O maior exercício de guerra aérea da América Latina, o CRUZEX 2024, está começando neste domingo, 3 de novembro, e as delegações estrangeiras já chegaram na Base Aérea de Natal.

Os últimos dias foram movimentados nos céus da capital do Rio Grande do Norte, e uma diversidade de aeronaves militares pousaram na Base Aérea que foi construída pelos americanos na Segunda Guerra, recebendo o nome na época de Parnamirim Field.

Neste primeiro final de semana do mês de novembro, o local voltou a receber os norte-americanos, com a chegada de caças F-15C Eagle I, fazendo a estreia deste modelo no Brasil.

Mas não foram apenas os aviadores da Lousiana que pousaram em Natal, e sim uma vasta lista de estrangeiros com suas aeronaves. Veja a seguir a lista e uma galeria de imagens:

• Portugal: 1x Embraer KC-390
• Colômbia: 1x Boeing 767-200ER MMTT
• Argentina: 4x FMA IAM-63 Pampa e 1x C-130H Hércules
• EUA: 6x Boeing F-15C Eagle I e 1x Boeing C-17 Globemaster III
• Chile: 5x Lockheed Martin F-16A/B MLU Falcon e 1x Boeing KC-135E Stratotanker
• Paraguai: 3x Embraer T-27 Tucano e 1x Casa C-212 Aviocar

Além destes, a Força Aérea Brasileira, anfitriã do evento, já está presente com caças SAAB F-39E Gripen, Airbus A330-200 (KC-30), F-5E/F Tiger II e Embraer KC-390, E99 e R99. A Marinha do Brasil também já chegou com caças Douglas A-4 Skyhawk.

O Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (3º/1º GCC), unidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), instalou o Radar de Aproximação de Precisão (PAR-2000) para emprego durante o Exercício COMAO FLIGHT e para a CRUZEX, maior exercício multinacional da Força Aérea Brasileira (FAB), que ocorrerá, em Natal (RN), no período de 03 a 15 de novembro.

O sistema MGCA (Mobile Ground Control Approach) PAR-2000 proporciona a vigilância do espaço aéreo em uma área terminal, a partir dos radares primário e secundário associados, bem como o recolhimento de precisão dos vetores de combate. Este sistema possibilita o incremento da operacionalidade de combate ao possibilitar o pouso seguro das aeronaves militares, em qualquer aeródromo de interesse operacional, mesmo em condições meteorológicas adversas. O treinamento PAR é uma prática essencial na garantia da segurança e da eficiência das operações aéreas, especialmente no contexto de missões complexas, como os exercícios COMAO e CRUZEX.

Segundo o Comandante do 3º/1º GCC, Major Aviador Rodrigo Pereira Drumond, a prática constante e o treinamento contínuo com o PAR são essenciais para o preparo e o emprego dos controladores de tráfego aéreo e dos técnicos em situações reais. “Ao participarem desses exercícios, esses profissionais podem testar e aprimorar suas habilidades em cenários realistas, que simulam as condições desafiadoras encontradas em operações de combate reais”, explica o Oficial. O treinamento PAR possibilita também às equipagens (pilotos, controladores de tráfego aéreo e técnicos) ganharem a confiança e a competência necessárias para enfrentarem quaisquer situações, rotineiras ou adversas, garantindo o emprego eficaz e seguro em missões reais e operações militares.

3º/1º GCC

O Esquadrão Morcego tem a missão de prover o serviço de aproximação de precisão radar, em sede ou desdobrado, a partir da instalação, operação e manutenção de radares de aproximação de precisão (PAR) transportáveis em prol das operações aéreas militares, garantindo o regresso seguro das tripulações de combate da Força Aérea Brasileira no cumprimento da missão.

CRUZEX 2024

É um Exercício Operacional multinacional e operacional promovido pela FAB desde 2002, que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito e promove a troca de experiências entre os países participantes. Nesta edição, o Exercício será realizado na Base Aérea de Natal, de 03 a 15 de novembro, e reunirá 16 países, mais de 3.000 militares e cerca de 50 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

Dia e noite, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Em um trabalho ininterrupto, os 3.905 controladores de tráfego aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB) atuam em seus órgãos operacionais orientando procedimentos de subida e descida, garantindo a separação entre as aeronaves nos espaços aéreos controlados e fornecendo informações aeronáuticas aos pilotos. Ações fundamentais para que os voos sigam de forma segura e ordenada aos seus destinos.

