NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


CECOMSAER


EPCAR realiza testagem para COVID-19 em todos os alunos do efetivo

A testagem possibilita a liberação com segurança para férias escolares

Assessoria De Imprensa Fab | Publicada em 23/05/2020 22:43

A Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica (EPCAR), sediada em Barbacena (MG), iniciou, nesta sexta-feira (22), a liberação dos Alunos para férias escolares de três semanas. Antes da dispensa das três turmas, sendo uma por dia, a EPCAR realizou um cronograma de testagem para COVID-19 em todos os 507 Alunos, inclusive assintomáticos, de forma a possibilitar a liberação segura. Do total de militares testados, 90 Alunos tiveram resultado positivo, o que representa 6% do efetivo total da Escola.

Desses 90, 83 não apresentam quaisquer sintomas e os sete restantes apresentam apenas sintomas leves. Nenhum aluno necessitou ser hospitalizado. Todos aqueles que testaram positivo foram direcionados ao isolamento social e receberam o tratamento preconizado pelas autoridades de saúde.

Desde que o Ministério da Saúde reportou os primeiros casos no Brasil, a Escola tem realizado esforços no combate ao coronavírus, readequando as atividades escolares e implementando procedimentos de prevenção alinhados aos protocolos das autoridades de Saúde.

A EPCAR realizou um esforço para que o conteúdo programático das atividades acadêmicas fosse antecipado, permitindo a realização do licenciamento dos alunos. Portanto, a Escola tomou a decisão de oferecer aos alunos a possibilidade de adesão à liberação para as férias escolares. Foram mantidas as recomendações para a manutenção da disciplina de prevenção sanitária e a sua difusão no âmbito dos grupos sociais para onde se deslocarem. Importante ressaltar que a adesão ao período de licenciamento é voluntária.

Nesse período de pandemia, algumas das adaptações adotadas foram a utilização de máscaras por professores e alunos, horários de refeitórios ampliados para evitar aglomeração e o incentivo à prática de atividade física individual. Além disso, o efetivo da EPCAR passou a trabalhar presencialmente em forma de rodízio, sendo apenas um terço a cada expediente.

Ainda, os eventuais contatos de militares do efetivo com os Alunos foram reduzidos ao mínimo necessário e, ainda assim, observando o distanciamento recomendado; pias de campanha, com sabonete, foram montadas no interior da Guarnição, bem como unidades de álcool em gel foram disponibilizadas, a fim de permitir a constante higienização das mãos; e dois médicos foram alocados no Corpo de Alunos, de modo a evitar a necessidade de deslocamento até o Esquadrão de Saúde para receber os atendimentos mais simples.

“Com efeito, o zelo na preservação da saúde de todo o efetivo da EPCAR sempre foi uma preocupação deste Comando, não apenas por exigências institucionais, mas, sobremaneira, pela legítima valorização da vida. Da mesma maneira, o Comando da Escola sempre esteve cônscio de sua responsabilidade perante à comunidade barbacenense, que tão bem acolhe a EPCAR há 71 anos”, ressalta o Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo da Silva Mendes.

A EPCAR é uma instituição militar que tem como alicerce didático, normativo e legal a modalidade de ensino sob o regime de internato, transparentemente difundido por meio de seus editais de convocação, durante o processo voluntário de seleção para ingresso. Além disso, os Alunos são advindos de diversas cidades do Brasil e a permanência na Escola durante a pandemia visou à manutenção da sua integridade física e proteção, a fim de evitar exposições nos deslocamentos para seus locais de origem. Com o mesmo objetivo, os jovens foram desautorizados a circular fora da Escola.

Conforme as diretrizes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) quanto à prevenção, à testagem e às respostas médicas relacionadas à COVID-19, todos os militares com suspeita de exposição ao novo coronavírus ou com quaisquer sinais da doença, por mais leves que sejam, são direcionados ao isolamento e recebem o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde.

PORTAL AEROFLAP


FAB transporta Equipamentos de Proteção Individual para Macapá (AP)


Por Fab | Publicada em 23/05/2020 07:00

Uma aeronave C-105 Amazonas da Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesta sexta-feira (22/05), Transporte Aéreo Logístico em apoio à Operação COVID-19.

O avião, pertencente ao Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15°GAV) – Esquadrão Onça, transportou 4,5 toneladas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de São Paulo (SP) para Macapá (AP).

A missão interministerial foi coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) junto ao Centro de Operações Conjuntas (COC) do Ministério da Defesa, em apoio ao Ministério da Saúde.

O FAB 2806 decolou da Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos, às 14h10 (horário de Brasília) transportando a carga contendo máscaras, aventais, luvas e óculos, além de álcool em gel e pousou em Macapá, às 21h55.

Os itens foram entregues à Secretaria Estadual de Saúde do Amapá e serão utilizados por profissionais de saúde no combate ao novo Coronavírus.

