NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL PODER 360 (DF)


FAB realiza 10º voo com repatriados brasileiros do Libano 4


Da Redação | Publicada em 05/11/2024 14:07

PORTAL AEROIN


Aviões militares argentinos também foram vistos no Aeroporto de Salvador no final de semana


Murilo Basseto | Publicada em 05/11/2024

Uma gravação publicada por Luciedson Ferreira em seu canal no YouTube mostra que o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, de Salvador, Bahia, recebeu a operação de aviões militares argentinos, assim como ocorreu no Aeroporto Internacional Professor Urbano Ernesto Stumpf, de São José dos Campos, São Paulo.

As imagens do vídeo a seguir foram captadas na tarde do sábado, 2 de novembro, quando os “hermanos” passaram pela capital baiana com 4 caças IA-63 Pampa III da Fuerza Aérea Argentina (FAA), para reabastecimento.

A esquadrilha estava a caminho da Base Área de Natal (RN), onde participa do Exercício Cruzeiro do Sul 2024 (CRUZEX 2024), o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, liderado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

A CRUZEX é um exercício multinacional e operacional organizado pela FAB desde 2002, que visa ao treinamento conjunto em cenários de conflito e promove a troca de experiências entre os países participantes.

A edição de 2024, programada para acontecer entre o domingo, 3 de novembro, e o próximo dia 15, reúne 16 países, mais de 3 mil militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

Vídeos mostram belas cenas dos aviões militares estrangeiros e nacionais que estão em Natal-RN


Murilo Basseto | Publicada em 05/11/2024

A Força Aérea Brasileira (FAB) deu início, no domingo (3/11), na Base Aérea de Natal (BANT), às atividades do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024. A abertura ocorreu com o apronto inicial, no qual o Diretor do treinamento, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende ministrou briefing sobre as diretrizes e determinações que serão seguidas.

Com uma combinação de destreza operacional e coordenação entre diversas unidades militares, o treinamento, que ocorre até o dia 15 de novembro, reúne 16 países, mais de 3.500 militares e cerca de 100 aeronaves com o objetivo de aprimorar táticas conjuntas e adestramento técnico das Forças Armadas.

E diante desse diferente movimento no Rio Grande do Norte, diversas imagens estão sendo feitas pelos entusiastas de aviação, como mostram os vídeos a seguir, publicados por uma página (não oficial) criada exclusivamente para compartilhamento das belas cenas dos spotters.

A CRUZEX 2024, concebida pelo Comando de Preparo (COMPREP), visa ao amadurecimento doutrinário e à identificação de oportunidades de aperfeiçoamento no processo de preparo das Unidades Aéreas (UAe) e Unidades Aeronáuticas (UAer). Durante o exercício, os participantes enfrentam uma situação hipotética de Guerra Regular, Regional e Limitada, focando, assim, no cumprimento de ações de Força Aérea.

De acordo com o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, a CRUZEX é um treinamento fundamental para a Força Aérea Brasileira (FAB), que tem como base o preparo de tripulações, sobretudo com a chegada de novas aeronaves e tecnologias.

“O Exercício é uma oportunidade de estreitar os laços com as nações-amigas participantes e de colaborar com o treinamento de outros países. O próprio planejamento logístico que foi executado já é um treinamento para nós, uma vez que lidamos com o desafio de unir esquadrões e equipes diferentes, durante um período de tempo, na Base Aérea de Natal. Nesse sentido, envolvemos todos os Órgãos de Direção Setorial para coordenarmos o necessário para a execução da CRUZEX, desde o envio de aviões e equipamentos até o apoio para a alimentação dos nossos participantes e, com certeza, teremos muitas lições aprendidas ao final desse processo”, relatou o Oficial-General.

A Guerra Regular, também chamada de guerra convencional, caracteriza-se pelo confronto direto entre forças militares convencionais de dois ou mais Estados, geralmente envolve exércitos formalmente organizados, com divisões claras. A Guerra Regular também é o tipo de conflito mais provável em disputas territoriais ou políticas entre países com forças armadas tradicionais.

