NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA
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NOTIMP 158/2025 - 07/06/2025
Operação Conjunta: viatura do Sistema ASTROS é transportada em aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira
Da Redação | Publicada em 06/06/2025 11:00
Formosa (GO) – Entre os dias 4 e 6 de junho, o Exército Brasileiro realizou o inédito embarque da Viatura Blindada de Combate Lançadora Múltipla Universal Leve Sobre Rodas (AV-LMU) em uma aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira. A ação, realizada no contexto do exercício conjunto Airlift COMAO 2025, destaca a capacidade da Força Terrestre em atuar como vetor de dissuasão e prontidão, no escopo do emprego estratégico do poder militar nacional.
Mobilidade estratégica inédita
A operação teve início na Base Aérea de Brasília, onde a AV-LMU do Sistema ASTROS, pertencente ao 16º Grupo de Mísseis e Foguetes, foi embarcada na aeronave de transporte KC-390, operada pelo 1º Grupo de Transporte de Tropa da FAB. O destino foi a Base Aérea de Anápolis (GO), onde se concentraram as atividades do exercício.
Em uma das missões mais relevantes da operação, o deslocamento noturno da viatura foi executado com o uso de óculos de visão noturna e incluiu o pouso tático simulado no município de Mozarlândia (GO). Foi a primeira vez que esse tipo de voo foi realizado com uma guarnição completa embarcada na AV-LMU.
Fortalecimento da interoperabilidade e da prontidão
Segundo o Major Anderson Dias Santiago, Oficial de Operações do 1º GTT da Base Aérea de Anápolis e piloto do KC-390 durante a operação, a ação reafirma o compromisso com a missão final das Forças Armadas: “Para a Força Aérea é muito importante ter essa interoperabilidade com o Exército, porque a missão fim é a única. A integração entre o transporte do ASTROS e a aeronave KC-390 é uma sinergia que nos traz uma capacidade muito grande para a soberania nacional. Espero que possamos continuar essa caminhada juntos.”
A missão evidenciou com sucesso a integração eficiente entre as Forças Singulares, elemento essencial para a construção de uma capacidade de resposta ágil e coordenada diante de ameaças diversas ou demandas estratégicas.
Perspectivas
A participação do Exército na Airlift COMAO 2025 amplia as possibilidades de emprego do Sistema ASTROS em ambientes de operação aeroterrestre, aumentando a dissuasão estratégica nacional. O êxito da operação abre caminho para novos ciclos de adestramento conjunto, com foco na projeção expedita de poder de combate e na valorização da interoperabilidade entre Exército e FAB.
EXOP AIRLIFT COMAO 2025 é encerrado na Base Aérea de Anápolis
Durante o Exercício estavam envolvidas as aeronaves de Transporte, Caça, Reconhecimento e Asas Rotativas, além de Tropas de Infantaria, Forças Especiais e Sistemas de Defesa Antiaérea
Ricardo Fan | Publicada em 06/06/2025 14:00
Foi encerrado, nesta sexta-feira (06/06), na Base Aérea de Anápolis (BAAN), o Exercício Operacional EXOP AIRLIFT COMAO 2025. A atividade foi coordenada pelo Comando de Preparo (COMPREP) e envolveu mais de mil militares, entre eles 400 da FAB e 600 do Exército Brasileiro (EB), em um cenário que simula um conflito armado.
Com foco em ações conjuntas e de alta complexidade, o exercício teve como objetivo consolidar doutrinas operacionais, adestrar tripulações em Missões Aéreas Compostas (do inglês Composite Air Operations – COMAO) e ampliar a interoperabilidade entre as Forças. Durante o Exercício estavam envolvidas aeronaves de Transporte, Caça, Reconhecimento e Asas Rotativas, além de Tropas de Infantaria, Forças Especiais e Sistemas de Defesa Antiaérea.
