Guaratinguetá (SP) – Realizou-se, no dia 16 de setembro de 2023, a cerimônia de encerramento da XIV ESAER, competição realizada entre as Escolas de Formação de Sargentos do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB).

O encerramento da atividade contou com a presença de autoridades das duas Forças, sendo presidida pelo Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior. Participaram da cerimônia o Comandante da Escola de Sargentos das Armas (ESA), General de Brigada Reinaldo Salgado Beato; o Comandante do Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), Contra-Almirante André Martins de Carvalho; e o Comandante da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAr), Brigadeiro do Ar Antonio Marcos Godoy Mioni Rodrigues.

Durante a XIV ESAER, o Aluno Crossel, do Exército Brasileiro, tornou-se recordista na prova de natação (200m livre masculino) com o tempo de dois minutos, cinco segundos e trinta centésimos. 

O Exército Brasileiro, representado por alunos e alunas do Curso de Formação e Graduação de Sargentos (CFGS) das Unidades Escolares Tecnológicas do Exército (UETE), da ESA e da Escola de Sargentos de Logística (EsSLog), sagrou-se campeão nas modalidades atletismo, pentatlo militar (masculina e feminina), corrida de orientação (masculina e feminina), natação (masculina), corrida rústica (masculina e feminina), voleibol (masculino), judô, futebol.

A Força Aérea Brasileira conquistou as modalidades basquetebol, natação (feminina) e voleibol (feminina).

O Aluno Bertolino, da EEAr, acompanhado da guarda olímpica, procedeu à passagem simbólica da chama olímpica ao Cabo Barroso, atleta da Marinha do Brasil, sede da próxima MAREXAER.

Após as palavras do Brigadeiro do Ar Mioni aos competidores, o Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Bastos procedeu o Encerramento da XIV ESAER.

Marcando este momento único de coesão e integração entre as Forças, os presentes realizaram a volta olímpica de confraternização, marcando o fim de uma semana na qual, muito além das disputas, ficam marcados o compartilhamento dos valores, das experiências, das descobertas e, sobretudo, das amizades.

Na manhã do dia 17 de setembro, a Escola de Sargentos das Armas recepcionou os atletas que tão bem representaram o Exército Brasileiro.

A edição 2023 do tradicional Domingo Aéreo da Academia da Força Aérea (AFA), localizada na cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo, entrou para a história como mais uma edição empolgante do evento para todos que estiveram presentes.

Além de uma grande variedade de atrações se apresentando no céu por todo o dia, muitas delas ainda se destacaram por serem ações inéditas, como descrito a seguir e mostrado nas diversas fotos nesta matéria, marcando em grande estilo a comemoração pelos 150 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação.

No solo, expostos em meio aos visitantes estavam aeronaves como Embraer KC-390 Millennium, Lockheed P-3 Orion e Embraer E-99 da Força Aérea Brasileira (FAB), Air Tractor AT-802 dos Bombeiros do Distrito Federal, Embraer T-25 e T-27 da AFA, entre outros.

No ar, a intensa atividade contou com o balão dirigível ADB-3-13 da Airship do Brasil, diversos shows acrobáticos de aeronaves civis individuais e da Esquadrilha Fox, demonstração de avião agrícola, muitas passagens dos caças A-4 da Marinha e A-1, F-5 e F-39 Gripen da FAB, as duas demonstrações da Esquadrilha da Fumaça, entre outras.

E além da primeira presença do F-39 Gripen, outras atrações inéditas foram:

– o voo em formação do clássico avião Beech Bi do WS Museum com dois aviões A-29 Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça;

– o voo em formação do Embraer 195-E2 da Azul Linhas Aéreas com a Esquadrilha da Fumaça (no ano anterior foi com um E195-E1);

– o voo de dorso (de cabeça para baixo) dos aviões da fumaça com o E195-E2; e

– o voo em formação do Boeing 737-800 da GOL Linhas Aéreas com a Esquadrilha da Fumaça.

Vale lembrar que os aviões comerciais presentes foram o PS-AEO, que a Azul adesivou com homenagem a Santos Dumont, e o PR-GXR, que a GOL pintou com homenagem a ele.

Além da galeria de imagens, a seguir você também pode assistir a todas as atrações na gravação completa da transmissão ao vivo, feita pelo canal Golf Oscar Romeo no YouTube e parceria com a Academia da Força Aérea

O Domingo Aéreo da Academia da Força Aérea reuniu milhares de pessoas, ontem (17), em Pirassununga/SP.

