NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL R7


Operação Yanomami chega a 100 dias com destaque para apoio logístico

Para acessar mais de 300 aldeias, é necessária utilização de helicópteros como o UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil, o HM-2 Black Hawk, do Exército Brasileiro, o H-36 Caracal e o H-60 Black Hawk, da FAB

Por Luiz Fara Monteiro | Publicada em 12/05/2023 11:17

Iniciada no dia 3 de fevereiro e chegando aos 100 dias neste domingo (14), a Operação Yanomami, em termos de logística, já é a maior ação desempenhada após a Operação Covid-19 envolvendo as Forças Armadas e outros órgãos do Governo Federal, não apenas pelo esforço aéreo empregado, mas também pelas dimensões da Terra Indígena Yanomami. A operação é conduzida pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz) em Roraima.

A Terra Indígena Yanomami possui 96,7 mil quilômetros quadrados e equivale ao tamanho de alguns países como Hungria (93 mil quilômetros quadrados) e Portugal (92 mil quilômetros quadrados). Ainda, trata-se de uma área maior que territórios como os de Suíça, Bélgica, Holanda e Israel.

Em três meses, a Operação já ultrapassou as 4.000 horas de voo e mais de 1 milhão e 100 mil quilômetros percorridos, com a realização de viagens de Boa Vista a Surucucu (328 quilômetros), e de Boa Vista a Auaris (445 quilômetros). Em 90 dias de operação, a distância percorrida seria suficiente para dar mais de 29 voltas completas ao redor do mundo.

À medida que as principais questões emergenciais são solucionadas e ocorre a estabilização dessas situações, os apoios temporários prestados pelas Forças Armadas podem ser desmobilizados. Exemplo disso foi o Hospital de Campanha montado em Boa Vista, que encerrou suas atividades após ultrapassar 2 mil atendimentos e colaborar para equilibrar o sistema de saúde local.

Desafios logísticos

São diversos desafios logísticos na Operação Yanomami. Para chegar às mais de 300 aldeias localizadas na Terra Indígena, por exemplo, é necessária a utilização de helicópteros, como o UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil; o HM-2 Black Hawk, do Exército Brasileiro; o H-36 Caracal e o H-60 Black Hawk, da FAB, pois são as aeronaves que atendem os requisitos de autonomia para atuar na vasta área da Terra Indígena Yanomami.

Dessa forma, foram realizados mais de 2 mil atendimentos médicos; mais de 160 evacuações aeromédicas; regresso de 95 indígenas as suas aldeias após alta médica; deslocamento de mais de 450.000 kg de insumos para a região Yanomami, entre medicamentos, materiais para atendimento aos indígenas e mantimentos – sendo mais de 20.000 cestas básicas já entregues, com previsão de mais 12.000 ao longo dos próximos meses.

Além disso, o Cmdo Op Cj Amz tem dado apoio de transporte aos agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Força Nacional, dentre outros suportes interagências.

Em combate ao garimpo ilegal, o Cmdo Op Cj Amz tem contribuído por meio de ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) para que a PF, PRF, Ibama e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e FN desativem os principais garimpos, apreendam aeronaves irregulares, geradores de energia, motores hidráulicos, serras elétricas, antenas de comunicação via satélite, dentre outros.

PORTAL AEROIN


No SpaceBR Show 2023, Força Aérea se destaca ao apresentar seus projetos espaciais


Por Juliano Gianotto | Publicada em 12/05/2023

A Força Aérea Brasileira (FAB) participa da SpaceBR Show 2023, uma das maiores feiras de tecnologia espacial da América Latina. Segundo o representante do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) na feira, Coronel Luiz Roberto Da Paixão Silva, quatro projetos são destaque e estão em evidência no momento, devido às suas funcionalidades: o foguete VSB-30 e os satélites ITASAT-1, Sport e ITASAT -2.

