NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL UOL


O céu não é o limite: O balão de Bartolomeu de Gusmão

Em 3 de agosto de 1709, o brasileiro apresentou a sua invenção à família real portuguesa

Aline Ribeiro/aventuras Na História | Publicada em 03/08/2019 04:00

Em agosto de 1709, aos 24 anos, o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão convocou a Corte portuguesa para conhecer seu mais novo experimento. O sacerdote era recém-chegado do Brasil, sua terra natal, onde já era conhecido como inventor. Mas aquela criação era de uma ousadia inédita. Gusmão queria voar, e conseguiu. Ele criou um objeto capaz de deslizar pela atmosfera sem apoio nenhum. “Pela primeira vez na história, um aparelho construído pelo homem venceu a gravidade”, diz Araguaryno Cabrero dos Reis, brigadeiro reformado da Força Aérea Brasileira (FAB).

Anos antes, ao examinar o comportamento de uma chama, não se sabe se de uma vela ou fogueira, Gusmão percebeu que o ar quente podia elevar pequenos objetos. Por falta de documentos históricos, é difícil saber como tudo realmente ocorreu. Especula-se que a descoberta tenha se dado quando uma pequena bolha de sabão, ao passar sobre uma vela, foi fortemente jogada para as alturas. O fenômeno pode ter ocorrido ainda com pedaços de papel que, queimados, transformaram-se em fuligem e ascenderam. Foi isso que inspirou o padre a projetar o primeiro aeróstato, um aparelho parecido com o nosso balão de São João.

O anúncio sobre a tal máquina de voar inquietou a sociedade lisboeta no verão de 1709. Em 3 de agosto, Gusmão mostrou à família real, fidalgos e autoridades eclesiásticas do que era capaz a sua engenhoca. Durante a primeira tentativa, os ilustres convidados esperavam impacientes na sala de audiências do Palácio, quando veio a frustração. Vítima de suas próprias chamas, o pequeno balão de papel cheio de ar quente foi queimado antes de alçar voo.

O segundo ensaio teria ocorrido dois dias depois. Ansiosa, a platéia da ocasião teve mais sorte: o globo de menos de meio metro de comprimento subiu pouco mais de quatro metros. Alguns criados do Palácio, preocupados com a possibilidade de o invento incendiar as cortinas, lançaram-se contra o balão para que ele não alcançasse o teto.

O mérito de Gusmão foi reconhecido somente na terceira tentativa. Dessa vez, no pátio do Palácio, perante o rei de Portugal, Dom João V, e a rainha, dona Maria Anad, o aeróstato ganhou os ares. Ergueu-se lentamente, indo cair, quando esgotada sua chama, no terreiro da casa real. A inédita máquina mais leve do que o ar impressionou o público, mas não cumpriu sequer metade das façanhas que Gusmão prometera a Dom João V.

Em seus pedidos de patente, ele anunciava feitos fantásticos. Dizia que sua invenção facilitaria a descoberta de novas terras, fazendo “da nação portuguesa a glória deste descobrimento”. Afirmava tratar-se “de um instrumento para se andar pelo ar, da mesma sorte que pela terra e pelo mar, e com muita brevidade, fazendo-se muitas vezes duzentas e mais léguas de caminho por dia.” Azar de Gusmão.

“A Corte não estava preocupada com a ciência. Eles queriam era ganhar dinheiro com ouro e ter uma vida suntuosa”, diz Henrique Lins de Barros, pesquisador da história da aviação e autor do livro Santos Dumont: o Homem Voa! 

Bartolomeu Gusmão tem uma trajetória de mistérios sucessivos. Nascido na vila paulista de Santos, em 1685, foi batizado com o nome de Bartolomeu Lourenço Santos, mas sempre preferiu ser chamado de Gusmão. Ainda criança, mudou-se para a Capitania da Bahia para continuar seus estudos no Seminário de Belém. Na época, Gusmão já era conhecido pela inteligência e pela memória espantosa.

Construiu uma bomba elevatória para transportar água do rio Paraguaçu até o colégio dos padres, que ficava a 100 metros do nível do mar. O abastecimento, até então, exigia muito esforço e tempo dos seminaristas. Esse foi seu primeiro invento, que fez de Gusmão o primeiro brasileiro a conseguir uma patente.

