NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESA AÉREA & NAVAL


EMAER aprova o projeto de implementação do primeiro Laboratório de Inteligência Artificial da Força Aérea Brasileira


Guilherme Wiltgen | Publicada em 17/12/2024 04:19

Reconhecendo os benefícios da Inteligência Artificial (IA), o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) aprovou o projeto de implementação do primeiro Laboratório de Inteligência Artificial da Força Aérea Brasileira (FAB). Aprovado em novembro de 2024, o projeto proposto pelo Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) será financiado pelo Plano de Investimentos de Royalties do Comando da Aeronáutica (COMAER), com foco em Modelos de Linguagem de Grande Escala (Large Language Models – LLM). O objetivo é transformar operações e aprimorar a eficiência em áreas essenciais, como a tomada de decisões, manutenção de aeronaves, simulação de cenários e otimização logística.

Localizado em São José dos Campos (SP), o CCA-SJ beneficia-se de sua proximidade com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), fomentando parcerias estratégicas. A colaboração com o Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA) também será crucial para o avanço do uso de IA no setor logístico.

O projeto de inovação, pioneiro no âmbito do Comando-Geral de Apoio (COMGAP), envolve a colaboração com o Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ), no uso do Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços (SILOMS). Os resultados também serão compartilhados com o Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR) e o Centro de Defesa Cibernética da Aeronáutica (CDCAER), promovendo a integração de capacidades em cyberdefesa.

Para o Chefe do CCA-SJ, Coronel Aviador Josemir Ribeiro Lima, a aprovação do projeto marca um momento relevante para a modernização tecnológica no COMAER. “O foco inicial será a otimização de sistemas como o SILOMS e o SIGADAER, essenciais para a gestão logística e administrativa da FAB. Entretanto, o alcance do projeto vai muito além: ele pavimenta o caminho para a aplicação de Inteligência Artificial em diversas outras áreas. Além da infraestrutura computacional a ser adquirida, esta iniciativa será fundamental para o desenvolvimento de expertise interna, para a formação de especialistas e para o fortalecimento de parcerias estratégicas, promovendo eficiência e inovação contínuas”, destacou.

Investimento de R$ 6,5 Milhões para Potencializar a IA nas Operações da FAB

A Diretoria de Tecnologia da Informação da Aeronáutica (DTI), comprometida com a adoção de tecnologias de ponta, inicia um novo ciclo de inovação ao implementar Inteligência Artificial (IA) em sistemas administrativos e operacionais, por meio do CCA-SJ.

Com um aporte de R$ 6.594.771,20, o projeto visa, principalmente, a aquisição de infraestrutura computacional, executando modelos de alta performance localmente, nas dependências da própria Força Aérea, em seu Núcleo Corporativo de TI, no DCTA. A utilização desses aceleradores permitirá à FAB explorar todo o potencial da IA garantindo agilidade e precisão nas operações. Com isso, a Força Aérea Brasileira se posiciona na vanguarda da tecnologia militar, com autonomia e soberania sobre seus dados, promovendo inovação e segurança em suas missões.

Potencialidades Futuras do Uso de Inteligência Artificial no COMAER

Com o desenvolvimento de IA, a FAB será capaz de tomar decisões mais rápidas e precisas ao processar grandes volumes de dados em tempo real. Isso proporcionará uma resposta mais ágil a situações complexas, como o gerenciamento de missões e operações de combate. A IA também será aplicada para monitorar e prever falhas nas aeronaves, melhorando a disponibilidade e reduzindo custos de manutenção.

Simulações de combate poderão ser viabilizadas, permitindo o treinamento de pilotos e equipes em cenários seguros e econômicos, sem o uso de combustível ou emissão de carbono, até mesmo durante sua formação. Além disso, a automação de tarefas repetitivas, como a análise de imagens, otimizará os recursos humanos da FAB, permitindo que os operadores se concentrem em atividades mais estratégicas. Em termos de segurança, a IA auxiliará na detecção de ameaças, garantindo maior precisão na proteção de aeronaves e bases aéreas. No campo da logística, os algoritmos de IA otimizarão o planejamento de rotas, alocação de recursos e gestão de suprimentos, aumentando a eficiência no apoio às missões da FAB.

Esquadrão Phoenix alcança 80.000 horas de voo com o P-95 Bandeirulha


Guilherme Wiltgen | Publicada em 17/12/2024 04:05

O Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º – Esquadrão Phoenix) da Força Aérea Brasileira (FAB) alcançou um feito histórico ao atingir 80.000 horas de voo com a aeronave P-95 Bandeirulha, em operação desde 15 de fevereiro de 1982. Até 2016, a aeronave operava a partir de Florianópolis (SC), e desde então sua sede foi transferida para Canoas (RS).