No Brasil, quem precisa planejar uma viagem, seja a negócios ou férias, pode contar com a confiabilidade dos nossos céus. Em um cenário onde paralisações em outros países frequentemente impactam o transporte aéreo, o Brasil se destaca como exemplo de estabilidade. Os controladores de tráfego aéreo, sob a coordenação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), mantêm um serviço contínuo e de alta qualidade, assegurando que voos sigam conforme planejado. Essa alta disponibilidade e comprometimento têm sido reconhecidos internacionalmente. Na última auditoria realizada pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), o DECEA obteve resultados que reafirmam a posição do Brasil como referência no setor. Em uma avaliação global preliminar, o Brasil alcançou 95,1% no Programa Universal de Auditoria de Supervisão da Segurança Operacional (USOAP), um índice que reflete o nível de aderência aos regulamentos e práticas recomendadas pela OACI.

Atuação dos Controladores de Tráfego Aéreo

A atuação dos controladores é dinâmica e requer agilidade, concentração, sinergia e, principalmente, trabalho em equipe. Essas características são fundamentais para monitorar os mais de um milhão e oitocentos mil voos que cruzam os céus do Brasil por ano. “Esse número comprova a importância do trabalho desenvolvido diariamente pelos controladores de tráfego aéreo. A habilidade específica para esta função é desafiadora e requer raciocínio rápido e equilíbrio emocional para lidar com todos os tipos de situação”, declarou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi. Os controladores da FAB, distribuídos por todo o território nacional, garantem a segurança e a eficiência do tráfego aéreo civil e militar no Brasil. Eles operam em Torres de Controle, Centros de Controle de Área, e outros órgãos especializados, assegurando o monitoramento do espaço aéreo e coordenando missões de defesa e tráfego civil, desde a decolagem até o pouso das aeronaves. O Sistema de Controle do Espaço Aéreo, integrado, permite uma articulação eficiente desse serviço essencial para a sociedade.

No Exercício Multinacional Cruzeiro do Sul (CRUZEX) 2024, o Sistema de Tecnologia da Informação do Comando da Aeronáutica (STI) desempenha um importante papel, por meio da Diretoria de Tecnologia da Informação da Aeronáutica (DTI) e seus Elos Especializados – Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ), Centro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR), Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) e o recém-criado Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (CDCAER), atuando sinergicamente com o objetivo de viabilizar toda a estrutura computacional utilizada durante o treinamento. O Subdiretor de Fiscalização e Controle da DTI e Chefe da célula de Suporte de Sistemas de Informação e Comunicações (CISS) – do inglês Communications and Information System Support – no Exercício CRUZEX, Coronel Aviador Rodrigo Araujo Freire, explica que o STI emprega esforços para promover e maximizar a interoperabilidade dos meios de Tecnologia da Informação, em prol de uma TI mais eficiente e direcionada ao futuro.

“Com o advento de novas tecnologias embarcadas nas aeronaves, criptografia e enlaces digitais nas comunicações, bem como complexos sistemas informacionais em apoio aos Exercícios Militares, a demanda de TI na Força Aérea Brasileira vem crescendo exponencialmente desde a última CRUZEX, em 2018. Dessa forma, o Sistema de Tecnologia da Informação do Comando da Aeronáutica tem atuado, por meio de seus Centros de Computação e de Defesa Cibernética, em sinergia com as Organizações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, desenvolvendo e sustentando as Tecnologias da Informação necessárias para a condução de Operações Aeroespaciais com disponibilidade, eficiência e segurança cibernética, dentro de padrões compatíveis com os Cenários de Conflitos Internacionais”, destaca.

CCA-RJ – Especificamente, o time técnico do CCA-RJ destaca-se na instalação do cabeamento de rede e das fibras ópticas para prover a rede de dados física durante o evento, bem como na configuração de mais de 200 estações de trabalho para uso dos participantes do Exercício. Essa infraestrutura garantirá que todos os softwares do exercício sejam operados de forma rápida e eficiente. Além disso, a segurança da informação também é uma prioridade.

A equipe implementa medidas para proteger a rede de dados contra possíveis ataques cibernéticos. Da mesma forma, a célula CISS disponibilizará um serviço de e-mail para a comunicação interna e um serviço para compartilhamento de informações em tempo real entre os militares envolvidos no evento. CCA-SJ – Entre as atividades desempenhadas pelo CCA-SJ, destaca-se a implantação e sustentação do Sistema de Gerenciamento de Exercício (SIGEX), capaz de prover toda a gestão operacional de voo, manutenção e suporte logístico, assim como o Sistema de Planejamento de Missões Aéreas (PMA), que possibilita o planejamento e análise das missões aéreas logo após a realização dos voos de “pacote” ou missões aéreas compostas, auxiliando no desenvolvimento de técnicas conforme a Doutrina de Emprego da Força Aérea Brasileira.