O Comandante do C-105, Capitão Aviador Kleber Aurélio Saugo, avalia a importância da missão. “É uma oportunidade ímpar participar e cumprir essa missão no combate à COVID-19. Sinto muito orgulho de fazer parte da Força Aérea Brasileira e contribuir para os que necessitam”, enfatizou.

Para o Sargento Rodrigo Andrade Parreira, que desempenha a função de mecânico da aeronave, é uma grande honra participar de uma missão em prol da sociedade.

“Levar os equipamento a serem utilizados pelos profissionais de saúde nesse momento complexo que o país está passando é muito gratificante”, declarou.

A Operação COVID-19, coordenada pelo Ministério da Defesa, mobiliza militares por todo o Brasil. Homens e mulheres das Forças Armadas atuam no enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, em apoio à população.

As ações envolvem descontaminação de espaços públicos, doações de sangue, transporte de medicamentos e equipamentos de saúde, distribuição de kits de alimentos para pessoas de baixa renda, entre outras.

Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em 10 Comandos Conjuntos que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Esses Comandos reúnem militares das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica), que desenvolvem esforços no cumprimento das missões.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Higienização constante é essencial para combater a transmissão do novo coronavírus


Por Tenente Indira Efel, Com Comandos Conjuntos. | Publicada em 23/05/2020 18:52

Brasília (DF), 23/05/2020 – As desinfecções de locais públicos continuam por todo o País. A atividade é essencial no combate à transmissão do novo coronavírus. Neste sábado (23), o Comando Conjunto Rio Grande do Norte e Paraíba concluiu a desinfecção da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada no município de Nísia Floresta, na região metropolitana da capital potiguar.

Militares do Comando Conjunto Planalto realizaram a descontaminação do Hospital Regional da Ceilândia e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia Sul, no Distrito Federal, além do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

Os militares, que vestiam equipamentos de proteção individual necessários para o procedimento, aplicaram uma solução à base de cloro em áreas de maior circulação de pessoas e superfícies comuns ao toque, como mesas, balcões e assentos. Em Mato Grosso do Sul, a Secretaria Municipal de Saúde do município de Nioque foi higienizada.

Na capital do Maranhão, a ação ocorreu nos Terminais da Ponta da Espera e do Cujupe, bem como nos ferryboats que realizavam a travessia da baía de São Marcos, que integra a ilha de São Luís à baixada maranhense e à Região Norte.

Na capital sul-mato-grossense, áreas externas e internas da Secretaria de Saúde também foram limpas. Em outra região do País, a desinfecção ocorreu em áreas de grande circulação, como rodoviárias e calçadões de Piabetá e Magé, municípios do Rio de Janeiro, sendo que a delegacia desse último município também foi desinfectada. E o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no bairro Cidade Nova, foi ocupado para capacitar profissionais da área de segurança do Estado em técnicas de desinfecção. Na capital do Rio Grande do Sul, a limpeza beneficiou as instalações da Procuradoria Regional da República da 4ª Região.

Em apoio à Prefeitura Municipal de Corumbá (MS), cestas básicas foram transportadas pelo Navio-Transporte Fluvial "Almirante Leverger" e distribuídas pelos militares. Esses profissionais também prestam assistência médico-odontológica e conscientizam famílias de ribeirinhos da região do Alto Pantanal sobre medidas de prevenção à Covid-19.

Em São Paulo, militares usaram o espaço de 12 escolas para montarem 1,5 mil kits de alimentação, em apoio à prefeitura da capital paulista. No mesmo Estado, em outro apoio semelhante, foram armazenados 2 mil kits no município de Caçapava, para posterior distribuição. Outro auxílio foi na montagem de 300 mil kits de higiene e limpeza.

“A nossa atividade, basicamente, é receber os insumos, as doações que vêm de maneira separada. Então nós temos que desmontar os insumos, organizar os itens em kits, fazer o controle de qualidade, realizar o seu fechamento, paletizar e deixar em condições de fazer o transporte”, destacou o Coronel Tiaraju, Comandante do 12º Grupo de Artilharia de Campanha, ao explicar o trabalho realizado. “Essa ajuda na montagem de todos esses kits facilita muito para toda operação logística”, assegurou o Diretor-Executivo do Fundo Social de São Paulo, Augusto Ramos. O trabalho seguirá por mais dois meses.

A Capitania Fluvial de Tabatinga, no Amazonas, em parceria com as Prefeituras Municipais, tem orientado tripulantes de embarcações de transporte de passageiros, durante as inspeções navais, a se dirigirem aos pontos de controle da Vigilância Sanitária, como medida de prevenção à Covid-19. Ação semelhante ocorreu no Rio Paraguai. Em outro ponto do País, a população ribeirinha recebeu máscaras e álcool em gel.

No Sul do País, o apoio ocorreu na vacinação contra a gripe H1N1. Em estilo drive-thru, na Igreja Basílica da Medianeira, no município gaúcho de Santa Maria, os militares reforçaram o trabalho conduzido pela Secretaria Municipal de Saúde.

