NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL O VALE (S.J. DOS  CAMPOS -SP)


Brasil vai receber quatro primeiros caças Gripen em 2022, diz Saab

Empresa confirma quatro caças em fase final de montagem em Linköping, na Suécia

Xandu Alves | Publicada em 04/10/2021 11:47

Os dois primeiros caças Gripen E comprados pelo Brasil chegarão ao país até o final deste ano, segundo informou a Saab, fabricante das aeronaves. Outros dois aviões serão enviados no ano que vem. Conforme acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), as duas aeronaves serão embarcadas para o Brasil até o final do ano e chegarão a Gavião Peixoto, unidade produtiva da Embraer, no início do próximo ano.

As quatro primeiras aeronaves da série Gripen E estão em montagem final na fábrica da Saab em Linköping, na Suécia, e serão apresentadas à FAB na sede da fabricante. Em Gavião Peixoto, onde está instalado o Centro de Ensaios em Voo do Gripen, pilotos de prova da FAB, da Embraer e da Saab executarão ensaios em voo até que o certificado de tipo militar esteja pronto para as duas primeiras aeronaves.

“Esta atividade conjunta permitirá que a FAB inicie a fase de avaliação operacional, acelerando o processo de operacionalização das aeronaves quando chegarem a Anápolis”, informou a Saab. Ainda de acordo com a fabricante, as outras duas aeronaves serão enviadas para a Base Aérea de Anápolis, em Goiás, no primeiro semestre de 2022.

“Técnicos da FAB irão executar atividades em solo a fim de desenvolver uma familiarização precoce com as aeronaves, para que estejam prontas para operar assim que a certificação militar estiver concluída”, completou a Saab.

GRIPEN

A parceria com o Brasil começou em 2014 com um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen para a FAB, incluindo sistemas, suporte e equipamentos. O caça foi denominado F-39E Gripen pela FAB.

A encomenda do Brasil é de 36 aeronaves, em um contrato de 39,3 bilhões de coroas suecas -- R$ 25 bilhões na cotação atual. Os caças que serão entregues à FAB estão sendo desenvolvidos e produzidos em colaboração com técnicos e engenheiros brasileiros.

DEFESA - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS


Sargento da FAB conquista a medalha de prata no Campeonato Mundial de Tiro com Arco


Agência Força Aérea | Publicada em 04/10/2021 20:06

O Sargento Marcus Vinicius D’Almeida conquistou, no dia 26 de setembro, a medalha de Prata no Campeonato Mundial de Tiro com Arco, realizado na Cidade de Yankton, em Dakota do Sul, nos Estados Unidos. A competição contou com a participação de 54 países, representados por mais 200 atletas, dentre estes os principais nomes do mundo na modalidade.

O Sargento D’Almeida, após alcançar a segunda melhor marca na fase classificatória, partiu para as eliminatórias, onde derrotou Dan Olaru, da Moldávia, e o holandês Steve Wijler, medalhista de Prata nas Olimpíadas de Tóquio 2020.

Nas quartas de final, superou o turco Samet Ak, e na semifinal, eliminou o número 1 do ranking mundial, o norte-americano Brady Elisson. O militar foi superado apenas na grande final, na disputa contra o sul-coreano Kim Woojin, que chegou ao tricampeonato da competição.

Também nas Olimpíadas de Tókio, o Sargento D'Almeida chegou às oitavas de final, conquistando a nona colocação individual masculina. Nenhum outro brasileiro alcançou essa marca na modalidade.

Morador do Rio de Janeiro, o atleta faz parte do Programa de Atleta de Alto Rendimentos (PAAR) das Forças Armadas desde 2016. “Só tenho a agradecer à Força Aérea Brasileira por todo o apoio que tem me dado. Essa medalha é nossa e que venham muitas outras”, disse o atleta.

O Brasil também garantiu a 4ª colocação no feminino por equipes, que contou com a presença da Sargento Sarah Nikitin no Time Brasil.

PAAR

Com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível, o Ministério da Defesa em parceria com o então Ministério do Esporte criou, em 2008, o Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento às Forças Armadas Brasileiras.

O alistamento é feito de forma voluntária e o processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Dessa forma, as medalhas já conquistadas na carreira transformam-se em pontuações nos concursos para preenchimento das vagas.

Fotos: Word Archery
 

OUTRAS MÍDIAS


Em Rondônia, Cacoal é destaque em número de cirurgias de captação de órgãos realizadas em 2021

Uma das cirurgias foi realizada na quinta-feira, 30 de setembro, no Hospital Regional de Cacoal (HRC).

Da Redação | Publicada em 04/10/2021 14:55

O Governo de Rondônia, por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Complexo Hospitalar de Cacoal, em parceria com a Coordenação de Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), realizou duas cirurgias de captação de órgãos em Cacoal na última semana.

Aos poucos, a doação de órgãos tem começado a fazer parte das rodas de conversas dos rondonienses e o tema tem ganhado a atenção de muitas famílias. Hoje, só é possível fazer a doação com a autorização expressa de pelo menos um familiar, após constatado o óbito. Essa popularização do tema tem sido essencial para que vidas sejam salvas e para que pacientes, que aguardam na fila por transplante, tenham a chance de viver com mais qualidade.