A programação contou com diversas atrações aéreas e algumas novidades como o caça F-39E Gripen e os aviões Embraer E-195 E2 da Azul (matrícula PS-AEO) e um Boeing 737-800 da Gol (matrícula PR-GXR), ambos com pinturas comemorativas aos 150 anos de Alberto Santos Dumont.

Em solo, diversas aeronaves militares e civis ficaram expostas para o público conhecer de perto, entre elas: o T-6 Texan, o Beechcraft 18, Fairchild PT-19, o dirígivel da Airship do Brasil, o T-25 Universal, o T-27M Tucano, o KC-390 Millennium e o P-3 Orion.

O período da tarde foi preenchido por apresentações de aeronaves civis, aeromodelismo e paraquedismo, bem como pela decolagem e rasantes dos caças F-5EM e RA-1 AMX da FAB e do A-4 Skyhawk da Marinha.

Os donos da casa, a Esquadrilha da Fumaça, fecharam o evento com uma segunda apresentação sobre a Academia da Força Aérea (AFA). No encerramento, um voo em formação com o Boeing 737-800 da Gol customizado em homenagem ao "Pai da Aviação".

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Os voos entre os aviões da Esquadrilha da Fumaça e aviões comercias já aconteceram em outras datas comemorativas. Em 2022, ano do bicentenário da independência, um E-195 "bandeirinha", de matrícula PR-AYV, foi escoltado pelos A-29 da fumaça no Domingo Aéreo da AFA.

Na época no qual a Esquadrilha usava os icônicos T-27 Tucano, um voo entre um Embraer E-145 da Passaredo (atual VoePass), matrícula PT-PSS, foi realizado em 2012, ano de comemoração dos 60 anos da equipe de demonstração da FAB.

Depois do batismo na Base Aérea de Brasília, o Embraer E2 da Azul Linhas Aéreas, que leva a imagem e a famosa assinatura de Santos Dumont para os céus, foi agora protagonista no tradicional espetáculo aéreo da Esquadrilha da Fumaça. O evento, realizado no domingo, 17, na Academia da Força Aérea Brasileira, em Pirassununga (SP), marcou o céu do interior paulista com manobras emocionantes, voos rasantes e traços esfumaçados, até de ponta cabeça.

Na ocasião, os 130 convidados da Azul se juntaram às mais de 60 mil pessoas que acompanhavam o encontro e presenciaram o show histórico, repleto de simbolismos que faz parte da homenagem da Azul aos 150 anos de nascimento do pai da Aviação.

E Fábio Campos, diretor de Relações Institucionais da companhia, e um dos pilotos do E2 Santos=Dumont, explicou a importância de se ter um Embraer com o nome do inventor do avião na malha da maior companhia aérea do país em número de voos e destinos atendidos.

“Queremos levar a história em nossos voos e reforçar a importância deste que é o principal nome da história da aviação mundial. Como uma aérea que nasceu para o Brasil, para conectar o maior número de cidades brasileiras e única a voar com aeronaves Embraer de fabricação nacional no país, não poderíamos deixar de comemorar em grande estilo o aniversário desse ídolo, que tinha orgulho de ser brasileiro”. 

Com o logotipo criado pela Força Aérea Brasileira (FAB), o E2 da Azul – que passa a integrar a frota da companhia – carrega o nome de batismo exatamente como o pai da Aviação gostava de assinar, Santos=Dumont. Apaixonado pelo nosso país, ele fazia questão de reforçar com esse sinal de igual a brasilidade do nome, apesar da descendência francesa.

O Comando de Preparo (COMPREP) realizou, entre os dias 03 e 05/09, na Base Aérea de São Paulo (BASP), a III Reunião de Aprendizado Estratégico Setorial (III RAES). O intuito do encontro foi discutir a Gestão de Riscos no âmbito do COMPREP.

O Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, que presidiu o encontro, ressaltou a importância da troca de informações. “O objetivo da III RAES é difundir as diretrizes e as orientações do Comandante de Preparo às Organizações Militares subordinadas, verificar indicadores de desempenho e a conformidade das ações de comando no contexto dos Processos de Planejamento e de Controle do Preparo Operacional, além de difundir as melhores práticas e potencializar o intercâmbio de experiências e de informações entre os diversos Comandantes e Diretores”, destacou o Oficial-General.