Transporte aéreo

Em apoio ao Ministério da Saúde, a Força Aérea Brasileira transportou quatro toneladas de Equipamentos de Proteção Individual, de São Paulo para Macapá, no Amapá, em uma aeronave C-105. Os itens foram entregues à Secretaria Estadual de Saúde do Estado para serem utilizados por profissionais de saúde.

Em outra missão, no Amazonas, 70 cilindros de oxigênio, cheios, foram transportados no trecho de Manaus a Tabatinga e 40 cilindros de oxigênio, vazios, foram transportados na viagem de retorno. A solicitação se deve à demanda de oxigênio no atendimento dos pacientes com Covid-19 no Hospital de Guarnição de Tabatinga. Do Rio para Manaus, seguiram dez bombas de infusão para viabilizar quatro leitos de suporte avançado e terapia intensiva.

Operação COVID-19

O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à COVID-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia que recebeu o nome de Operação COVID-19.

As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas poderão ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determinará a melhor forma de atendimento.

OUTRAS MÍDIAS


PODER AÉREO - Dia da Aviação de Patrulha


Da Redação | Publicada em 23/05/2020 08:00

Em 22 de maio de 1942, um avião B-25, recém-recebido dos EUA e que estava sendo empregado na adaptação de tripulantes da FAB, efetuou ataque ao submarino italiano Barbarigo. Essa data passou a ser comemorada, oficialmente, como o Dia da Aviação de Patrulha.

Quando o Ministério da Aeronáutica foi criado, em 20 de janeiro de 1941, o Decreto-Lei N° 2.961 já citava a criação da “Forças Aéreas Nacionais”, que deveriam reunir aeronaves e militares das aviações da Marinha e do Exército Brasileiro.

Em 22 de maio daquele ano, um novo Decreto-Lei, N° 3.302, mudou a denominação da arma aérea, que passaria a se chamar “Força Aérea Brasileira”.

Exatamente um ano depois, a FAB já mostraria a sua razão de existir e teria o seu batismo de fogo.

Com 73 metros de comprimento, velocidade de até 30 km/h, dois canhões de 100mm, quatro metralhadoras e oito tubos para lançamento de torpedos, o Barbarigo havia atacado o navio brasileiro Comandante Lyra quatro dias antes.

Era a oitava embarcação do País atingida pelas forças do Eixo, mesmo antes da entrada do Brasil na guerra.

Ao longo de três anos, 71 embarcações foram atacadas em águas brasileiras por submarinos inimigos. No total, o país perdeu mais de 30 navios ao redor do mundo na batalha do Atlântico Sul, a maior parte deles no próprio litoral, a um custo de quase 1.500 vidas. A declaração de guerra veio em agosto de 1942, quando o submarino alemão U-507 afundou seis navios e matou 627 pessoas em apenas três dias.

Com apenas um ano de criação, e em fase de reestruturação, a Força Aérea Brasileira foi convocada para patrulhar o litoral brasileiro. “A guerra submarina, perversa e implacável, prossegue num crescente vertiginoso”, escreveu Ivo Gastaldoni, piloto de patrulha da Força Aérea e veterano da Segunda Guerra.

No esforço de guerra, o Brasil criou novas bases aéreas, recebeu equipamentos e treinamento por meio de convênio firmado com os Estados Unidos. Unidades aéreas americanas foram enviadas ao país. A instrução em voo era feita sobre o mar para que as tripulações já pudessem vigiar as águas brasileiras, com artilheiros com o dedo no gatilho, prontos para atirar. Nascia a aviação de patrulha.

As dificuldades eram de toda ordem: de língua, de auxílios para instrução, além das ordens técnicas e manuais de operação em inglês, ininteligíveis para 90% do pessoal. Some-se a isso a heterogeneidade de pilotos e mecânicos e pode-se ter uma visão do quadro caótico”, escreveu Gastaldoni, ao falar do início dos trabalhos com as tripulações.

Na medida em que a recém-criada aviação de patrulha da FAB aumentava sua eficiência no Nordeste, os submarinos inimigos iam descendo para sul do país. Agora, aeronaves Catalina ajudavam nos combates. Unidades americanas, espalhadas de norte a sul, apoiavam a campanha. No dia 31 de julho de 1943, o então Aspirante Alberto Martins Torres foi o primeiro brasileiro a afundar um submarino, a apenas 87 Km ao sul do Pão de Açúcar, cartão-postal do Rio de Janeiro.

Na guerra contra os submarinos, os pilotos brasileiros realizaram cerca de 15 mil patrulhas. Onze submarinos (veja arte) foram atingidos, mas um número maior de ataques ocorreu, não tendo sido possível a confirmação de avarias. Dos cerca de 3.000 navios mercantes afundados na Segunda Guerra, mais de 50% foram vítimas de submarinos.

NOTA DO EDITOR: Um fato pouquíssimo conhecido é de que o comandante do submarino italiano Barbarigo, Enzo Grossi, era brasileiro, nascido em São Paulo. Informação contida no livro 1942: O Brasil e sua guerra quase desconhecida, de João Barone.