NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROIN


FAB utiliza pela 1ª vez o sistema CAFFS no combate a incêndios com o KC-390; veja detalhes


Juliano Gianotto | Publicada em 14/02/2025

Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT) – Esquadrão Zeus – da Força Aérea Brasileira (FAB) adotou uma nova abordagem para o combate a incêndios florestais com o desenvolvimento do Sistema Containerized Aerial Fire Fighting System (CAFFS).

Esse sistema inovador foi projetado para fornecer respostas rápidas e eficientes em situações de emergência, permitindo que aeronaves de grande porte, como o KC-390 Millennium, desempenhem um papel crucial na proteção de ecossistemas e comunidades ameaçadas.

Com uma capacidade de carga otimizada, o KC-390 pode lançar até 24 caixas, cada uma com 1.000 litros de água. Essa flexibilidade proporciona uma resposta ágil e eficaz no combate a incêndios, tornando-se um complemento ao Modular Airborne Fire Fighting System (MAFFS II).

O sistema CAFFS libera a água diretamente das caixas por gravidade, enquanto o MAFFS, pressurizado, comporta até 12.000 litros por saída. Ambos os sistemas se complementam, oferecendo diferentes estratégias para o manejo de incêndios florestais e aumentando a eficácia das operações.

Esse avanço operacional demonstra o compromisso da FAB com a inovação e reforça a importância de estratégias proativas na gestão de desastres naturais. A integração do CAFFS ao KC-390 Millennium representa um marco significativo para a FAB, consolidando a aeronave como uma ferramenta essencial no combate a incêndios em território nacional.

De acordo com o Chefe da Seção de Operações do 1° GTT, Major Aviador Anderson Dias Santiago, o CAFFS foi desenvolvido para ser um sistema eficaz e de baixo custo operacional.

“Junto com o MAFFS, contribuirá para que a Força Aérea opere com maior agilidade e capacidade de resposta nas missões de combate a incêndios em voo”, ressaltou. Essa inovação reforça o compromisso da FAB com a segurança e a gestão proativa de desastres naturais no Brasil.

DECEA estuda reestruturação do espaço aéreo de Manaus para a COP 30


Juliano Gianotto | Publicada em 14/02/2025 18:55

Militares do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Eduardo Gomes (DTCEA-EG) participam de encontro para tratar da Concepção do Espaço Aéreo da Terminal Manaus (TMA-MN), que tem por objetivo otimizar as trajetórias de chegada e saída, reduzir a carga de trabalho dos controladores e minimizar a emissão de gases poluentes.

Durante as reuniões, que acontecem de 03 a 14 de fevereiro, no DTCEA-EG, em Manaus (AM), estão sendo realizados estudos e avaliações operacionais para garantir a eficiência e segurança das modificações propostas. Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a implementação do Projeto Eco Norte, que é coordenado pelo ICA e pelo CINDACTA IV, faz parte do Programa SIRIUS Brasil e busca aprimorar a gestão do espaço aéreo na região Norte, com foco na sustentabilidade e eficiência operacional.

A reformulação da TMA Manaus segue os mesmos princípios já aplicados nas Terminais de Belém e Cuiabá, visando trajetórias mais diretas, menor consumo de combustível e redução das emissões de CO2. “Essas iniciativas são especialmente relevantes diante da realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025, em Belém, que reforça a importância de medidas sustentáveis na aviação”, destaca o Comandante do DTCEA-EG, Major Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Nilo César de Moura.

Tomada de Decisão Colaborativa

A fase de concepção da TMA Manaus envolve uma abordagem colaborativa entre o ICA, que trabalha na concepção da nova circulação da TMA Manaus, e os controladores do Centro de Controle de Área Amazônico (ACC-AZ), do Controle de Aproximação de Manaus (APP-MN) e da Torre de Controle de Eduardo Gomes (TWR-EG). O planejamento inclui o desenvolvimento de novas trajetórias, revisão dos procedimentos de navegação aérea e publicação de novas cartas aeronáuticas.

A implementação das mudanças na TMA Manaus está prevista para 7 de agosto de 2025, consolidando o compromisso do DECEA com a modernização e a segurança do espaço aéreo brasileiro. A iniciativa também reforça os esforços do Brasil para reduzir o impacto ambiental da aviação e garantir um futuro mais sustentável para o setor.