Para as operações aéreas, o Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos também atua de forma contínua e aprimorada na gestão e condução dos sistemas de Simulação de Voo, garantindo maior preparo e segurança para voos reais, como a utilização dos Simuladores da Aeronave F-5, localizados nas Bases Aéreas de Canoas e Santa Cruz, que reproduzem cem por cento das emergências em voo da aeronave, permitindo maximizar o treinamento com redução de custos operacionais e aumento significativo da segurança. 1º GCC – Atuando de forma integrada, o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e seus Esquadrões subordinados foram mobilizados com o objetivo de expandir e fortalecer a infraestrutura de comunicações e enlaces digitais da CRUZEX. Uma parte significativa da equipe do 1º GCC está posicionada na Base Aérea de Natal, onde foi montada toda a estrutura de Comando e Controle, sustentada pela célula CISS.

Entre os recursos implementados, destacam-se antenas para comunicações via satélite (TELESAT), três pontos de videoconferência de alta disponibilidade e sistemas de visualização DA/COM nas salas operacionais, que permitem o acompanhamento em tempo real da síntese radar da área de Operações. Além disso, a equipe disponibilizou rádios VHF/UHF, telefonia operacional e o sistema Data Link Remote Station (DRLS), responsável por garantir comunicação segura de dados e voz entre aeronaves e estações de solo. Além de Parnamirim, os Esquadrões do 1º GCC estão distribuídos em outras cinco localidades estratégicas: Caicó (RN), Açu (RN), Santa Terezinha (PE), Sousa (PB) e Recife (PE). Em Recife, a equipe estabeleceu pontos de videoconferência que permitem comunicação nos briefings entre os controladores locais e os pilotos em operação em Parnamirim, facilitando a coordenação das missões.

Para a CRUZEX 2024, foram mobilizados 75 militares do STI, da Tecnologia da Informação e Comunicações (ETIC) da Base Aérea de Natal (BANT) e do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) para formarem a célula de Suporte de Sistemas de Informação e Comunicações, atuando nas mais diversas áreas do apoio e emprego sistemático de Tecnologia da Informação e Comunicações.

A Força Aérea Brasileira divulgou foto dos caças F-39 Gripen equipados com mísseis ar-ar Meteor estacionados nos hangaretes da Base Aérea de Natal-RN. É a primeira vez que os F-39 do 1° GDA aparecem equipados com o míssil.

Sete aeronaves Gripen participaram do exercício EXTEX COMAO da FAB na BANT, realizando múltiplas sortidas diárias. Essas aeronaves operacionais estão em Natal para participar do exercício multinacional CRUZEX e estão executando com sucesso missões ar-ar, dentro do cronograma de desenvolvimento acordado com a FAB.

O MBDA Meteor é um míssil ar-ar de longo alcance projetado para combates além do alcance visual (BVR), destacando-se pela precisão e desempenho contra aeronaves inimigas de alta manobrabilidade, drones e mísseis de cruzeiro. Equipado com radar ativo, o Meteor mantém o travamento no alvo mesmo em meio a interferências eletrônicas intensas.

Utilizando um motor ramjet, o Meteor atinge velocidades supersônicas de cerca de Mach 4 e conserva energia até a fase final do voo, garantindo um alcance superior a 200 km e alta probabilidade de acerto, mesmo contra alvos evasivos.

Além disso, o Meteor conta com um link de dados bidirecional que permite comunicação em tempo real com a aeronave lançadora, possibilitando retargeting e adaptações durante o voo. Com peso de 190 kg e compatível com caças como Eurofighter Typhoon, Dassault Rafale, Gripen e F-35, o Meteor oferece uma combinação de alcance, precisão e flexibilidade tática essencial para garantir superioridade aérea.

A Força Aérea Brasileira divulgou imagens das aeronaves que já chegaram para o exercício multinacional CRUZEX 2024.

Reconhecido como o exercício militar mais expressivo da América Latina, a 8ª edição do CRUZEX 2024 reunirá 16 países, mais de 3 mil militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

Para as atividades aéreas, participam esquadrões de voo do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal.

Já para a execução das tarefas espaciais e cibernéticas, atuarão Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Peru. Além desses, a África do Sul, Alemanha, Canadá, Equador, França, Itália, Suécia e Uruguai enviarão militares observadores, enriquecendo o intercâmbio de experiências e fortalecendo a cooperação internacional.