“Nesta edição da Feira, vemos que nossos projetos mostram o trabalho desenvolvido por nossos engenheiros e que é fruto de muito esforço, estudo e investimento. Isso nos coloca como grande referência no mercado, a exemplo das parcerias com grande países no lançamento de satélites”, ressalta o Coronel Paixão.

VSB-30

O VSB-30 foi desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e é capaz de levar cargas úteis de até 400 kg a uma altitude de 270 km. Ele já foi utilizado em missões científicas em parceria com outros países, como Alemanha e Suécia e possui, até hoje, 40 lançamentos.

De acordo com o Tenente Engenheiro Ítalo Bruno Ximenes, o VSB-30 é um veículo de classe sub-orbital, ou seja, ele não é capaz de colocar as cargas em órbita, ficando apenas por um tempo determinado sob a ação de gravidade nula e, posteriormente, retorna para a atmosfera, o que se chama de recuperação da carga útil.

“Nessas cargas úteis são colocados experimentos científicos que precisam desse ambiente de gravidade nula para produzir efeitos. Em sua maioria, são inseridos nessa carga, experimentos farmacêuticos, metalúrgicos e universitários para que se posso desenvolver medicamentos e produtos de forma geral. É assim que o VSB-30 se destaca, pois, tem um tempo em micro-gravidade de 6 minutos, o que garante a eficácia do lançamento”, explica.

Satélites

Como exemplo da capacidade do Brasil em desenvolver tecnologia espacial para fins científicos e tecnológicos, tem-se atualmente, dois grandes satélites desenvolvidos pela FAB: o ITASAT e o Sport.

O satélite ITASAT, também conhecido como Instituto Tecnológico Aeroespacial Satellite, foi desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), lançado em 2018 e ainda se encontra em órbita. Sua missão principal é a capacitação de recursos humanos, fazendo com que alunos de pós-graduação do ITA colocassem em prática os conceitos aprendidos em sala de aula.

Já o satélite SPORT, ou Satélite de Pesquisa e Desenvolvimento em Órbita, é um projeto de parceria entre Brasil e Estados Unidos, no qual os especialistas brasileiros desenvolvem a plataforma e fazem a operação dos satélites; já os americanos, desenvolvem os instrumentos que serão embarcados e realizam o lançamento. O SPORT foi lançado em dezembro de 2022 e atualmente encontra-se na fase de comissionamento de satélite, a qual é a verificação da saúde do veículo espacial.

Conforme o mestrando em engenharia aeroespacial do ITA, Renan Guilherme Soares de Menezes, o Instituto também trabalha na análise de missão conceitos de operações, para a produção de um novo projeto, o ITASAT-2, uma evolução do projeto SPORT, no qual três satélites terão a missão de fazer o estudo de clima espacial e geolocalização, essenciais para a agricultura brasileira e também para a segurança nacional, respectivamente.

“Para a agricultura, com o ITASAT-2 será possível obter mais informações sobre a formação de bolhas de plasma que, ao ocasionar a cintilação, que é uma variação da luz, causa prejuízos na produção, principalmente aqueles relacionados ao uso de maquinários em um período do dia, ainda incerto. O ITASAT-2, será capaz de mensurar esse período. Já com a geolocalização poderemos identificar um objeto ou um alvo em solo, já que faremos o uso de três satélites e, assim, será possível realizar a triangulação deles e chegar ao alvo mais rapidamente”, relata.

Embraer recebe da FAB o certificado Suplementar de Tipo Final do E-99 Modernizado


Por Juliano Gianotto | Publicada em 12/05/2023

No último dia 4 de maio, o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) entregou, pelas mãos do Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, o Certificado Suplementar de Tipo Final do E-99 Modernizado à Embraer, empresa responsável pela modernização da aeronave.

Conforme explica a Força Aérea Brasileira (FAB), a emissão do certificado, resultado do trabalho dos técnicos da Divisão de Certificação de Produto Aeroespacial (CPA) do IFI – em interação com a Embraer -, atesta que o projeto de modernização dos sensores dessa aeronave atende aos requisitos de segurança e desempenho previstos em contrato. Isso significa que a aeronave pode voar com segurança e é capaz de cumprir a missão determinada pela FAB.