Já a Guerra Regional envolve disputas que, embora possam ter impactos internacionais, estão confinadas a uma região ou área geográfica específica. E a Guerra Limitada refere-se a conflitos em que o uso da força militar é restringido de maneira deliberada, na qual as partes envolvidas estabelecem limites claros. Esses conflitos tendem a ser mais focados, como em intervenções específicas, operações militares localizadas, ou ataques de precisão com armamentos inteligentes.

A CRUZEX 2024

O exercício é dividido em três etapas: a primeira, chamada FAM (Familiarization), consistirá em voos de familiarização na região, permitindo que as tripulações se adaptem à Área de Operações; a segunda, FIT (Forces Integration Training), promoverá a integração entre as diversas Forças Aéreas participantes; e a última etapa envolverá voos em cenários pré-planejados e com diversas aeronaves, conhecidos como Composite Air Operations (COMAO) ou Missões Aéreas Compostas.

Sob direção do Comandante da BANT, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende, a CRUZEX 2024 tem o objetivo de manter a atualização das táticas, técnicas e procedimentos em missões aéreas compostas, preparando nossas Forças para cenários de guerra convencional e enfrentando desafios complexos.

“Além disso, reforço a importância do exercício na contribuição para a ordem e a paz mundial, além da manutenção da soberania e integridade territorial do Brasil”, enfatizou.

Com um foco especial em defesa cibernética, defesa antiaérea e controle satelital, a CRUZEX 2024 promete ser um marco na preparação e integração das Forças Armadas do Brasil e de seus aliados, fortalecendo a capacidade operacional das Forças Armadas brasileiras, além de promover a cooperação internacional, essencial em tempos de crise e operações militares complexas.

Novidades para a edição de 2024

Uma das principais novidades é a introdução da CRUZEX Cyber, uma simulação cibernética projetada para melhorar a segurança dos sistemas críticos que sustentam as operações aeroespaciais.

A simulação adota um modelo de Capture The Flag (CTF), no qual as forças participantes serão desafiadas a proteger e atacar sistemas virtuais. Essa abordagem reflete a crescente importância da guerra cibernética no contexto militar contemporâneo, capacitando as Forças Armadas a lidar com ameaças emergentes nesse domínio.

Além das inovações cibernéticas, a FAB estará representada por uma frota diversificada de aeronaves, incluindo os modernos caças F-39 Gripen – que participam, pela primeira vez, de um exercício militar –, F5EM, A-1AM e A-29B, além dos aviões de transporte C-99, C-105/SC-105 Amazonas, KC-390 Millennium e E-99M e, ainda, helicópteros H-36 Caracal. A Marinha do Brasil também está presente com o caça A4.

Neste sentido, o Diretor da CRUZEX 2024, Brigadeiro do Ar Rezende, comenta sobre a relevância dessas inovações para a capacitação das Forças Armadas brasileiras e seus aliados, bem como para a cooperação internacional em tempos de incerteza. “A introdução do domínio cibernético e a diversidade de aeronaves nos permitem fortalecer nossas capacidades e garantir que estamos preparados para os desafios atuais e futuros”, conclui.

Participação internacional

O exercício conta com a participação de diversas nações parceiras, incluindo Estados Unidos, Argentina e Chile, que contribuem com suas próprias aeronaves de combate e reabastecimento, como F-15, KC-130 e F-16. Essa colaboração internacional enfatiza a importância da cooperação militar em um mundo onde as ameaças são cada vez mais complexas.

O Comandante da Agrupação da Força Aérea do Chile, General de Brigada Aérea Nelson Pardo Ocaranza, que participa da CRUZEX 2024, destaca a importância do exercício e também os desafios que ele implica para sua Força:

“Devido à magnitude da estrutura e dos meios participantes da CRUZEX, este exercício permite que a Força Aérea do Chile fortaleça a interoperabilidade com as demais forças aéreas participantes. Ele fortalece nossa prontidão operacional, enriquecendo o intercâmbio de conhecimentos e experiências no uso do poder aéreo em um cenário multidomínio, tudo sob a metodologia de planejamento da OTAN. Sem dúvida, a CRUZEX é uma oportunidade que reforça os laços entre as forças participantes, validando a importância da criação de espaços operacionais para um propósito comum”.