PORTAL DEFESANET


FAB contribui para o desenvolvimento de Diretrizes Contra Drones em Missões de Paz

Oficiais do Comando da Aeronáutica participaram de workshop sobre defesa contra drones na Suíça

Ricardo Fan | Publicada em 14/02/2025 09:20

A Força Aérea Brasileira (FAB) participou do Counter Unmanned Aircraft Systems (C-UAS) Guidelines Writing Workshop, realizado entre os dias 5 e 11 de fevereiro de 2025 em Stans, na Suíça. O evento, promovido pelo Escritório de Assuntos Militares das Nações Unidas e apoiado pelo Governo Suíço, reuniu especialistas internacionais para o desenvolvimento de diretrizes voltadas ao emprego de capacidades de defesa contra Sistemas Aéreos Não Tripulados (C-UAS) em operações de paz.

O workshop contou com a participação de 16 representantes de Estados-Membros, incluindo militares de países como África do Sul, Camarões, Ruanda, Marrocos, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Sri Lanka, China, Paquistão, Reino Unido, França, Suíça e Brasil. O Brasil e a FAB foram representados pelo Deputy Chief UAS na Missão da ONU na República Centro-Africana (MINUSCA), Tenente-Coronel Aviador André Cardoso Moura e pelo Capitão de Infantaria Rodrigo Souza Sande, representante do Grupo de Segurança e Defesa de Brasília (GSD-BR). Ambos levaram contribuições valiosas, compartilhando a experiência da Força Aérea Brasileira em missões internacionais e no enfrentamento de novas ameaças, como os drones, no contexto das operações de paz da ONU.

O Capitão Rodrigo Sande contribuiu com o conhecimento adquirido no desenvolvimento da doutrina de emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) pela Infantaria da Aeronáutica e na criação do Curso de Operador Militar de Aeronave Remotamente Pilotada (COMARP), do qual foi idealizador. Sua experiência foi crucial para a coordenação de sistemas C-UAS em ambientes complexos, como aeródromos, garantindo a integração com aeronaves tripuladas, controle de tráfego aéreo e segurança, expertise já dominada pela Infantaria da Aeronáutica. Além disso, contribuiu para a definição técnica e avaliação de desempenho de sistemas C-UAS, utilizando metodologias desenvolvidas no Curso de Especialização em Análise do Ambiente Eletromagnético (CEAAE) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

“Minha participação no Workshop foi o ápice de um trabalho de mais de cinco anos no desenvolvimento doutrinário sobre Aeronaves Remotamente Pilotadas pelo Grupo de Segurança e Defesa de Canoas. A experiência adquirida, incluindo a realização do Curso de Operador Militar de Aeronaves Remotamente Pilotadas e a participação em operações como a CRUZEX 2024, nos trouxe um nível de maturidade que permitiu influenciar positivamente as diretrizes da ONU. Durante os debates, apresentei críticas construtivas sobre questões técnicas, alinhando as diretrizes com as definições da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional) e abordando subsistemas do C-UAS, capacitação e manutenção. A participação da Infantaria da Aeronáutica vai acelerar nosso desenvolvimento doutrinário, absorvendo boas práticas de outros países. Nossa presença reafirma a importância do Brasil como formador de opinião nas missões de paz da ONU e na aviação mundial”, afirmou o Capitão.

A participação do Tenente-Coronel André Cardoso Moura também foi fundamental no evento, representando a MINUSCA e contribuindo para a formulação das diretrizes de defesa contra drones. Como Vice-Chefe da Célula de Drones, que lidera juntamente com um Tenente-Coronel norte-americano na República Centro-Africana, ele compartilhou a experiência adquirida na função, apresentou dados estatísticos da MINUSCA e dos esforços da missão e sugeriu elementos para a criação da base legal das novas diretrizes.

A MINUSCA, que registra o segundo maior número de incursões de reconhecimento e ataques de drones contra bases da ONU e forças aliadas, destaca a crescente ameaça desses sistemas no contexto das operações de paz.

O Tenente-Coronel Moura destacou que a MINUSCA enfrenta o desafio crescente do uso de drones não identificados, que sobrevoam a missão semanalmente, representando riscos à segurança das tropas. Para lidar com isso, foram apresentadas sugestões para a criação de diretrizes C-UAS em conformidade com o Direito Internacional Humanitário e regulamentações da ICAO, além de considerar aspectos éticos e operacionais. A implementação de medidas passivas e ativas de defesa, como camuflagem, radares especializados e interferência de radiofrequência, é fundamental para mitigar esses riscos. Além disso, a colaboração internacional e o intercâmbio de experiências têm fortalecido as estratégias de defesa contra drones, contribuindo para o aprimoramento das capacidades da Força Aérea Brasileira.