Entre 1708 e 1709, ele deixou o Brasil rumo a Portugal. Na metrópole, depois de projetar o aeróstato, dedicou-se a outros inventos, nenhum com a repercussão do balão. Com o passar do tempo, ele também ficou conhecido por seus dotes oratórios – tornou-se membro da Academia Real de História e deixou vários sermões, principalmente o da Festa do Corpo de Deus, datado de 1721.

Na década de 1720, apesar dos privilégios que tinha junto à Corte, não conseguiu se ver livre dos problemas trazidos pela Santa Inquisição. Segundo especulações, ele teria sido perseguido por se converter ao judaísmo, ou por desafiar a natureza e os desígnios de Deus com seu balão voador.

No entanto, o biógrafo Benedito Calixto, afirma que o processo movido pela Igreja Católica Romana contra o inventor não teve relação com suas exposições aerostáticas. A Inquisição não se preocupava com descobertas científicas. O escritor Affonso d’Escragnolle Taunay, pesquisador da vida do padre, endossou essa tese. O problema foi outro: Gusmão teria se apaixonado por uma freira, conhecida como Trigueirinha, com quem o rei Dom João V possivelmente mantinha relações amorosas.

“A Corte portuguesa era uma bandalheira geral. As intrigas feitas pela amante do padre o fizeram ir para a Holanda”, diz o brigadeiro Araguaryno Cabrero dos Reis. A partir daí, pouco se sabe sobre o paradeiro de Gusmão. Ele fugiu da Inquisição durante alguns anos e morreu, com 39 anos, de tuberculose, em 19 de novembro de 1724, em Toledo, Espanha.

Sonhando alto

Um dos motivos para Bartolomeu de Gusmão ter boas relações com a realeza estava na proximidade com seu irmão Alexandre de Gusmão, homem de confiança do rei Dom João V. Alexandre auxiliou o rei durante as negociações do Tratado de Tordesilhas, que definiu as áreas do Novo Mundo entre Espanha e Portugal.

Além do balão e da bomba elevatória de água, Bartolomeu de Gusmão inventou uma forma de drenar embarcações – a criação foi definida na época como um “processo para esgotar água sem gente, dos navios alagados”. Anos depois, na Holanda, ele também criou um sistema de lentes para assar carne ao sol.

Foi só 74 anos depois da criação do padre brasileiro que um balão tripulado alcançou o céu com sucesso. Depois de seis anos de pesquisas e experiências, os irmãos franceses Joseph Michel e Jacques Étienne Montgolfier conseguiram, em 4 de junho de 1783, na cidade de Annonay, voar dois quilômetros, a uma altitude máxima de 2 mil metros.

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Força Aérea Brasileira capacita tripulantes para sobrevivência na selva amazônica


Agência Força Aérea | Publicada em 02/08/2019 14:00

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram do Curso de Adaptação Básica ao Ambiente de Selva (CABAS). A formação ocorreu, no período de 11 a 25 de julho, e foi coordenada pelo Esquadrão Harpia (7°/8° GAV), sediado na Ala 8, em Manaus (AM).

“A finalidade do curso é proporcionar aos aeronavegantes conhecimentos básicos a respeito da sobrevivência na selva, a fim de aumentar a sobrevida deles e dos demais tripulantes caso ocorra alguma emergência real”, explicou o Oficial Coordenador do CABAS, Tenente Aviador Hideyuki Simplicio Kitayama.

O curso foi composto por mais de 80 horas de instrução e abordou procedimentos de emergência em aeronaves, ações imediatas após acidente, transposição em curso de água, geodiversidade da amazônia, doenças endêmicas e ofidismo, fauna e flora da região da amazônia, construção de abrigos, entre outros.

Um dos participantes das instruções, o Tenente Aviador Wellington Salomão Raimundo Gomes Tavares falou sobre o aprendizado que adquiriu com o CABAS.

“O curso em si serviu para relembrar e fortalecer ensinamentos de sobrevivência em ambiente de selva, mas também proporcionou novas experiências, como pernoite isolado, visita à comunidade indígena e o próprio contato com a selva primária, bem como a troca de experiências com instrutores experientes e com vivências em missões reais”, acrescentou.