Avião da FAB leva mais suprimentos ao Líbano e supera 2.000 repatriados trazidos ao Brasil nos 10 voos da operação


Murilo Basseto | Publicada em 05/11/2024

A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que atingiu a marca de 2.072 brasileiros e 24 animais de estimação repatriados na Operação “Raízes do Cedro”, em apenas um mês. Esse número foi atingido no décimo voo da missão, finalizado nesta terça-feira (05/11), ao pousar às 04h06 da madrugada em Guarulhos, cujo avião também transportou ao Líbano 27,3 toneladas de doações essenciais.

Coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com os Ministérios da Saúde e da Defesa, a operação tem levado apoio humanitário e resgate em resposta ao agravamento do conflito no país.

Além dos 213 brasileiros e quatro animais de estimação resgatados na vinda do décimo voo, antes, no voo de ida do avião KC-30, a FAB transportou insumos hospitalares, incluindo 3.734 ampolas de filgrastim e 146 ampolas de anfotericina B lipossomal, além de cestas básicas. Esses donativos foram arrecadados pela Embaixada do Líbano em Brasília e pelo Consulado-Geral do Líbano em São Paulo, em parceria com a Associação Unidos pelo Líbano (UpL).

Ao todo, mais de 110 toneladas de suprimentos de saúde e alimentos já foram enviadas ao Líbano, atendendo a um pedido da Embaixada do Líbano, sem comprometer o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

A Operação “Raízes do Cedro”, do Governo Federal, envolve uma atuação integrada da FAB com os ministérios e supera as expectativas iniciais de repatriar cerca de 500 brasileiros por semana.

Sob a cooperação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB mantém as missões regulares utilizando aviões KC-30, operado pelo Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário – sediado na Base Aérea do Galeão (BAGL), Rio de Janeiro (RJ), e KC-390 Millennium, operados pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus – da Base Aérea de Anápolis (BAAN).

Começa a CRUZEX 2024: Veja as aeronaves participantes, o estreante americano F-15 e muitas fotos


Juliano Gianotto | Publicada em 05/11/2024

No último domingo (3/11), a Força Aérea Brasileira (FAB) deu início, na Base Aérea de Natal (BANT), às atividades do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024. A abertura ocorreu com o apronto inicial, no qual o Diretor do treinamento, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende ministrou briefing sobre as diretrizes e determinações que serão seguidas.

Com uma combinação de destreza operacional e coordenação entre diversas unidades militares, o treinamento, que ocorre até o dia 15 de novembro, reúne 16 países, mais de 3.600 militares e cerca de 100 aeronaves com o objetivo de aprimorar táticas conjuntas e adestramento técnico das Forças Armadas.

A CRUZEX 2024, concebida pelo Comando de Preparo (COMPREP), visa ao amadurecimento doutrinário e à identificação de oportunidades de aperfeiçoamento no processo de preparo das Unidades Aéreas (UAe) e Unidades Aeronáuticas (UAer). Durante o exercício, os participantes enfrentarão uma situação hipotética de Guerra Regular, Regional e Limitada, focando, assim, no cumprimento de ações de Força Aérea. De acordo com o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, a CRUZEX é um treinamento fundamental para a Força Aérea Brasileira (FAB), que tem como base o preparo de tripulações, sobretudo com a chegada de novas aeronaves e tecnologias.

“O Exercício é uma oportunidade de estreitar os laços com as nações-amigas participantes e de colaborar com o treinamento de outros países. O próprio planejamento logístico que foi executado já é um treinamento para nós, uma vez que lidamos com o desafio de unir esquadrões e equipes diferentes, durante um período de tempo, na Base Aérea de Natal. Nesse sentido, envolvemos todos os Órgãos de Direção Setorial para coordenarmos o necessário para a execução da CRUZEX, desde o envio de aviões e equipamentos até o apoio para a alimentação dos nossos participantes e, com certeza, teremos muitas lições aprendidas ao final desse processo”, relatou o Oficial-General. 