Este marco ressalta a importância da aeronave em missões essenciais, como Patrulha Marítima, Busca e Salvamento (SAR), Reconhecimento Eletrônico e Reconhecimento por Imagens, consolidando-o como um pilar fundamental na defesa e proteção dos interesses brasileiros.

Originalmente projetado para a Patrulha Marítima, o P-95 é capaz de operar em condições adversas sendo equipado com sistemas avançados que permitem realizar missões de vigilância e monitoramento das águas jurisdicionais brasileiras. Sua presença é essencial no combate a atividades ilegais, como tráfico de drogas e pesca irregular, reforçando a soberania nacional no mar e apoiando a Marinha do Brasil.

Além de sua contribuição no combate a ilicitudes, nas missões de Busca e Salvamento o P-95 atua realizando resgates em situações de emergência e salvando vidas. Já no Reconhecimento Eletrônico, desempenha um papel fundamental de coleta de dados estratégicos, e no Reconhecimento por Imagens, ajudando no mapeamento e monitoramento de áreas de interesse, ações essenciais para o planejamento e a segurança nacional.

“Alcançar as 80.000 horas de voo é uma grande conquista para o Esquadrão Phoenix e para todos que contribuíram para esse resultado. Este marco reflete o compromisso e a dedicação de nossas tripulações, bem como o suporte contínuo das equipes de manutenção, essenciais para garantir a eficiência e a operacionalidade da aeronave ao longo dos anos”, afirmou o Comandante do Esquadrão Phoenix, Tenente-Coronel Nícolas Gomes Moreira.

Esquadrão Phoenix

O Esquadrão Phoenix se consolidou como uma referência na operação do P-95, uma aeronave amplamente reconhecida por sua robustez e versatilidade. O Esquadrão foi criado com a missão de realizar esclarecimento e monitoramento do tráfego marítimo no litoral brasileiro, com foco especial na Região Sul, que apresentava desafios para a cobertura aérea com a aeronave Bandeirante Patrulha, substituta do Lockheed P-15 Netuno.

Em 2016, o 2º/7º GAv foi transferido para a Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, onde passou a integrar, a época, a Ala 3, junto a outros esquadrões da FAB. O Esquadrão Phoenix opera o P-95 Bandeirante Patrulha, incluindo a versão modernizada P-95BM, recebida em 2013.

Esta versão avançada da aeronave é equipada com sistemas de radar, guerra eletrônica, navegação e comunicação de última geração, o que aprimora ainda mais as capacidades operacionais do esquadrão em missões de patrulhamento, reconhecimento e monitoramento.

OUTRAS MÍDIAS


JORNAL OPÇÃO - Oitavo caça F-39 Gripen chega à Força Aérea Brasileira

FAB agora aguarda a entrega de 28 caças Gripen adicionais da Saab, incluindo oito unidades da nova variante F, de dois assentos

Júnior Kamenach | Publicada em 16/12/2024 19:14

A Força Aérea Brasileira (FAB) celebrou a entrega oficial de seu 8º caça Saab Gripen E (F-39E). A nova aeronave, com matrícula 4108, chegou à Base Aérea de Anápolis (GO) e se unirá ao 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA).

O caça supersônico desembarcou no Brasil no dia 23 de setembro, após ser transportado por navio da Suécia. Após a retirada do navio, o Gripen foi rebocado até o Aeroporto de Navegantes, onde passou por preparativos para o voo.

Em um hangar, recebeu um assento ejetável e um kit de sobrevivência, entre outros equipamentos, antes de realizar o voo para Anápolis, que durou 1 hora e 21 minutos. Com a chegada deste novo jato, a Força Aérea Brasileira agora aguarda a entrega de 28 caças Gripen adicionais da Saab, incluindo oito unidades da nova variante F, de dois assentos.

Dos 36 caças encomendados, 15 serão montados no Brasil, nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto, que também abriga a produção do C-390 Millennium. O primeiro Gripen “brasileiro” está em fase de montagem final e deverá ser entregue em 2025, com outros dois caças já em processo de montagem.

O governo federal considera a possibilidade de ampliar a encomenda de caças Gripen, mas o número exato de aeronaves ainda não foi definido. Inicialmente, mencionou-se a aquisição de mais quatro caças ou um aditivo contratual para incluir 15 unidades adicionais.

No entanto, neste ano, a FAB indicou a possibilidade de buscar alternativas mais econômicas, como caças F-16 usados dos estoques dos EUA ou aeronaves novas e mais simples, como o HAL Tejas, fabricado na Índia.