Para a coordenadora do CIHDOTT, Leiri Bonet, em muitos casos, manifestar a vontade de doar em vida, ajuda os familiares na hora de decidir. “Com este ato em vida, tiramos o peso da decisão da família que já está fragilizada com a notícia do óbito. Sabendo do ‘SIM’ de seu ente querido em vida, a família só irá concretizar esta vontade para a equipe, autorizando a doação”, destacou.

Uma das cirurgias foi realizada na quinta-feira, 30 de setembro, no Hospital Regional de Cacoal (HRC). O paciente foi um jovem de 14 anos, do município de Vale do Paraíso. Vítima de um traumatismo crânio-encefálico (TCE), o garoto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HRC. Foram os pais do jovem que autorizaram a doação. Com o gesto, pacientes do Distrito Federal, do Pará e de Rondônia ganharam uma nova chance, a possibilidade de uma vida melhor.

Já na sexta-feira (1º), o doador foi um homem de 40 anos, de Rolim de Moura. Também vítima de um traumatismo crânio-encefálico, ele estava internado no Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro), onde foi realizada a cirurgia de captação. A doação foi autorizada pela irmã e os órgãos do paciente foram encaminhados para São Paulo, Rio de Janeiro e também Rondônia.

Nas duas cirurgias realizadas na última semana em Cacoal, foram captados fígado, rins e córneas dos doadores. “Com estas duas cirurgias, chegamos a sete captações realizadas em Cacoal, neste ano de 2021. Podemos dizer, com isso, que este ano retiramos da fila de espera 32 pessoas, que ganharam esperança de dias melhores”, ressalta a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante em Cacoal.

De acordo com a profissional, o Brasil registra uma fila de 53.218 pessoas aguardando um doador. O transplante de rim ocupa o topo do ranking. São mais de 31 mil pessoas na espera. Em seguida vem o transplante de córnea, com mais de 19 mil brasileiros na fila. No estado de Rondônia, as cirurgias de captação de órgãos também são realizadas em Porto Velho e Vilhena. Em 2021, das 11 captações de órgãos que ocorreram em Rondônia, sete foram realizadas em Cacoal.

Em Rondônia, o sucesso e a agilidade para a captação e transporte de órgãos para a doação são frutos da dedicação e do esforço de diversos agentes envolvidos. “Queremos agradecer a Força Aérea Brasileira (FAB), que disponibiliza aeronaves e equipes para o transporte do fígado, pois o mesmo tem tempo de isquemia curto e precisa de muita agilidade. Agradecemos ao Governo de Rondônia que, com a terceirização de aeronaves, permite um transporte ágil de Cacoal à Porto Velho e a parceria de empresas aéreas (voos comerciais) que levam os órgãos para o seu local de destino”, concluiu Leiri Bonet.

PORTAL MAIS GOIÁS – Anápolis receberá caças militares produzidos na Suécia até julho de 2022

Dois aviões estão sendo finalizados e chegam no começo do ano para certificação militar

Da Redação | Publicada em 04/10/2021 15:08

A base aérea militar de Anápolis receberá, até o fim do primeiro semestre de 2022, os quatro primeiros caças Gripen produzidos na Suécia e adquiridos para uso operacional pela FAB (Força Aérea Brasileira).Dois deles serão embarcados até dezembro em um navio da Suécia para o Brasil.

Segundo a fabricante Saab, os dois primeiros devem chegar ao país no início de 2022. Serão levados para o Centro de Ensaios de Voo do Gripen, na unidade que a empresa sueca tem em conjunto com a Embraer no parque de Gavião Peixoto (SP).

Ali, pilotos da FAB, da Embraer e da Saab farão ensaios de voo para dar ao modelo o Certificado de Tipo Militar, a autorização para a entrada em uso de fato pelo 1º GDA (Grupo de Defesa Aérea), em Anápolis.

Como será o início da operação dos caças em Anápolis

“As outras duas aeronaves serão enviadas para a Base Aérea de Anápolis no primeiro semestre de 2022, onde técnicos da FAB irão executar atividades em solo a fim de desenvolver uma familiarização precoce com as aeronaves, para que estejam prontas para operar assim que a certificação militar estiver concluída”, disse Mikael Franzén, chefe de marketing e vendas aeronáuticas da Saab.

O Gripen venceu uma longa competição, dividida em duas licitações, que durou de 2001 a 2013. Em 2014, o contrato para a aquisição de 36 aviões foi fechado por 39 bilhões de coroas suecas (cerca de R$ 24 bilhões hoje), a serem financiados por 25 anos —os valores orçamentários gastos agora entram como crédito.

A expectativa inicial era que os quatro aviões chegassem ao Brasil no fim deste ano. “Planejamos entregar as 36 aeronaves até 2026”, afirmou Franzén.

O primeiro Gripen de uso operacional, já na camuflagem em dois tons de cinza do GDA, foi apresentado pela Saab na semana retrasada.

