NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL G1


EEAR, que receberá alistamento militar feminino em 2025, já conta com 700 mulheres

A Escola de Especialistas de Aeronáutica fica em Guaratinguetá (SP) e pertence à Aeronáutica do Exército Brasileiro. A unidade terá 15 vagas para o alistamento militar feminino a partir do próximo ano.

Da Redação | Publicada em 14/12/2024 08:45

Uma das unidades do Exército Brasileiro a receber o alistamento militar feminino a partir de 2025, a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), sediada em Guaratinguetá (SP), já conta com mais de 700 mulheres no dia a dia.

A partir do próximo ano, as mulheres de 18 anos também poderão se alistar. Até então, o alistamento aos 18 anos ainda era restrito aos homens - convocados ou voluntários.

A liberação nas Forças Armadas ocorreu após novas regras serem instituídas em agosto deste ano, permitindo que mulheres também se voluntariem nessa idade.

A EEAR é a única unidade do Exército Brasileiro na região do Vale do Paraíba a receber o alistamento feminino. Isso porque a base de Guaratinguetá já conta com mulheres em suas instalações militares e, por isso, já tem estruturas como alojamentos para receber as novas candidatas.

“A área em que mulheres e homens ficam instalados é diferente. Há estrutura específica para as mulheres, com alojamentos e banheiros para uso só delas. Mas essa é a única distinção. No trabalho do dia a dia não há distinção nenhuma. Em todo tipo de operação há mulheres. Há, por exemplo, mulheres mecânicas de voo”, explica o comandante da EEAR, Brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho.

São cerca de 700 mulheres na Escola de Especialistas de Aeronáutica, divididas entre a escola e o efetivo. Na escola, elas são 40% dos 900 alunos. No efetivo, elas são 23% dos 1500 militares que integram a operação da unidade.

De acordo com o comandante, a EEAR terá 15 vagas para o alistamento militar feminino, que acontecerá exatamente da mesma maneira como ocorre todos os anos com os homens que completam 18 anos.

“O mecanismo é o mesmo. A partir de 1º de janeiro de 2025, as mulheres nascidas em 2007 poderão se alistar, tanto pela internet quanto de forma presencial. E elas também vão desempenhar as mesmas atividades dos homens”, diz o Brigadeiro do Ar Joelson Rodrigues de Carvalho.

Ele cita que, entre as atividades realizadas pelos militares que passam a integrar a EEAR após alistamento, estão administração, controle logístico, almoxarifado, conservação da instalação, portão de guarda, atendimento ao público, etc.

Segundo o comandante, além de Guaratinguetá, moradoras de Piquete, Potim, Aparecida e Cachoeira Paulista poderão se alistar na EEAR a partir de janeiro de 2025.

Como se alistar? 

Segundo o Ministério da Defesa, as candidatas poderão se alistar pela internet ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2025.

Para o alistamento voluntário, é preciso que as candidatas preencham dois critérios:

  • residir em um dos municípios contemplados no Plano Geral de Convocação;
  • completar 18 anos em 2025 (ou seja, ter nascido em 2007).

Entre os documentos solicitados estão:

  • certidão de nascimento ou prova de naturalização;
  • comprovante de residência;
  • documento oficial com foto, como identidade ou carteira de trabalho.

Como é o processo de seleção? 

O processo de recrutamento será realizado nas seguintes etapas: alistamento, seleção geral e seleção complementar, designação/distribuição e incorporação.

As candidatas passarão por uma seleção que inclui entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos. A incorporação, no entanto, levará em conta também a aptidão da candidata e a disponibilidade de vagas.

Uma vez incorporadas, as mulheres ocuparão a graduação de soldado e terão os mesmos direitos e deveres dos homens. Elas serão incorporadas em 2026, entre 2 e 6 de março ou entre 3 e 7 de agosto, e cumprirão 12 meses de serviço militar – que pode ser prorrogado por até oito anos, se houver interesse do comando e da própria militar.

