NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


AGÊNCIA BRASIL


Governo prepara hospital de campanha para atender índios yanomami

Unidade começou a ser montada em Boa Vista

Alex Rodrigues | Publicada em 24/01/2023 16:40

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a montar, em Boa Vista, o primeiro dos hospitais de campanha que o governo federal planeja utilizar para atender índios da etnia yanomami.Segundo o secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, mais de mil pessoas com graves problemas de saúde já foram transferidas da Terra Indígena Yanomami, perto da fronteira com a Venezuela, para a capital de Roraima - uma viagem que, em aviões de médio porte, dura, em média, duas horas.“Pudemos presenciar o estado de calamidade em que o território [yanomami] está. É um cenário de guerra. Nossa unidade de saúde indígena, em Surucucu, assim como a nossa Casai [Casa de Apoio à Saúde Indígena] aqui, em Boa Vista, são praticamente campos de concentração”, declarou o secretário, hoje (24), ao conversar com jornalistas, na capital roraimense.

Conforme a Agência Brasil apurou, ontem (23), havia 583 pessoas alojadas na unidade de saúde de Boa Vista, para onde parte dos yanomami doentes está sendo transferida para receber tratamento médico adequado. Do total, 271 indígenas eram pacientes; 257 acompanhantes e 55 índios que já receberam alta médica e aguardam uma oportunidade de voltar a seus territórios.“Queremos desafogar o espaço [da Casai de Boa Vista], pois as condições estão insalubres”, disse o secretário nacional, informando que, nesta terça-feira, perto de 700 pessoas estão recebendo atendimento na unidade. “Estamos implantando um hospital de campanha aqui em Boa Vista para resolvermos o problema de assistência aos indígenas que estão alojados na Casa de Apoio e também para dar assistência aos que estão chegando”, acrescentou Weibe Tapeba, reforçando que o Ministério da Saúde planeja montar ao menos mais um destes equipamentos na região do Surucucu, onde vivem os yanomami em situação de grande vulnerabilidade.De acordo com o secretário, os principais problemas de saúde identificados são desnutrição, malária e infecção respiratória aguda. Situação que motivou o Ministério da Saúde a, na última sexta-feira (20), declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional – o que permite ao Poder Executivo federal adotar, em caráter de urgência, medidas de “prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública”.A montagem do Hospital de Campanha de Boa Vista está a cargo da FAB, sob a coordenação dos ministérios da Defesa (MD) e da Saúde (MS). A estrutura abrigará uma equipe multidisciplinar, com militares médicos de várias especialidades (clínica médica, ortopedia, cirurgia-geral, pediatria, radiologia, ginecologia, patologia etc.) além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Aparelhos de raio-x e para a realização de ultrassonografias serão instalados no local, junto a uma farmácia e a um laboratório com capacidade de realizar alguns exames laboratoriais.O hospital de campanha também contará com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para unidades de saúde mais complexas.

DEFESA AÉREA & NAVAL


KC-390 da FAB lança 6,5 toneladas de mantimentos em apoio às ações de atendimento às Comunidades da Terra Indígena Yanomami


Guilherme Wiltgen | Publicada em 24/01/2023 09:02

Na tarde desta segunda-feira, dia 23, o 4° Pelotão Especial de Fronteira (Surucucu-RR), do Comando de Fronteira Roraima/ 7° Batalhão de Infantaria de Selva, do Comando Militar da Amazônia (CMA), recebeu o lançamento de 6,5 toneladas de gêneros alimentícios em cumprimento à missão de apoio às ações interministeriais visando o atendimento às Comunidades da Terra Indígena Yanomami, em Roraima.O lançamento foi realizado por uma aeronave KC-390,da Força Aérea Brasileira.A carga, dividida em dois lotes compostos por 42 cestas básicas (712 quilos) e 36 cestas básicas (614 quilos), foi preparada por militares do Exército Brasileiro do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar (B DOMPSA), da Brigada de Infantaria Pára-quedista. Em terra, militares foram mobilizados para fazer o recolhimento do material, que será distribuído nos próximos dias.

