NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


AGÊNCIA BRASIL


Brasileiros pesquisam as riquezas da Antártica

Antártica tem a maior quantidade de água doce do planeta

Mauricio De Almeida | Publicada em 06/11/2019 17:05

A Estação Brasileira Comandante Ferraz na Antártica coloca o país num seleto grupo de nações que tem o direito de explorar e decidir o futuro do continente gelado num trabalho de cooperação internacional. O destino da região foi decidido pelo Tratado Antártico assinado em 1961. O acordo definiu que só quem desenvolvesse pesquisas no solo Antártico poderia definir as regras de ocupação de um dos locais mais desconhecidos do planeta. Desde 1975 o Brasil participa do Tratado Antártico e em 1984 inaugurou uma estação de pesquisa na região.

O continente de gelo com uma área de 14,5 milhões de quilômetros quadrados, quase o dobro do território brasileiro, é o mais afastado de todos e o menos conhecido. Mas informações apuradas por cientistas revelaram que a Antártica tem a maior quantidade de água doce do planeta, armazenando 70% das reservas mundiais. Com icebergs imensos, a Antártica também reúne 90% do gelo da Terra. Em relação aos recursos minerais e energéticos não existe um cálculo exato, mas já foram localizados petróleo, gás natural e ouro debaixo das camadas de gelo.

A Antártica tem ainda uma importância fundamental para a regulação do clima no planeta. A região controla as circulações oceânicas e atmosféricas de todo o mundo. Para entender melhor como funcionam estes efeitos, pesquisadores das Universidades Federais da Bahia e de Pernambuco estão a bordo do Navio Polar Brasileiro Almirante Maximiano. Enquanto navegam eles coletam dados para descobrir o impacto das correntes marítimas da Antártica no clima brasileiro. Para o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Moacyr Araújo, o trabalho vai ajudar a entender os efeitos das mudanças climáticas. “A ideia é descobrir quais são os efeitos das trocas de gases entre oceano e atmosfera para ter uma melhor previsão do que vai ocorrer no futuro”, explica. Um trabalho, que de acordo com o pesquisador, seria impossível sem o apoio das Forças Armadas Federal. “Acho que é fundamental o apoio da Marinha e da Aeronáutica porque resolve todo o problema de logística numa região tão hostil como a Antártica”, ressalta.

Nos últimos dez anos, o governo federal investiu R$ 500 milhões no Programa Antártico Brasileiro (Proantar) que promove o desenvolvimento científico na região. O programa também é responsável pela avaliação dos impactos ambientais das atividades brasileiras na Antártica para garantir o cumprimento de normas internacionais. O contra-almirante Sérgio Guida, gerente do programa brasileiro na Antártica, diz que o trabalho brasileiro na região é uma lição do Brasil para o mundo.

* O repórter viajou a convite da Marinha Brasileira

OUTRAS MÍDIAS


TECNOLOGIA E DEFESA - Nova versão do C295 usará aviônica Collins Aerospace Pro Line Fusion


Roberto Caiafa | Publicada em 06/11/2019 09:01

Airbus apresentou durante o Trade Media Briefing 2019 o novíssimo C-295 equipado com a aviônica Collins Aerospace Pro Line Fusion (a mesma do KC390), grande destaque da aeronave modernizada.

Os requerimentos para a aeronave fornecida ao Canadá forjaram a nova versão, que entre outros melhoramentos, recebeu novos winglets, pode utilizar a nova geração do sistema de missão FITS, apresenta mais 50% de capacidade na geração de energia elétrica, optimização da cabine de transporte de cargas (comunicações entre tripulantes wireless, detectores de fumaça), antena HF integrada a estrutura da empenagem vertical, melhoramentos de performance e muito mais.

Os novos SC-105 Amazonas da Força Aérea Brasileira (o terceiro deverá ser entregue ainda em 2019) já deverão contar com algumas dessas novidades.