Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) desenvolveram o software CalculaDOA, por meio do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO), que recebeu registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) por sua inovação na detecção passiva e precisão na determinação da direção de chegada (DOA) de sinais de radares inimigos. Criado no âmbito do PPGAO, o software possui aplicações tanto no setor militar quanto no civil, ampliando seu impacto e utilidade em diversas áreas.

O CalculaDOA processa e calibra dados coletados por sensores instalados em aeronaves militares durante voos, contribuindo para a redução de incertezas e aprimorando a qualidade das informações utilizadas pelo Sistema de Programação e Análise de Guerra Eletrônica (SPA-GE). O impacto do software foi comprovado em uma avaliação operacional com aeronaves R-99, conduzida pelo Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), que constatou uma maior precisão na localização de alvos estratégicos. Além de seu uso em operações reais, o CalculaDOA também tem sido fundamental na formação de especialistas, sendo utilizado no Curso Doutrinário de Guerra Eletrônica (COGE), promovido pelo Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE).

Para o Coordenador do PPGAO, Coronel Aviador Sérgio Rebouças, esse é mais um exemplo concreto de como o PPGAO reafirma sua vocação de integrar o conhecimento acadêmico com as necessidades operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB). “O desenvolvimento de soluções com impacto direto nas capacidades operacionais da FAB é a essência de nosso programa, refletindo a sinergia entre os setores operacional e acadêmico”, comentou.

A Pró-Reitora de Administração do ITA, Coronel Intendente Vivian Santos Gomes, destacou a importância da participação de pesquisadores em prol do desenvolvimento nacional e no avanço das atividades de defesa brasileira. “Quando unimos o conhecimento científico à necessidade operacional, criamos soluções inovadoras que fortalecem nossa soberania e geram impactos positivos também para a sociedade civil”, disse.

O desenvolvimento do CalculaDOA foi realizado por uma equipe composta pelo Capitão Aviador Leandro Geraldo da Costa, o Professor Doutor Felix Dieter Antreich, o Professor Doutor Dimas Irion Alves e o Tenente-Coronel Aviador  Marcílio Alberto de Faria Pires.

APLICAÇÃO DUAL

Embora tenha sido criado para atender às necessidades da FAB, o CalculaDOA possui um grande potencial de aplicação também em setores civis que utilizam tecnologias de sensoriamento remoto e localizam sinais com precisão. Áreas como telecomunicações, controle de tráfego aéreo e monitoramento ambiental, por exemplo, podem se beneficiar dessa inovação, ampliando o impacto tecnológico e econômico da pesquisa.

Com os avanços proporcionados pelo CalculaDOA, o ITA e a FAB já estão trabalhando em melhorias futuras, como rotinas de calibração aprimoradas, uma interface gráfica mais eficiente e integração com sistemas de última geração. Além disso, a expertise adquirida com o projeto tem impulsionado novas iniciativas em detecção passiva, incluindo a aplicação dessa tecnologia em microssatélites, por meio de parcerias com o Centro de Competência em Guerra Eletrônica (CCGE) e o Laboratório de Ondas Milimétricas (LOM) da FAB no ITA.

Edição: Agência Força Aérea, Tenente Wanessa Liz, FONTE e FOTOS: ITA.

A Esquadrilha da Fumaça se apresenta em Tupã dia 24 de maio (sábado). A data está no site oficial do Esquadrão de Demonstração Aérea – nome oficial da Esquadrilha da Fumaça.

A apresentação está prevista para 15h30, no Aeroporto Estadual de Tupã, e deve atrair público de toda a região.

No começo de abril Marília recebeu a programação.  

Neste mês de maio a Esquadrilha da Fumaça completa 73 anos. O esquadrão nasceu em 1952, a partir da iniciativa de jovens instrutores da antiga Escola de Aeronáutica, no Rio de Janeiro, que realizavam acrobacias aéreas para estimular a confiança dos cadetes na pilotagem militar.

Utilizando inicialmente aeronaves T-6, o grupo evoluiu de manobras simples para apresentações mais complexas, conquistando a admiração do público.

Em 1953, a tradicional fumaça foi incorporada às apresentações, marcando o batismo popular da equipe.

Com o aumento da popularidade, a Esquadrilha passou a representar oficialmente a Força Aérea Brasileira (FAB) em 1963.

Após breves interrupções e mudanças de aeronaves — como o uso dos jatos Super Fouga Magister e posteriormente o retorno ao T-6 —, a equipe foi reativada em 1980 na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), consolidando-se como o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) em 1982.

Em 1983, a Esquadrilha adotou o avião EMB-312 Tucano, que permaneceu em operação até 2013, quando foi substituído pelo moderno A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer. Com novo visual destacando as cores da Bandeira Nacional, o grupo reafirmou seu compromisso com a inovação tecnológica e a promoção do sentimento patriótico.

Após a implementação dos novos aviões, a Esquadrilha da Fumaça retomou suas demonstrações em 2015, reforçando sua ligação histórica com a formação dos Cadetes. Com mais de 4.000 apresentações no Brasil e no exterior, o EDA se consolidou como uma importante ferramenta de comunicação social da FAB e símbolo de excelência da aviação brasileira.

A Força Aérea Brasileira promoveu, nesta última quinta-feira (24), a 2ª Corrida pelo Autismo e Síndrome de Down na Base Aérea de Brasília. A corrida contou com percursos adaptados para crianças e adultos, incentivou a atividade física, a convivência familiar e a valorização da diversidade.

Segundo nota da instituição, o evento teve participação ativa de crianças autistas e com síndrome de Down, e os melhores colocados nas categorias foram premiados com troféus.

A corrida contou com apoio médico e segurança para conforto dos participantes.

A iniciativa fez referência tanto ao Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, e o Dia Mundial do Autismo, que anualmente ocorre no dia 2 de abril.