Você sabe o que é Guerra Regular, Regional e Limitada?

A Guerra Regular, também chamada de guerra convencional, caracteriza-se pelo confronto direto entre forças militares convencionais de dois ou mais Estados, geralmente envolve exércitos formalmente organizados, com divisões claras. A Guerra Regular também é o tipo de conflito mais provável em disputas territoriais ou políticas entre países com forças armadas tradicionais.

Já a Guerra Regional envolve disputas que, embora possam ter impactos internacionais, estão confinadas a uma região ou área geográfica específica. E a Guerra Limitada refere-se a conflitos em que o uso da força militar é restringido de maneira deliberada, na qual as partes envolvidas estabelecem limites claros. Esses conflitos tendem a ser mais focados, como em intervenções específicas, operações militares localizadas, ou ataques de precisão com armamentos inteligentes.

A CRUZEX 2024

O exercício será dividido em três etapas: a primeira, chamada FAM (Familiarization), consistirá em voos de familiarização na região, permitindo que as tripulações se adaptem à Área de Operações; a segunda, FIT (Forces Integration Training), promoverá a integração entre as diversas Forças Aéreas participantes; e a última etapa envolverá voos em cenários pré-planejados e com diversas aeronaves, conhecidos como Composite Air Operations (COMAO) ou Missões Aéreas Compostas.

Sob direção do Comandante da BANT, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende, a CRUZEX 2024 tem o objetivo de manter a atualização das táticas, técnicas e procedimentos em missões aéreas compostas, preparando nossas Forças para cenários de guerra convencional e enfrentando desafios complexos.

“Além disso, reforço a importância do exercício na contribuição para a ordem e a paz mundial, além da manutenção da soberania e integridade territorial do Brasil”, enfatizou.

Com um foco especial em defesa cibernética, defesa antiaérea e controle satelital, a CRUZEX 2024 promete ser um marco na preparação e integração das Forças Armadas do Brasil e de seus aliados, fortalecendo a capacidade operacional das Forças Armadas brasileiras, além de promover a cooperação internacional, essencial em tempos de crise e operações militares complexas.

Participação internacional

O exercício contará com a participação de diversas nações parceiras, incluindo Estados Unidos, Argentina e Chile, que contribuirão com suas próprias aeronaves de combate e reabastecimento, como F-15, KC-130 e F-16. Essa colaboração internacional enfatiza a importância da cooperação militar em um mundo onde as ameaças são cada vez mais complexas.

O Comandante da Agrupação da Força Aérea do Chile, General de Brigada Aérea Nelson Pardo Ocaranza, que participa da CRUZEX 2024, destaca a importância do exercício e também os desafios que ele implica para sua Força:

“Devido à magnitude da estrutura e dos meios participantes da CRUZEX, este exercício permite que a Força Aérea do Chile fortaleça a interoperabilidade com as demais forças aéreas participantes. Ele fortalece nossa prontidão operacional, enriquecendo o intercâmbio de conhecimentos e experiências no uso do poder aéreo em um cenário multidomínio, tudo sob a metodologia de planejamento da OTAN. Sem dúvida, a CRUZEX é uma oportunidade que reforça os laços entre as forças participantes, validando a importância da criação de espaços operacionais para um propósito comum”.

Dos países participantes com aeronaves, o Brasil estará presente com os caças F-39 Gripen, F-5EM, A-1, A-29B, de transporte C-99, C-105/SC-105 Amazonas, KC-390 Millennium, E-99M e helicóptero H-36 Caracal da FAB, além do A4 da Marinha do Brasil (MB); a Argentina, com IA-63 Pampa e KC-130H; o Chile com o KC-135 e F-16; a Colômbia com KC-767; os Estados Unidos com F-15 e KC-46 (767); Paraguai com AT-27 e C-212; Peru com KT-1P e KC-130; e Portugal com KC-390.