Durante o serviço, elas terão acesso a benefícios semelhantes aos dos homens: remuneração, auxílio-alimentação, licença-maternidade e contagem de tempo para aposentadoria.

Ainda segundo o Ministério da Defesa, o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Inicial Feminino vai aumentar gradativamente, com a meta de atingir o índice de 20% das vagas.

PORTAL AEROIN


Esquadrão Phoenix chega à marca histórica de 80.000 horas de voo com o avião P-95 Bandeirulha


Juliano Gianotto | Publicada em 14/12/2024 11:29

O Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º – Esquadrão Phoenix) da Força Aérea Brasileira (FAB) alcançou um feito histórico ao atingir 80.000 horas de voo com a aeronave P-95 Bandeirulha, que está em operação desde 15 de fevereiro de 1982. Até 2016, a aeronave operava a partir de Florianópolis (SC), e desde então sua sede foi transferida para Canoas (RS).

Este marco destaca a importância da aeronave em missões essenciais, como Patrulha Marítima, Busca e Salvamento (SAR), Reconhecimento Eletrônico e Reconhecimento por Imagens, consolidando-a como um pilar fundamental na defesa e proteção dos interesses brasileiros.

Originalmente projetado para Patrulha Marítima, o P-95 é capaz de operar em condições adversas, sendo equipado com sistemas avançados que permitem realizar missões de vigilância e monitoramento das águas jurisdicionais brasileiras. Sua presença é essencial no combate a atividades ilegais, como tráfico de drogas e pesca irregular, reforçando a soberania nacional no mar e apoiando a Marinha do Brasil.

Além de sua contribuição no combate a ilicitudes, nas missões de Busca e Salvamento, o P-95 desempenha um papel crucial ao realizar resgates em situações de emergência e salvar vidas. No Reconhecimento Eletrônico, a aeronave coleta dados estratégicos importantes, enquanto no Reconhecimento por Imagens contribui para o mapeamento e monitoramento de áreas de interesse, ações essenciais para o planejamento e a segurança nacional.

“Alcançar as 80.000 horas de voo é uma grande conquista para o Esquadrão Phoenix e para todos que contribuíram para esse resultado. Este marco reflete o compromisso e a dedicação de nossas tripulações, bem como o suporte contínuo das equipes de manutenção, que são essenciais para garantir a eficiência e a operacionalidade da aeronave ao longo dos anos“, afirmou o Comandante do Esquadrão Phoenix, Tenente-Coronel Nícolas Gomes Moreira.

Esquadrão Phoenix

O Esquadrão Phoenix se consolidou como uma referência na operação do P-95, uma aeronave amplamente reconhecida por sua robustez e versatilidade. Criado com a missão de realizar o esclarecimento e monitoramento do tráfego marítimo no litoral brasileiro, o Esquadrão teve um foco especial na Região Sul, que apresentava desafios para a cobertura aérea com a aeronave Bandeirante Patrulha, substituta do Lockheed P-15 Netuno.

Em 2016, o 2º/7º GAv foi transferido para a Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, onde passou a integrar, à época, a Ala 3, junto a outros esquadrões da FAB. O Esquadrão Phoenix opera o P-95 Bandeirante Patrulha, incluindo a versão modernizada P-95BM, recebida em 2013. Esta versão avançada da aeronave é equipada com sistemas de radar, guerra eletrônica, navegação e comunicação de última geração, o que aprimora ainda mais as capacidades operacionais do esquadrão em missões de patrulhamento, reconhecimento e monitoramento.

PORTAL CAVOK


FAB aposta em Inteligência Artificial para eficiência, segurança e inovação tecnológica

Inteligência Artificial chega ao Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos, por meio de Projeto de Inovação, impulsionando a otimização dos Sistemas de TI.