O Comandante da BAAN e Diretor do Exercício, Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, falou sobre o sucesso do Exercício. “Encerramos hoje o Exercício Operacional AIRLIFT COMAO 2025. Os objetivos traçados pelo Comando de Preparo forma totalmente atingidos. Realizamos diversas missões e treinamos ações de Força Aérea envolvendo as Aviações de Caça, de Reconhecimento e, principalmente, ações inéditas na Aviação de Transporte. Utilizamos as aeronaves KC-390 Millennium e o C-105 Amazonas, o que elevou ainda mais a capacidade da Aviação de Transporte”, ressaltou.
Dividido em três fases, o EXOP teve como missão principal a retomada de áreas estratégicas ocupadas. Para isso, foram executadas ações integradas como assalto aeroterrestre, evacuação aeromédica, reconhecimento tático, supressão de defesas inimigas, defesa antiaérea e infiltração de tropas.
Entre os vetores empregados, destacaram-se os aviões KC-390 Millennium, F-39 Gripen, F-5M, A-1M AMX, C-105 Amazonas, E-99M e o helicóptero H-60 Black Hawk. O Exército Brasileiro contribuiu com forças paraquedistas, brigadas de infantaria e viaturas especializadas, como o sistema de foguetes ASTROS II.”A atividade envolveu um elevado nível de complexidade, com foco principal no treinamento da Aviação de Transporte. A operação contou com o Exército Brasileiro, que contribuiu para o êxito das ações. Esse tipo de integração é fundamental, já que a Aviação de Transporte precisa exercitar os “tracks” e “actions” essenciais para o cumprimento de missões reais. Tenho certeza de que temos lições aprendidas significativas”, disse o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto.
Aviação de Caça
A Aviação de Caça também atuou no exercício, cumprindo um papel essencial na defesa do espaço aéreo, na proteção de forças amigas e na neutralização de ameaças. As aeronaves F-39 Gripen, F-5M e A-1M AMX foram empregadas em missões de Defesa Aérea, Escolta, Varredura, Ataque e Reconhecimento, realizadas sob condições climáticas variadas, tanto de dia quanto à noite. As tripulações foram treinadas no uso de sistemas embarcados de autodefesa, em reações a ameaças e na integração com plataformas de transporte, alerta antecipado e controle, uma coordenação fundamental para o êxito das missões aéreas compostas, que envolvem operações simultâneas e exigem elevada sinergia entre múltiplos vetores aéreos.
Salto inédito, evacuação aeromédica e transporte de ASTROS II
As aeronaves C-105 Amazonas operadas pelo Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV) – Esquadrão Arara – e pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV) – Esquadrão Onça – e as Aeronaves KC-390 Millennium, operadas pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo – e pelo o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus –, tiveram protagonismo em diversas missões do AIRLIFT COMAO. Durante o Exercício, quatro aeronaves KC-390 Millennium voaram em formação tática de forma inédita, demonstrando a capacidade da FAB em conduzir operações de assalto aeroterrestre com alto grau de integração e precisão.
Em um salto inédito a partir do KC-390 Millennium, acima de 12 mil pés (cerca de 3.650 metros), foi realizado por militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, o Para-Sar, da Força Aérea Brasileira (FAB) e das Brigadas de Infantaria (Bda Inf) do Exército Brasileiro (EB), com uso de máscaras de oxigênio. A operação simboliza um avanço em doutrina de infiltração aérea e capacidade de atuar em missões de alta altitude. Em missão de evacuação aeromédica (EVAM) realizada com o uso de óculos de visão noturna (NVG), simulando o resgate de feridos em zona hostil. As aeronaves C-105 e KC-390 foram adaptadas com equipamentos médicos e operaram em baixa visibilidade, reforçando a versatilidade da plataforma em missões críticas.
O KC-390 realizou ainda o transporte do sistema de lançadores múltiplos de foguetes ASTROS II. A ação testou a aerotransportabilidade do sistema em ambiente simulado de combate e reforçou a capacidade logística e de pronta resposta da FAB.