PORTAL TECNOLOGIA E DEFESA


A ajuda que vêm dos Céus


Paulo Roberto Bastos Jr. | Publicada em 24/01/2023

Exército e Força Aérea seguem na operação humanitária em socorro dos indígenas Yanomami e lançam toneladas de alimentos e suporte médico em complexas operações paraquedista e aerotransportada.

No dia de hoje, 24 de janeiro, uma aeronave multimissão KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB), lançou 6,936 toneladas de itens alimentícios na região do Surucucu, em Roraima, sendo oito volumes de 714 quilos cada, que corresponde a 42 cestas básicas, e outros dois volumes pesando 612 quilos cada, contendo cada um 36 cestas, totalizando 408 cestas básicas.Ontem já haviam sido lançadas mais de seis toneladas, sendo cinco volumes de 714 quilos e quatro volumes de 636 quilos.Os suprimentos foram lançados em pontos estratégicos próximo ao 4º Pelotão Especial de Fronteira – Surucucu (4º PEF Surucucu), e, posteriormente, foram reordenados para uma nova distribuição junto às comunidades yanomamis. O  passo a passo da manobra é realizado com a competência proveniente do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Pára-quedas e Suprimento pelo Ar (B DOMPSA), da Brigada de Infantaria Pára-quedista (Bda Inf Pqdt).A execução desta atividade ficou a cargo do Comando Militar da Amazônia (CMA), sobre a coordenação dos ministérios da Defesa e da Saúde.

E saúde também

No dia de ontem, outro KC-390 da FAB decolou da Base Aérea do Galeão (BAGL), com destino à Base Aérea de Boa Vista (BABV) para prestar apoio às populações em território Yanomami. Ao todo, 31 militares da FAB e uma carga de 19 toneladas  embarcaram rumo à região que enfrenta uma grave crise sanitária, envolvendo problemas de desnutrição, malária e infecção respiratória aguda.Na região será montado um Hospital de Campanha, onde uma equipe multidisciplinar irá se revezar no atendimento a aproximadamente 700 indígenas, destes 278 pacientes já internados,  será composta por militares médicos das especialidades de clínica médica, ortopedia, cirurgia geral, pediatria, radiologia, ginecologia, patologia, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem.Para o devido atendimento à comunidade indígena, foram enviados como carga aparelhos de raio-x e ultrassonografia, farmácia e laboratório (que possibilitam a realização de exames laboratoriais) e uma unidade celular de saúde, com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para Unidades de Saúde mais complexas.

DEFESA EM FOCO


Saiba como é executado o serviço de Busca e Salvamento


Agência Força Aérea | Publicada em 24/01/2023 09:30

Em 26 de outubro de 2014, o Cessna PP-FFR decola de Santa Maria do Boiaçú (RR) com destino a Boa Vista (RR), mas não aterrissa no local planejado. Quatro dias depois, a aeronave é localizada com apenas um bilhete dos tripulantes, que deixaram o local debilitados, com fome e medo de onças. No dia seguinte, eles são localizados a 200 km da capital roraimense: cinco, incluindo uma gestante e um bebê, todos bem. Participaram da missão de busca e salvamento um avião SC-105 Amazonas SAR do Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV) e um helicóptero H-60 Black Hawk do Esquadrão Harpia (7º/8º GAV).

Quando se fala em socorro a pessoas desaparecidas, a imagem de aeronaves buscando e resgatando sobreviventes é o que vem à mente do público. Porém, essa é apenas uma parte de todo um sistema desenvolvido pela Força Aérea Brasileira (FAB) para salvar o máximo de vidas possível. Nos bastidores, uma rede mundial monitora qualquer sinal de que alguém precisa de ajuda. E quando são acionados, seus integrantes só têm um pensamento: a rapidez é essencial.

 

“É importante que todos os elos do sistema estejam atualizados e treinados para uma boa execução do serviço. É fundamental que todos os envolvidos no tratamento de alertas de emergência atuem em acordo com padrões internacionais e necessidades do país”, afirma o Tenente Engenheiro Ronan Souza Freitas, Chefe do Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC), que integra uma rede mundial de colaboração, monitorando possíveis incidentes 24 horas por dia, pronta para buscar e salvar vidas.