“Como ponto focal da MINUSCA, minha missão foi contribuir com conhecimento técnico e buscar soluções eficientes para mitigar a ameaça dos drones. Propus um plano estruturado que envolve a aquisição e implementação de sistemas C-UAS, respeitando as diretrizes legais e assegurando a proteção das tropas e civis. Esse processo inclui a colaboração com os países anfitriões e a avaliação constante de riscos. O principal objetivo é proteger nosso efetivo, sem comprometer a soberania nacional, e garantir que a missão continue cumprindo seu papel de estabilização e proteção de civis”, destacou o Oficial.

O workshop contou com uma série de discussões e apresentações sobre as ameaças representadas por drones em operações de paz, abordando cenários de risco, modelos de resposta e a estrutura de defesa contra UAS (C-UAS). Também foram debatidos a integração dessas capacidades com sistemas existentes, a padronização dos relatórios operacionais e os aspectos legais e éticos do uso dessas tecnologias. Além disso, questões logísticas, treinamento e avaliação de desempenho das soluções C-UAS também foram abordadas. Durante o evento, os participantes revisaram documentos preliminares, participaram de discussões em grupos temáticos e contribuíram para a redação final das diretrizes.

OUTRAS MÍDIAS


MundoGEO - Instituto de Cartografia Aeronáutica lança primeiro anuário estatístico de Geoinformação

Na ocasião, foram apresentados os dados do anuário referentes à produção cartográfica, os avanços na qualidade dos serviços e o impacto dos produtos fornecidos pelo Instituto

Da Redação | Publicada em 14/02/2025 16:08

O Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) realizou, na última terça-feira (12/2), cerimônia de lançamento do primeiro anuário estatístico de geoinformação aeronáutica. A solenidade foi presidida pelo Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi.

Estiveram presentes também o Presidente da (CISCEA), Major-Brigadeiro Engenheiro Alexandre Arthur Massena Javoski; o Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP), Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha; o Chefe do Subdepartamento Técnico (SDTE), Brigadeiro Engenheiro André Eduardo Jansen; o Assessor de Planejamento Estratégico do DECEA, Brigadeiro do Ar Luiz Claudio Ribeiro da Silva, e o Comandante do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), Major Aviador Rodrigo Pereira Drumond.

 

Conteúdo do 1º Anuário Estatístico de Geoinformação Aeronáutica

Na ocasião, foi apresentado um vídeo com os dados do anuário referentes à produção cartográfica, os avanços na qualidade dos serviços e o impacto dos produtos fornecidos pelo Instituto.

Dentre os dados apresentados, foi destacado o expressivo volume de produção de cartas aeronáuticas, cobrindo diferentes necessidades da aviação civil e militar. Foram citados também o apoio à Operação Taquari 2, garantindo a segurança das operações aéreas por meio da emissão de 303 NOTAM nacionais e 80 internacionais para os principais aeródromos do Rio Grande do Sul, além dos trabalhos realizados em suporte ao Exercício CRUZEX e à Reunião de Cúpula do G20.

Em suas palavras, o Diretor do ICA, Coronel Aviador Devilan Dutra Paulon Júnior, enfatizou a importância das atividades realizadas pelos profissionais da Divisão de Operações com o apoio de todos os setores do Instituto.

“Este anuário também é um avanço na gestão dos dados, pois agora compilados permitem o próximo passo, que é a análise com a finalidade de predição e melhoria dos serviços prestados aos usuários do SISCEAB”, afirmou.

Ao final do evento, foram realizadas homenagem e entrega do anuário estatístico ao Diretor-Geral do DECEA, simbolizando o esforço conjunto de todos que contribuíram para esses resultados.

O Tenente-Brigadeiro Barbacovi agradeceu ao Diretor do ICA pela hospitalidade e ressaltou a relevância do trabalho realizado pelo Instituto de Cartografia Aeronáutica.

“Parabéns pela confecção do anuário estatístico e pela excelência dos serviços prestados aos usuários. É um trabalho de extrema importância para a comunidade aeronáutica e para o nosso país”, pontuou o Oficial-General.

Com informações e imagens do DECEA.