O evento teve a participação do Chefe do Estado-Maior do COMPREP, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros; dos Oficiais-Generais Chefes das Subchefias do COMPREP, além de parte do seu efetivo. Também estiveram presentes os Comandantes e Diretores das Organizações Militares subordinadas.

“A atenção da III RAES foi direcionada para a verificação e gestão de riscos presentes nas organizações subordinadas, que precisam ser verificados e mitigados, de modo que não impactem na entrega de resultados almejados”, complementou o Tenente-Brigadeiro do Ar Almeida.

O Comandante do COMPREP também expressou que a expectativa é de que a estrutura organizacional possa ser constantemente verificada e adequadamente ajustada aos diversos cenários, sejam administrativos ou operacionais, de modo que se obtenha o máximo de efetividade dos meios aeroespaciais para o cumprimento da missão institucional do Comando de Preparo e das capacidades da Força Aérea Brasileira.  

Após a reunião, o Comandante da BASP, Coronel Aviador Leonar Tiago Barbosa, expressou a grande satisfação do efetivo em receber líderes do COMPREP para um fórum de alto nível, no qual os participantes puderam receber orientações superiores, escutar de outros Comandantes as experiências positivas e as lições apreendidas, que, somadas, contribuem para o amadurecimento mútuo e melhoria dos processos. “O trabalho conjunto do Grupamento de Apoio de São Paulo, da BASP e do Instituto de Logística da Aeronáutica proporcionaram sucesso à realização do evento”, expressou o Oficial.

A RAES é um ciclo com quatro encontros anuais. Este ano, os dois primeiros ocorreram em Salvador (BA), nos meses de abril e junho, e o último está previsto para ocorrer nos dias 20 e 21/11, com localidade a ser definida.

O COMPREP é a organização responsável pelos sete Comandos Aéreos Regionais (COMAR) e suas dezenove Bases com suas unidades aéreas; além do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp) e o Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV).

O Programa Espacial Brasileiro (PEB) é composto pelo Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), gerenciado pelo Ministério da Defesa (MD), e pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), sob os auspícios da Agência Espacial Brasileira (AEB). Esses dois programas governamentais estão estreitamente relacionados, já que compartilham o objetivo comum de desenvolver e utilizar tecnologias espaciais para fins estratégicos. Juntos, eles representam os esforços do Brasil em explorar o espaço e suas aplicações, em benefício do País e de sua população.

O PNAE foi formalmente criado em 1994 e, desde então, passou por diversas versões, cada uma com objetivos específicos. A versão mais recente desse programa é o PNAE (2022-2031), lançado em agosto de 2021, que tem como meta centralizar as ações do programa em cinco áreas estratégicas: observação da Terra, comunicações, navegação, ciência e tecnologia espacial. Para alcançar essas metas, o programa trabalha em três dimensões: estratégica, tática e setorial. Na Dimensão Estratégica, o programa visa apresentar uma Estratégia Nacional de Espaço embrionária, que  direcionará as ações e projetos do PNAE em todo o País.

Na Dimensão Tática, o objetivo é estabelecer os eixos de atuação que  atenderão à Dimensão Estratégica, além de definir as diretrizes que  nortearão as entregas e a organização dos Programas Setoriais. Quanto à Dimensão Setorial, essa representa o conjunto de entregas previstas pelo PNAE 2022-2031, que abrange uma ampla gama de benefícios para a sociedade. Além dos artefatos espaciais, como satélites e lançadores, o programa inclui programas, planos e iniciativas estruturantes que visam fomentar o desenvolvimento do setor aeroespacial nacional e contribuir para o avanço científico e tecnológico do País.

Um dos principais produtos do PNAE é o satélite Amazônia-1, um satélite de sensor óptico, que foi o primeiro objeto espacial desenvolvido integralmente pelo Brasil. O projeto foi liderado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em colaboração com diversas empresas nacionais, e tem como objetivo monitorar a Amazônia e outras regiões do País. O Amazônia-1 foi lançado em fevereiro de 2021, a partir do Centro de Lançamento Satish Dhawan, na Índia, por meio do foguete Polar Satellite Launch Vehicle (PSLV).

O satélite Amazônia-1 é equipado com uma câmera de imageamento óptico capaz de capturar imagens com 60 metros de resolução espacial, as quais podem ser usadas para monitorar aspectos ambientais, agrícolas e desastres naturais. Ele foi projetado para operar em uma órbita solar síncrona, a uma altitude de 750 km, e é capaz de fornecer imagens da superfície terrestre com um tempo de revisita de até 5 dias. O satélite também possui capacidade de armazenamento interno para cerca de 700 imagens.