Defesa Antiaérea
Fundamental para o Exercício foi o adestramento das tropas de Defesa Antiaérea, com treinamento que envolveu o emprego de mísseis e aeronaves na proteção de zonas sensíveis, forças terrestres e na interdição de espaço aéreo hostil. As ações foram conduzidas sob variadas condições meteorológicas, com missões realizadas tanto durante o dia quanto à noite. A atuação conjunta entre a Força Aérea Brasileira e o Exército Brasileiro possibilitou o desenvolvimento de operações integradas de Defesa Antiaérea, Supressão de Defesa Inimiga e Vigilância do Espaço Aéreo, elevando o nível de realismo das atividades e contribuindo diretamente para o aprimoramento doutrinário e a elevação da prontidão operacional das forças envolvidas.
Controle do Espaço Aéreo
Com mais de 25 aeronaves operando simultaneamente, o controle do espaço aéreo foi um elemento central para o sucesso da operação. O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Anápolis (DTCEA-AN), subordinado ao Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), atuou de forma decisiva nas torres de controle (TWR), nos órgãos de aproximação (APP) e no Centro de Operações Militares (COpM). Controladores gerenciaram com precisão e segurança as decolagens, formações e retornos das aeronaves, assegurando a fluidez das operações. A coordenação contou ainda com o apoio do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), responsável por garantir a vigilância contínua e o gerenciamento eficiente do tráfego aéreo militar.
DECEA divulga as alterações temporárias no espaço aéreo brasileiro durante o BRICS
Todas as mudanças constam na Circular de Informação Aeronáutica (AIC) N 24/25.
Portalr3 Defesa | Publicada em 06/06/2025 18:00
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) divulgou, nesta sexta-feira (06/06), as alterações temporárias no espaço aéreo brasileiro que serão realizadas no período de 4 a 7 de julho, durante a realização da Reunião de Cúpula do BRICS. Todas as mudanças constam na Circular de Informação Aeronáutica (AIC) N 24/25.
Elaborado pelo DECEA, o documento ainda divulga os procedimentos gerais e específicos a serem seguidos pelos pilotos em comando e pelos órgãos de controle de tráfego aéreo do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) no decorrer do evento.
Segundo a AIC N 24/25, foram criadas áreas de exclusão em determinadas porções do espaço aéreo brasileiro com tamanhos e níveis de acessos diferentes, tendo em vista a segurança e o impacto operacional. Estas áreas estão localizadas no espaço aéreo inferior da Região de Informação de Voo (FIR) Curitiba e nas proximidades da Área de Controle Terminal (TMA) do Rio de Janeiro.
O documento destaca também como funcionará a ativação das áreas de exclusão, classificadas como reservada, restrita e proibida e os períodos de vigência destas restrições. Durante o período de ativação das áreas, as aeronaves que desrespeitarem as restrições e proibições estarão sujeitas à intervenção, persuasão e detenção previstas nas Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo.
Para garantir a segurança e fluidez do tráfego aéreo, será ativada a Sala Master de Comando e Controle, no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, unidade subordinada ao DECEA. No local, estarão reunidos militares da Força Aérea Brasileira (FAB), representantes de órgãos governamentais e entidades do setor de aviação para coordenar as ações relativas ao espaço aéreo durante o evento.
Com o crescimento dos movimentos aéreos esperados neste período, é fundamental que haja pronto atendimento e eficiência na prestação dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS) e Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM).
“O planejamento específico para a Reunião de Cúpula do BRICS visa garantir a segurança, fluidez e eficiência das operações aéreas, minimizando as possibilidades de impactos decorrentes do previsível aumento do tráfego aéreo no período do evento”, pontuou o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.
