A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), desempenha um papel crucial na garantia da segurança dos voos no país. A organização reúne recursos humanos, equipamentos e infraestrutura com a missão de prover segurança e fluidez à navegação aérea.

Único no mundo, o sistema HELICONTROL, desenvolvido pela FAB por meio do DECEA, é operado na Torre de Controle de Congonhas. Em 2024, o HELICONTROL atendeu mais de 30 mil helicópteros, registrando um crescimento de cerca de 20% em relação ao ano anterior, sem incidentes ou acidentes aeronáuticos — um dado que confirma a eficiência do sistema adotado. Equipado com avançados sistemas tecnológicos, o serviço é integrado à Torre de Controle de São Paulo para otimizar a circulação aérea.

O Brasil está entre os países com as maiores frotas de helicópteros do mundo, contando com mais de duas mil aeronaves, segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (ABRAPHE). Somente a cidade de São Paulo registra, em média, cerca de 2.200 pousos e decolagens por mês.

A área de controle de helicópteros da Torre de Controle de São Paulo foi criada pelo DECEA em 2004 como uma alternativa para viabilizar o crescente número de operações nessa porção do espaço aéreo.

“A implantação do HELICONTROL visa à convivência harmônica entre a circulação de helicópteros e a de aeronaves de asas fixas no Aeroporto de Congonhas, promovendo segurança e eficiência ao serviço de tráfego aéreo e aos usuários”, destaca o comandante do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), Coronel Aviador Fábio Lourenço Carneiro Barbosa.

A área de São Paulo conta com 54 km² ao norte de Congonhas e possui regulamentação estabelecida pelo DECEA por meio das regras específicas para voo na área de controle de helicópteros (CIRCEA 100-116).

Os controladores de tráfego aéreo contam com softwares, ferramentas e auxílios avançados, como o Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (SAGITARIO); o Controle Total da Informação de Tráfego Aéreo (TATIC), utilizado para a inserção de informações dos voos; e as facilidades de comunicação proporcionadas pelo Sistema de Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B) — tecnologia pioneira desenvolvida pelo DECEA.

Na última quinta-feira (23), a Academia da Força Aérea, em Pirassununga, no interior de São Paulo, iniciou as atividades aéreas do ano fazendo uso da Tucano T-27M para atividades de instrução.

A aeronave foi pilotada pelo Cadete Aviador Hilton Maia Lourenço e a instrução foi conduzida pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Reis Tavares, Comandante-Geral do Pessoal da Aeronáutica, que passou por uma preparação intensa, incluindo a realização de sua readaptação, instrução aérea e o cumprimento de todos os pré-requisitos necessários para a missão.

"Isso serve como exemplo e se torna um catalisador para os nossos jovens Cadetes que estão iniciando a atividade aérea. O instrutor de hoje pode ser o aluno de amanhã”, disse o Brigadeiro do Ar Eric Breviglieri, Comandante da AFA.

No dia anterior ao voo, foi realizada a entrega dos Distintivos de Liderança aos Cadetes. O evento é uma cerimônia simbólica que reconhece a formação dos futuros líderes da Força Aérea Brasileira (FAB), além de destacar o progresso contínuo no aprendizado e troca de conhecimentos.

A Força Aérea Brasileira (FAB) alcançou um marco histórico com a realização do primeiro voo da aeronave U-100 Phenom tripulado exclusivamente por mulheres.

A missão, foi conduzida pelo Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) – conhecido como Esquadrão Guará – e teve como comandante a Capitão Aviadora Bruna Nascente Teles e como piloto a 1º Tenente Aviadora Karoline Ribeiro Loureiro. O voo ocorreu no dia 28 de janeiro e  partiu de Brasília (BSB) com destino a Guarulhos (GRU), cumprindo uma missão de transporte logístico.

A Capitão Bruna destacou a importância do momento para a aviação militar brasileira. Ela afirmou: "É uma honra integrar o 6º Esquadrão de Transporte Aéreo e, ainda mais, fazer parte deste marco que celebra o pioneirismo e a capacidade das mulheres na Força Aérea Brasileira. Momentos como este mostram o quanto avançamos e nos inspiram a voar cada vez mais alto". Ela também enfatizou o impacto desse feito para futuras gerações, dizendo: "Sabemos o peso que este voo representa não só para nós, mas para todas as mulheres que desejam seguir carreira na aviação militar. É um símbolo de que o céu não é o limite para quem se dedica e acredita".

O Phenom 100 foi recentemente incorporado à frota da FAB. O avião é empregado em missões de transporte de órgãos, destacando-se por sua capacidade de realizar operações de transporte de forma ágil e eficiente, reforçando as operações logísticas e demonstrando a evolução tecnológica e operacional da Força Aérea Brasileira.

Este evento representa um avanço significativo no protagonismo feminino dentro das Forças Armadas do Brasil, inspirando futuras gerações de mulheres a seguirem carreira na aviação militar.

A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra os 115 anos de nascimento do Brigadeiro do Ar Nero Moura, Patrono da Aviação de Caça Brasileira. Nascido no dia 30 de janeiro de 1910, em Cachoeira do Sul, iniciou sua trajetória acadêmica no Município e seguiu para o Colégio Militar de Porto Alegre.

Em 1927, ingressou como Cadete na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, optou pela Arma de Aviação, transferindo-se para a Escola de Aviação Militar, no Campo dos Afonsos, onde concluiu sua formação como Oficial Aviador do Exército. Foi declarado Aspirante em novembro de 1930 e promovido a Segundo-Tenente em janeiro de 1931, iniciando suas primeiras missões no Correio Aéreo Militar.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o cachoeirense comandou o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) na campanha da Força Aérea Brasileira na Itália, entre 1944 e 1945. Em setembro de 1945, já como tenente-coronel, assumiu o comando do Primeiro Regimento de Aviação, em Santa Cruz (RJ), unidade de grande importância operacional à época.

No dia 31 de janeiro de 1951, foi empossado Ministro da Aeronáutica, sendo promovido a Brigadeiro do Ar em agosto do mesmo ano. Faleceu em 17 de dezembro de 1994, no Rio de Janeiro, e, em 17 de janeiro de 1995, recebeu oficialmente o título de Patrono da Aviação de Caça Brasileira.

“Seu legado segue inspirando gerações de aviadores e combatentes da Força Aérea. Um Adelphi ao nosso eterno Comandante! Senta a Púa!”

trecho de nota divulgada pela FAB sobre a passagem da data

Em Cachoeira do Sul, o Aeródromo Municipal – na Região do Passo D’Areia – também presta homenagem tendo o nome de “Nero Moura”.