O PESE, por sua vez, é um programa mais recente, lançado em 2012 como parte da Política Nacional de Defesa. Seu objetivo precípuo é desenvolver e operar sistemas espaciais para fins de defesa e segurança nacional, incluindo satélites de observação, sistemas de comunicação e sistemas de posicionamento global. Assim, através de suas diretrizes, fornece subsídios legais para fortalecer a autonomia e a capacidade tecnológica do País no setor espacial.

O PESE visa promover a independência e a soberania nacional no setor espacial, além de contribuir para o poder dissuasório na América Latina. Destarte, o programa não apenas tem o objetivo de construir satélites de alta qualidade, mas também desenvolver tecnologias avançadas em áreas como sensoriamento remoto, comunicação por satélite e a capacidade de consciência situacional espacial, através de sensores para controle e monitoramento de objetos em órbita da Terra.

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) é um dos principais projetos do PESE. Lançado em maio de 2017, ele tem um objetivo duplo: garantir a segurança das comunicações estratégicas do País em suporte às operações militares e ampliar o acesso à banda larga em áreas remotas para uso civil. O SGDC é considerado um marco para o setor espacial brasileiro, sendo o primeiro satélite geoestacionário totalmente controlado pelo País.

Operando em duas bandas de frequência, Ka e X, ele cobre todo o território nacional, incluindo a Amazônia e as áreas marítimas sob jurisdição brasileira. Desenvolvido pela empresa Thales Alenia Space e integrado pela empresa estatal Visiona Tecnologia Espacial, o SGDC foi lançado a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, por meio de um foguete Ariane 5. Desde então, ele tem fornecido serviços de internet de alta velocidade em áreas remotas do Brasil, bem como tem garantido a comunicação estratégica em operações militares.

Outra realização do PESE na área de sensoriamento remoto é a constelação Lessonia, que consiste nos satélites Carcará 1 e 2, lançados em maio de 2022. Esses satélites de baixa órbita foram equipados com um radar de banda X, permitindo a coleta de imagens em diferentes resoluções, em qualquer condição climática e com capacidade de penetração em coberturas de nuvens, além de operarem a qualquer hora do dia ou da noite, fornecendo imagens detalhadas da superfície terrestre.

Adicionalmente, o sistema possui tecnologia de processamento de dados avançada, possibilitando aos usuários acessar e analisar as informações coletadas de forma rápida e eficiente. Isso faz da constelação Lessonia um instrumento valioso para aplicações em áreas como monitoramento ambiental e marítimo, segurança nacional e mapeamento de superfície.

Para desempenhar as atividades de planejamento, comando e controle dos satélites do PESE, foi criado o Centro de Operações Espaciais (COPE). O COPE é operado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em colaboração com a empresa estatal TELEBRAS. Com o objetivo de assegurar a redundância operacional, o COPE possui duas instalações: o COPE-P primário em Brasília e o COPE-S, uma instalação secundária na cidade do Rio de Janeiro. Ambos os centros são equipados com sistemas de computação e comunicação de última geração para gerenciar a posição dos satélites em órbita, garantindo seu funcionamento adequado e a operação eficaz de sua plataforma e carga útil.

No setor de lançamento de foguetes, o Centro Espacial de Alcântara (CEA) figura como um importante componente dos Programas Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) e Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). Definido como um complexo de infraestruturas, bens e serviços necessários para atividades de lançamento de veículos espaciais, o CEA é parte das iniciativas estruturantes do PNAE que compreende toda cadeia de preparação, lançamento e rastreio. Referente ao PESE, o CEA figura como um elemento de capacitação e uma importante interface entre as operações civis e as atividades militares. Gerando assim uma dinâmica virtuosa de melhoria contínua das tecnologias e processos utilizados nos lançamentos militares.

Embora cada programa tenha sua própria missão e objetivos específicos, ambos têm em comum a busca pelo desenvolvimento e utilização de tecnologias espaciais para fins estratégicos. Além disso, os dois programas têm sido desenvolvidos em conjunto, com o PNAE, estimulando a base científico-tecnológica do setor espacial brasileiro, e o PESE, garantindo a operação de sistemas estratégicos, a proteção dos sistemas espaciais brasileiros e o controle dos objetos em órbita. Assim, apesar dos desafios enfrentados na busca do desenvolvimento espacial brasileiro, incluindo limitações orçamentárias, o País tem mostrado progresso significativo na área de tecnologia espacial e continua a trabalhar para desenvolver sua capacidade e posição no cenário internacional.

