Os aviões de inteligência e alerta R-99 e E-99 da Força Aérea Brasileira são responsáveis por uma importante parte da Operação Escudo Yanomami 2023, deflagrada para combater o garimpo ilegal e dar apoio humanitário aos indígenas da região.

A dupla de aeronaves cumpre missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), permitindo aos militares não apenas controlarem e reconhecerem o tráfego aéreo oriundo de pistas clandestinas, mas também obter dados de inteligência sobre o desenvolvimento de atividades ilícitas em toda a região.

“A atividade de inteligência é fundamental para o adequado assessoramento às decisões do Comandante Operacional Conjunto, no emprego dos meios adjudicados", relatou o Comando Operacional Conjunto Amazônia.

As aeronaves partem da base aérea de Boa Vista, em Roraima, e coletam diversos dados através de sensores embarcados, como pelo Radar de Abertura Sintética, sistema ótico, multiespectral e infravermelho. Mesmo grupos ou indivíduos isolados escondidos na densa mata podem ser vistos e acompanhados em tempo real.

"Nada é feito isoladamente, sempre contamos com a sinergia entre as Forças Armadas, Polícia Federal e agências para proporcionar o apoio necessário às comunidades indígenas e à ajuda humanitária, dentro das Terras Yanomami”, completou.

Os aviões foram incorporadas na FAB no início dos anos 2000 e são montados utilizando a plataforma básica dos jatos regionais da Embraer EMB-145 e são operadas pelo 2°/6° GAv – Esquadrão Guardião, baseados em Anápolis, em Goiás.