De acordo com o Chefe da Assessoria Técnica do IFI, Tenente-Coronel Gustavo Borges Basílio, o E-99M executa uma missão muito importante para o país.

“A certificação de sua modernização, levada a cabo pela Embraer junto com o IFI, promove uma melhoria considerável na capacidade estratégica brasileira, na Tarefa de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, além das Ações de Alerta em Voo e Controle e Alarme em Voo“, afirmou o Tenente-Coronel.

Durante a cerimônia, o Tenente-Brigadeiro Medeiros comentou o processo de modernização do E-99, destacando a importância dessas aeronaves e a relevância do trabalho conjunto do IFI e da Embraer em prol da FAB.

“Parabéns à engenharia da Embraer, que trabalhou na concepção desse projeto, e ao IFI, que certificou todo o processo que envolveu a modernização da frota de E-99. Para mim, este momento tem um significado muito especial, pois tive o privilégio de participar da implantação dos R-99 A/B no Segundo do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV)  e, hoje, tenho a satisfação de assinar este certificado”, disse Medeiros.

Ainda durante o evento, o Vice-Presidente e Engenheiro-Chefe da Embraer, Henrique Langenegger, agradeceu especialmente o trabalho do IFI, na pessoa de seu Diretor, Coronel Aviador Luiz Marcelo Terdulino de Brito, mencionando as inúmeras atividades envolvidas na certificação da modernização do E-99.

“Houve muitas viagens ao exterior para realizar os ensaios, além de workshops de planejamento para agilizar o trabalho. O IFI sempre esteve disposto a cooperar para que a atividade fosse realizada”, comentou Langenegger.

Histórico

A modernização das aeronaves E-99 introduziu modificações no Erieye Mission System, com a instalação de novos consoles, novos rádios e a implementação de gravação de áudio e dados de missão, aumentando a capacidade de comando e controle, principalmente em operações aéreas compostas.

O processo de certificação iniciou-se em 2018, sob a responsabilidade da CPA. De 2020 a 2023 ocorreram os ensaios de desenvolvimento e certificação, a despeito dos impactos ocasionados pela pandemia de Covid-19.

Ao longo do processo foram verificados 434 requisitos contratuais, distribuídos entre 30 diferentes tecnologias, sendo produzidos mais de 250 relatórios técnicos.

O Grupo de Trabalho responsável pelas atividades de certificação envolveu cerca de 60 pessoas, com a colaboração do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Parque de Material Aeronáutico do Galeão (PAMA-GL), do Grupo de Acompanhamento e Controle – Programa Aeronave de Combate (GAC-PAC), do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) e do Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV – Esquadrão Guardião), responsável por operar as aeronaves.

DEFESA EM FOCO


Esquadrão Falcão resgata homem com grave trauma em navio mercante

A operação de resgate envolveu uma equipe multidisciplinar da FAB e o helicóptero H-36 Caracal, atuando a 230 km da costa de Pernambuco

Por Marcelo Barros | Publicada em 12/05/2023 11:00

No dia 09 de maio, o Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão, sediado na Base Aérea de Natal (BANT), em Parnamirim (RN), realizou o resgate de um homem de 54 anos que sofreu um grave trauma na região pélvica. A vítima estava a bordo do navio mercante Kynouria das Ilhas Marshall, a aproximadamente 230 quilômetros do litoral de Pernambuco.

Acionamento do Esquadrão Falcão pelo COMAE

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), organização da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou o Esquadrão Falcão após solicitação do Serviço de Busca e Salvamento Marítimo (SALVAMAR) e do Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO).