A foto oficial do exercício multinacional CRUZEX 2024, com as aeronaves A-4, KA-1P, F-5, F-16, A-29 Super Tucano, T-27 Tucano, , KC-390, Gripen E, F-15, AMX e IA-63 Pampa.

O CRUZEX 2024 é um dos maiores exercícios aéreos multinacionais realizados na América Latina, organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O evento, que ocorre entre 3 e 15 de novembro na Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, reúne forças aéreas de 16 países, mais de 3.000 militares e cerca de 100 aeronaves, incluindo caças, helicópteros, aviões de transporte e reabastecimento, tanto do Brasil quanto de nações parceiras. Desde 2002, o CRUZEX promove a cooperação e o treinamento conjunto em cenários de conflito, reforçando a interoperabilidade e o intercâmbio de conhecimento entre as forças armadas dos países participantes.

A edição de 2024 é marcada pela introdução de novos elementos no treinamento, com a inclusão dos domínios cibernético e espacial. No âmbito cibernético, são realizados exercícios simulados que integram operações aéreas e cibernéticas, testando a segurança de sistemas críticos que apoiam as atividades aeroespaciais. Já no domínio espacial, as forças envolvidas participam de simulações realistas de eventos relacionados ao espaço, permitindo entender como essas situações podem influenciar a tomada de decisões estratégicas em um contexto de conflito.

Durante o CRUZEX 2024, estão planejadas mais de 1.500 horas de voo em uma ampla variedade de missões, incluindo ataque ao solo, superioridade aérea, escolta, reabastecimento em voo e resgate. Essas missões oferecem um ambiente de treinamento intensivo que simula condições de combate realistas, onde os pilotos e equipes de apoio podem aprimorar suas habilidades em um contexto multinacional.

Para as atividades aéreas, participam esquadrões de voo do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal. Já para a execução das tarefas espaciais e cibernéticas, atuarão Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Peru. Além desses, a África do Sul, Alemanha, Canadá, Equador, França, Itália, Suécia e Uruguai enviarão militares observadores, enriquecendo o intercâmbio de experiências e fortalecendo a cooperação internacional.

Desde a sua primeira edição, em 2002, o exercício operacional Cruzeiro do Sul, a CRUZEX, se destaca por reunir em bases aéreas brasileiras aeronaves do Brasil e de outros países para uma guerra simulada de alto nível. Iniciada hoje, a edição de 2024, contudo, eleva o patamar de interesse por conta das estreias de novos modelos. É o caso do F-15 Eagle da United States Air Force (USAF). Principal jato de defesa aérea dos Estados Unidos, estrela da Guerra do Golfo e detentor de um histórico de mais de cem vitórias em combates aéreos sem nenhuma perda, o caça norte-americano vai mostrar nos céus do Rio Grande do Norte, onde ocorre a CRUZEX 2024, todo o poder de seus motores e da reconhecida manobrabilidade.

Quatro F-15C da Guarda Aérea Nacional da Louisiana já estão na Base Aérea de Natal. Embora seja uma unidade da reserva, a bordo estarão aviadores treinados para missões de combate real. O 122nd Fighter Squadron tem uma longa história, criada em 1941, tendo nos últimos anos voado no Iraque e no Afeganistão. Apesar do currículo, os F-15C não serão os jatos mais avançados da CRUZEX 2024. A ponta de lança cabe aos brasileiros F-39E Gripen, também estreantes no exercício. A FAB deslocou sete unidades para Natal, mantendo apenas uma na base em Anápolis (GO). Há expectativas sobre o domínio atual da FAB com a combinação dos radares AESA e dos mísseis Meteor, que, em teoria, formam o mais avançado conjunto do mundo na atualidade para o combate além do alcance visual (BVR).

Já os argentinos IA-63 Pampa e os peruanos KT-1P são aeronaves de desempenho mais limitado, indicadas para missões de ataque ao solo e de interceptação de aviões e helicópteros de baixa velocidade. Eles devem voar ao lado dos T-27 Tucano do Paraguai, um modelo já bem conhecido por aqui, mas inédito com as cores do país vizinho, e dos brasileiros A-29 Super Tucano. Enquanto isso, os F-16 do Chile, A-4 Skyhawk da Marinha do Brasil, A-1 e F-5 da Força Aérea Brasileira realizarão missões de alto desempenho. Mesmo as missões de apoio terão destaque na CRUZEX 2024. Brasil e Portugal terão seus KC-390 Millennium, aeronaves estreantes no exercício, que substituem em suas forças os KC-130H, que estarão aqui com as cores da Argentina e do Peru. Já os EUA trazem um KC-46 Pegasus, versão modificada do Boeing 767, criado para substituir o KC-135, que ainda participa da CRUZEX com a bandeira do Chile.

