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TV GLOBO - JORNAL NACIONAL


Aviões da FAB estão a caminho da China para buscar brasileiros

Os aviões que vão buscar brasileiros que moram na região mais afetada pelo novo coronavírus já estão a caminho da China.

Redação | Publicada em 05/02/2020 21:01

A operação começou na terça-feira (4) com dois aviões da FAB que levaram parte da tripulação para Varsóvia, na Polônia, uma das escalas até a China. Eles vão facilitar a troca de equipes por causa da grande quantidade de horas de voo.

Nesta quarta-feira (5), o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, entrou nos aviões que vão trazer os brasileiros que vivem em Wuhan. Ele desejou sucesso aos militares que participam da missão.

“Sintam orgulho de estar participando de uma missão real, de uma ajuda humanitária real dos nossos brasileiros que estão em Wuhan”.

Os dois aviões decolaram da base aérea de Brasília pouco depois do meio-dia, cada um com 18 pessoas, entre tripulação e equipe médica.

“Temos 11 tripulantes, técnicos do avião, e mais sete da área médica especializada nesse tipo de apoio em cada avião”, disse o brigadeiro Marcelo Damasceno, coordenador da operação.

O presidente Jair Bolsonaro elogiou a dedicação da equipe que está indo buscar os brasileiros na China, que também ficará em quarentena assim que voltar.

“O nosso pessoal da FAB e mais de uma dezena de militares, quando voltarem, também vão passar o carnaval em quarentena. Então, é responsabilidade acima de tudo, trazendo esse pessoal de lá para cá”.

Os aviões fizeram uma primeira escala em Fortaleza. Depois pousarão em Las Palmas, na Espanha, para reabastecimento e seguem para Varsóvia, na Polônia. O primeiro pouso na China será em Ürumqi. A chegada à cidade de Wuhan está prevista para a noite da quinta-feira (6), horário de Brasília.

O trajeto de volta será o mesmo, com previsão de pouso na base aérea de Anápolis, em |Goiás, no sábado (7).

A tripulação dos aviões, a equipe médica e os 29 brasileiros e parentes de brasileiros que virão de Wuhan vão ficar no hotel de trânsito dos militares em Anápolis, isolados em quartos individuais.

Ninguém terá direito a visitas durante a quarentena.

O hospital das Forças Armadas, em Brasília, já está preparado para atender a eventuais casos de emergência que não puderem ser resolvidos na base aérea de Anápolis.

No Palácio do Planalto, o embaixador da China no Brasil acompanhou a reunião do grupo interministerial que discute as medidas contra o novo coronavírus. Ele conversou também com o presidente Jair Bolsonaro.

Exames laboratoriais descartaram nesta quarta-feira (5) mais 16 casos suspeitos. No total, caiu para 11 o número de pessoas sob observação: cinco no Rio Grande do Sul, quatro em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma em Santa Catarina.

O Ministério da Saúde começou a comprar óculos, máscaras, roupas descartáveis e outros equipamentos e insumos para atendimento emergencial a um custo estimado em R$ 140 milhões.

O secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, afirmou que o SUS estará pronto para oferecer até mil leitos para pacientes infectados.

“Serão mil leitos. A gente está falando alguma coisa em torno de R$ 20 milhões, R$ 30 milhões por mês. Esses leitos que forem instalados são uma espécie de um leasing, nós vamos pagar mensalmente pela instalação desses leitos, pelo fornecimento dos insumos, assistência técnica, manutenção”, explicou.

No fim da tarde, os senadores aprovaram o projeto com as regras para a quarentena, que, na terça-feira (4), recebeu o aval dos deputados. O texto vai agora para sanção presidencial.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, agradeceu os parlamentares e disse que o país está preparado para enfrentar o novo coronavírus.

“O que importa agora é que não existe nenhum motivo para que a gente tenha sensação de pânico, nada. Estamos fazendo, tem vigilância nos aeroportos, nos portos, o sistema de vigilância brasileiro está bem. Acho que está tudo bem, está tudo de bom tamanho”.