Ele já traz o IRST, unidade de rastreamentos de alvos por infravermelho, uma pequena bola que fica à frente da cabine do piloto que não estava presente no primeiro modelo que foi enviado ao Brasil, em setembro do ano passado. O instrumento é vital para o combate moderno.

Aquele avião serve à campanha de testes da FAB, e só deverá ser incorporado à frota ao fim deste ciclo, que pode durar anos. Tanto ele quanto os outros quatro ganharam a denominação F-39E, sendo o E a designação de avião para um piloto desta geração do Gripen.

O modelo F, de dois lugares, está sendo desenvolvido em conjunto pela Embraer e pela Saab. Serão oito deles. Ao todo, o plano é fazer 15 aviões da encomenda integralmente no Brasil.

O projeto garante uma transferência tecnológica à Embraer e a outras empresas nacionais, além da FAB, e poderá fazer o país ser parte da cadeia produtiva do avião. Hoje, as principais concorrências que o Gripen disputa são no Canadá (88 aviões), Finlândia (64) e Colômbia (15).

A geração E/F é a terceira do avião sueco, que voa desde 1988 e está em ação desde 1996. Foram feitas 271 aeronaves, usadas em seis países.

No Brasil, o plano é que gradativamente a frota de combate a jato seja unificada no Gripen, substituindo o os caças F-5 e os aviões de ataque a solo AMX. O GDA hoje usa de forma provisória o F-5, que não foi desenhado para missões de interceptação, principal objetivo do chamado Esquadrão Jaguar.

Corte de investimentos no cargueiro KC-390 Millennium

Observadores da indústria apontam que a FAB resolveu passar a tesoura em outra joia de sua coroa, o cargueiro militar KC-390 Millennium, da Embraer. A encomenda de 28 aeronaves foi reduzida para talvez 13, e os valores estão sendo renegociados, um movimento que desagradou muito a empresa brasileira.

Entre militares, corre uma especulação de que a redução de gasto com o KC-390 pode prenunciar o anúncio da compra de uma nova leva de Gripen, como é o desejo da FAB desde os anos 2000. Não há indícios concretos disso ainda.

CANAL TECH – Motor-foguete nacional é testado; Brasil avança na criação de foguetes próprios


Por Danielle Cassita | Editado Por Patrícia Gnippe | Publicada em 04/10/2021 12:27

Na última sexta-feira (1º), aconteceu o primeiro teste do motor-foguete S50, um projeto totalmente nacional que representa um passo de grande importância para o programa espacial brasileiro. O procedimento foi realizado em uma unidade do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em São José dos Campos, cidade do interior de São Paulo, e ajudará no avanço do desenvolvimento de foguetes surborbitais e para o lançamento de microssatélites.

Durante o teste, o motor ficou preso a um grande bloco de concreto e foi ativado durante aproximadamente 84 segundos, enquanto sensores coletavam dados e medidas sobre seu comportamento. Paulo Barros, diretor de gestão de portfólio na Agência Espacial Brasileira (AEB), explica que esse teste faz parte da sequência antes do lançamento. “Nestes testes, são verificadas curva de empuxo (queima do propelente), pressão, deformação, vibração e temperatura do motor”, explicou ele.

Confira o vídeo do teste:

O teste contou com a presença de engenheiros e autoridades, como Marcos Pontes (ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações), Carlos Moura (presidente da Agência Espacial Brasileira), entre outros. "Isso é extremamente importante para que nós tenhamos um equipamento qualificado, apto para ser usado para veículo lançador de microssatélite, ou mesmo para veículos suborbitais, que nos permitam fazer experimentos, por exemplo, em condição de microgravidade", explicou Moura.

Segundo o presidente da AEB, o teste do motor S50 é um passo de enorme importância para o Brasil ter um veículo lançador de microssatélites que possa levar cargas espaciais às órbitas desejadas. Muito disso se deve às características do S50: este é o maior motor-foguete já produzido no hemisfério Sul e conta com 12 toneladas de propelente sólido junto de tecnologias inovadoras para o programa espacial brasileiro. Uma delas é o uso de fibra de carbono na produção do envelope-motor, que traz mais leveza e eficiência ao componente. O motor tem quase o dobro de massa daqueles usados na época dos foguetes VLS (Veículo Lançador de Satélites), que tiveram seu desenvolvimento interrompido.

Em comparação com aqueles que equipavam seus antecessores, esse novo motor tem capacidade propulsiva bem maior. Assim, o sucesso do ensaio irá auxiliar o país a avançar nas fases finais de desenvolvimento do S50, proporcionando ao Brasil novas capacidades de produção de veículos suborbitais e lançadores de microssatélites através do VLM-1. “Pensando no Programa Espacial Brasileiro, é como se estivéssemos, agora, ascendendo ao segundo estágio”, comentou o ministro Pontes. “Graças ao esforço de muita gente, temos a possibilidade de melhorar o Programa Espacial e esperar muitas novidades pela frente”, disse.

Fonte: AEB (1, 2), FAB