Origem

Os primeiros relatos de Busca e Salvamento (SAR, do inglês Search and Rescue) de pessoas em situação de perigo remontam à Idade Média, quando expedições saíam à procura de embarcações desaparecidas. Propriamente, a história do serviço SAR começou na Segunda Guerra Mundial. Na Grã-Bretanha, a Royal Air Force vinha sofrendo perdas significativas em seu efetivo ao defender o território britânico e ao realizar ataques contra a Alemanha. A preocupação era humanitária, mas também estratégica: os aviões abatidos eram repostos mais rapidamente que os pilotos, já que novos tripulantes precisavam passar por formação e treinamentos.A partir daí, foi organizada uma rede de comunicações especial para orientar pousos forçados e saltos de paraquedas em áreas mais adequadas ao resgate.

Os resultados foram positivos: o efetivo passou a contar com pilotos mais experientes e o moral da tropa foi fortalecido pelo sentimento de que as chances de sobrevivência eram boas em caso de abate.

Em 1944, representantes de 54 nações compareceram à Convenção de Aviação Civil Internacional (CACI) para estabelecer normas reguladoras para o transporte aéreo. Do encontro em Chicago (EUA) nasceu a instituição que se tornaria a Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO) e, no documento referente à CACI, o Anexo 12 abordou exclusivamente as medidas relativas ao serviço SAR.

No Brasil, o então Ministério da Aeronáutica criou, no fim de 1950, o serviço de Busca e Salvamento em cada Zona Aérea. Uma aeronave Catalina, pertencente, na época, à Base Aérea de Belém, foi colocada à disposição para missões SAR. Dois eventos foram importantes para a evolução do serviço no país: em 1947, um voo do Correio Aéreo Nacional (CAN) caiu numa área pantanosa de Porto de Moz (PA) e as experiências adquiridas pelos militares que entraram na mata para prestar socorro os levaram a perceber a necessidade de organizar e preparar melhor o trabalho; e, em 1967, cinco sobreviventes foram resgatados 11 dias após a queda do voo FAB 2068, em um C-47 encontrado próximo a Tefé (AM). Nesta ocasião, foram envolvidas 35 aeronaves da FAB e da Força Aérea Americana (USAF), 347 pessoas e mais de mil horas de voo. Um dos resgatados, ao avistar a equipe da FAB, disse a frase que se tornaria um bordão: “eu sabia que vocês viriam!”.

Ajuda satelital

Em 1979, foi assinado um memorando de intenções para se desenvolver um Sistema SAR com o auxílio de satélites. A conjunção de agências da União Soviética, Estados Unidos, Canadá e França gerou a união do Sistema Espacial de Busca de Embarcações em Situação de Emergência (do russo Comischeskaya Sistyema Poiska Avarivnich Sudov) e do Sistema de Busca e Salvamento por Rastreamento de Satélite (do inglês Search and Rescue Satellite-Aided Tracking System). O resultado da união ficou conhecido como COSPAS-SARSAT e entrou em operação em 1985 para todos os países, sem discriminação.

 Outras nações se associaram ao programa, contribuindo com estações terrestres de recepção, aumentando a eficiência do sistema – entre eles, o Brasil.O sistema é composto por satélites em órbitas geoestacionárias, polares baixas e em média-altitude, além de antenas de recepção. Essas instalações são capazes de detectar balizas de emergência transmitidas por diferentes equipamentos. O Emergency Locator Transmitter (ELT), utilizado em aeronaves; o Emergency Position-Indicating Radiobeacon (EPIRB), por embarcações; Personal Locator Beacon (PLB), para uso pessoal; e o Ship Security Alert System (SSAS), acionado apenas em casos de terrorismo ou pirataria em embarcações.

