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Realizado intercâmbio entre unidades do Brasil e dos EUA que usam o caça A-29 Super Tucano


Murilo Basseto | Publicada em 14/08/2022 10:33

A Base Aérea de Campo Grande (BACG), localizada em Mato Grosso do Sul (MS), realizou entre 25 de julho e 5 de agosto um intercâmbio entre Unidades de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF do inglês – United States Air Force) operadoras do A-29 Super Tucano. Nas dependências do Esquadrão Flecha, o evento contou com a participação de militares do:

– Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1°/3° GAV) – Esquadrão Escorpião;
– Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação  (2°/3° GAV) – Esquadrão Grifo;
– Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV) – Esquadrão Flecha; e
– a comitiva do 81st Fighter Squadron da USAF, constituída por quatro pilotos e três graduados, entre eles o Comandante do Esquadrão, Lieutenant Colonel Michael Raabe, e o Major Aviador Felipe Luis de Oliveira Vilela, Oficial da FAB que há quatro anos trabalha junto à Unidade americana.

81st Fighter Squadron

Com um legado que remonta desde o período da Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1942, o 81st Fighter Squadron já operou diversos vetores de caça, que incluem os clássicos P-40 e P-47, perpassando a nova geração de caças F-16, A-10, entre outros.

O Esquadrão conta com experiência real de combate, havendo participado de conflitos como as Guerras do Kosovo, Iraque e Afeganistão. Atualmente, a Unidade opera o caça A-29 Super Tucano, assumindo a principal missão de prover treinamento e assessoramento (Air Advisor) para Forças Aéreas de países aliados. Durante o intercâmbio na BACG, ocorreu uma série de aulas teóricas ministradas pelos militares americanos, bem como, discussões acadêmicas sobre a operação da aeronave e diversos voos de treinamento:

– de Apoio Aéreo Aproximado; 
– de Escolta de Comboio; 
– de Emprego Ar-Solo; 
– e de Reconhecimento Armado.

Tudo foi discutido nos moldes utilizados pela USAF, em que os pilotos puderam compartilhar sua experiência adquirida em combate real, durante as surtidas no Afeganistão.

Doutrina brasileira e voos combinados

Em contrapartida, os pilotos americanos puderam ter contato com a doutrina brasileira de voos de combate em layouts nos quais a USAF não emprega o Super Tucano.

Os voos de treinamento combinaram pilotos brasileiros e americanos na cabine, compartilhando da mesma esquadrilha, fato que proporcionou elevado nível de ganho doutrinário, em cenário de conflito simulado, envolvendo o total de 28 surtidas e mais de 40 horas de voo, nas quais se aplicaram, na prática, os fundamentos estudados para o combate.  Na percepção do Major Vilela, Oficial da FAB que opera no 81st Fighter Squadron, o intercâmbio promoveu frutos positivos para ambos os lados.