CONFIRMA NOTÍCIA - Hemopa realiza campanha de doação de sangue no Hospital da Aeronáutica, em Belém
Publicada em 06/06/2025 23:41
A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) promoveu, na última quinta-feira (05), uma ação estratégica de coleta externa de sangue, em parceria com o Hospital da Aeronáutica de Belém, localizado no bairro do Souza. A campanha teve como foco principal jovens conscritos que compareceram à unidade para o alistamento militar e aproveitaram a oportunidade para realizar a doação voluntária de sangue.
A estrutura da campanha contou com o suporte do trailer de coleta do Hemopa, além de uma sala montada dentro da própria unidade hospitalar, garantindo condições adequadas de acolhimento, segurança e conforto aos doadores. A iniciativa é parte de uma parceria consolidada entre o Hemopa e a Força Aérea Brasileira (FAB), que periodicamente mobiliza o efetivo militar e servidores civis para contribuir com o banco de sangue do Estado.
Durante a ação, cerca de 100 jovens participaram de forma voluntária. A previsão é de que outros grupos compareçam nos próximos dias, tanto no Hemopa quanto no próprio hospital. A articulação entre as instituições tem sido fundamental para ampliar o alcance das campanhas e garantir a regularidade dos estoques de hemocomponentes, que abastecem hospitais e unidades de saúde em todo o Pará.
Para Camila Medina, assistente social da Gerência de Captação de Doadores (Gecad) da Fundação Hemopa, a mobilização no Hospital da Aeronáutica é um exemplo de parceria bem-sucedida. “Essa campanha é extremamente relevante para nós. O hospital é um parceiro que sempre contribui muito com o Hemopa. Hoje tivemos a presença de quase 100 jovens, e a expectativa é receber ainda mais doadores nos próximos dias”, destacou. A tenente da Força Aérea Brasileira, Alieny Almeida, que também é assistente social da unidade militar, ressaltou a importância da ação no processo formativo dos novos conscritos. “Além da doação em si, a campanha tem um papel educativo. É uma forma de despertar a consciência cidadã nesses jovens, mostrar que eles já podem exercer responsabilidade social e contribuir para uma sociedade mais justa e solidária.”
Entre os participantes da campanha estava o jovem Maximiliano Neto, que realizou sua primeira doação de sangue durante o processo de alistamento. “É um gesto simples, mas que tem um impacto enorme. Aproveitei a oportunidade para já começar a contribuir com a sociedade e com o cargo que pretendo exercer com honra. Fico muito feliz em saber que posso ajudar quem precisa. Pretendo doar com frequência a partir de agora.”
PREFEITURA SANTARÉM - Prefeitura faz limpeza no Rio Tapajós em frente à Praça Tiradentes
Operação de limpeza prepara o local para receber ações de assistência em saúde em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB).
Tadeu Pinho | Publicada em 06/06/2025 12:31
A Prefeitura de Santarém iniciou, na manhã desta sexta-feira, 6, uma operação de limpeza nas águas do Rio Tapajós, em frente à Praça Tiradentes, onde acontece no próximo dia 12 de junho (quinta-feira), “Ações de Assistência e Saúde do Comando da Aeronáutica (COMAER)", por meio do Exercício de Campanha e Logística, Saúde e Intendência Operacional (EXCELSIOR 2025). A Ação é uma parceria do Governo Municipal com a Forças Aérea Brasileira (FAB).
O gestor da Sempta, João Albuquerque, falou sobre o trabalho de limpeza. “Estamos em uma ação conjunta da Secretaria de Portos, que coordena os trabalhos, entre as secretarias de Infraestrutura, Seminfra que está com os equipamentos para a remoção das bolas de capins e entulhos das águas do Rio Tapajós e da secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos, Semurb que fará a remoção dos mesmos para destinar em local apropriado. Todo esse trabalho é para que o local receba as balsas da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica, onde será montado o Hospital de Campanha”, declarou.