Estreantes

O Boeing F-15C Eagle I, da Guarda Aérea Nacional do estado da Louisiana, já fez sua estreia no Brasil durante a CRUZEX 2024. Com um histórico impressionante de 104 abates e sem perdas em combate aéreo, o F-15C é reconhecido como um dos aviões de caça mais eficazes da história.

A comitiva americana é composta por seis unidades desse modelo, acompanhadas pelos aviões reabastecedores Boeing KC-46A Pegasus e KC-135R Stratotanker. Um dos caças, de matrícula 85-0102, possui três estrelas verdes abaixo do cockpit, que representam os abates realizados durante a Guerra do Golfo, quando fazia parte do 58º Esquadrão de Caça Tático.

Outro destaque da CRUZEX 2024 é o caça Gripen E da Saab, que marca sua estreia em cenários de alta complexidade. Este modelo, considerado o mais avançado em serviço na América Latina, executará um amplo leque de tarefas nas chamadas missões aéreas compostas (Composite Air Operations, COMAO). Nessas missões, um grande número de aeronaves com objetivos distintos atua simultaneamente contra um inimigo, saturando suas defesas e ampliando a eficiência da operação.

A participação do Gripen E neste exercício representa um marco significativo para a Força Aérea Brasileira e reafirma sua posição como um parceiro estratégico na aviação militar.

Coletiva de imprensa

Durante a coletiva realizada nesta segunda-feira (3), na qual o AEROIN participou, o Brigadeiro Rezende expressou seu entusiasmo pela magnitude do exercício, que envolve um planejamento meticuloso, incluindo mais de 1.400 horas de voo e mais de 800 surtidas de aeronaves.

O exercício não se limita apenas à atuação das Forças Aéreas, mas também integra meios da Marinha e do Exército, abrangendo uma vasta área de 370 km². Um dos pontos mais relevantes desse treinamento é a inclusão de operações que envolvem a defesa no espectro cibernético e espacial, reforçando a importância da modernização das táticas e técnicas das Forças Armadas.

Com essa robustez logística e operacional, o CRUZEX 2024 visa não apenas a preparação das tropas, mas também a promoção da interoperabilidade entre as forças aliadas, ressaltando a importância da colaboração internacional em um cenário de segurança cada vez mais complexo.

O Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende também destacou os motivos que levaram à escolha da Base Aérea de Natal (BANT) para a realização do CRUZEX 2024. Ele ressaltou que a localização estratégica da base, aliada a condições meteorológicas favoráveis durante esta época do ano, torna o ambiente ideal para a execução de atividades de treinamento de grande escala.

Além disso, a BANT conta com diversos aeródromos de alternativa, proporcionando flexibilidade e segurança para as operações. As características da pista de pouso, que se encontram em excelente estado, são igualmente relevantes para garantir a eficácia das manobras aéreas.

A bordo do C-105 Amazonas, veja como foi o Media Flight da CRUZEX 2024, com 11 aeronaves em formação


Juliano Gianotto | Publicada em 05/11/2024

Após o início do exercício CRUZEX no último domingo (3/11), a Força Aérea Brasileira (FAB) deu continuidade às atividades na Base Aérea de Natal (BANT). Nesta segunda-feira (4), foi realizado o Media Day, evento destinado à imprensa, que incluiu uma coletiva com representantes dos países participantes e o Media Flight, oportunidade especial para que profissionais de comunicação registrassem formações aéreas com aeronaves envolvidas no exercício.

As atividades do Media Day começaram logo pela manhã, com o credenciamento e a organização dos profissionais de imprensa, incluindo jornalistas e spotters previamente cadastrados, que puderam acessar a área operacional da base aérea para realizar seus registros.

Para o voo, os participantes foram divididos em dois grupos. Um grupo embarcaria em um C-105 Amazonas, do Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAv), Esquadrão Arara, responsável por captar imagens das aeronaves A-29 Super Tucano, AT-27, KT-1P e IA-63 Pampa.

