A partir de quinta-feira (27/04) até o dia 12/05, a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza, na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), o Exercício Operacional (EXOP) Carranca, ação operacional coordenada pelo Comando de Preparo (COMPREP), pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e conduzida pela Base Aérea de Canoas (BACO).

Ao todo, participam do treinamento mais de 200 militares.

O EXOP CARRANCA é uma atividade cujo objetivo é adestrar os Esquadrões participantes na execução e no aprimoramento das táticas, técnicas e procedimentos necessários ao cumprimento da Ação de Força Aérea de Busca e Salvamento, em cenário terrestre e marítimo.

Nesse contexto, o Exercício se pautará no treinamento baseado em cenários, aproximando-se ao máximo das situações comumente encontradas nas missões de Busca e Salvamento. Para tanto, deverão ser estudados os acionamentos SAR recentes e recriados os cenários mais complexos, ou nos quais os Esquadrões tiveram maior dificuldade, obviamente, respeitando as limitações logísticas.

O EXOP CARRANCA envolve o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan; o Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix; o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV) – Esquadrão Netuno; o Segundo Clique aqui para baixar a imagem originalEsquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano; o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) – PARASAR; a Diretoria de Busca e Salvamento (DSAR); o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comando e Controle (1º/1º GCC) – Esquadrão Profeta; os Centros de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO – Brasília, Curitiba, Recife e Manaus) e o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha (SALVAMAR Sul), cujos meios desdobrados estão sob o Controle Operacional do Comandante da BACO e Diretor do EXOP CARRANCA, Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann.

A troca de experiências na Ação de Busca e Salvamento entre os Esquadrões participantes é de fundamental importância. Para tanto, serão realizados intercâmbios de tripulantes dos diversos Esquadrões.

Em suas palavras, o Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann falou sobre a relevância do Exercício para a população e a sua execução. “A Operação CARRANCA se reveste de muita importância para Força Aérea Brasileira, pois é a oportunidade que nós temos para preparar as tripulações de Busca e Salvamento. Essa missão é extremamente relevante para a sociedade brasileira, pois se compõe de um cenário muito específico e contribui para todas as operações de treinamento que melhoram a eficiência das nossas tripulações nessa missão”, disse.

O Comandante da BAFL, Tenente-Coronel Aviador Jaques da Silva Valle, destacou a importância em receber o Exercício e explica sobre as peculiaridades da região. “O EXOP CARRANCA tem a característica de ser um exercício voltado para o treinamento de Busca e Salvamento e, aqui, na Base Aérea de Florianópolis, geograficamente há uma característica muito peculiar de permitir diversos tipos de treinamento num curto raio de ação. Então, para o Exercício Operacional, entendo que é bastante proveitosa a possibilidade de treinar, nesse espaço, diversos tipos de exercícios, com a otimização dos seus recursos aéreos e, para a Base Aérea, principalmente, a importância é se manter dentro da sua atribuição e do cumprimento de sua missão, mantendo a sua operacionalidade, voltada não apenas para as equipagens que aqui operam, mas também para o efetivo em se manter capacitado e disponível para as demandas que a Força Aérea necessita”, explicou.

Durante o primeiro dia do Exercício, os militares se reuniram para o Academic Day: período no qual as equipagens trocam informações e experiências sobre as táticas, técnicas e procedimentos relacionados à Busca e Salvamento.

Na tarde de sábado (29/04) a cidade de Novo Hamburgo recebeu o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) da FAB, popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça. A demonstração ocorreu às 16h no aeroclube da cidade.

A demonstração gratuita da Esquadrilha da Fumaça no aeroclube, às 16h, celebrou os 96 anos da cidade e os 76 do Aeroclube de Novo Hamburgo. Foram 45 minutos de acrobacias aéreas que realmente empolgaram os adultos e as crianças que se reuniram no gramado ao lado da pista.

O público presente elogiou a perícia dos pilotos e as manobras incríveis das aeronaves em uma das mais empolgantes apresentações do EDA, em um local que propiciou belas imagens e vídeos das milhares de pessoas que foram com suas famílias celebrar o aniversário da cidade e do aeroclube.

A demonstração de número 4.001 do EDA reuniu um grande público que pode acompanhar de perto as manobras precisas dos pilotos dos sete A-29 Super Tucanos do mundialmente famoso esquadrão.

A Esquadrilha da Fumaça é o segundo esquadrão de demonstração aérea mais antigo do mundo, ficando atrás apenas dos Blue Angels, da Marinha dos Estados Unidos da América. Este ano, o esquadrão brasileiro completa 71 anos de idade no dia 14 de maio e realizou quatro mil demonstrações aéreas no dia 28 de abril, durante o Festival Internacional de Balonismo em Torres (RS).

O A-29 Super Tucano é a quinta aeronave adotada na história da Esquadrilha da Fumaça, sendo utilizado desde 2015 após um período de dois anos de implantação e adaptação.

As cores da Bandeira do Brasil continuam a compor a pintura do novo avião, que ganhou tonalidades mais fortes e marcantes: a própria Bandeira Nacional é destacada na cauda do A-29, ressaltando o alto grau tecnológico da indústria brasileira e o excelente profissionalismo dos pilotos da Força Aérea, além de evocar o sentimento patriótico do público.

A agenda da Esquadrilha da Fumaça é divulgada mensalmente ou a cada dois meses, sendo necessária a solicitação formal com a antecedência mínima de quatro meses ao CECOMSAER. Todos os custos de material, logística e pessoal são cobertos pelo Comando da Aeronáutica.

A próxima demonstração, de número 4.002, ocorre neste domingo na Expofeira em Três de Maio (RS). No dia 1º de maio a Fumaça já se apresenta no interior de São Paulo.