A unidade flutuante contará com aproximadamente 170 militares e terá capacidade para com serviços de clínica geral, especialidades médicas e exames laboratoriais. Além da atuação da FAB, o exercício contará com a participação da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e da Organização Não-Governamental Voluntários do Sertão, que realizarão pesquisas sobre o câncer do colo do útero e alguns atendimentos especializados em complemento aos que serão ofertados pelo Hospital de Campanha.
EXCELSIOR 2025
O EXCELSIOR é uma ação do Comando da Aeronáutica (COMAER), voltada ao atendimento de comunidades em áreas de difícil acesso por meio de Ações Cívico-Sociais (ACISO), e contará, em 2025, com o esforço conjunto de diversas Organizações Militares da FAB, como: Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), Diretoria de Administração da Aeronáutica (DIRAD), I COMAR, COMARA e Grupamento de Apoio Logístico de Campanha (GALC), entre outras.
ROMA NEWS - Semissubmersível do narcotráfico internacional é apreendido no Pará
Em coletiva nesta sexta (6), Marinha, Força Aérea e Polícia Federal revelam detalhes sobre o segundo equipamento do tipo localizado em menos de um ano, desta vez no município de Chaves, na Ilha do Marajó.
Talytha Reis | Publicada em 06/06/2025 10:14
Em coletiva nesta sexta (6), Marinha, Força Aérea e Polícia Federal revelam detalhes sobre o segundo equipamento do tipo localizado em menos de um ano, desta vez no município de Chaves, na Ilha do Marajó.
Uma embarcação semissubmersível, popularmente chamada de submarino, em fase final de construção foi apreendida no município de Chaves, na Ilha do Marajó (PA), durante uma operação integrada da Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira (FAB) e Polícia Federal. O caso que esta sendo investigado como possível atuação do narcotráfico internacional foi revelado em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (6), na Base Naval de Val de Cães, em Belém. Segundo as autoridades, o equipamento seria usado para transportar cocaína do Brasil ao norte da África.
Conforme as autoridades, o equipamento, com cerca de 18 a 20 metros de comprimento e pesando aproximadamente 25 toneladas, ainda estava em fase final de construção.
“Essa é a segunda embarcação do tipo encontrada. A primeira foi localizada na costa portuguesa no ano passado. Agora, essa foi identificada no Pará. Tudo indica que ela seria usada para transportar cocaína até a costa norte da África. Acreditamos que se trata de uma organização criminosa internacional, até porque a droga era produzida na Colômbia, no Peru e na Bolívia. Temos algumas informações que não podem ser passadas. ”, afirmou o delegado regional da Polícia Federal no Pará, Fernando Casarin.
Apesar de não haver entorpecentes na embarcação no momento da apreensão, um homem foi preso por porte ilegal de arma em uma propriedade privada da região, onde foi cumprido um mandado de busca.
Segundo o Capitão de Mar e Guerra Guilherme Barros Moreira, comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, a embarcação deve ter sido construída no próprio Estado do Pará. A suspeita é de que haja participação de mão de obra local especializada e, possivelmente, até de técnicos estrangeiros. Inicialmente, a embarcação vai ser periciada e depois será analisada onde ficará estacionada. Tudo isso deve acontecer nos próximos dias.
“A estrutura era pequena, com motor e sistema de exaustão para a superfície. A perícia vai ajudar a entender o real alcance e origem da construção”, explicou.
Já o coronel Isaías Lopes dos Santos Junior, da Força Aérea Brasileira, destacou o papel da inteligência e da tecnologia no rastreamento da embarcação. Foram utilizadas aeronaves R9 com sistemas combinados com imagens de satélite, o que possibilitou a identificação do alvo mesmo em uma área de difícil acesso.
“A cooperação entre as forças é essencial. As características geográficas da Amazônia impõem desafios logísticos que só podem ser superados com inteligência integrada e recursos avançados de monitoramento”, enfatizou.
As autoridades seguem investigando a ligação da embarcação com uma possível organização criminosa transnacional.
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