PORTAL UOL


Quarto individual, base aérea: como será a quarentena dos trazidos da China


Wanderley Preite Sobrinho | Publicada em 05/02/2020 13:42 | Atualizado em 05/02/2020 19:39

O grupo que retornará de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus na China, ficará em quarentena por 18 dias na Ala 2 da Base Aérea de Anápolis, a 48 quilômetros de Goiânia, em quartos individuais de um hotel de trânsito militar.

O governo federal enviou hoje à Ásia dois aviões para repatriar brasileiros que vivem na cidade chinesa. Também serão trazidos chineses com família no Brasil.

A equipe espera chegar a Wuhan na madrugada de sexta-feira (7) e já estar de volta no sábado (8), quando as aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) pousarão na base onde os pacientes trazidos ficarão isolados.

Está previsto o retorno de 34 pessoas, incluindo ao menos sete crianças. Esse número pode aumentar se mais gente pedir à embaixada brasileira em Pequim para embarcar.

As medidas tomadas são de precaução, já que não há indícios de que algum dos passageiros tenha contraído a doença. Viajantes vindos da China em voos convencionais não serão submetidos à quarentena.

Por que a Base Aérea de Anápolis?

A Base Aérea de Anápolis foi inaugurada em agosto de 1972. Após o surgimento do jato supersônico, a FAB decidiu criar uma unidade militar próxima à capital federal para receber aeronaves de interceptação.

Com uma área de 1.650 hectares (aproximadamente 10 parques do Ibirapuera), a base de Anápolis acomoda 1.700 militares em suas quatro áreas. Outra base aérea, a de Florianópolis, chegou a ser cotada para receber os brasileiros, mas acabou descartada pelo Ministério da Saúde.

Ao avaliar as instalações em Anápolis, o tenente brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica, disse ontem que ela reúne "todas as condições necessárias" para receber os brasileiros, especialmente em razão de sua estrutura física.

"Temos aqui dois bons hotéis. É uma base grande da nossa Força Aérea que recebe operações e organizações de outros lugares", disse.

As acomodações

Os repatriados ficarão nos chamados hotéis de trânsito, originalmente criados para atender militares que são transferidos de cidade. São acomodações simples, criadas para oferecer um lugar ao militar até que ele consiga se estabelecer na nova cidade.

Esses hotéis também são utilizados por militares em viagem. O uso é restrito a profissionais das Forças Armadas. Civis não podem se hospedar a menos em caso de emergência, como a quarentena a que os brasileiros na China serão submetidos.

"Viemos aqui com esse olho de analisar cada item, que seja cama e roupa de cama. São as necessidades que o Ministério da Saúde nos coloca para que possamos fazer essa questão de um isolamento", afirmou o brigadeiro.

A Base Aérea de Anápolis tem dois hotéis de trânsito, um para oficiais, outro para suboficiais e sargentos. O primeiro conta com 40 suítes, TV, frigobar, ventilador, telefone e ar-condicionado. O segundo é formado por 34 quartos duplos com TV, ventilador e estacionamento. A 400 metros dos hotéis há duas agências bancárias.

"A indicação do governo é que cada pessoa ficará em um quarto individual", afirmou ao UOL o advogado dos brasileiros em Wuhan. "As famílias com crianças ficarão juntas. Além disso, não deram mais detalhes."

Na Ala 2 da Base Aérea de Anápolis, estarão também isolados os membros da tripulação dos aviões da FAB e a equipe médica responsável pelo resgate.

Como será a quarentena?

O governo divulgou poucas informações sobre como serão os 18 dias de quarentena em Anápolis. Damasceno afirmou que, como há crianças entre os brasileiros que virão da China, existe a preocupação de providenciar uma área de lazer para elas desde que o Ministério da Saúde permita.

"Aqueles que não têm sintomas ficarão numa área branca", explicou o ministro Fernando Azevedo (Defesa). "Qualquer problema temos ainda condição de passar para uma área amarela, todos em apartamentos individuais, e, caso necessário, passar para uma área vermelha, [que é a] evacuação aeromédica para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília."

Na China, a quarentena foi descrita à BBC pelo paulista Calebe Guerra, 28. Ele disse que, por ser caseiro e passar longos períodos estudando em bibliotecas e cafés, o confinamento não foi problema. Para outros brasileiros, no entanto, a experiência é "estressante".