A Cruzex 2024 será realizada até 15 de novembro e envolverá cerca de 100 aeronaves e mais de 3.600 militares. Além dos países já citados, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Peru, além do Brasil, participam de atividades de planejamento, guerra cibernética e atividades espaciais. Além desses, a África do Sul, Alemanha, Canadá, Equador, França, Itália, Suécia e Uruguai enviaram observadores.

Neste domingo, 3 de novembro, a Força Aérea Brasileira (FAB) dá início ao Cruzex 2024, o mais importante exercício aéreo multinacional da América Latina. O evento, que segue até 15 de novembro, será sediado na Base Aérea de Natal (BANT), localizada em Parnamirim – região Metropolitana, e contará com a participação de aproximadamente 100 aeronaves e mais de 3.000 militares de diversas nacionalidades.

Esta edição destaca-se pela presença de 16 países, incluindo Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal, que enviarão seus esquadrões para operações conjuntas. Outros países, como África do Sul, Alemanha, Canadá, Equador, França, Itália, Suécia e Uruguai, também estarão presentes como observadores, contribuindo para um intercâmbio de práticas e estratégias.

O Exercício Cruzex 2024 visa aprimorar a cooperação entre forças aéreas, promovendo treinamentos em cenários de combate simulados e operações combinadas. “Essa troca de experiências e o desenvolvimento de capacidades conjuntas são fundamentais para fortalecer nossa atuação em diferentes cenários“, afirmou a organização do evento. As nações participantes executarão tarefas aéreas, cibernéticas e espaciais, elevando o nível do treinamento em aspectos técnicos e operacionais.

Estrutura e logística da operação

A complexa logística do Cruzex 2024 envolve a coordenação de 140 voos, necessários para transportar equipamentos e pessoal, além de um rigoroso planejamento entre as forças envolvidas. Para o Tenente-Coronel Bruno Américo Pereira, comandante do 1º Grupo de Tropa e Transporte (1º GTT) – conhecido como Esquadrão Zeus –, a preparação é essencial para o sucesso das operações:

“O Esquadrão Zeus iniciou os preparativos da CRUZEX antecipadamente, mobilizando equipamentos e, nesta fase final de preparação, reunindo o pessoal envolvido. Durante o exercício, o esquadrão será treinado em reabastecimento em voo, reabastecimento aéreo, assalto aerotransportado, infiltração e exfiltração”, explicou o oficial, destacando ainda a importância das aeronaves KC-390 Millennium no cumprimento das missões. Entre as atividades planejadas estão reabastecimento em voo, autodefesa aérea e liderança de pacotes de transporte aéreo.

Dentre as aeronaves mobilizadas pela FAB estão os caças F39 Gripen, F-5EM, A-1, A-29B, o transporte KC-390 Millennium, C-105/SC-105 Amazonas, e helicóptero H-36 Caracal. A Marinha do Brasil também marca presença com o A4. Participam ainda caças e aviões de transporte de outros países, como o IA-63 Pampa e KC-130H da Argentina; KC-135 e F-16 do Chile; KC-767 da Colômbia; F-15 e KC-46 dos Estados Unidos; AT-27 e C-212 do Paraguai; KT-1P e KC-130 do Peru; e KC-390 de Portugal. Este alinhamento multinacional reflete o caráter colaborativo e de alta interoperabilidade da Cruzex.

Visitação pública e agendamento

Para aproximar o público do evento, a FAB abrirá a Base Aérea de Natal para visitação entre os dias 5 e 15 de novembro. Em horários divididos ao longo do dia, os visitantes poderão ver de perto modelos de aeronaves de alta tecnologia, como o SAAB JAS-39E Gripen NG da FAB, o F-16 Fighting Falcon do Chile, o KC-767 da Colômbia e o KC-390 de Portugal. Entre os destaques está o icônico F-15 Eagle dos Estados Unidos, uma das mais renomadas aeronaves de combate.

As visitas ocorrerão em quatro horários diários, com duração de 1 hora e 20 minutos para cada grupo:

• Manhã I: 10h10 às 11h30
• Manhã II: 11h40 às 13h00
• Tarde I: 13h10 às 14h30
• Tarde II: 14h40 às 16h00