Fernando Valduga | Publicada em 14/12/2024 10:56

Reconhecendo os benefícios da Inteligência Artificial (IA), o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) aprovou o projeto de implementação do primeiro Laboratório de Inteligência Artificial da Força Aérea Brasileira (FAB). Aprovado em novembro de 2024, o projeto proposto pelo Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) será financiado pelo Plano de Investimentos de Royalties do Comando da Aeronáutica (COMAER), com foco em Modelos de Linguagem de Grande Escala (Large Language Models – LLM).

O objetivo é transformar operações e aprimorar a eficiência em áreas essenciais, como a tomada de decisões, manutenção de aeronaves, simulação de cenários e otimização logística.

Localizado em São José dos Campos (SP), o CCA-SJ beneficia-se de sua proximidade com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), fomentando parcerias estratégicas. A colaboração com o Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA) também será crucial para o avanço do uso de IA no setor logístico.

O projeto de inovação, pioneiro no âmbito do Comando-Geral de Apoio (COMGAP), envolve a colaboração com o Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ), no uso do Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços (SILOMS). Os resultados também serão compartilhados com o Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR) e o Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (CDCAER), promovendo a integração de capacidades em cyberdefesa.

Para o Chefe do CCA-SJ, Coronel Aviador Josemir Ribeiro Lima, a aprovação do projeto marca um momento relevante para a modernização tecnológica no COMAER. “O foco inicial será a otimização de sistemas como o SILOMS e o SIGADAER, essenciais para a gestão logística e administrativa da FAB. Entretanto, o alcance do projeto vai muito além: ele pavimenta o caminho para a aplicação de Inteligência Artificial em diversas outras áreas. Além da infraestrutura computacional a ser adquirida, esta iniciativa será fundamental para o desenvolvimento de expertise interna, para a formação de especialistas e para o fortalecimento de parcerias estratégicas, promovendo eficiência e inovação contínuas”, destacou.

Investimento de R$ 6,5 Milhões para Potencializar a IA nas Operações da FAB

A Diretoria de Tecnologia da Informação da Aeronáutica (DTI), comprometida com a adoção de tecnologias de ponta, inicia um novo ciclo de inovação ao implementar Inteligência Artificial (IA) em sistemas administrativos e operacionais, por meio do CCA-SJ.

Com um aporte de R$ 6.594.771,20, o projeto visa, principalmente, a aquisição de infraestrutura computacional, executando modelos de alta performance localmente, nas dependências da própria Força Aérea, em seu Núcleo Corporativo de TI, no DCTA. A utilização desses aceleradores permitirá à FAB explorar todo o potencial da IA garantindo agilidade e precisão nas operações. Com isso, a Força Aérea Brasileira se posiciona na vanguarda da tecnologia militar, com autonomia e soberania sobre seus dados, promovendo inovação e segurança em suas missões.

Potencialidades Futuras do Uso de Inteligência Artificial no COMAER

Com o desenvolvimento de IA, a FAB será capaz de tomar decisões mais rápidas e precisas ao processar grandes volumes de dados em tempo real. Isso proporcionará uma resposta mais ágil a situações complexas, como o gerenciamento de missões e operações de combate. A IA também será aplicada para monitorar e prever falhas nas aeronaves, melhorando a disponibilidade e reduzindo custos de manutenção.

Simulações de combate poderão ser viabilizadas, permitindo o treinamento de pilotos e equipes em cenários seguros e econômicos, sem o uso de combustível ou emissão de carbono, até mesmo durante sua formação. Além disso, a automação de tarefas repetitivas, como a análise de imagens, otimizará os recursos humanos da FAB, permitindo que os operadores se concentrem em atividades mais estratégicas.

Em termos de segurança, a IA auxiliará na detecção de ameaças, garantindo maior precisão na proteção de aeronaves e bases aéreas. No campo da logística, os algoritmos de IA otimizarão o planejamento de rotas, alocação de recursos e gestão de suprimentos, aumentando a eficiência no apoio às missões da FAB