Comandante da Aeronáutica recebe Embaixador da Índia em Brasília (DF)

Encontro ocorreu na manhã desta quinta-feira (1º) no Comando da Aeronáutica

Agência Força Aérea | Publicada em 02/08/2019 11:00

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, reuniu-se, nesta quinta-feira (1º), em Brasília (DF), com o Embaixador da Índia no Brasil, Ashok Das. A visita institucional visou ratificar a cooperação entre as Instituições.

De acordo com o Tenente-Brigadeiro Bermudez, no encontro, tratou-se sobre projetos importantes nas áreas de ensino, saúde, engenharia e tecnologia. “Assim, firmamos essa parceria no sentido de incrementar a reciprocidade entre as Forças Aéreas, nos diversos campos”, afirmou.

O Embaixador da Índia também avaliou como positiva a visita ao Comando da Aeronáutica (COMAER). "Nesta oportunidade, falamos sobre as atividades comuns e também sobre a interação entre nossas Instituições", destacou.

Também participaram do encontro o Chefe da 2º Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Brigadeiro do Ar Rodrigo Fernandes Santos, o Chefe da Seção de Adidos da 2º Subchefia do EMAER, Coronel Aviador Luiz Francisco Tolosa e o Adido de Defesa da Índia no Brasil, Coronel Mansij Lal.

OUTRAS MÍDIAS


JORNAL AGORA MS


Publicada em 02/08/2019 17:36

No âmbito do Projeto Soldado Cidadão, uma parceria entre o Senai Nacional e o Ministério da Defesa para qualificar militares das Forças Armadas, o Senai de Campo Grande entregou, nesta sexta-feira (02/08), durante cerimônia na BACG (Base Aérea de Campo Grande), os certificados de conclusão do curso de agente de inspeção de saúde e segurança do trabalho para 14 militares da Aeronáutica.

Segundo o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o curso serve para preparar o militar que está em vias de concluir o serviço militar obrigatório. “Nosso objetivo é ajudar a preparar esses jovens para o mercado de trabalho. E como uma instituição de ensino devemos oferecer esse tipo de parceria sempre de acordo com as demandas”, afirmou, enfatizando que a parceria será ampliada. “Quero convidar os militares a fazerem uma visita ao Senai de Campo Grande e à Escola Senai da Construção para que conheçam a estrutura e projetem novos cursos para 2020”, concluiu.

Para o comandante da BACG, brigadeiro do ar Augusto Cesar Abreu dos Santos, a realização desses cursos é de fundamental importância para os jovens que estão cumprindo o serviço militar obrigatório. “Recebemos por ano cerca de 150 a 200 jovens na faixa de 19 anos de idade com pouca ou nenhuma experiência profissional. Queremos agregar valores como a disciplina e hierarquia e também algumas habilidades profissionais para que, quando retornem à vida civil, sejam competitivos no mercado de trabalho”, explicou.

A 3º sargento Lucimeire Martins Coelho afirma que o aprendizado do curso será utilizado tanto na vida profissional, quanto na pessoal, enquanto o soldado Jonathan Marques Gonçalves acredita que após o curso adquiriu senso mais crítico na segurança e saúde do trabalho. “Usarei meus conhecimentos para auxiliar meus colegas no setor onde trabalho. Teremos um aumento no padrão da qualidade de serviço”, garantiu.

O soldado Leonardo Dutra Sandim já tinha mostrado interesse no assunto antes mesmo de entrar no serviço militar. “O curso vai me ajudar na carreira porque aprendemos a ter visão crítica, pois acidentes vão acontecer, temos que fazer de tudo para evitar. Quando eu sair daqui quero me especializar na área, pois gostei muito do assunto e didática do instrutor”, complementou.

O Projeto Soldado Cidadão funciona desde 2004 e abrange todo o território nacional na capacitação dos jovens que estão deixando a farda para retornar à vida civil. Quase 200 mil jovens já foram beneficiados pelo projeto, segundo o Ministério da Defesa, que oferece cursos em conformidade com a demanda do mercado de trabalho regional.