O outro grupo seguiria a bordo do KC-390 Millennium, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus, para registrar os caças A-4, F-16, F-15, F-39 Gripen, A-1 AMX e F-5M.

Para garantir a segurança de voo e dos profissionais e a qualidade dos registros, militares da FAB realizaram dois briefings com orientações detalhadas sobre as regras e condições específicas para a captação de imagens.

Além disso, um treinamento prático foi realizado antes do embarque, para familiarizar os profissionais com os procedimentos de segurança, uma vez que, durante o voo, a comunicação verbal é limitada devido ao ruído alto gerado pela rampa aberta das aeronaves.

Após as instruções, a imprensa foi conduzida às aeronaves e equipada com os acessórios necessários para realizar as fotografias na rampa do C-105 e do KC-390 com total segurança. Por volta das 14h, as aeronaves decolaram, iniciando a sessão fotográfica em pleno voo, que teve duração aproximada de duas horas sobre o litoral natalense, incluindo pontos característicos da cidade, como a Ponte Newton Navarro e a praia de Ponta Negra.

O AEROIN esteve a bordo do C-105 Amazonas e registrou diversas imagens das aeronaves participantes. As fotos, que podem ser vistas abaixo, capturadas durante o voo, ilustram a magnitude da CRUZEX 2024, que reúne forças aéreas de diferentes países em um dos mais importantes exercícios de defesa da América Latina.

Pilotos de caça Gripen da FAB voam sobre “território inimigo” durante exercício de guerra no Nordeste


Carlos Ferreira | Publicada em 05/11/2024

Os voos sobre o território inimigo simulado são os mais complexos no contexto do exercício que acontece na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte.

Destruir, interromper ou limitar a aviação militar inimiga: esses são os objetivos da contraposição aérea ofensiva (do inglês, Offensive Counterair, OCA), uma das tarefas da força aérea na qual o F-39E Gripen está sendo empregado durante a Cruzex 2024.   

Durante a OCA, uma formação de Gripen é responsável por executar a missão de varredura, onde o Gripen abre caminho a fim de neutralizar os caças inimigos para que a força aliada atacante possa cumprir a sua missão de forma segura. 

“Estamos lidando com diversos tipos de aeronaves e tecnologias, enfrentando pilotos com variadas experiências que atuam tanto a favor quanto contra nós no cenário simulado do treinamento. Em quase todos os voos na Cruzex, estamos inseridos no contexto das chamadas missões aéreas compostas (do inglês, Composite Air Operations, COMAO), em que dezenas de aeronaves de diferentes nacionalidades cumprem missões distintas em um mesmo local, como forma de saturar as defesas inimigas, aumentando a segurança dos envolvidos”, explicou o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

A Cruzex 2024 segue uma doutrina muito semelhante àquela aplicada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que está alinhada com os mais recentes ensinamentos obtidos nos últimos conflitos.

Nesse contexto de modernidade, a participação do F-39E Gripen é fundamental para treinar os pilotos do 1º GDA e dos demais esquadrões, uma vez que o caça representa a ponta da lança em termos de sistemas eletrônicos embarcados, como o radar, o datalink e a guerra eletrônica, além do desempenho de um avião da classe 9G.

PORTAL PODER AÉREO


Caça F-39 Gripen estreia na CRUZEX 2024

O caça da Saab é destaque na CRUZEX 2024, o maior exercício de treinamento multinacional operacional da América Latina, organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB)

Da Redação | Publicada em 05/11/2024

Ontem foi o Media Day do Exercício Multinacional CRUZEX 2024 e fotógrafos embarcaram em um KC-390 e um C-105 da Força Aérea Brasileira para fazer fotos aéreas dos aviões de combate participantes.

Este é o primeiro grande exercício multinacional em que o F-39 participa, após sua incorporação à frota da FAB, e representa uma oportunidade de testar suas capacidades avançadas em cenários de combate simulado ao lado de aeronaves de diversas nações.

