filho é um procedimento que já acontece. A zona de operação dos aeroportos exige alguns quilômetros de distância das cidades para ter razão de descida para aterrissagem com segurança. Os procedimentos necessários para fazer isso podem atrapalhar o fluxo entre um aeroporto e outro com proximidade de até 30 km, mas é possível fazer”, comenta. E complementa: “a orientação magnética e o posicionamento das pistas pode ser um impeditivo, mas se o parecer da FAB diz que é viável, é viável. Não tem que mudar”.
O principal na discussão sobre a construção do aeroporto da Região Metropolitana é, para o professor Enio Dexheimer, os interesses que estão por trás dos atores envolvidos na discussão. “Quem quer acabar com o Salgado Filho é o mercado imobiliário, que quer construir espigões naquela zona nobre do Higienópolis e Dom Pedro”, afirma.
PPPs abrem brecha para especulação imobiliária na construção do novo aeroporto
Para ele, a brecha para estas intervenções está no modelo de Parcerias Público-Privadas (PPPs) que está sendo adotado para a ampliação da infraestrutura aeroportuária no Brasil. “Algumas construtoras até nos procuraram. Uma disse que não assumiria o novo aeroporto se a condição do governo for impor assumir também o Salgado Filho”, diz.
A administração dos aeroportos pela Infraero e iniciativa privada é vista como positiva pelo controlador de vôo Carlos Fatturi. “Este monópolio da agência reguladora só ocorre no Brasil. No resto do mundo é em parceria com iniciativa privada. As empresas são responsáveis pela manutenção dos serviços, equipamentos, estacionamentos, lojas, enfim, quase tudo”, cita.
O diretor estadual de Infraestrutura Aeroportuária Roberto Barbosa concorda com PPP, desde que não seja de forma a condicionar ao interesse dos empresários. “Este foi o impasse da região da Vila Oliva e Farroupilha, que disputaram interesses divergentes entre Caxias e Farroupilha que atrasaram em 10 anos o Aeroporto Vila Oliva. A decisão lá foi dada com parecer técnico. É assim que se resolve. Em quatro meses não se faz um estudo completo consultando quatro áreas diferentes, como fez o escritório inglês contratado pela AGDI”, criticou.
O presidente da AGDI, Marcus Coester, diz que respeita o processo da comunidade local que já discute o tema e tem uma área sinalizada e defende que todos os aspectos técnicos demandam uma análise mais elaborada, o que não foi o foco do estudo solicitado. “Foi com foco na atração de investimentos”, reforçou.
JORNAL DA CIDADE - ARUJÁ -SP
Corpo encontrado próximo ao helicóptero foi resgatado ontem
Equipes da FAB (Força Aérea Brasileira) resgataram na manhã de ontem o corpo localizado junto aos destroços do helicóptero Robinson R-66 que estava desaparecido desde o último dia 3.
Trata-se do helicóptero Robinson R-66 que saiu de Arujá rumo à Ilha Bela, com parada em São José dos Campos, pertencente ao empresário Éder Coelho. A aeronave encontrava-se no meio de uma mata fechada localizada na Serra do Mar, distante aproximadamente, 6 quilômetros da praia de Massaguaçu, município de Caraguatatuba.
Éder, que viajava com sua esposa Carolina Fernandes, fazia essa viajem costumeiramente, pois possuía casa de praia em Ilha Bela. Segundo conhecidos do empresário, ele pilotava muito bem e conhecia perfeitamente a rota.
As equipes de busca retornaram ao local para procurar a esposa do empresário e resgatar o corpo do homem encontrado junto à aeronave que, provavelmente, deve ser de Éder.
As buscas pelo Robinson-66, que tiveram início sexta-feira, 11, duraram mais de 30 horas, cobriram mais de quatro mil quilômetros de extensão e envolveu a participação de quase 30 militares entre eles, uma equipe de rapel que chegou até os destroços. Técnicos do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) deverão iniciar as investigações sobre as causas do acidente.
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