Mais de 60 mil pessoas testemunharam neste domingo (17) um voo entre um jato comercial Embraer 195 E2 da Azul Linhas Aéreas e sete A-29 Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça em homenagem a Alberto Santos Sumont, pioneiro da aviação. O evento foi realizado na Academia da Força Aérea Brasileira, em Pirassununga (SP).

“Queremos levar a história em nossos voos e reforçar a importância deste que é o principal nome da história da aviação mundial. Como uma aérea que nasceu para o Brasil, para conectar o maior número de cidades brasileiras e única a voar com aeronaves Embraer de fabricação nacional no país, não poderíamos deixar de comemorar em grande estilo o aniversário desse ídolo, que tinha orgulho de ser brasileiro”, afirma Fábio Campos, diretor de Relações Institucionais da companhia.

Com matrícula PS-AEO, a aeronave recebeu uma adesivagem em homenagem aos 150 anos de nascimento de Santos Dumont, celebrado em 2023. O jato já havia participado do evento portões-abertos organizado pela Força Aérea Brasileira em Brasília (DF), no mês de agosto. A aeronave foi batizada como Santos=Dumont, a maneira estilizada como o inventor gostava de assinar o próprio nome.

Em dezembro de 2022, a Força Aérea Brasileira (FAB) colocou em serviço os primeiros exemplares do F-39E Gripen no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), unidade com sede na Base Aérea de Anápolis e que tem sido a responsável por desenvolver toda a doutrina operacional deste que é um dos mais modernos caças da atualidade.

Desde então, as aeronaves têm participado de uma série de treinamentos e solenidades pelo país, demonstrando mais uma vez os resultados do programa binacional entre a Saab e a Base Industrial de Defesa do Brasil.

E foi em uma dessas oportunidades, no dia da Aviação de Caça de 2023, na Base Aérea de Santa Cruz, que o pesquisador Vicente Vazquez notou um detalhe peculiar que tem significado histórico para a Força Aérea.

“Ao observar as matrículas dos dois F-39E Gripen que lá estavam, eu me dei conta de que a numeração dos P-47D brasileiros começava em 4104, justamente no avião usado na Itália pelo Brigadeiro Nero Moura, que era o comandante do 1º Grupo de Aviação de Caça. A partir daquele número, as matrículas desses aviões coincidiriam com as do Gripen. Eu comentei essa curiosidade com o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, e reforcei que isso merecia uma marca especial no F-39E FAB 4104 para relembrar o fato. Também falei com o Brigadeiro Teomar Fonseca Quírico”, explica o pesquisador.

A FAB se engajou na 2ª Guerra Mundial, pela defesa da liberdade e da democracia, em outubro de 1944, quando ainda não havia completado seus quatro anos de existência. Na Itália, os P-47D brasileiros usaram a matrícula norte-americana da United States Army Air Force. O Nero Moura, a bordo do caça que tinha o seu nome, realizou 62 missões ofensivas de combate. Ao término do conflito, a aeronave retornou ao Brasil e recebeu a matrícula nacional FAB 4104.

Relembrando esse fato e cultivando as tradições, o 1º GDA fez uma homenagem ao patrono da Aviação de Caça ao adesivar o F-39E FAB 4104 com um selo com o nome do Brigadeiro Moura.

A apresentação do Gripen com essa marcação especial aconteceu durante o 47º Bródio dos Jaguares, o encontro anual que reúne os efetivos atuais e antigos desse esquadrão.

“A linda iniciativa de homenagear o patrono da Aviação de Caça, Brigadeiro Nero Moura, é proveniente do Brigadeiro Quírico, presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Caça (ABRA-PC), e que foi corroborada com entusiasmo pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida, Comandante de Preparo, e também por mim, após um estudo realizado pelo pesquisador Vicente Vazquez. Conforme dizia o Brigadeiro Nero Moura: quero que nada da nossa história seja esquecida, e vocês o farão! Assim, nós não poderíamos adiar este preito”, disse o Comandante da Base Aérea de Anápolis, Coronel Aviador Renato Leal Leite durante o seu discurso no Bródio dos Jaguares.