Em solo

Quem recebe esses sinais de alerta é o Centro Brasileiro de Controle de Missão (cuja sigla, em inglês, é BRMCC), localizado no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília (DF). De lá, os alertas são distribuídos entre cinco Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (ARCC), localizados nos CINDACTA, ou seja: Brasília, Curitiba (PR), Manaus (AM) e dois no Recife (PE). A unidade da capital pernambucana sedia os ARCC Recife e Atlântico, este responsável pelo serviço na área oceânica sob o controle do Brasil. Os ARCC também são conhecidos como SALVAERO.

Após o acionamento de todo esse sistema é que entram em cena as missões de busca e/ou de salvamento. Quem opera nos bastidores afirma: a sensação de ajudar a salvar uma vida é o mesmo para quem atua no início ou no fim do processo. ”A satisfação é a mesma, pois, apesar de não estar na execução do resgate, o trabalho de coordenação é fundamental para que o objeto da busca seja localizado e os sobreviventes resgatados. Cada decisão errada pode utilizar recursos de maneira inadequada e comprometer uma operação de busca e salvamento”, conta o Tenente Ronan.

Esquadrão de Busca e Salvamento

A FAB possui um esquadrão especialmente treinado para cumprir missões SAR: o Pelicano (2°/10° GAV), localizado na Ala 5, em Campo Grande (MS). Outros esquadrões também fazem missões de busca, desde que tenham suas tripulações com treinamento específico. Algumas unidades de asas rotativas cumprem ainda missões de salvamento. O Pelicano opera aviões SC-105 Amazonas e helicópteros H-1H, mantendo sempre um avião e um helicóptero em alerta para decolagem em poucos minutos, equipados para atender a qualquer situação de emergência, seja na terra ou no mar.

FAB envia militares e carga para apoiar populações em território Yanomami


Via Agência Força Aérea | Publicada em 24/01/2023 14:00

Uma aeronave multimissão KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou, nesta segunda-feira (23/01), da Base Aérea do Galeão (BAGL), com destino à Base Aérea de Boa Vista (BABV) para prestar apoio às populações em território Yanomami, na região de Surucucu (RR). Ao todo, 31 militares da FAB e uma carga de 19 toneladas embarcaram rumo à região que enfrenta uma grave crise sanitária, envolvendo problemas de desnutrição, malária e infecção respiratória aguda.Lá, a Aeronáutica, sob a coordenação dos Ministérios da Defesa (MD) e da Saúde (MS), vai montar um Hospital de Campanha, onde uma equipe multidisciplinar irá se revezar no atendimento a aproximadamente 700 indígenas, destes 278 pacientes já internados.Estão compondo a missão, militares médicos das especialidades de Clínica Médica, Ortopedia, Cirurgia Geral, Pediatria, Radiologia, Ginecologia, Patologia, além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Para o devido atendimento à comunidade indígena, foram enviados como carga aparelho de raio-x; aparelho de ultrassonografia; farmácia e laboratório, que possibilitam a realização de exames laboratoriais; unidade celular de saúde, com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para Unidades de Saúde mais complexas; dentre outros.O Diretor de Saúde da Aeronáutica, Major-Brigadeiro Médico Cloer Vescia Alves, destacou a relevância da missão. “As missões dessa natureza são de caráter extremamente importante para o Sistema de Saúde da Aeronáutica, à medida que a saúde operacional representa uma das missões precípuas, podendo atender às necessidades da sociedade brasileira. É nosso dever ajudar, da melhor forma possível, os mais necessitados e desempenhar o trabalho com máximo profissionalismo”, pontuou o Oficial-General.

Apoio Aéreo

Ainda nesta segunda-feira (23/01) uma aeronave C-97 da Força Aérea realizou o transporte, de Brasília (DF) para Boa Vista (RR), de uma comitiva composta por 13 profissionais de saúde do Ministério da Saúde que vai acompanhar de perto a situação da população da região Yanomami. A FAB tem apoiado, também, com o transporte de cestas básicas para a região. Por meio das aeronaves C-98 Caravan e H-60L Black Hawk, já foram transportadas, somente no final de semana, mais de 4 toneladas de alimentos para serem distribuídos na localidade.