NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Militares brasileiros acompanharão testes em caças suecos

Integrantes da alta cúpula militar acompanham, nesta semana, no país europeu, as avaliações dos Gripen, encomendados pelo governo brasileiro

Leonardo Cavalcanti E Renato Souza | Publicada em 08/09/2019 09:35

Depois do primeiro voo do caça Gripen encomendado pelo governo brasileiro — ocorrido no último dia 26 —, integrantes da alta cúpula militar vão à Suécia, nesta semana, acompanhar o início dos testes da aeronave na parte dos sistemas táticos e sensores. Na comitiva que viaja a Linköping, a 200km de Estocolmo, estão o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Antônio Carlos Moretti Bermudez. A entrega do primeiro lote de aviões está prevista para 2021.

Os testes são um  passo efetivo de uma novela que se arrasta por quase duas décadas para renovação da frota de caças brasileiros. Iniciado ainda em  2001, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso começou o programa F-X, o processo de compra passou pelos governos Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer até chegar à gestão de Jair Bolsonaro. A disputa de quase R$ 17 bilhões envolveu diretamente a norte-americana Boeing, a francesa Dassault e a sueca Saab, que acabou vitoriosa.

A expectativa é de que o financiamento brasileiro começará a ser pago quando os aviões efetivamente forem entregues, em 2021. No orçamento para o próximo ano, não estão previstos recursos para compra de aeronaves, segundo levantamento da Associação Contas Abertas a pedido do Correio. A assessoria do Comando da Aeronáutica não confirmou aspectos sobre a dotação orçamentária para o processo de compra, mas garantiu que o cronograma está mantido, detalhando aspectos como as etapas de certificação.

“O cronograma de entregas contratado pela Força Aérea Brasileira contempla o recebimento das aeronaves a partir de 2021 até 2026. Será um total de 36 aeronaves que vão, inicialmente, ser  operadas por unidades aéreas a partir da Ala 2, em Anápolis (GO). Os pilotos brasileiros efetuarão o treinamento na Suécia a partir de 2020”, diz a nota da assessoria militar. Cerca de 350 profissionais brasileiros participam do programa de transferência de tecnologia na Suécia, que envolve 62 projetos de diversas disciplinas aeronáuticas.

No espaço

No âmbito das armas autônomas, não existe qualquer regulação. Elas podem, inclusive, ser enviadas ao espaço. Assim, a nação que detiver essa tecnologia na órbita da Terra, teria o poder, por exemplo, de disparar em direção a qualquer continente. Nos debates em Genebra, que vão contar com uma nova rodada no mês que vem, o uso de armas no espaço representa um impasse. Esse campo levanta o interesse e a cobiça de muitas nações, o que explica a resistência em aplicar qualquer regulamentação. 

OUTRAS MÍDIAS


Comissão Mista da Indústria de Defesa realiza 28ª reunião


Por Redação Defesatv | Publicada em 08/09/2019 12:30

No dia 05 de setembro ocorreu a 28ª reunião da Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID). Considerado o fórum do mais alto nível na condução da Política da Base Industrial  de Defesa (BID), a CMID tem a finalidade de assessorar o Ministro da Defesa em vistas ao fomento da Indústria de Defesa Nacional e a integração entre Ministério da Defesa (MD) e órgãos e entidades públicos e privados.

No encontro, foram classificados 18 novos itens como Produto Estratégico de Defesa (PED), quatro como Produto de Defesa (PRODE), duas novas Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e duas Empresas de Defesa (ED).

Na ocasião, o diretor do Departamento de Produtos de Defesa (Deprod) e secretário-executivo da Comissão, major brigadeiro do ar Alcides Barbacovi, destacou a importância de se olhar para indústria de Defesa em benefício das Forças Armadas.

Também foi discutida sobre a importância de que as Forças Armadas avaliem, em seus contratos, a possibilidade de utilização do Regime Especial Tributário das Indústrias de Defesa (RETID), favorecendo a otimização dos recursos públicos, além dos benefícios para a produção a menor custo por parte das empresas habilitadas a esse regime tributário.

Como exemplo, foi demonstrada a aplicação do RETID em contratos vigentes, o que resultou em uma redução significativa dos valores finais dos contratos da Marinha, Exército e Aeronáutica.

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho, ao agradecer a presença de todos, destacou que este é o momento para acelerar processos e tornar a cadeia de aquisição de produtos mais integrada.

“Nosso país é tradicionalmente burocrático. Hoje, temos uma estrutura de governo que tende a desburocratizar e é preciso aproveitar isso para sermos mais céleres nos nossos processos. No nível de Forças Armadas, a palavra interoperabilidade está em questão. Quando se pensar em um produto de defesa, temos que identificar, também em nosso trabalho, as capacidades conjuntas das três Forças”, disse.

Estiveram presentes no encontro os membros titulares da CMID, sendo eles dos Ministérios Economia e da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações, dos comandos das Forças Armadas e, também, do Chefe de Logística do Ministério da Defesa, General de Exército Laerte Santos, o secretario de Produtos de Defesa do MD, Marcos Degaut, e o diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação do MD, Vice-Almirante Valter Citavicius.

CMID

Criada por meio do Decreto nº 7.970, de 28 de março de 2013, a Comissão Mista da Indústria de Defesa tem por finalidade assessorar o ministro da Defesa em processos decisórios e em proposições de atos relacionados à indústria nacional de defesa.