Os caças F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira são equipados com dois mísseis ar-ar de alta tecnologia que ampliam significativamente sua capacidade de combate aéreo: o IRIS-T e o Meteor. O IRIS-T é um míssil de curto alcance, desenvolvido para engajar alvos próximos com extrema precisão. Com um alcance efetivo de cerca de 25 km, o IRIS-T utiliza guiagem infravermelha (IR), permitindo que ele rastreie e destrua alvos manobráveis em altas velocidades e ângulos complexos. Sua capacidade de “disparo para trás”, onde o míssil pode perseguir alvos que estão atrás da aeronave lançadora, é uma das características que garantem uma vantagem tática em combates a curta distância.

Complementando o IRIS-T, o míssil Meteor é usado para combate além do alcance visual (BVR), com um alcance superior a 200 km. Equipado com guiagem por radar ativo, o Meteor pode travar no alvo de maneira independente, recebendo atualizações do caça lançador por link de dados para ajuste da trajetória e máxima precisão. Sua tecnologia de propulsão ramjet permite que ele mantenha velocidade supersônica durante o voo, conservando energia até a fase final e aumentando a probabilidade de acerto mesmo contra alvos evasivos. Juntos, o IRIS-T e o Meteor oferecem uma combinação robusta de curto e longo alcance, tornando o F-39 Gripen uma plataforma aérea altamente eficaz e flexível para a defesa aérea brasileira.

Media Flight do Exercício CRUZEX 2024


Da Redação | Publicada em 05/11/2024

O Media Day do Exercício CRUZEX 2024, realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), proporcionou uma experiência única para os profissionais de mídia. Embarcados nas aeronaves de transporte KC-390 e C-105, jornalistas e fotógrafos tiveram a oportunidade de registrar de perto as aeronaves em voo, uma demonstração marcante das operações aéreas multinacionais que fazem parte deste que é o maior exercício de guerra aérea da América Latina.

Durante a missão de fotografia aérea, as equipes de mídia puderam capturar imagens das aeronaves de diversos países participantes, incluindo aeronaves brasileiras, norte-americanas, argentinas, peruanas, chilenas e paraguaias. A partir dos compartimentos de carga e pelas escotilhas das aeronaves da FAB, os fotógrafos captaram ângulos raros e dinâmicos das manobras realizadas pelas aeronaves em formação, enquanto cruzavam os céus de Natal, Rio Grande do Norte.

O KC-390 Millennium, jato de transporte tático brasileiro com capacidades de reabastecimento em voo, foi um dos destaques do evento. A presença do C-105 Amazonas, avião de transporte tático, também facilitou o registro das aeronaves mais lentas.

O Media Flight faz parte da estratégia da FAB para mostrar ao público a complexidade e importância dos treinamentos realizados no CRUZEX. O exercício reúne forças aéreas de 16 países para treinar operações conjuntas em cenários simulados de conflito, fortalecendo a interoperabilidade e o intercâmbio de conhecimentos entre as nações. O CRUZEX 2024, que acontece até o próximo dia 15 de novembro, envolve mais de 100 aeronaves e cerca de 3.000 militares, consolidando o papel do Brasil como líder em treinamento militar na região.

F-39E Gripen demonstra capacidades avançadas no Exercício CRUZEX 2024

Os voos sobre o território inimigo simulado são os mais complexos no contexto do exercício que acontece na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte

Da Redação | Publicada em 06/11/2024

Destruir, interromper ou limitar a aviação militar inimiga: esses são os objetivos da contraposição aérea ofensiva (do inglês, Offensive Counterair, OCA), uma das tarefas da força aérea na qual o F-39E Gripen está sendo empregado durante a Cruzex 2024. Durante a OCA, uma formação de Gripen é responsável por executar a missão de varredura, onde o Gripen abre caminho a fim de neutralizar os caças inimigos para que a força aliada atacante possa cumprir a sua missão de forma segura.