Ele disse que, os que não sabem mandarim, ligam a TV e não entendem a língua. Eles ficam inquietos por não estarem acostumados a ficar tanto tempo entre quatro paredes.

"É bastante informação a qualquer pessoa, mas principalmente para a cultura brasileira, que é mais de sair, de ir para casa do amigo, de dormir fora, de comer junto, de fazer churrasco. Gera uma ansiedade legal nos brasileiros que estão aqui", disse.

Em razão disso, um grupo de 58 brasileiros criou um grupo em um aplicativo de celular para servir como rede de apoio. Pelo WeChat, comum na China, eles conversam com até nove pessoas por vídeo. É quando falam sobre suas inseguranças e vida pessoal.

"É o confinamento que gera mais ansiedade, e não o medo de contrair o vírus, já que todos tomam os cuidados indicados pelo Estado: lavar bastante as mãos ao chegar em casa, quando saem de casa, e usar máscaras", afirmou o brasileiro.

Brasil já viveu quarentena em Goiás

Em 1987, um acidente causou o isolamento de brasileiros por meses. Em setembro daquele ano, catadores de sucata invadiram o prédio abandonado do Instituto Goiano de Radioterapia, em Goiânia, levaram um aparelho radiológico e o venderam ao dono de um ferro-velho.

Ao desmontar a peça, o homem encontrou um pó branco brilhante que lhe chamou a atenção. Ele, então, mostrou o que encontrou a vizinhos e familiares.

O problema é que o pó se tratava do cloreto de Césio 137, responsável pela contaminação radioativa de muitas pessoas. Uma semana depois, as autoridades souberam do incidente e lotaram um ônibus com moradores da região e o enviou para o antigo Estádio Olímpico, que serviu de área de quarentena.

Dias depois, decidiu-se pela remoção das vítimas para um prédio vazio no Jardim Europa, Sudoeste de Goiânia, onde ficaram completamente isolados por meses.

Na época, a base de Anápolis foi cogitada, mas descartada. Questionados, o Ministério da Defesa e a Força Aérea Brasileira não revelaram os motivos.

PORTAL G1


Aviões da FAB fazem escala em Fortaleza antes de buscar brasileiros na China; vídeo

Duas aeronaves têm capacidade para embarcar 30 passageiros cada. Brasileiros serão retirados de área afetada pelo novo coronavírus na China.

Redação | Publicada em 05/02/2020 16:13 | Atualizado em 05/02/2020 18:00

Os dois aviões VC-2 da Força Aérea Brasileira (FAB) que vão trazer brasileiros da cidade chinesa de Wuhan, epicentro da epidemia de novo coronavírus, aterrissaram por volta de 14h30 desta quarta-feira (5) no aeroporto de Fortaleza, para reabastecimento. Depois de decolar de Fortaleza, as aeronaves fazem parada em Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polônia) e Urumqi (China).

Os brasileiros ficarão em uma quarentena de 18 dias para evitar uma possível contaminação no Brasil, caso algum deles tenha sido infectado em território chinês. Os aviões receberam um equipamento conhecido como "bolha", que será usado para aumentar o isolamento de passageiros que venham a apresentar sintomas da doença durante o voo.

Os equipamentos foram trazidos do Instituto de Medicina Aeroespacial da FAB, no Rio de Janeiro.

" No caso de ter uma intercorrência, esse equipamento é instalado no paciente. Mas como todos sabemos, as pessoas que embarcarão estão todas sadias. Não há nenhuma evidência do vírus. Então, a princípio, não haverá esse tipo de atividade em voo", afirmou Damasceno.

Traslado de ida e volta

O tempo de viagem até a China deve ser de aproximadamente 23 horas e 30 minutos na ida e na volta. Os aviões devem chegar em Wuhan na noite de quinta-feira (6).

Acompanharam a decolagem em Brasília o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e o Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.

De acordo com Brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno, comandante da missão, a previsão é trazer da China 34 brasileiros. O governo diz que eles passarão por avaliação médica e só embarcará quem não apresentar sintomas da doença.