Procedimentos do resgate e transporte da vítima

O helicóptero H-36 Caracal decolou da Base Aérea de Natal às 12h35 com destino a Recife (PE) para realizar o resgate da vítima, que apresentava dificuldades renais e fortes dores. A equipe multidisciplinar da FAB, composta por dois pilotos, um mecânico de voo, um operador de guincho, três homens de resgate (SAR), uma médica e um enfermeiro, realizou a retirada da vítima do navio por meio do içamento com uso do guincho do H-36. Em seguida, o paciente foi transportado para a Base Aérea de Recife (BARF) e encaminhado ao atendimento hospitalar necessário.

Declaração do Comandante do Esquadrão Falcão

O Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Almeida Cândido da Silva, Comandante do Esquadrão Falcão, falou sobre o resgate, destacando a sinergia entre a tripulação em voo, os militares em solo, o SALVAERO e o SALVAMAR. O Comandante enfatizou a perícia e a coordenação necessárias para o êxito do resgate em navio e comemorou a missão cumprida, que resultou em uma vida salva.

 

 

 

 

OUTRAS MÍDIAS


Operação Yanomami completa 100 dias com saldo positivo

Todas as ações na operação são realizadas em conjunto por diversos órgãos do Governo Federal

Por Portal Roraima 1 | Publicada em 12/05/2023 09:13

Iniciada no dia 3 de fevereiro e chegando aos 100 dias neste domingo (14), a Operação Yanomami, em termos de logística, já é a maior ação desempenhada após a Operação Covid-19 envolvendo as Forças Armadas e outros órgãos do Governo Federal, não apenas pelo esforço aéreo empregado, mas também pelas dimensões da Terra Indígena Yanomami. A operação é conduzida pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz) em Roraima.

A Terra Indígena Yanomami possui 96,7 mil quilômetros quadrados e equivale ao tamanho de alguns países como Hungria (93 mil quilômetros quadrados) e Portugal (92 mil quilômetros quadrados). Ainda, trata-se de uma área maior que territórios como os de Suíça, Bélgica, Holanda e Israel.

Em três meses, a Operação já ultrapassou as 4.000 horas de voo e mais de 1 milhão e 100 mil quilômetros percorridos, com a realização de viagens de Boa Vista a Surucucu (328 quilômetros), e de Boa Vista a Auaris (445 quilômetros). Em 90 dias de operação, a distância percorrida seria suficiente para dar mais de 29 voltas completas ao redor do mundo.

À medida que as principais questões emergenciais são solucionadas e ocorre a estabilização dessas situações, os apoios temporários prestados pelas Forças Armadas podem ser desmobilizados. Exemplo disso foi o Hospital de Campanha montado em Boa Vista, que encerrou suas atividades após ultrapassar 2 mil atendimentos e colaborar para equilibrar o sistema de saúde local.

Desafios logísticos

São diversos desafios logísticos na Operação Yanomami. Para chegar às mais de 300 aldeias localizadas na Terra Indígena, por exemplo, é necessária a utilização de helicópteros, como o UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil; o HM-2 Black Hawk, do Exército Brasileiro; o H-36 Caracal e o H-60 Black Hawk, da FAB, pois são as aeronaves que atendem os requisitos de autonomia para atuar na vasta área da Terra Indígena Yanomami.

Dessa forma, foram realizados mais de 2 mil atendimentos médicos; mais de 160 evacuações aeromédicas; regresso de 95 indígenas as suas aldeias após alta médica; deslocamento de mais de 450.000 kg de insumos para a região Yanomami, entre medicamentos, materiais para atendimento aos indígenas e mantimentos – sendo mais de 20.000 cestas básicas já entregues, com previsão de mais 12.000 ao longo dos próximos meses.

Além disso, o Cmdo Op Cj Amz tem dado apoio de transporte aos agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Força Nacional, dentre outros suportes interagências.

Em combate ao garimpo ilegal, o Cmdo Op Cj Amz tem contribuído por meio de ações de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) para que a PF, PRF, Ibama e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e FN desativem os principais garimpos, apreendam aeronaves irregulares, geradores de energia, motores hidráulicos, serras elétricas, antenas de comunicação via satélite, dentre outros.