­“Estamos lidando com diversos tipos de aeronaves e tecnologias, enfrentando pilotos com variadas experiências que atuam tanto a favor quanto contra nós no cenário simulado do treinamento. Em quase todos os voos na Cruzex, estamos inseridos no contexto das chamadas missões aéreas compostas (do inglês, Composite Air Operations, COMAO), em que dezenas de aeronaves de diferentes nacionalidades cumprem missões distintas em um mesmo local, como forma de saturar as defesas inimigas, aumentando a segurança dos envolvidos”, explicou o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

A Cruzex 2024 segue uma doutrina muito semelhante àquela aplicada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que está alinhada com os mais recentes ensinamentos obtidos nos últimos conflitos. Nesse contexto de modernidade, a participação do F-39E Gripen é fundamental para treinar os pilotos do 1º GDA e dos demais esquadrões, uma vez que o caça representa a ponta da lança em termos de sistemas eletrônicos embarcados, como o radar, o datalink e a guerra eletrônica, além do desempenho de um avião da classe 9G.

Sobre a Saab

A Saab é uma empresa líder em defesa e segurança com uma missão de longo prazo: ajudar os países a manterem suas pessoas e sociedades em segurança. Com o apoio de seus 22.000 funcionários, a Saab vai além dos limites da tecnologia para criar um mundo mais seguro e sustentável. A Saab desenvolve, produz e mantém sistemas avançados, sejam eles aéreos, de armamentos, comando e controle, sensores e subaquáticos. A Saab está sediada na Suécia e possui operações importantes em todo o mundo. Os produtos e serviços da empresa fazem parte da capacidade de defesa de muitas nações.

A Saab mantém uma parceria de longo prazo com o Brasil e fornece diversas soluções avançadas para o país, tanto civis quanto militares. Com o Programa Gripen Brasileiro, a empresa estabeleceu uma ampla transferência de tecnologia que está beneficiando a indústria de defesa nacional.

REVISTA ASAS


FAB reduz capacidades do Gripen para missões da CRUZEX


Humberto Leite | Publicada em 05/11/2024 12:00

Aeronaves de combate mais modernas entre as participantes da CRUZEX 2024, que ocorre até o próximo dia 15 em Natal (RN), os caças brasileiros F-39E Gripen têm suas capacidades de combate reduzidas em algumas missões, de forma a facilitar o treinamento dos pilotos de outras aeronaves. A informação foi confirmada durante a coletiva de imprensa que marcou o início das atividades aéreas.

Durante as missões realizadas na CRUZEX, a maior parte das aeronaves voa como uma força de coalizão, a chamada “Blue Force”. Mas um pequeno contingente é escalado para fazer o papel de força hostil, a “Red Force”. Essa escala não é fixa: um dia, um caça pode fazer parte da Blue Force e, na missão seguinte, ser da Red Force. É nesse segundo contexto que os Gripen vão voar com capacidades reduzidas.

Na Blue Force, os pilotos brasileiros de F-39 podem lançar virtualmente tanto seus mísseis IRIS-T, de curto alcance, quanto Meteor, de alcance além do horizonte (BVR). Quando estão na Red Force, contudo, os Gripen contarão com um armamento fictício de menores capacidades. Todos os “lançamentos” de armamentos ocorrem apenas de maneira simulada, e softwares avaliam se os disparos teriam sido bem-sucedidos. De acordo com a direção da CRUZEX, o objetivo principal do exercício não é promover comparações entre aeronaves, mas sim o treinamento de pilotos. Por esse motivo, alterar virtualmente as capacidades do Gripen é visto como uma forma de equilibrar as forças e promover a oportunidade de todos participarem.

A situação revela o desenvolvimento do poder aéreo do Brasil. No passado, quando a Força Aérea Brasileira chegou a utilizar caças Mirage III, Xavante e as versões não modernizadas do A-1 e do F-5 em combates contra modelos como Mirage 2000, F-14 e F-16, esses aviões estrangeiros não simulavam o emprego de armamentos BVR. Agora, contra os F-16 chilenos, F-15 norte-americanos e mesmo os F-5EM e A-1AM/BM brasileiros, dentre outros modelos participantes da CRUZEX 2024, a redução da capacidade do Gripen se torna necessária para que o treinamento seja efetivo.