A Esquadrilha da Fumaça pode realizar hoje (28), sua apresentação de número 4.000. O time tem previsão de se apresentar na cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, às 15h30, no parque de Balonismo.

O Esquadrão de Demonstração Aérea, nome oficial da esquadrilha, completa neste ano 71 anos, sendo o segundo time militar de demonstração aérea mais antigo do mundo, ficando atrás apenas dos Blue Angels, da Marinha dos EUA.

Em 14 de Maio de 1952, houve a primeira demonstração da equipe, à época voando o lendário T-6 Texan, na sede da antiga Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Desde então, a Esquadrilha da Fumaça ganhou destaque nacional e internacional.

Com mais de sete décadas de existência, importantes aeronaves passaram pelo time, como o jato  Fougar Magister, o T-25 Universal, o T-27 Tucano e o atual A-29 Super Tucano. A esquadrilha coleciona destaques, incluindo dois recordes mundiais mundiais no Guiness Book, além de diversas participações em importantes eventos aeronáuticos no exterior.

Os sete A-29 Super Tucano da fumaça estão em meio ao circuito Sul e Sudeste de demonstrações. O time já se apresentou em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Nos próximos dias, eles passarão por Novo Hamburgo e Três de Maio, no Rio Grande do Sul, e Luiz Antônio, no interior paulista.

A Força Aérea Brasileira realizou na noite do último dia 20 de abril, um transporte simultâneo de quatro órgãos vitais, sendo um coração, um fígado e dois rins, de Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, para a capital fluminense. Para a importante operação, duas aeronaves foram utilizadas: o C-95M Bandeirante e o C-97 Brasília, ambas do 3º ETA – Esquadrão “Pioneiro", sediado na Base Aérea do Galeão. O Bandeirante decolou primeiro com a equipe médica que foi responsável pela cirurgia de transplante. O segundo, o Brasília, foi acionado para trazer os quatro órgãos para a Capital.

A cirurgia durou aproximadamente três horas e, em seguida, os órgãos e a equipe médica foram embarcados no C-97 Brasília, que seguiu para o aeroporto Santos Dumont (SDU).

" É a primeira vez que o Esquadrão emprega os dois projetos em uma única missão de transporte de órgãos vitais, um marco para o Pioneiro do Transporte do Brasil!", disse Pedro Henrique Tavares Rodrigues, piloto do C-97 Brasília.

Somente em 2023, a FAB já realizou o transporte de 31 órgãos, totalizando 130 horas voadas em missões deste tipo. Tais operações são asseguradas pela Lei 9.175/17, a qual estabelece que a Força Aérea deve manter sempre uma aeronave pronta para missões que atendam às demandas do Ministério da Saúde.

O Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), realizou, no dia 22 de abril, uma operação de decolagens sucessivas de pistas paralelas no Aeroporto Internacional de São Paulo – Governador André Franco Montoro (SBGR), em Guarulhos.

A operação contou também com a participação do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) e da Torre de Controle do Aeroporto de Guarulhos (TWR-GRU).

A operação faz parte da terceira fase do Projeto Agile GRU, que visa aumentar a eficiência operacional das operações de aproximação, pouso e decolagem do Aeroporto de Guarulhos. “Devido à separação entre os eixos das pistas ser inferior a 760 m, não se pode aplicar os critérios já previstos em regulamentação nacional para Decolagens Paralelas Independentes, operação que ocorre no Aeroporto de Brasília. Por isso, houve necessidade de buscar, dentre as melhores práticas internacionais, o conceito de Decolagens Sucessivas de Pistas Paralelas, onde é possível decolar duas aeronaves de modo simultâneo respeitados os critérios de segurança estabelecidos”, explicou o Coordenador do Projeto Agile GRU, Major Aviador Alexandre Gonçalves de Carvalho.

Duas aeronaves Embraer Legacy 500 (IU-50) do GEIV decolaram do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com duas equipes composta por pilotos inspetores, operadores de sistema de inspeção em voo e mecânicos de voo. “As aeronaves decolaram de forma paralela e sucessiva de ambas as pistas de Guarulhos, de posições previamente estipuladas e com defasagens de início de corrida de decolagem a partir de referências pré-definidas”, destacou o Major Carvalho.

O Capitão Aviador Felipe Alberto de Lima Souza fez um balanço da missão. “De acordo com o Controle de Aproximação São Paulo as operações obtidas após as decolagens foram satisfatórias. Com isso, conseguimos um resultado positivo e executamos o mínimo de decolagens possíveis”, afirmou.

Segundo o Controlador de Tráfego Aéreo do Controle de Aproximação São Paulo (APP-SP), Sargento Rafael Mariano dos Santos, por ser uma operação pioneira no Brasil, diversos ensaios foram realizados por meio de simulações, visando dimensionar os parâmetros que serão utilizados pelos órgãos de controle de tráfego aéreo. “O voo realizado pelo GEIV foi de extrema importância para validar os critérios estabelecidos, confirmando que o procedimento é capaz de otimizar o fluxo de decolagens em momentos de alta demanda e, ao mesmo tempo, garantir a manutenção contínua dos níveis de segurança operacional no controle do espaço aéreo”, pontuou.

Para o Controlador de Tráfego Aéreo da Torre de Controle Guarulhos, Daniel Affonso Rego Ramos, os voos do GEIV foram essenciais para comprovar o alcance dos parâmetros mínimos estabelecidos no projeto, corroborando os resultados atingidos no STR (Simulador em Tempo Real). “A Fase 3A do Projeto Agile GRU proporcionará ao controlador de tráfego aéreo da Torre de Guarulhos importante ferramenta que poderá ser utilizada em momentos de maior desbalanceamento entre pousos e decolagens, onde as duas pistas poderão ser utilizadas de maneira quase simultânea para agilizar o fluxo de saídas”, afirmou.