O Ministério da Defesa (MD) e as Forças Armadas estão atuando em conjunto com o Ministério da Saúde (MS) na Operação Gota 2023, a fim de garantir que a população de regiões remotas do Brasil tenha acesso à vacinação. A primeira etapa da operação ocorre no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Alto Rio Negro (AM), onde cerca de 8 mil indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira devem ser imunizados. A capacidade logística das Forças Armadas é essencial para o alcance de todo o território nacional.

Apoio logístico das Forças Armadas

Um dos pilotos responsáveis pelo transporte dos imunizantes às terras indígenas destacou a importância do suporte logístico. “É um sentimento extremamente nobre poder atuar com o vetor de asas rotativas nas comunidades indígenas do Alto do Rio Negro, levando saúde e cidadania para os povos que vivem em áreas de difícil acesso geográfico e cumprir a missão da Força Aérea Brasileira de integrar o território nacional”, afirmou.

Ao longo do ano, estão previstas mais nove missões. A Defesa disponibilizou três aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), que devem voar cerca de 600 horas para o transporte de materiais e profissionais da saúde. O apoio permitirá que o MS ofereça doses de mais de 20 tipos de imunobiológicos, incluindo vacinas contra a Covid-19 e Influenza, entre outras do Calendário Nacional de Vacinação.

Histórico da Operação Gota

A Operação Gota teve início em 1989, no estado do Amazonas, após a notificação de surtos de sarampo em populações indígenas da região do Rio Juruá (AC e AM). Desde então, a ação já garantiu a imunização de milhares de pessoas, prevenindo surtos e epidemias e evitando o ressurgimento de doenças graves, como poliomielite e sarampo.

Com o apoio logístico das Forças Armadas, a operação também alcança comunidades isoladas nos estados do Acre, Amapá e Pará. Somente em 2022, mais de 20 mil pessoas foram imunizadas por meio da iniciativa. O Acordo de Cooperação Técnica 01/2015, de 3 de julho de 2015, entre o MS e o MD, garante ao MS o apoio logístico necessário às ações de saúde do Governo Federal em prol das comunidades indígenas de difícil acesso e das populações ribeirinhas e quilombolas em todo o território nacional.

Transporte por helicópteros H-60 Black Hawk

Três aeronaves H-60 Black Hawk, um dos modelos mais versáteis da FAB, são responsáveis pelo transporte de imunizantes aos indígenas. O H-60 Black Hawk é um helicóptero militar multimissão de médio porte, amplamente utilizado para infiltração e exfiltração de tropas, bem como em missões de resgate e busca e salvamento. Com velocidade máxima de 295 km/h, esse modelo de aeronave tem sido fundamental na Operação Gota 2023.

Impacto positivo na vida dos indígenas e comunidades isoladas

A Operação Gota 2023 tem um impacto significativo na vida dos indígenas e comunidades isoladas, garantindo que eles tenham acesso às vacinas e cuidados de saúde essenciais. Além disso, a ação promove a integração e cooperação entre diferentes órgãos governamentais e forças militares, fortalecendo a capacidade de resposta do Brasil a desafios de saúde pública em regiões remotas.

O Hospital Estadual de Formosa Dr. César Saad Fayad (HEF), unidade do Governo de Goiás, realizou sua segunda captação de órgãos nesta sexta-feira (28/04) com apoio do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (Saeg) e Força Aérea Brasileira (FAB). Fígado, rins e as córneas captados foram doados por uma paciente de 45 anos que teve morte encefálica após um acidente vascular cerebral (AVC).

A gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Freitas, reforça a importância das equipes hospitalares estarem envolvidas e preparadas para esse processo. “Essa doação garante que pessoas na fila de espera possam ser atendidas com a realização do transplante. Estamos capacitando profissionais nos hospitais para que estejam aptos para a abordagem nestes momentos”, garante. Rins e córneas serão destinados para pacientes de Goiás e fígado para paciente do Rio de Janeiro.

A equipe médica do HEF prestou toda assistência, realizando exames clínicos por médicos capacitados e o eletroencefalograma, chegando ao diagnóstico de morte encefálica. “A equipe da UTI do Hospital Estadual de Formosa segue as principais recomendações técnicas e de acolhimento familiar publicadas no Brasil e no mundo. Isso proporcionou a segunda captação na unidade”, afirma o diretor técnico do HEF, Dr. Alexandre Amaral.

O processo de captação de órgão se inicia na identificação e manutenção do potencial doador após o diagnóstico de morte encefálica e entrevista familiar. Entretanto, o acolhimento da família é fundamental para uma afirmação positiva de doação. “Acolher uma família no momento da dor da perda e resultar no aceite é um processo delicado e exige muita ação da nossa equipe, que está preparada e capacitada para esse momento” afirma o coordenador médico da UTI, Dr. Oliver Vilanova.

A coordenadora de enfermagem da UTI, Bruna Queiroz, responsável pelo processo de doação, ressalta a importância de comunicar a família sobre o desejo da doação de órgãos. “Hoje mais de 53 mil pessoas aguardam na fila de transplantes, e uma conversa pode mudar a vida de alguém que espera. Comunique seu desejo e decisão de ser doador, pois doação só acontece após a autorização familiar”, pontua a coordenadora.

Para a diretora administrativa da unidade, Ana Brito, esse é mais um marco para Formosa e região. Toda operação envolveu duas equipes externas com oito pessoas. “Nosso hospital é 100% SUS e a importância é macro. Ressalto a sensibilidade da família em autorizar a doação, o acolhimento é fundamental para uma afirmação positiva de doação”, reitera a gestora.